Distribuição dos Atributos: Agilidade: 6 Precisão: 5 Inteligência: 5 Força: 5 Charme: 6 {Tem um pequeno espaço nos holofotes} Carisma: 4 Astúcia: 4 Resistência: 8
Fraqueza: Displasia da anca.
Photoplayer: Astrid Bergès-Frisbey.
Três palavras: Determinada, interesseira, carinhosa.
Sobre: O sonho da mãe de Athena foi desde criança o de ser mãe. Nunca parecia dar certo. Mas depois de seis anos a tentar conseguiu engravidar. A gravidez foi calma e sem incidentes, os problemas se deram no parto. Ela queria ter a filha sem ajuda de terceiros, ao ver que quase perdia a esposa, seu marido foi chamar a parteira mais próxima. As duas se salvaram, mas a criança que ai nasceu nunca viria a andar, falar ou fazer o que quer que fosse sozinha. Assustada e deprimida a senhora tomou então a decisão de ter um segundo filho "Que vai ser de minha filha quando eu não estiver por perto? " pensava. E ai nasceu Athena. Foi sempre educada para cuidar e tratar da irmã. Faltava muitas vezes à escola e era para isso que vivia. Mas a medicina rudimentar do distrito 6 não fazia prever que o quadro clínico de sua irmã fosse tão grave e ela viria a morrer antes de Athena completar 12 anos. Desgostosa a mãe de Athena pôs fim à vida, se achando uma mãe falhada como explicara num bilhete que deixou a ela. Desde então que Athena vive para sustentar e tratar de seu pai doente.
Última edição por Wallace McQueen em Sex Jan 23, 2015 6:24 am, editado 2 vez(es)
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Wallace McQueen Admin
Mensagens : 778 Data de inscrição : 25/09/2014 Localização : Capital Jogador : Állan
Assunto: Re: Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 Sáb Fev 28, 2015 5:20 am
8:xx hrs 20ºC A escuridão toma conta de tudo.
Alpha recolhe algumas frutas e entrega a Athena, que só se contenta de que são comestíveis depois que faz seu aliado comer uma delas. Havia várias frutas ali, mas Alpha não conseguia mais enxergar nada, por isso foi obrigado a parar de procurar.
Alpha olha para os céus, pedindo patrocínio a sua mentora. Minutos se passam e nada de uma resposta. Quase meia hora se passa e nada. Alpha fica irritado e começa a praguejar, sendo interrompido por Athena, que diz que talvez a falta do patrocínio tenha algum significado.
Mas como sempre, Alpha apenas revira os olhos e volta à sua caminhada.
Situação: Saúde (96/100) Fome (92/100) Sede (98/100)
Pertences: - Faca (mão direita) - Manto negro (vestido) - Máscara de gás (vestido) - Paraquedas (ombro) - Frutas comestíveis variadas (20 unidades) (paraquedas) - Kit de primeiros socorros (duas colheres dentro) (paraquedas) - Pote de metal com água (500ml) (paraquedas)
Athena Vandyke
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Assunto: Re: Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 Dom Mar 01, 2015 6:19 pm
ATHENA VANDYKE
Alpha não esconde o descontentamento com a falta de patrocínio, ele reclama entre os dentes. Algo está acontecendo, acredito que a falta de patrocínio e o apagão devem estar ligados. Algo deve estar acontecendo.
-Deve ter alguma explicação... - Falo para Alpha quando ele se vira para mim com bobeira. Quase acredito no teatrinho dele. Agarro minha faca com força quando ele se aproxima. - Acho que isso só faria você perder os poucos patrocínios que tem, amor.
Ele me manda ficar no solo enquanto ele sobe confortavelmente a uma árvore. Espero que caia e se espalhe ao comprido.
-Claro. Você fica na segurança das alturas e eu fico no chão. - Reclamo entre dentes dando uma pancada na árvore.
Recolho alguma vegetação para ajudar com a camuflagem mas minha vontade de continuar com esses joguinhos do Malloch era pouca. Aquele joguinho de à pouco mexeu mais comigo do que devia. Estou aqui fechada a demasiado tempo.
Resumo: - Utilizar a habilidade de camuflagem e furtividade para usar a vegetação em meu favor tal como o manto negro, usando estes dois fatores para evitar a dissipação térmica do meu corpo. - Me manter escondida esperando a escuridão passar, mas sempre atenta.
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Mensagens : 778 Data de inscrição : 25/09/2014 Localização : Capital Jogador : Állan
Assunto: Re: Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 Seg Mar 02, 2015 7:52 pm
8:xx hrs 20ºC A escuridão toma conta de tudo.
Athena fica no chão, enquanto seu aliado se esconde em cima de uma árvore. A garota decide usar o seu manto negro no meio da vegetação para se camuflar. Porém, a garota precisa se afastar um pouco da árvore de Alpha para achar o esconderijo perfeito. Ela se deita e espera o tempo passar, imaginando o que poderia estar acontecendo em seu distrito neste momento.
Passado alguns minutos, Athena escuta uivos ao longe. Eles pareciam vir de onde os garotos vieram.
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Athena Vandyke
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Assunto: Re: Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 Qua Mar 04, 2015 7:29 pm
ATHENA VANDYKE
Mais um canhão. Foi desta... foi desta... Sinto minha respiração ficar pesada e meu batimento cardíaco acelerar. Calma. Calma. Estou bem. Estou respirando. Estou viva.
Espreito para ver a árvore de Alpha. Ele está bem.. ele está bem. Passaram 24 horas e estamos vivos. Saímos do banho de sangue sem ferimentos graves, com alguns recursos. Temos comida, temos água. Não parece estar ninguém à volta. Não temos mais patrocínio mas podemos esperar até ficar dia... Podemos...
Eu sei o que a falta da luz de sol pode fazer, ainda para mais em ambientes de stress. Era isso? Queriam nos fazer enlouquecer? Querem nos perturbar ao ponto de sermos nós a terminar nossas estadia aqui? Eu tenho Alpha para me distrair, mas quem está sozinho deve estar a perder o juízo lentamente.
Eu estou bem. Alpha está bem. Nós vamos ficar bem. Repito na minha mente uma e outra vez, tentando me convencer... Acabo quebrando e me permito chorar um pouco...
Resumo: - Verificar se Alpha está bem -Continuar imóvel
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Última edição por Athena Vandyke em Sex Mar 06, 2015 9:19 pm, editado 1 vez(es)
Wallace McQueen Admin
Mensagens : 778 Data de inscrição : 25/09/2014 Localização : Capital Jogador : Állan
Assunto: Re: Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 Qui Mar 05, 2015 4:40 am
9:xx hrs 20ºC A escuridão toma conta de tudo.
Athena permanece imóvel, esperando a luz do Sol voltar, mas nada acontece durante algum tempo. Ela começa a pensar se tirar uma soneca não seria má ideia, até que o barulho de animais correndo retira rapidamente isso de sua cabeça. Três animais quadrúpedes passam correndo a poucos metros dela, mas não notam a garota.
Os tributos do Distrito 6 ficam parados, sem fazer nenhum barulho, esperando que as feras se afastassem. É Alpha quem quebra o silêncio.
— Ainda está viva?
— Para a sua felicidade, estou sim. Obrigada. - responde ela, sussurrando alto.
Alpha solta uma risadinha irônica e os dois voltam ao silêncio tedioso. UM CANHÃO DISPARA!
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Assunto: Re: Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 Dom Mar 08, 2015 10:17 pm
10:xx hrs 20ºC A luz do Sol volta aos poucos.
O silêncio continua a enlouquecer Athena. O zumbido em seu ouvido não a deixa em paz, deixando-a ainda mais irritada. Ela tenta dizer a si mesma que ficaria bem... que ela e Alpha ficariam bem, mas Athena sabia que não era verdade. A garota começa a chorar. Depois de se recuperar, ela tenta ver se Alpha está bem. UM CANHÃO DISPARA!
A garota fica bem quieta, esperando alguma ameaça chegar. Mas nada acontece. De repente, a luz do Sol começa a voltar aos poucos e ela enxerga Alpha em cima da árvore, vivo.
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Assunto: Re: Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 Seg Mar 09, 2015 4:10 pm
ATHENA VANDYKE
Choro em silêncio, quem passasse não conseguiria ouvir, talvez só visse as folhas se mexerem com meus soluços. A ausência da luz e do contato humano, mesmo que seja só com o canalha do Malloch, me está enlouquecendo.
Estou outro canhão dispara. Minha respiração fica suspensa. Minha mente em branco. Só um pensamento nela. Alpha. Se foi o Alpha, o que eu faço? Alpha estava em segurança não podia ser. Mas se não estava? Se algo o atacou no escuro?
