26º Edição Anual dos Jogos Vorazes
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 Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12

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MensagemAssunto: Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12   Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 Icon_minitimeSeg Nov 17, 2014 4:28 am


Luna Lewis

Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 D12F

Idade: 18 anos.
Altura: 1,63 m.
Peso: 62 kg.
Distrito: 12.
Destro ou canhoto? Canhota.
Ocupação: Cultivadora de Ervas.

Perícia com: Adaga(100%), Shuriken(70%).

Habilidades: Manusear fogo(100%), Identificação de Alimentos(100%), Medicinal(100%), Combate Corpo-a-corpo(50%), Furtividade(50%), Armadilhas(50%).

Distribuição dos Atributos:
Agilidade: 5
Precisão: 5
Inteligência: 7
Força: 5
Charme: 5 {Tem um pequeno espaço nos holofotes}
Carisma: 1
Astúcia: 5
Resistência: 6

Fraqueza: Paranoica.

Photoplayer: Georgie Henley.

Três palavras: Culpa, bondade, dedicação.

Sobre:
Uma porta se fecha. Tento me esconder mas ele me encontra e, puxando meus cabelos, me traz até a pequena sala. Minha mãe está ajoelhada em um canto, a dor estampada em seu rosto em forma de um enorme roxo, da qual ela tenta em vão tampar. Seu choro era agudo e constante, e como eu gostaria de poder ajudá-la, porém agora eu era refém do monstro também.

Ele começa a esbofetar meu rosto, e eu tento fazer o que posso para escapar. Como isto podia ser meu pai? Toda vez em que uma de minhas marcas saravam, lá estava ele e outros roxos apareciam logo em seguida. E o mais triste de tudo era saber que ele estava em plena consciência quando realizava suas torturas. Nenhum sinal de álcool ou droga. Me fazendo olhar em seus olhos, ele me vira e diz rindo:

-Meus genes fizeram um belo trabalho, olhe esta pele e estes cabelos tão sedosos. Mas querida, filha de vadia, vadia é. E sabe o que elas merecem? A morte. - E, para atingir minha mãe, diz: - Eu já cansei, amor. - Olhava de forma animalesca para ela, rosnando. -  Agora é hora em que você vai ver sua linda Luna ir embora para sempre.

De repente ele apertou as duas mãos em torno do meu pescoço. O ar se esvaia, e uma pequena luta pela minha sobrevivência dava as coordenadas do meu corpo. Assim, reuni toda a força e chutei no meio de suas pernas. Com o impacto, ele me soltou, o que me fez cair e com um certo esforço, eu corri em direção a cozinha. O medo preenchia cada célula, e no impulso peguei um facão. Um grito foi dado e eu sabia que vinha de minha mãe. Queria ir até lá, porém, o pânico me deixava rígida como uma pedra. Ouvi um baque e isso gelou meus ossos. "Será que ele.. não, não pode ser."

Silêncio. Os segundos, minutos, passavam e nada. Apoiava minhas costas no armário da cozinha, a faca em punho e apesar da pose determinada, a fraqueza se apresentava nas lágrimas que escorriam por precipitação do pior que poderia ter acontecido. Passos. Ele estava vindo e logo se materializou ali, o sorriso tão grande que aparentavam até algum corte profundo dos dois lados.

-Então quer dizer que a covarde vai tentar lutar contra mim? - Soltou uma gargalhada enquanto se aproximava mais - Nós sabemos quem vai continuar vivo hoje e não será nenhuma garotinha boba. - Seu tom de voz era uma mistura de satisfação com nojo.

Agora ele estava a dois passos de distância. Ele ria como se estivesse em um circo, e talvez, naquela cabeça, matar podia ser uma diversão. Já era mais do que a hora da tenda ser recolhida e eu sabia que cabia a mim a garantia disso. Sem pensar, quando ele deu o seu primeiro movimento, eu o atingi no peito com a faca. Suas mãos tentaram lutar contra isso mas nem retirar a faca ele conseguiu pois, caiu já quase sem vida no chão.