Perder alguém não é novidade para mim. Já perdi todos que amo. Minha irmã, minha mãe e gradualmente meu pai para a sua doença. Mas a ideia de perder aquele cara que detesto neste momento me corrói. Ele é o único que alguma vez na minha vida me protegeu, seja pela "ética" desse lugar, mas ele foi o único que alguma vez se preocupou pelo meu bem estar. Ele não pode morrer, eu não posso ficar sem ele. Ele é minha realidade. Ele é a minha sanidade neste lugar.
Então ouço sua voz de troça perto de mim. Sem pensar me lanço para os braços dele. O abraço com força com soluços altos. Ele não abraça de volta, como é óbvio, mas sinto ele estremecer perante a minha reação. Não me afasta de imediato, mas passado uns segundos o faz, para minha surpresa não da maneira brusca que lhe é costumeira. Eu apenas tremia. Não tinha ação para nada.
Ele não questiona o que fiz, e se afasta um pouco para ir procurar mais comida. Ele me pergunta sobre que fazer a seguir, mas eu ainda estava tremendo. Ele dá tempo para que me acalma. Respiro fundo e tento pensar.
A noite fora de sitio não deve ter só abalado a nós dois, pelo que os restantes tributos devem estar tão ou mais perdidos que nós. Se nos conseguirmos acalmar talvez devessemos ficar aqui e esperar que eles apareçam, ou ficar até recuperarmos totalmente.
Vejo Alpha se preparando para voltar a subir numa árvore, mas o impeço.
-N-não! - Grito para ele. - Não volte a me deixar sozinha no solo. Não se afaste. - Peço tremendo. Mas eu sei que é o melhor a fazer...
Resumo: - Falar com Alpha sobre que fazer a seguir
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Assunto: Re: Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 Qua Mar 11, 2015 4:56 am
11:xx hrs 20ºC O clima estava agradável e tudo parecia estar tranquilo.
Alpha tenta acalmar Athena. Com o toque do garoto, ela consegue se manter nos eixos. Ele procura por arbustos com frutas comestíveis e oferece algumas a ela. Após comerem uma considerável quantidade delas, o garoto decide escalar uma árvore, tendo que acalmar sua aliada mais uma vez. Após se acalmar, Athena decide se camuflar usando algumas folhas secas.
O tempo passa e nada acontece. O silêncio começa a mexer com os nervos dos garotos. Nenhum canhão soou. Talvez os idealizadores iriam dar algum tempo de paz para os tributos, era o que os prendia à sanidade.
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Assunto: Re: Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 Sáb Mar 14, 2015 1:23 am
ATHENA VANDYKE
De repente, silêncio. É tudo quanto existe neste lugar. Não soam mais canhões mas também não há mais nenhuma atividade aqui.
Vejo Alpha no topo da sua árvore. Passado algum tempo parece adormecer. Talvez faça o correto em descansar a cabeça agora. Talvez eu deva fazer o mesmo. Mas cada vez que fecho meus olhos volto aquele sonho. Meu pai desaparecido, Alpha morto e o corpo de minha mãe, exatamente como o encontrei naquele dia.. Com essa luta contra o sono não dormi nada, até Alpha vir até mim e me chamar para a ação.
Enquanto ele recolhe umas frutinhas eu recolho alguns materiais para construir umas armadilhas; ramos secos, algumas plantas, folhas secas. Tento construir a armadilha para coelhos que mostraram no centro mas num tamanho maior. Talvez assim apanhando um tributo.
Pergunto para Alpha quais são as frutinhas que dão sono e lhe peço algumas. As esmago com a lâmina da minha faca e uso a mesma para passar nos ramos que sustentam a armadilha, para assim se não ficarem presos, andarem pouco. Depois Alpha verá que fazer com eles...
O ambiente se torna constrangedor mais uma vez. Nunca tínhamos passado tanto tempo sozinhos os dois e aqui não parecia ser o melhor lugar para criar laços. Alpha ajuda a recolher coisas para as armadilhas e nos sentamos a comer.
Ele me oferece uma frutinha mas eu fico vidrada a olhar para ela, aquela cor, noutro dia me parecia uma cor bonita e viva de uma fruta, mas agora tudo parece escuro e cinzento.
- Alpha, o que você mais teme nos Jogos? - saiu da minha boca. Eu já não estava aguentando o silêncio.
- O que mais temo aqui? - Ele retruca surpreso. -Provavelmente o mesmo que você e todos. Não regressar. O que isso interessa?
- Eu vi você ficar fora de si com medo. Nao me diga que é só com medo de nao regressar. - Respondo. É estranho mas já começo a saber quando Malloch me tenta mentir.
- Aqui dentro, é. - Ele insiste. - Mudemos de assunto.
- Gosto de ver sua confiança em mim. diz muito sobre você. - A verdade é que não sei nada sobre esse garoto. Só que ele pensa que eu sou a culpada de aqui estarmos.
- Diz o quê, então? - ele pergunta com num tom pesado.
- Primeiramente, que não é de confiança. - respondo com sinceridade. Eu não achava isso, ou talvez achasse mesmo..
Minha cabeça anda a roda. Não consigo pensar antes de falar. Então quando ele ri na minha cara como resposta sinto-me ficar completamente oca.
- Engraçado como me implorou para ficar consigo ainda há pouco. Porque continuar comigo então? - Ele acaba perguntando. Levei alguns segundos a responder.
-Ninguém aqui é de confiança mesmo. E você... - Baixo a cabeça da vergonha do que estou prestes a dizer. - Foi a unica pessoa que alguma vez me protegeu. Pode parecer rebuscado... Mas estou em divida para com isso. - Nunca ninguém antes me protegeu. Nunca ninguém se importou pelo meu bem estar, pode ser pela necessidade da situação... mas mexe comigo..
- Proteger? -Ele pergunta ironicamente rindo. - Só não podia deixar que alguém como aquela garota tomasse proveito naquele momento. Se eu tivesse tido mais tempo, ela estaria morta agora.
- Ainda bem que nao teve tempo, - digo entre os dentes.
- Ela vai ter que morrer mais cedo ou mais tarde... - ele repete levantando o olhar.
- Também nós. - Sai da minha boca. Acabo tapando a boca imediatamente depois de o falar.
- Fale por si, Athena. - Ele tem razão, mais dia menos dia, tenho certeza que chegará meu canhão.
- Você realmente acha que tem chances de vencer? - pergunto por perguntar, não posso deixar voltar o silêncio. Não posso....
- Que outra opção tenho que não achar? - Ele simplesmente responde.
- Eh... que outra opção, né? - Pergunto desanimada, essa confiança, quase arrogância de Malloch até que se torna invejável neste ponto.
- ...É. - ele retruca sem mais nada. E deixa o silêncio voltar.
Nesses momentos minha mente flutua e me vejo a pensar em meu pai novamente. Meu pai que não sabe sequer o que está acontecendo. Que não está sofrendo com a arena, provavelmente nem me reconhece nas imagens.
-Você se pergunta se vao sentir sua falta? - pergunto com voz trêmula.
- Isso pouco me importa. - responde rispidamente. - Porque pergunta isso?
-Claro que para você não importa. - Não consigo me conter. Sinto meus olhos ficarem húmidos e os limpo com o manto antes que volte a cair no choro.
- Então, pequena Athena, tá com saudade de casa? - ele zoa.
-Um pouco. - Respondo rispidamente. Enquanto aperto o cabo da faca com força. Seria tão mais fácil sair agora.. - Peço perdão se isso o envergonha. Você não está?
- Nem sei, -ele responde vaga e ponderadamente. - Não faço ideia do que sinto, só sinto e sei que tenho de voltar. - ele admite.
- Mas para quê? Qual o seu propósito de regressar? - Pergunto, eu tinha pensado que queria vencer para ter uma vida para mim. Mas quase dois dias depois de aqui estar percebo que não sei fazer isso. Não sei ser independente. Não sei não cuidar de alguém...
- O meu propósito é... - ele responde pausadamente, me fazendo levantar e o encarar de frente - Garantir que a minha mãe fique a salvo das mãos do meu pai. Garantir que a minha vida não seja desperdiçada nas mãos de um imbecil qualquer que derrame o meu sangue porque treinou a vida toda para isso, que a minha morte não sirva de alimento para o orgulho ou ego de alguém. - Ele me puxa para mais junto dele. Meu ritmo cardiaco acelera. Não posso deixar que me afete.. não posso.- Por outras palavras, continuar com a vida que tinha antes de um certo alguém ter aparecido nela e indirectamente me ter colocado nesse lugar.
- Me parece um bom propósito. - Gaguejo - Então posso te pedir um favor? Um acordo, por assim dizer.
- Dependerá do acordo, mas fala. - aproveito a maneira como ele me segura e o agarro também. Só para sentir a proximidade. A proximidade que sei que não existe.
- Se for você a sair deste lugar, por favor. Olha pelo meu pai. - sussurro para ele me aguentando para não chorar mais uma vez.
- e em troca? - ele pergunta me fazendo olha-lo novamente. E arrumando uma madeixa do meu cabelo.
- Eu o ajudo a sair. - Não era isso que eu queria dizer. Não é assim que eu deveria pensar. - E na eventualidade de.... se por algum milagre... for eu a sair... eu tomo conta da sua mãe. Mantenho seu pai afastado dela.- continuo gaguejando, deveria ser essa a única resposta
- Combinado - ele concorda e me faz rodopiar para me agarrar novamente.
Nada me confirmaria que ele manteria sua palavra mas eu precisava dessa promessa. Otillie e Oliver olhariam por ele se vissem essa promessa?
A lua já está no seu, isso significa uma coisa.. o hino vai voltar a soar...
Resumo: - Dormir um pouco. - Seguir as ordens de Alpha e construir várias armadilhas em redor da nossa "zona de segurança" que prendam quem tentar passar pelo local. (ex. de armadilha: Treadle Spring - os galhos são colocados sob buracos (um trilho fundo ao redor da área) no solo em posição estratégica, ao pisar neles não só faz barulho para nos alertar como aciona um mecanismo com corda para prender o pé de quem lá pisa, dando-nos tempo para atuar contra a posível ameaça) - usar a fibra de plantas mortas e de casca de árvores enroladas de forma a criar pequenas cordas e galhos para construir as armadilhas. Quanto mais tempo der, mais fundo escavaremos o trilho de forma a atrapalhar mais. Se possível (caso o efeito sedativo da fruta atuar por corrente sanguínea), usar algumas das frutinhas que dão sono expremendo o suco para cima das pontas dos galhos colocados na vertical da armadilha. - Usar a habilidade de camuflagem para deixar as armadilhas camufladas no terreno. - Saciar a minha fome com as frutinhas oferecidas por Alpha e a sede bebendo um pouco da água do cantil.
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Assunto: Re: Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 Dom Mar 15, 2015 3:01 am
12:xx ~ 23:00 hrs 20ºC A noite chega, junto com o hino dos caídos.
Athena tenta criar algumas armadilhas. Ela consegue galhos e folhas, mas acaba não conseguindo criar cordas a partir de fibras das árvores (Habilidade com Armadilhas - 50%). Mas mesmo assim ela decide continuar a fazer as armadilhas com buracos, mesmo que seja só para fazer o efeito com as frutas ou para alertarem de alguém estar próximo. A garota junto com seu aliado cavam buracos não muito fundos e os cobrem com gravetos cheios de sumo da fruta com efeito sonífero. UM CANHÃO DISPARA! Eles olham um para o outro, mas depois voltam logo para o que estavam fazendo. Depois de arrumarem tudo, os Tributos do Distrito 6 se sentam. Ali, fazem uma rápida refeição e bebem a água do pote metálico.
A conversa entre os dois dura algumas horas. Parecia que alguns conflitos internos estavam deixando seus corações para darem lugar a vontade de vencer. A noite cai rapidamente e o hino começa a tocar, mostrando os rostos dos caídos no céu.
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Assunto: Re: Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 Seg Mar 16, 2015 9:37 pm
ATHENA VANDYKE
Não deveria ter me entregue assim para Alpha. Eu sei disso... Mas talvez tivesse ajudado a nos aproximar...
Ele me convida a sentar com ele e oferece o cobertor. Encosto a cabeça no seu ombro enquanto mostram os caídos. Não quero olhar para a cara de Alpha neste momento, mas pela maneira como ele pressiona o meu joelho com a mão, parece estar gostando do que vê.
Não esperava ver os do Dois aqui tão cedo. Seria o garoto que chamou por mim na cornucópia? Só podia desejar que sim.
Alpha me levanta para festejar mas eu apenas arregalo os olhos enquanto acompanho os seus movimentos. - Só me dou por satisfeita por não ser nenhum de nós ali... - murmuro.
Ele acaba por voltar para sua árvore apesar de eu o segurar por um pouco. Me acomodo no solo e recolho itens para ajudar na camuflagem. As flores aqui são tão bonitas. Tenho certeza que minha irmãzinha iria adorar. Deixo escapar um sorriso nostálgico, até Alpha me chamar a atenção e minha expressão e minha cor se esfumarem.
- DESFAÇA ISSO, AGORA! - grito, esmurrando a árvore dele. Só me vêm imagens daquele sonho horrível novamente... ele pergunta qual o problema, o que só me deixa pior.
- Não brinque com isso. - peço.- Faça troça de mim o que quiser. Mas não brinque com isso.
Vejo ele encolher os ombros e libertando o chicote da árvore. Recuo um pouco para olhar para ele, quando ele volta a falar.
- Mas com certeza se sentiria mais segura se pudesse estar aqui em cima. - penso que é só mais uma provocação dele, até que ele me prova o contrário estendendo-me a mão.
Hesito um pouco a responder. Depois dessa piada de mau gosto, não me sinto tão à vontade. Mas sei que Alpha não poderia saber, para ele foi apenas uma piada mesmo. - Obrigada, - digo finalmente, aceitando a mão.
Resumo: - Assistir ao hino. - Aceitar a ajuda de Alpha caso for possível. - Em ambos os casos (caso permaneça cá em baixo ou na árvore) usar a vegetação e o manto para esconder a radiação térmica.
It's in your eyes, what's on your mind I fear your smile and the promise inside I just have know, while I still have time Do I have to run, or hide away from you?
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Assunto: Re: Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 Qua Mar 18, 2015 6:45 am
23:xx ~ 5:xx hrs 20ºC "No way to tell what's real from what isn't there."
Athena aceita a mão amiga de Alpha, mas não parece dar muito certo. A garota tenta subir em um galho, mas logo se desequilibra e acaba sendo obrigada a descer. Seu companheiro de distrito diz que ela deveria ficar lá embaixo, enquanto ele vigia lá de cima. Estava à noite, mas a visibilidade era decente. Athena volta então para a sua camuflagem com folhas e o manto negro.
Durante as horas que passam, Athena tenta imaginar como seria a vida se conseguisse sair dali. Como as pessoas a tratariam, como sua vida mudaria com uma condição financeira melhor... e até mesmo como seu pai seria melhor tratado. Porém, o que ela teria que fazer para chegar até lá? E se ela fosse obrigada a matar gratuitamente alguém para ter tudo isso? Será que o Tributo Feminino do Distrito 6 seria capaz de aguentar a pressão de ser coroada vitoriosa?
Athena só volta à realidade assim que Alpha chama por seu nome. Não era nada importante que o garoto queria. Ele queria apenas saber se ela ainda estava respirando...
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Assunto: Re: Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 Qui Mar 19, 2015 6:23 pm
ATHENA VANDYKE
Eu não sei porquê isto pareceu uma boa ideia. Agradeço a generosidade do gesto de Alpha com um sorriso cansado.
Volto para meu posto no solo, me esforço mais na camuflagem, mesmo com meu pouco jeito, não quero que nada nem ninguém me veja de ângulo algum. Já é nosso terceiro dia aqui, em breve o impensável de mim teria que ser feito. Eu nasci para cuidar, não para matar. Penso. Como alguém que foi concebido com o único propósito de auxiliar sua irmã a viver, pode sequer considerar que terá eventualmente que matar alguém?
Espeto a faca no chão como protesto a mim mesma. Não estou dirigindo este protesto a ninguém em concreto, apenas a mim e a toda a situação. Acabo por parar com as fitas e apanho a faca e a acomodo na manda do manto. Escondo a cara nos braços enquanto estou deitada no chão, me limito a ouvir o arredor.
Resumo: - Camuflar no solo; - Ficar atenta aos sons dos arredores.
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Assunto: Re: Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 Sex Mar 20, 2015 4:34 am
6:xx hrs 20ºC "Before the sun and the cannon! Before the fame kills..."
Nada acontece durante o tempo que Athena fica escondida. O Sol começa a aparecer e Alpha avisa sua aliada para sair do esconderijo. O garoto desce da árvore e se junta a ela. Eles se sentam ali, comem algumas frutas boas para o consumo e colhem algumas outras para guardar. Eles encontram vários arbustos com frutos bons para consumo. Com uma boa quantidade deles, os tributos precisam decidir qualquer seria o próximo passo.
Alpha diz que eles precisam de água, já que a reserva deles acabou. Ele dá a sugestão de voltarem para o Sul pegar água, mas Athena diz que lá poderia haver lobos, além de que na floresta em que estavam não parecia haver nenhuma ameaça.
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Assunto: Re: Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 Sex Mar 20, 2015 9:35 pm
ATHENA VANDYKE
Nada de nada está acontecendo connosco. Já faz algum tempo que não há canhões. Uma paz pouco duradoura, mas que é muito bem vinda. Alpha acaba ficando aborrecido e desce da árvore para me provocar.
-Se isso era para me tentar acalmar, funcionou. - Digo sarcasticamente.