"O que eu fiz?" Meus olhos inundaram com a tremenda crueldade que eu tive. "Agora sou um monstro igual ele." Me senti suja e, ao retirar a faca do corpo, fui inundada com uma vontade de acabar com tudo aquilo de uma vez. Com as mãos trêmulas, tentei repetir o mesmo movimento, só que desta vez em minha direção. Até que ouvi grunhidos vindos da sala. Minha mãe. Não podia deixá-la sozinha. Então prometi que ia reparar meus erros, protegendo ela até o último dia de minha vida. Assim, quando a encontrei, tratei logo de levá-la até o curandeiro. Lá, a pergunta que eu mais temia foi feita e tive que dizer que meu pai havia cometido um suicídio. Proteger significava também esconder este segredo a sete chaves.


O sol deixava seus primeiros rastros na cozinha. Preparava o café da manhã, e como praxe, as lembranças apareciam sem avisar, deixando meu rosto ser banhado por lágrimas. Com um pano, sequei e voltei ao trabalho. Afinal, em questão de minutos, toda a vizinhança iria aparecer na janela e a comida tinha que estar pronta. Era tão gratificante poder ajudar todo mundo, e esta foi uma boa coisa que surgiu depois do ocorrido de três anos atrás.

-Bom dia! - Minha mãe aparece e me dá um abraço, seu rosto era iluminado, daqueles que você esquece de toda a miséria que passa, porque ele te conforta, dá alegria. E se tem uma coisa que aprendi, foi que um sorriso muda tudo, e no caso dela isso era extremamente visível. - Qual o cardápio hoje, mademoiselle?

Mesmo sabendo que todo dia o que tínhamos era panqueca, ela gostava de fazer uma imitação do pessoal da Capital e queria que eu inventasse um nome diferente para o prato todos os dias. Enquanto meu lema era de que tendo farinha, sal e água, não passaríamos fome, o dela era de que a vida ia melhorar, e que um dia eles que iam ter que comer 'comida repetida' todo dia, enquanto que para nós, só coisas diferentes e gostosas. Ela era uma grande sonhadora e só descobri isso quando ela superou as dificuldades trazidas pelo homem que um dia chamei de pai.

-Temos estrelas crocantes com líquido transparente, que dá a sutileza necessária para a sobrevivência. - Sorri e logo escutei o barulho da fila que se formava em nossa janela. - A senhora poderia me dar um minuto? Tenho negócios a tratar. - Tentava articular de forma bizarra as palavras, se aproximando do estilo da Capital.

O Distrito 12 era conhecido pela pobreza e isso refletia em nosso ser. Tudo era miserável mas, momentos como aquele, de ter algo para comer, mudavam tudo. O brilho nos olhares das pessoas contagiava e nesse momento eu sentia que estava sendo quem eu realmente sou. Minha vida era para garantir a do outro. Até em meu trabalho, cultivando ervas para um curandeiro, procurei um jeito de poder ajudar mais pessoas. Isso me completava, mas não reparava o erro que cometi.

Um anúncio aparece do nada na TV. Era a chamada para a Colheita. Fiquei nervosa só de olhar para aquelas imagens. E se fosse sorteada? Aquele era o último ano que meu nome ia para o sorteio e isso me deixou preocupada. Ainda existia uma chance de estar ali, sendo treinada para matar alguém. Matar. Há anos eu tento esquecer até da palavra. Devo ter ficado pálida ao ver e ao imaginar, porque o menino que estava na fila me olhou com solicitude e perguntou se eu precisava de alguma coisa. Sorri tentando disfarçar, porém tudo o que pensava era no sangue em minhas mãos naquela maldita Arena.  



Última edição por Wallace McQueen em Seg Fev 16, 2015 3:37 am, editado 2 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12   Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 Icon_minitimeSeg Nov 17, 2014 4:28 am


Atualização!

Seu tributo adquiriu a(o) seguinte habilidade/perícia/atributo:

Perícia com Adaga(100%)

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MensagemAssunto: Re: Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12   Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 Icon_minitimeSeg Nov 17, 2014 4:29 am


Parabéns!