Ele me pede para cavar um pouco o solo em busca de água Não me oponho. Necessitamos de água e de atividade. Tem que haver fonte de água potável aqui. Talvez um riacho... Mas não vou ser eu a propor a Alpha irmos à procura.
Resumo: - Escavar, procurando por sinais de água no subsolo como terra molhada.
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Wallace McQueen Admin
Mensagens : 778 Data de inscrição : 25/09/2014 Localização : Capital Jogador : Állan
Assunto: Re: Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 Dom Mar 22, 2015 9:17 pm
7:xx hrs 20ºC "Stop digging your own grave!"
Alpha e Athena decidem ir procurar água no ambiente. Enquanto Athena cava o solo, Alpha procura sinais de condensação na vegetação. O garoto acaba se afastando um pouco de Athena, mas a garota não percebe até achar uma camada úmida na terra. A garota começa a ficar receosa por ficar sozinha, mas vê que se sair dali poderia se perder de seu aliado. Agora um pouco mais atenta, ela volta a cavar o buraco um pouco mais fundo.
"Parece que estou a cavar a cova de alguém... ou até mesmo a minha."
Situação: Saúde (100/100) Fome (100/100) Sede (84/100)
Pertences: - Faca (mão direita) - Manto negro com capuz (vestido) - Máscara de gás (vestido)
- Paraquedas (ombro) - Frutas comestíveis variadas (50 unidades) (paraquedas) - Kit de primeiros socorros (duas colheres dentro) (paraquedas) - Pote de metal (500ml) (paraquedas)
Última edição por Wallace McQueen em Qua Mar 25, 2015 4:19 am, editado 1 vez(es)
Athena Vandyke
Mensagens : 111 Data de inscrição : 29/10/2014 Localização : Distrito 6 Jogador : Joana Vaz-Rato
Assunto: Re: Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 Ter Mar 24, 2015 12:59 am
ATHENA VANDYKE
Acabo parando um pouco depois de a terra se mostrar húmida, isso já indicava que existia uma fonte de água por perto. Agora era só convencer Alpha a irmos à procura. Falando do fulano, onde está ele? Ele saiu de nossa zona de segurança e me deixou aqui sozinha. Que droga esse garoto!
Esse buracão já ocupou demasiado de minha atenção e energia. Me sento debaixo da árvore de Malloch e espero ele regressar. Esfrego minhas mãos para tirar essa terra de cima, e fico encarando o buraco que fiz. Percebo quanto se parece com uma vala aberta, estava me fazendo confusão. Acabo cobrindo o buraco com folhas. Não era muito grande ou fundo, mas era o suficiente para alguém lá enfiar um pé o que poderia fazer abrandar. Com um pouco de sorte seria Alpha a tropeçar ai e esmurrar o nariz, assim aprenderia a não me deixar sozinha.
O tempo passa e minha mente vagueia, tapar aquela vala aberta não me ajudou a esquecer que ela existiu, que em breve uma vala maior se abrirá para eu ser colocada lá dentro. Como se abriu uma para minha mãe e minha irmã, já faz quase 5 anos.
Have you gone blind? Have you forgot What you have and what is yours?
Sai de meus lábios. Uma música que não cantava faz muitos anos. Minha avó cantava isso para mim, também antes de falecer, para me acalmar quando eu sentia a injustiça de ter que cuidar de minha irmã e não poder ter uma infância como as outras crianças. Depois de minha avó partir eu cantava isso para Dia, minha irmãzinha. E ela no seu estado de apatia profundo parece entender todas as palavras e sorria sempre que eu cantava para ela.
[...] You don't get what all this is about You're too wrapped up in your self doubt You've got that young blood, set it free
Continuo a música, baixinho. Se Alpha aqui estivesse de certo que se riria de mim.. Mas esta paisagem, estas flores tão lindas, me lembram de dia e dos meus 12 anos cuidando dela. De como corria as ruas de um distrito industrial para lhe trazer uma flor, mas ela poder tocar e sentir o pouco de natureza que existia na nossa casa. Recolho umas flores e escolho as que Dia escolheria se estivesse comigo, e enquanto continua sussurrando a música de nossa avó, faço o meu melhor para construir uma coroa de flores e me manter ocupada.
You're in control Rid of the monsters inside your head Put all your faults to bed You can be queen again
É o último verso dessa música. De nossa canção. Acabo entendendo que tenho que me endireitar. Alpha não vai ficar do meu lado sempre, não vai. Mesmo que isso me cause lágrimas e me magoe, é assim que as coisas são... e eu tenho que assumir o controlo, ou posso perder minha vida e meu pai não vai ter quem olhe por ele, e eu nunca terei uma vida minha.
-Obrigada, Dia. - Agradeço. Por aquele momento e por todos os momentos que tivemos. Estou certa que de onde ela está, está tentando que eu desça à realidade. - Obrigada. Sua irmãzinha sente muito a sua falta.
Acabo chorando mais uma vez... Porque demora tanto aquele imbecil...
Resumo: - Ocupar o tempo e pensar na família.
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Wallace McQueen Admin
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Assunto: Re: Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 Qua Mar 25, 2015 4:25 am
7:xx hrs 20ºC "You're alone, you're on your own..."
Athena começa a pensar em sua família enquanto espera por Alpha. As memórias são fortes e apertam o peito da garota com um mix de tristeza e alegria. Uma música é cantada suavemente, desabafando todos aqueles sentimentos. No meio da música... UM CANHÃO DISPARA! Athena fecha os olhos e continua cantando, torcendo com todas as suas forças que não fosse o canhão de seu companheiro de distrito.
Ela abraça as suas pernas e começa a se ninar. UM CANHÃO DISPARA! O medo de ficar sozinha na arena toma conta do corpo da garota em segundos. Ela se levanta rapidamente e grita muito alto por Alpha. Lágrimas escorriam por seu rosto. Ela procura ao redor, mas nenhum sinal de seu aliado por perto.
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Assunto: Re: Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 Qui Mar 26, 2015 6:25 pm
ATHENA VANDYKE
O primeiro canhão zumbe nos meus ouvidos. Não pode ser. Ele não se deixava ir assim tão fácilmente, é demasiado teimoso para isso. Não pode. Não pode!
Então soa o segundo canhão, e meu coração para de bater por um segundo. Pulo do meu lugar no chão e me preparo para correr, mas correr para onde? Eu não sei para onde ele foi. Não sei onde ele está..
-Burro, Alpha! - Murmuro entre os dentes. - Idiota!
Volto a me sentar no chão, abraçando meus joelhos. Se ele morreu, o que me acontece? Que faço? Vou à procura dele? Espero por ele? E se ele não volta mais?
Repito o refrão uma e outra vez. Mas não consigo ganhar o controlo novamente. Não consigo parar de tremer. Escondo o rosto nos joelhos e tento me acalmar. Me lembro da vala aberta no chão..
Espero que tropece aí, e esmurre o nariz..
Resumo: - Esperar que Alpha regresse bem
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Assunto: Re: Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 Qua Abr 01, 2015 4:35 am
8:xx ~ 17:00 hrs 20ºC "Offer me that deathless death."
Assim que escuta um barulho, Athena mira o seu olhar diretamente para o lugar. Alpha estava ali, um pouco ofegante e pálido. A garota não sabia se ria, chorava ou o xingava.
— Hey, Athena. Você nem imagina quem eu encontrei... - diz ele, tentando forçar um daqueles sorrisos.
Athena mira a mão do garoto com manchas de sangue. Naquele momento, a garota sabia o que tinha acontecido. Alpha havia matado alguém. O Tributo Feminino do Distrito 6 coloca as mãos no rosto, ameaçando chorar. Ela esfrega um pouco seus olhos, juntando suas mãos ao tentar tampar sua boca e seu nariz. Ela podia ver que Alpha não estava bem. A tensão dos Jogos estava acabando com sua sanidade mental. E ela só esperava que o resto dos tributos estivessem tão cansados e desgastados daquilo quanto ela.
Sem muitos diálogos, Alpha diz que eles deveriam sair dali. Athena concorda apenas com um balançar de cabeça. Eles começam a andar em direção ao sul; entre eles um silêncio perturbador. Depois de alguns segundos de caminhada, começa a chover, mas não durando muito para ter seu fim decretado. Durante o curto tempo de precipitação, os garotos aproveitam para tomar água e guardar um pouco no recipiente metálico.
Mais para o final da manhã, eles se sentam um pouco para se alimentar e se abastecerem de frutas comestíveis. Mais tarde, quando sentem o frio do sul próximo a eles, voltam a se alimentar e beber a água que guardaram. Athena sentia que só aquelas frutas não eram o suficiente para mantê-los. Durante os três dias na arena, os garotos haviam perdido peso.