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MensagemAssunto: Re: Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12   Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 Icon_minitimeQui Jan 15, 2015 1:29 am


Luna Lewis

Ainda estava chorando quando os pacificadores abriram a porta e me obrigaram a sair. Me levantei e os segui, enxugando as lágrimas durante o percurso. Chegamos perto da estação, onde a mulher da Capital se exaltava cada vez mais, as veias pulsando todo o drama sem sentido dela. Assim que me aproximei, seu rosto mudou e, logo encontrei câmeras nos rodeando. As senti como se fossem pequenos sóis, fazendo minha pele arder em brasa. E a insegurança, que andava apagada em meio da adrenalina e da confusão, me atingiu forte. Comecei a olhar para os lados, o mais discretamente possível, fingindo procurar Lucio. Ele chegou, e finalmente pudemos entrar no trem, longe dos holofotes.

- Isso, fofinhos, entrem! Podem ficar à vontade! - disse a acompanhante da Capital. Ela nos dava tapinhas nas costas como incentivo, mas isso não era necessário. O cheiro da comida era convidativo demais, as cores, a sofisticação e os detalhes de tudo me fizeram ficar maravilhada. Por um momento esqueci de tudo o que havia passado e já peguei um bolinho para experimentar. Porém, ao sentir aquele doce sabor, uma frase pairou em minha mente: "Eles que tinham que comer 'comida repetida'." Minha mãe. Senti vontade de chorar mas me contive, e, voltei a comer, pensando que era isso que ela faria.

Uma porta se abriu e um homem entrou. Ele se vestia de forma discreta e elegante, caminhando de uma forma totalmente diferente. Olhava para mim e para Lucio, de uma forma que odiei profundamente. Parecia animado e, sentou, ainda mantendo o olhar. Era o famoso David Green, o único sobrevivente de um Jogos Vorazes do nosso distrito.

- Sei que qualquer coisa que eu fale para vocês não vai ajudar de muito. Mas eu sou uma das poucas pessoas que vocês vão poder confiar daqui para frente.

Confiar. Depois de tudo o que passei, não confiava nem em mim mesma e não vai ser agora que isso vai mudar. Fiquei desconfortável com aquelas palavras e com os olhares que ele direcionava a nós. Tudo piorava a cada segundo, o silêncio dominando e a falta de segurança me tirava do ar.

- Ajudarei no que vocês precisarem, então é só me pedirem. - David decidiu falar.

Lucio, que aparentemente estava bem melhor adaptado a aquilo tudo, resolveu fazer suas perguntas. Percebi que era uma boa técnica e, me baseando nos comentários que todos faziam sobre o sobrevivente (afinal, quando a edição dele foi ao ar, eu nem tinha nascido), pensei em duas questões. Não sabia se iria fazê-las, estava com muito medo. Mas também, não tinha nada a perder, eu ia morrer de uma maneira ou outra. Então, quando tudo ficou muito quieto e os olhos de Green se voltaram esperançosos para mim, decidi arriscar.

-Ouvi dizer que você era bom em armadilhas. - Ele concordou com a cabeça e eu, desviei de leve o olhar - Pode me contar algumas dicas sobre como fazê-los e lugares para escondê-los? E.. mais uma coisa: como não se deixar enganar pelos outros tributos? - Tentei ao máximo evitar o contato com Lúcio, mas foi inevitável. Parte de mim estava muito exposta por conta desta pergunta e precisei torná-la uma indireta.

Esperei pelas respostas apreensiva. Os nervos estavam a flor da pele e ambos, sobrevivente e tributo, olhavam para mim. Odiava aquilo. Odiava.


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MensagemAssunto: Re: Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12   Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 Icon_minitimeQui Jan 15, 2015 5:49 am


David Green

O mentor percebera como a garota estava nervosa. Ele não a culpava. Na verdade, ele até a compreendia. Não era fácil a situação.

— Eu era muito bom em armadilhas, mesmo, mas fica difícil eu te responder isso porque não faço ideia de como a arena poderá ser. No Centro de Treinamento você poderá aprender melhor sobre como armar suas arapucas e até deixar um tributo pendurado de cabeça para baixo. {+Habilidade de Armadilhas}

— E sobre não se deixar enganar pelos outros tributos... Eu acredito que isso já veia da pessoa. Saber agir da maneira correta no tempo correto. Saber desconfiar de tudo e saber também tirar proveito das situações. Tente ficar alerta e você conseguirá despertar esse seu lado. {+1 de Astúcia}


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MensagemAssunto: Re: Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12   Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 Icon_minitimeSeg Jan 26, 2015 4:32 am


Atualização!

Seu tributo adquiriu as seguintes habilidades/perícias no treinamento:

Perícia com Shuriken(70%)
Habilidade de Combate Corpo-a-corpo(50%)
Habilidade de Furtividade(50%)
Habilidade de Armadilhas(50%)

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MensagemAssunto: Re: Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12   Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 Icon_minitimeSeg Jan 26, 2015 4:34 am


Identificação de Alimentos(100%)

Redonda vermelha = Boa para o consumo;

Redonda roxa com listras pretas = Mortal;

Redonda roxa = Deixa sonolento;

Achatada alaranjada = Boa para o consumo, mas não pode ultrapassar 5 frutas comidas;

Achatada branca = Boa para o consumo;

Oval rosa com detalhes roxos = Exala um cheiro terrível de peixe podre do corpo;

Oval azulada = Boa para o consumo;

Oval verde transparente = Boa para o consumo, mas desidrata quem come;

Granulada roxa = Boa para o consumo;

Granulada vermelha e rosa = Mortal.

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MensagemAssunto: Re: Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12   Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 Icon_minitimeQua Jan 28, 2015 10:00 pm


Luna Lewis

Estava com um mal pressentimento quando entrei naquela sala. Todos os tributos estavam nela, cada um sabendo ou, ao menos preparando, o que iria fazer quando fosse chamado. Menos eu. De todos os momentos desde a Colheita, este estava sendo o pior. E isso não se devia ao fato de ser extremamente pessimista em relação a tudo. Era aquela ponta de esperança em meu peito que causava toda essa confusão, todo esse medo. Eu tinha uma chance agora. Os patrocinadores poderiam estar ali e iriam me ajudar a sobreviver, caso se surpreendessem comigo.

Mas o que fazer? Pensava, sem ideias. Enquanto isso, nome por nome, a sala ia se esvaziando. Até que, enfim meu nome foi chamado. Um nó se formou em minha garganta até chegar ao local. Eu tinha 10 minutos, cronometrados por um grande relógio digital. Olhos estavam sobre mim. Houve um nervosismo maior e senti como se uma ampulheta estivesse jogando areia sobre minha cabeça, me sufocando com a perca do tempo.

09:32. Objetos. Foquei neles e bolei algo simples, mas que mostrasse grande parte do que eu podia fazer.

08:54. Reuni a corda, a rede e um suporte que esperava muito que aguentasse o peso. Me concentrei em fazer uma armadilha simples.

07:38. Estava pronto, então olhei para um grande arco, daqueles de circo, e um boneco estufado, daqueles para treino de socos, e os arrastei. Mantive o arco mais perto da armadilha e o boneco mais longe, de maneira que ao olhar no meio do círculo, dava para ver o tal.

06:45. Notei que o arco era feito de madeira e, com duas pedras ateei fogo nele.

05:57. Fui até a mesa de armas e peguei duas Shuriken e me familiarizando com a adaga, coloquei uma dentro de minha meia. Mas, antes de me virar em direção a armadilha, resolvi pegar uma pesada clava.

05:23. Deixei a clava perto da corda que ativava a armadilha.

05:00. Respirei fundo e pisei na corda, caindo na armadilha. Uma vez dentro da rede, olhei para os idealizadores, sentindo o peso do olhar deles sobre mim. Não querendo perder mais tempo, usei a lâmina de uma das Shuriken para cortar a rede.

04:13. Não estava dando certo. Um breve desespero tomou conta de mim, porém, pensei na Arena e que não ia deixar que morresse desse jeito. Então estiquei a mão livre e peguei a adaga, da qual a troquei com as Shuriken que estavam na mão esquerda e que imediatamente foram parar na minha meia. Fui cortando com facilidade a rede, até que um grande buraco se abriu.