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- Paraquedas (ombro) - Frutas comestíveis variadas (35 unidades) (paraquedas) - Kit de primeiros socorros (duas colheres dentro) (paraquedas) - Pote de metal (500ml) (paraquedas)
Athena Vandyke
Mensagens : 111 Data de inscrição : 29/10/2014 Localização : Distrito 6 Jogador : Joana Vaz-Rato
Assunto: Re: Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 Sex Abr 03, 2015 4:36 pm
ATHENA VANDYKE
Ouço passos se aproximarem e meu corpo estremece. É agora. Penso para mim. Respiro fundo e levanto a cara que estava escondida entre meus joelhos. Mas quem vejo é Alpha. Um Alpha alterado, com uma expressão corporal que não lhe era natural. O observo para ver o que poderia ter acontecido, e vejo então, o sangue seco nas suas mãos.
Não posso dizer que me surpreenda que ele tenha matado alguém, mas me sinto dividida. Um daqueles canhões podia ser dele. Eu estava me perdendo no pensamento de poder ser o canhão dele. Não consigo explicar, nem para mim mesma, mas uma parte de mim parece se sentir traída. Traída por Alpha se ter afastado e voltado com sangue nas mãos.
Ele tenta fazer disso uma brincadeira, faz uma gracinha. Tenta falar comigo depois de eu chorar tudo o que tinha para chorar, mas eu não consigo responder. Me sinto apática. Não consigo olhar para ele. Sempre que olho na direção dele só vejo aquele vermelho em contraste com o preto.
Ele sugere que voltemos para o Sul, e eu não consigo fazer mais que acentir com a cabeça e segui-lo. Caminho atrás dele mirando suas costas, mas às vezes meu olhar recaía sobre suas mãos novamente. Quando sinto a chuva tocar a minha face, algo se apoderou de mim; Peguei nas mãos dele e as esfreguem até o sangue começar a escorrer e a desaparecer, sem nunca pronunciar uma palavra.
-Eu posso tratar disso - ele contesta. - Aproveite é pra coletar um pouco da água.
Não lhe respondo. Na realidade, mal o ouço. As palavras entram os meus ouvidos mas não ganham nenhum significado. Só consigo ver aquele vermelho, que parece não querer sair das mãos de Alpha.
- Você nem sabe de quem é esse sangue. - Ele fala, mas mais uma vez, não consigo tirar o significado do que ele me diz. O sangue demorou tanto a desencrustar das mãos de Alpha que pensei que talvez ele estivesse também machucado e estivesse sangrando. Mas não havia sangue fresco por isso era improvável, pelo menos que fosse das mãos.
- Droga, Athena! - Ele então me afasta, me retirando o paraquedas para chegar ao pote de metal onde guardávamos a água. Ele enche o pote, bebe e volta a encher para mim. Fico observando o movimento dele, ainda me sentindo apática, ainda me sentindo completamente a leste. Como se não estivesse lá e estivesse apenas assistindo em casa no televisor. Mas não estou.
- E vê se volta a encher quando terminar. - Ele me ordena. Como resposta, me limito a beber a água no pote. Sinto ela descer por minha garganta. Você está aqui. Você tem que jogar. Se você não jogar, os outros vão jogar por você. Penso e tento me convencer. Olho novamente para Alpha, agora com suas mãos limpas, que me aguarda com cara de tédio. Ele já começou a jogar
Continuamos a caminhar em silêncio. Por muito que queira puxar conversa, não consigo. Só consigo me concentrar nas mãos delas, que apesar de limpas, nunca vão deixar de estar manchadas com o sangue de alguém.
Quando chegamos à neve do Sul, volto a prender meu cabelo na máscara para ter maior proteção contra o frio nas orelhas. Seguimos até ao ponto do nosso esconderijo na primeira noite, Alpha me ordena para que fique atrás enquanto ele inspeciona o local, como se agora se importasse com o meu bem estar, quando volta a me mirar começa a dar ideias de como fazer armadilhas aqui e ali e acolá, e aí algo quebra em mim e eu não aguento mais, quando ele me vira as costas.
-IDIOTA! - grito pegando um aglomerado de neve e atirando nas suas costas. - Porque teve que se afastar?! -Grito, sentindo os meus nervos aquecerem. - O QUE FALAMOS SOBRE ME DEIXAR SOZINHA?!
Ele parece ficar surpreendido, mas me enerva mais, ver que ele está me estudando antes de me responder.
- Wowowow, calma pequena. -ele tenta apaziguar o que só faz minha ira subir.- Eu estava tentado coletar água para nós dois. Mas acabei ouvindo vozes e tive que investigar...
- Não me venha com "pequena"! - Grito já notoriamente alterada. Queria lhe bater. Queria tirar-lhe aquela cara de pau à pancada. Me aproximo dele com essa intenção, mas meu olhar cai sobre as mãos dele novamente e apenas me deixo cair no seu peito numa simples suplica. - Eu não quero saber. O que foi. Como foi. Quem foi. Não quero saber.
Não entendo nada do que se passa comigo. Enquanto quero destruir aquele sorrisinho arrogante, sei que neste momento, mais não é que uma máscara. Eu sei que ele não está bem. Mas também que não se vai abrir comigo.
Prova que não está bem é que ele me envolve nos seus braços e descansa a cabeça no meu ombro. Esse leve sinal de confiança que nele seria impensável. Mesmo com o sorriso e a provocação para me tentar convencer que estava fazendo troça.
- Era seu, o sangue? - Pergunto enquanto lhe acaricio a face. Forçando-o a olhar para mim nos olhos - Você está machucado?
- N-não, não. Não era meu, e eu estou ótimo. - Algo me perturbou em sua hesitação. Mesmo muito.
Ele me oferece um par de meias que não sei de onde apareceram e não questiono a sua origem. Mas opto por não as usar.
O trabalho que estou fazendo me dá uma espécie de dejá vu. Foi exatamente o mesmo que fiz na primeira noite. Mas nós não estamos como estávamos na primeira noite. Estamos cansados. Com fome e destruídos. Já não pensamos direto. Já não sentimos direito. Já não somos nós...
- O que vai pela sua mente, Athena? - ele pergunta do nada - Estando exatamente no mesmo lugar em que tivemos na primeira noite... - murmura quase cuspindo - porém, com um número muito menor de sobreviventes...
A sua voz repentina me faz retomar a realidade. Acabo derrubando todo o que tinha nas mãos. E para alguém que cambaleou para as apanhar, minha voz suava muito dura - Não sei. Quer que lhe diga que estava com saudades do lugar? - respondo com algum desdém.
Noto ele se aproximar de mim. Talvez para ajudar. - Bem, para quem passava o dia se queixando de ficar sozinha no chão lá no Oeste, esperava um reação mais alegrezinha. - Mas não, apenas me provoca e ri de mim - Já para não falar de como era chato ter que usar essa máscara o tempo todo... - ele diz revirando os olhos e estalando o pescoço
- Aqui também é melhor usá-la se quiser preservar o seu nariz. - respondo rispidamente. As temperaturas baixas deste lugar não podem ser subestimadas por essa arrogância.
- Noooossa. - ele fala, rindo na minha cara mais uma vez. - Que atrevida você está. É do frio? - Ele se põe à minha altura no chão e pega uma madeixa de meu cabelo. Mas o movimento de ameaça que me faz em seguida me fazem estremecer até à espinha. - Sugiro que repense as suas palavras ou... isto não vai correr muito bem. - sorri, simplesmente.
O fito de olhos arregalados. Sei que ele não está no seu modo normal. Ou está? Não... Não! - O que você está fazendo? - pergunto calma e simplesmente. Com cautela.
- Avisando. - ele parece voltar a si no momento. Mas eu continuo tremendo. Ele não tinha o direito de se portar assim comigo. Não comigo..
- Você acha que me tem que avisar de algo? - pergunto exaltada. - Eu pensei que um daqueles canhões era você. - a cada palavra minha, minha voz se alterava, e eu não estava conseguindo me controlar mais... - Eu tive tanto medo... e agora você me vem com ameaças desse tipo? - sussurro as últimas palavras, porque me custava de mais admitir que esse estupor me conseguia ameaçar..
- Eu acho que foi você que me ameaçou primeiro. - Como ele pode achar isso? Quando eu fiz isso? - Você acha mesmo que eu morreria contra alguém tão fraco quanto aquela garotinha? - Porquê ele me tortura com esse acto mais uma vez? Porquê ele faz isso, mesmo quando lhe custa falar do sucedido e sua voz só treme..
- Eu não ameacei. E por favor - Seguro seu rosto em minhas mãos com delicadeza, o acaricio um pouco ao ver ele se afastar, e volto a lhe pedir. - Eu não quero falar sobre isso Alpha.
Não é como se ignorar o sucedido faça com que desapareça, mas sinto que se eu o disser em voz alta, que se falarmos sobre isso, se tornará numa coisa mais real, e que aí, eu não consiga enxergar Alpha novamente da mesma maneira.
- Soou como uma ameaça para mim. - ele encolhe os ombros e me dá um sorriso nervoso. - 'Tá, mas não vai poder ignorar para sempre... - ele tenta rir, eu só queria que ele parasse de fingir que isso não o afeta.
-Não estou ignorando, só... - digo baixando o olhar. - Me apercebi que já não somos espectadores. Agora estamos jogando a sério. Você pelo menos está...
E foi preciso alguém morrer nas suas mãos para eu entender isso. Foi preciso eu pensar que ele estava morto para me fazer perceber.
- Pois é. Mas tem que ser. É só um passo mais perto de casa, não é verdade? - ele ri novamente, fazendo meu coração se prender por uns segundos, esse riso estava acabando comigo mais rápido que a arena. - Não pensa nisso -ele segura meu queixo, me forçando a olhar para ele. Como ele queria que acreditasse que ele se orgulhava do seu feito, enquanto seus olhos mostram o quão desfeito ele ficou? - ...te garanto que é mais fácil do que parece. Quando chega a hora, o instinto pela sobrevivência fala mais alto. - ele diz sorrindo.
- Você não parecia tão contente assim com o seu instinto de sobrevivência. - cuspo e me levanto, virando-lhe as costas para voltar ao trabalho, cansada da conversa.
- Nunca disse que estava, só não me arrependo de o ter feito. Só isso. - ele reclama se afastando.
- Suponho que não deve... - murmuro, tentando me concentrar no trabalho. Como se minha mente não estivesse a mil. - Mas o que nós somos, Alpha? - acaba saindo da minha boca antes de um pensamento muito mais aterrador se instalar. - Se ficarmos só nós dois, o que faremos?
Já tinha pensado isso antes, mas é uma realidade diferente quando somos 24 e quando somos 9. Eu sabia sua resposta. Ele a deixou bem claro desde o primeiro dia, mas há uma esperança em mim que talvez ele tivesse mudado de ideias..
-B-bem... - vejo ele medindo as palavras, algo que ele não faria antes. - Isso é bastante improvável para começar... - ele responde sem me conseguir encarar.
- Já foi bem mais improvável! Você não pensou nessa possibilidade? - respondo, já atingindo o ponto de histeria, eu só quero que ele me confirme ou desminta, nada mais. Que me acalme a alma..
- Não. - Ele responde firmemente. - Quando, se acontecer, a gente saberá o que fazer. Para quê me maçar com algo que é apenas uma hipótese?
A resposta é óbvia apesar de me custar dizê-la, mas essa é uma verdade que pode me prejudicar, ainda assim... -Porque eu não quero que você morra... - murmuro, levando as mãos à cabeça devido à minha honestidade e à minha estupidez - Eu não vou conseguir matar ninguém. Muito menos você. Eu não quero que você morra! - bato na minha cara uma ou duas vezes para me fazer descer à realidade, não devia dizer essas coisas, mesmo que as sinta.. especialmente se as sentir.
- Calma, pequena! - Ele me segura os ombros e eu o encaro, para a resposta que eu esperava, mas que não queria - Você não me vai matar...
...Eu não o premitiria. - conclui piscando o olho.
Toda eu estremeço com essa resposta, vejo ele surpreender com minha reação, mas se era isso que ele pensava - Você está dizendo.... - o afasto de mim, empurrando-o, estava a sentir-me sofucada.
- Shhh. Estou só me metendo com você. - ele ri. Mas eu sei que não estava só se metendo comigo. - Não é um com o outro que temos de nos preocupar agora. Mas sim com os outros que sobram. Só estão sobrando os melhores, Athena... os que treinaram toda a vida pra isto... - murmura.
- Não consigo... - murmuro, voltando a me sentar no chão, escondendo a cara nos joelhos.
Ele me obriga a levantar, me fazendo sentir mais encurralada. - Não pense em nada então.
-Não consigo. - repito para ele - Não consigo.
- Que seja. - ele responde revirando os olhos sem me soltar.
- Para você pode ser que seja. Mas eu... eu não sei se quero continuar aqui, Alpha. - respondo, me sentindo presa e sem forças.
Ele arregala os olhos e aperta o meu braço com mais força. - E você acha mesmo que eu quero? Pensei que fosse inteligente o suficiente para saber que não estamos aqui por opção mas sim por descuido seu. - Ele finalmente me larga.
Mas algo na arrogância dele me faz rebentar. Como quando um animal selvagem e ferido se sente encorralado. Eu sentia minha sanidade me abandonar a cada segundo neste lugar. Estava vendo o mesmo em Alpha e tudo o que eu não precisava era me sentir culpada pela situação.
- CHEGA DESSE DISCURSO DA CULPA SER MINHA! - agarro a gola do manto dele, nunca tinha reagido dessa maneira antes, mas naquele momento só queria gritar e quebrar algo. - Você quer saber... Eles NÃO querem saber de quem põem aqui! MESMO QUE NÃO TIVESSEMOS NOS CRUZADO ANTES ERA AQUI QUE IAMOS PARAR! Para de ser idiota!
Ele se surpreende com a reacção mas faz como se nada fosse - Acha mesmo que o nosso encontro com o prefeito e com os vitoriosos não teve nem um pouco a ver com o facto e estarmos os DOIS aqui? Então sou eu que sou paranóico... - ele tenta explicar.
- Se quisessem nos abater, abatiam. Não esperavam os Jogos. - riposto. Já começando a chorar de raiva.
- Eles nos pouparam por um motivo. E foi este mesmo. Não é muito mais divertido que uma morte rápida? Ver a gente elouquecer primeiro.
- Há gente no distrito mais interessante de matar assim. Larga de ser convencido.
- Mas era o último ano de nós ambos. - riposta. - Não tente fugir das suas consequências agora...
- Não é responsabilidade nenhuma. Alpha. Por favor. Para. - peço, já me desfazendo em lágrimas.
- ...'Tá, - ele diz simplesmente, se afastando de mim.
-E não é meu último ano. - corrijo como se fizesse diferença.
- Acabou por ser, independentemente do resultado. - ele encolhe os ombros, me virando as costas.
- Alpha... - Acabo chamando entre soluços.
Ele volta para dentro do esconderijo. Eu fico chorando na entrada enquanto termino de fechar a entrada. Me corto num dos galhos, um corte não muito fundo, mas voltar a ver sangue me agonia o estomago. O sangue nas mãos de Alpha, a poça de sangue que vinha dos pulsos da minha mãe, o sangue que Dia cuspiu e que viria a ditar o fim da sua vida com apenas 14 anos.
-Desculpe, papai. - digo em soluços. - Eu menti para você. Eu não vou ficar bem.
Que aconteceria daqui para a frente? Se eu morrer e Alpha vencer, ele comprirá nosso acordo? Se eu ganhar ele terá muito melhores condições, melhor tratamento... mas se morrermos os dois.. o que irá ser dele? Quem irá cuidar dele?
Volto para dentro e encontro Alpha também se debatendo com seus pensamentos. Acabo o chamando com voz trémula.
- Alpha! - Ele parece acordar nesse momento. - Você pensa... na vida que nós dois poderíamos ter se não tivéssemos vindo aqui parar?
- Nós dois? - Quando dito por ele, percebo a escolha errada das palavras. - Não sei. Nem quanto a você, nem quanto a mim.
- Nós dois... - Repito pesadamente, antes de completar - Para não falar nós 24...
- Por que eu haveria de me importar sequer? - ele fala com desdém, não me encarando - Essa não é a realidade. Não importa.
- Não importa para você. Importa para as famílias deles. E vai importar para a nossa... - me engasgo com essas palavras, porque no meu caso, é mentira. - Para a sua pelo menos, se não regressar...
- Não é problema meu. E eu prefiro não pensar nisso, tá?
- Não dá. - concluo, mas me sento no chão e desisto da conversa.
...
Me sento na entrada mirando o horizonte, vendo o sol descer no horizonte. Me pergunto se os dias são mais pequenos nesta parte da arena, por representar o Inverno.
Alpha se aproxima para pedir comida a Otillie. Eu não quero comer nada vindo deles neste momento. Oliver deve estar mais que fulo comigo, porque razão me ajudaria quando desobedeci deliberadamente às suas ordens? E pior, depois do que eu disse hoje. Talvez Oliver tivesse razão e eu não devesse ter me aproximado de Alpha. Mas agora é demasiado tarde, não o posso deixar.
E depois Otillie, não sei porquê, uma parte de mim fica irritada cada vez que Alpha diz o nome dela. Não sei explicar e não procuro explicação. (Caso recebamos algo)Alpha me força a comer do que ele nos enviam, como por obrigação e parece não me cair bem.
Depois de comermos, Alpha se acomoda na entrada na caverna olhando o seu. Como se estivesse à espera. E estava, esperando o hino. Me lembro de imediato como ele estava quando chegamos aqui, aquele estado de nervos, como estava alterado. Me preocupa que ver a sua vitima no céu esta noite o perturbe ao ponto de ele voltar a ficar assim. E eu lhe prometi..
O agarro pelas costas e tento obrigá-lo a voltar para dentro, ele se desiquilibra um pouco, mas não sai do local.
- Não vejas. - Peço.
- Você tá parva!? - ele responde irado e se debatendo nos meus braços. - Preciso de saber quem foi o outro canhão. E você deveria querer saber, também.
- Não precisa saber nada. - riposto encostando a cara nas costas dele. - Não faça isso a você mesmo.
- Caramba, Athena! - Ele me encara visivelmente irritado. - Você não tem que ser um estorvo para mim. Se quer ter a mínima chance de sair daqui, o primeiro passo é saber quem continua em jogo!
- Isso pouco importa! Vão todos ter que morrer, não é mesmo?! Não quero que você sofra como estava sofrendo há pouco. Por isso não veja. - Insisto. Ele não pode se machucar dessa maneira.
- E não acha que tem diferença entre esperar um confronto com uma garotinha indefesa ou contra um carreirista forte e armado!? - contesta. - Não vou avisar outra vez, Athena. É bom que pare de insistir. - ele fala em tom de ameaça.
- Eu vejo. Te digo se morreu um carreirista. - me ofereço. - Por favor, Alpha...
- Não! Você vai ver, mas eu também. E não quero ouvir nem mais uma palavra sobre o assunto. - Ele volta para o local dele, e eu apenas o fico encarando
- Você sabe que eu estou tentando zelar por você... - murmuro sem resposta.
Meu coração parece parar se bater enquanto esperamos o hino, estou com dificuldades em respirar. Olho Alpha e vejo como ele já está alterado... e o hino ainda não começou...
Eu vou manter minha promessa, Malloch. Você goste ou não.
Resumo: - Seguir Alpha para Sul. - Cavar um buraco fundo o suficiente para atrapalhar um possível tributo ou bestante que apareça, dando-nos tempo para agir. Usar as folhas que Malloch trouxe e ramos para tapar o buraco, e neve para camuflar a armadilha; - Se der tempo, começar a tapar a entrada da caverna; - Dividir a refeição/frutinhas e a água com Alpha. -Esperar pelo hino.
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Assunto: Re: Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 Sáb Abr 04, 2015 3:55 am
17:xx ~ 00:xx hrs -30ºC "And show me how to be whole again."
Antes de saírem da floresta florida, os Tributos do Distrito 6 recolhem mais algumas frutinhas boas para o consumo, algumas folhas e galhos. Ajeitando suas máscaras, se protegem contra o frio e seguem. Eles caminham na neve densa até chegarem na antiga caverna que utilizaram como esconderijo há poucos dias.
O clima entre eles ainda estava tenso. Entre discussões e planejamento de uma possível armadilha, o resto da tarde vai passando. Athena tenta cavar o solo, mas o lugar o Sol se esconde e começa a ficar muito frio. Ao invés da armadilha pensada, ela coloca os galhos de maneira que denunciariam alguém se se aproximasse. Ela devolve o par de meias para Alpha e volta para a caverna.
Um paraquedas desce do céu. Alpha o recolhe e encontra lá dois pães. O suficiente para passarem a noite com a barriga sem reclamar. Eles amassam algumas bagas e recheiam os pães, tomando a água que conseguiram na parede gelada da caverna. O pão estava quentinho e o doce das frutinhas deu um complemento no sabor (mesmo eles já cansados daquele sabor).
Mais tarde, Alpha se posiciona na entrada da caverna para ver o hino dos caídos, se enrolando em seu cobertor. Ele corta as meias brancas, criando cinco buracos em cada e transforma-as em um par de luvas. Athena tenta de qualquer forma trazer seu companheiro de distrito para dentro da caverna para que ele não veja o rosto de Luna no céu, mas ele não escuta os conselhos e continua ali. Os dois ficam em silêncio até o hino começar a tocar e os rostos surgirem no céu.
Assim que vê o rosto do Tributo Feminino do Distrito 12, Alpha começa a tremer. Athena agora parecia preocupada e jogava na cara do garoto que sabia que aquilo aconteceria. Alpha fica de pé e grita com ela, dizendo que era apenas por causa do clima. Nesse momento, eles escutam um galho se quebrando não muito longe dali. Tudo volta a ficar no mais absoluto silêncio, enquanto dois tributos atentos do Distrito 6 tentam descobrir de onde aquele barulho veio.
Situação: Saúde (100/100) Fome (100/100) Sede (100/100)
- Paraquedas (ombro) - Frutas comestíveis variadas (30 unidades) (paraquedas) - Kit de primeiros socorros (duas colheres dentro) (paraquedas) - Pote de metal com água (500ml) (paraquedas)
Athena Vandyke
Mensagens : 111 Data de inscrição : 29/10/2014 Localização : Distrito 6 Jogador : Joana Vaz-Rato
Assunto: Re: Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 Dom Abr 05, 2015 10:09 pm
ATHENA VANDYKE
Só teriam dois rostos esta nesta noite. E um desses rostos, será por conta do Alpha. Quando toca a primeira nota do hino, e enquanto o simbolo de Panem está no céu, olho para Alpha, o vejo levar o dedo à boca e o mordiscar, aguardando nervoso.
Não preciso perguntar de qual das garotas era o sangue, bastava olhar pela sua reação. Seu corpo se controceu um pouco e começou a tremer.
- Eu disse que você não deveria.... - mas antes que terminasse de falar ele começa a gritar comigo, e eu deixo.
Deixo que ele deite toda a culpa de sua raiva e de seu nervosismo em mim. Deixo que ele expulse esses sentimentos para o exterior. Não respondo, não lhe toco, só o olho, e ouço tudo o que ele quer expulsar.
Mas talvez, tenha expulsado demais. Alguns dos ramos que escondemos na entrada foram esmagados, algo está lá fora. Sinto meu corpo ficar hirtico, prendo a respiração e não me consigo mexer. Alpha agarra uma adaga que tinha presa ao sinto, faz quanto tempo que ele tem aquilo?! Ele me faz sinal com a cabeça para que me prepare.
Me afasto em silêncio, para a ponta oposta da entrada da caverna, me esforço ao máximo para não deixar um som. Agarro minha faca firmemente mas minhas mãos não param de tremer.
Resumo: - Ficar quieta e manter o silêncio; - Aguardar, que o que quer que esteja lá fora se afaste.
It's in your eyes, what's on your mind I fear your smile and the promise inside I just have know, while I still have time Do I have to run, or hide away from you?
Wallace McQueen Admin
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Assunto: Re: Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 Qua Abr 08, 2015 3:51 am
00:xx ~ 7:xx hrs -10ºC "We're running out of time."
Alpha e Athena ficam atentos a ameaça que está ali próxima. Os olhos de Athena dançavam desesperadamente de um canto ao outro, enquanto a garota sentia sua respiração acelerar. Algo parecia estar esmagando o seu peito. De repente, algo parece tomar movimento e correr dali. Parecia correr com certa dificuldade por conta do frio e a neve. Por causa da falta de luminosidade, os garotos acabam não conseguindo fazer nada contra a pessoa. A figura corre em direção a floresta colorida e venenosa.
Alpha e Athena ficam acordados mais um pouco ainda atentos para verem se o tributo não volta, mas por sorte ele parecia não querer confusão. Depois de algum tempo, Athena resolve dormir enquanto Alpha continua de vigia. Ela se enrola com o paraquedas para ajudar a aquece-la, já que o frio estava insuportável. Mais tarde, Athena se vê obrigada a obrigar Alpha a descansar um pouco enquanto ela monta guarda. Mas Athena percebe que mesmo deitado e bastante quieto, o garoto parecia não conseguir dormir.
De manhã, os tributos matam a sede com a água que conseguem através do gelo e comem o resto das frutinhas que colheram. O dia parecia não começar muito bem. O animo da dupla parecia estar tão baixo quanto a temperatura da área. Quando terminam a refeição, algo chama a atenção deles. De repente, surge-se uma voz do além. Era o Idealizador Chefe dos Jogos fazendo um convite aos tributos. Talvez a audiência queira um pouco mais de emoção.
— Atenção, tributos. Alguns ignorarão o meu convite, mas eu peço que me escutem atentamente até o final. O que tenho a oferecer não é um simples banquete ou alguns mantimentos... Gostaria de oferecer aos senhores vantagens. Coisas que dariam o que precisam para alcançar a vitória. PORÉM... apenas haverá uma recompensa por distrito... Daqui uma hora exata, vocês deverão reclamar pelos caixotes que estão localizados na ilha da Cornucópia. Não sejam gananciosos.
O silêncio paira no ar. Alpha e Athena se encaram. Eles teriam pensar no que fariam a seguir.
Situação: Saúde (100/100) Fome (94/100) Sede (100/100)
- Kit de primeiros socorros (duas colheres dentro) (paraquedas) - Pote de metal (500ml) (paraquedas)
Athena Vandyke
Mensagens : 111 Data de inscrição : 29/10/2014 Localização : Distrito 6 Jogador : Joana Vaz-Rato
Assunto: Re: Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 Sex Abr 10, 2015 12:40 am
ATHENA VANDYKE
Solto um grande suspiro ao ouvir o que quer que estivesse lá fora se afastar de nós. Ficamos bem por agora. Mais um dia passará. Sobrevivemos mais um, e nossa morte está mais próxima, ela pode chegar de qualquer lado, de qualquer maneira. Só me estou convencendo de uma coisa, ela chegará.
Alpha parecia estar tão agitado quanto eu, apesar de tentar manter o disfarce de imbecil que tem desde o primeiro dia. Minutos passam e nada acontece, peço a Alpha que fique vigiando enquanto descanso um pouco.
Consegui adormecer, dormir mas não consegui descansar. Nas 3 horas que estive dormindo tive vários pesadelos. A juntar-se às imagens dos pesadelos anteriores, agora o meu subconsciente tentava criar a imagem de Alpha matando aquela garota, de suas mãos ficarem tingidas de sangue e assim ficarem até ele por fim se enforcar no seu chicote.
É com essa última imagem que acordo. Estranhamente não entro em pânico com essas imagens como a primeira vez. Respiro fundo e me lembro do que meu pai me dizia enquanto ainda estava são: "Não tenha medo de sonhar com morte, Athena. Sonhar com os mortos é sinal que eles olham por nós, e sonhar com a morte de alguém, você está na verdade lhe dando anos de vida. Estou dando anos de vida a Alpha, parece tão insólito neste lugar. Talvez esteja lhe dando mais algumas horas, já anos, só mesmo nos meus sonhos.
Vou ter com ele à entrada do esconderijo e o observo antes de falar. Sentado de uma maneira muito mais defensiva e brincando com seus dedos. Os nervos estão consumindo ele também. Lhe dou um toque no ombro e o convenço a ir descansar. Ele demora muito tempo para adormecer. E passado uns minutos começa..
Ele fica agitado. Se remexendo de um lado para o outro, gemendo e dizendo coisas incompreensiveis. Será que eu também fiquei nesse estado quando estava dormindo? Vejo o tempo lá fora, ainda parecia demorar até o sol nascer, e não acredito que alguém viesse se aventurar no gelo à noite. Me aproximo dele com cuidado e me sentei junto a ele, acariciando seus cabelos, lhe cantando aquela velha canção de ninar.
The other night, dear, as I lay sleeping I dreamt you were next to me But when I woke up, I was mistaken So I bowed my head and I cried
Canto baixinho, só o suficiente para que o subconsciente dele entenda que pode descansar, que está seguro comigo, que pode se entregar, que ficará bem. A agitação acaba passando aos pouco, faço ele deitar a cabeça no meu colo com cuidado, para não o acordar, se ele acordar agora vai gritar comigo de certeza. Ele cai no sono profundo na altura de um verso que diz:
But now you've left me, to love another You have shattered all my dreams..
Esta musica é a única que minha mãe alguma vez cantou para mim, e a última vez que o fez foi na noite anterior a ter aberto os pulsos enquanto eu estava na escola. As pessoas do distrito me dissera que antes do suicidio algumas pessoas fazem mostras amor que pareciam fora de lugar, na altura não liguei a esse fato, até me lembrar que minha mãe não cantava para mim desde que eu tinha 7 anos.
Sinto a respiração de Alpha se acalmar, mostrando que está num sonho mais relaxado, mesmo tendo um espasmo ou outro. Vê-lo dormir é estranho, faz-me perceber que ele não é mais que um rapazinho. Um rapazinho tirado de casa e que foi levado a matar outra pessoa pelas mesmas pessoas que o afastaram da familia. Ele fala da mãe dele com muito amor. Será que a mãe dele também lhe cantava canções assim.
You are my sunshine My only sunshine [...] You'll never know, dear How much I love you So please don't take my sunshine away..
Me surpreendo com o enfâse que pus nestes últimos versos. Eu não posso criar laços com ele. Não posso. Instintivamente paro de lhe mexer, e com muito cuidado volto a deitar sua cabeça no paraquedas. Volto para a entrada e fico olhando o Sol a tentar subir no horizonte.
Não passa muito tempo até Alpha se voltar a agitar e acabar por acordar de vez, mas dessa vez eu não procurei acalmá-lo.
....
Passado mais ou menos uma hora de estarmos os dois a pé, uma voz faz-se ouvir na arena. Eu sabia que isto ia acontecer mais cedo ou mais tarde. 26 anos de jogos e eles sempre puxam essa carta do "banquete" para acelerar a matança. Eu só não esperava que fosse tão cedo. Não.Eu não esperava chegar tão longe.
Soube logo qual seria a posição de Alpha quanto a ir, mas eu não podia deixar. Por uma vantagem que pode não valer nada, não vale a pena.
- Não. Não. Por favor não... - Murmuro ainda o idealizador estava terminando de falar.
- Oh sim. - Como eu esperava. - se você acha que vamos ficar aqui sentadinhos enquanto o resto pega sua recompensa, está bem enganada.
- Não podemos Alpha. Vai ser o segundo banho de sangue. - abano a cabeça tentando que ele perceba o meu ponto de vista - Não podemos...
- Se ficarmos aqui, não teremos hipótese. Apenas aumentariamos os nossos possíveis dias, mas a vitoria seria impossível... - ele murmura, se aproximando.
- Nós não podemos. Eles vão acabar connosco. Não podemos voltar para a cornucópia. Não podemos. - Repito vezes sem conta.
- Você não entende!? Não temos outra hipótese! Seremos cautelosos. Nos aproximamos quando o caminho estiver livre... - Ele me trata como se eu fosse idiota, mas eu só estou tentando zelar por nós dois. Ele me vira a cara o que faz minha voz subir de tom.
- Não vai haver caminho livre, Alpha!! Só restamos nós e carreiristas!! Acha que vai correr bem pra nós de alguma maneira? - Minha voz já parecia deformada novamente, neste ponto. Ele volta a me encarar.
- Só restamos nós e DOIS Carreiristas. Que por acaso, nem são aliados! O resto é palha! Puras distrações que ganharão vantagem e protecção dos Carreiristas e que acabaram por nos vir caçar mais cedo ou mais tarde, se /nós/ não fizermos nada. É difícil de entender!?
-Não. Não. Eu não vou voltar para lá! É um por distrito. Fica para você. Eu não posso.. eles vão acabar comigo. - Ofereço baixando o olhar.
- Tem razão. É um por distrito. E vai ficar para mim... -Ele aceita depois de respirar fundo.
...Mas você vem comigo. Quer queira quer não.
-Não. - Repito - Não volto para a cornucópia. Não volto.
Como ele pode me querer obrigar a voltar aquele lugar, ali em questão de minutos, 8 pessoas morreram. Vão tentar repetir isso para lá ao nos atrair, ele não percebe isso?
- Athena... - Ele se aproxima, me cercando e falando pausadamente. -Você vai. E não. Quero. Nem mais. Uma. Palavra. Entendido?
- Não. - Respondo com tom sério. A intimidação dele nunca funcionou comigo, não iria começar agora.
- Quer mesmo fazer isto da pior maneira? - Ele pergunta, ameaçando.
- Eu não quero ir, Alpha. Estou-te oferecendo a vantagem. O que você quer mais? - Tento lhe fazer ver.
- que você seja o meu segundo par de olhos. - responde.
Engulo em seco, pois claro. Ele ainda precisa de mim.. - Mas não passo para a cornucópia. Fico na entrada vigiando você. Valeu? -Ponho minha condição, eu não volto para aquele lugar.
- E vai fazer os possíveis para me manter vivo. Combinado. - Ele completa. Não ponho mais nada. Fico em silêncio, digerindo o que concordei fazer. Ele me dá um beijo na bochecha, fingido e seco, como os anteriores, mas por alguma razão, mexeu comigo.
Eu estou a caminho da morte ou da loucura. Ou até de ambos. Sinto meu estomago revirar. Por alguma razão sinto que não irei regressar a este lugar.
E no entanto quando caminho atrás de Alpha pela paisagem cheia de neve, só um verso da canção ecoa na minha cabeça.
Oh, Please don't take my sunshine away...
Resumo: - Aceitar o convite para o banquete; - Seguir Alpha.
It's in your eyes, what's on your mind I fear your smile and the promise inside I just have know, while I still have time Do I have to run, or hide away from you?
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Assunto: Re: Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6