03:19. Me balancei na rede, torcendo para aterrizar longe da clava, que aliás, tinha colocado de propósito. Consegui, porém, ouve um ferimento nos meus pés por conta das lâminas das Shuriken. A dor era grande, mas fingi não me importar com as manchas de sangue e retirei com cuidado as duas pequenas armas. Em seguida, me direcionei para o arco e deixando a adaga no chão, lancei as duas Shuriken, uma de cada vez, no boneco. A primeira atingiu o braço direito, não me deixando muito feliz, e a outra atingiu a baixo do peito, me fazendo suspirar.

02:06. Aproveitei que tinha tempo e peguei minha adaga de novo, indo em direção ao boneco. A dor em meu pé direito era alarmante, mas ainda sim, corri sem jeito. E como se fosse uma planta qualquer, cortei a cabeça do tal boneco.

01:27. A meia já estava vermelha de tanto sangue, assim, mesmo que não fosse parte do que eu pensei, fui até o kit de primeiros socorros e limpei a ferida, que se passava de dois cortes, um deles um pouco profundo.

00:31. Tentei fazer as pressas um curativo, mas o tempo se acabou, seguido de um grande alarme.

Me retirei da sala e fui direto ao elevador, a dor passando de intensa para algo mais ameno. E refletindo sobre o que aconteceu, não sabia muito o que esperar mas, estava orgulhosa de mim mesma.

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MensagemAssunto: Re: Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12   Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 Icon_minitimeTer Fev 03, 2015 2:18 am


Luna Lewis

Estava ajoelhada no chão e algo me dizia que tinha feito o certo, afinal, iria voltar para casa. Suspirava feliz com fato, até reparar nas minhas mãos. Tingidas de um vermelho forte, ambas seguravam armas. Finalmente olhava ao redor: deitados na grama, diversos corpos marcados também pela cor escarlate. Sem vida, eles mostravam seus últimos atos de heroísmo, segurando armas e trazendo cortes em suas bochechas. Além do encontro prematuro com a morte, todos apresentavam uma coisa no peito, da qual só percebi o que era, ao encontrar o meu parceiro de distrito.

-Olha, fizeram réplicas da faca que você usou contra mim. - Uma voz familiar dizia, e me virei para encará-lo. - Surpresa? - Seu olhar ainda era animalesco, como se a qualquer momento fosse me atacar. - Acho que não precisa ficar. Não tanto quanto eu estou.

-E qual o motivo de tanto espanto? - Disse com uma voz urgente, o tom que sempre usava quando ele estava perto.

-Ah, garotinha boba... Você não vê? Se tornou igual o seu papaizinho. - Com as mãos fez um gesto que mostrava todos os mortos, inclusive ele mesmo. De repente, me dei conta do que tinha feito. Não sabia como, mas tinha eliminado todos. Arrependida, levei as mãos no rosto e comecei um choro. Não importava se o homem a minha frente iria me matar, eu só queria colocar um fim nisso.

-Luna, como pode fazer isto conosco? - Levantei a cabeça. Assim como meu.. pai, os tributos estavam em pé, como se nada tivesse acontecido. Eles falavam todos juntos, como se fossem uma única voz.

-Olha só o que você fez. Destruiu as possibilidades de todos. - O maldito andava em volta de mim, enquanto os tributos me olhavam com seus rostos sem vida. - O que será da família deles? E da sua mamãe? O que ela vai pensar quando você voltar e não puder esconder a morte de todos estes jovens? Porque eu sei que ninguém sabe disso, não é garotinha? - Como nada respondi, ele me encarou de qualquer jeito e continuou: -Acho que está muito interessada em como seria a vida de cada um se ganhassem ou simplesmente, não morressem.

Murmúrios e gritos de desespero tomaram conta de meus ouvidos. Eu gritava para parar, mas não conseguia ouvir meus próprios protestos. Sonhos, famílias e distritos eram destruídos por minha causa. O primeiro morto também falava e, em meio de suas queixas, escutei um sonoro: "A vadia iria estar morta." Desta vez, gritei sobre todos os pulmões, pensando em minha mãe, a citada que estaria morta.
O "NÃO" ecoou tão fundo que pulei em minha cama, o coração acelerado e o silêncio do quarto sendo quebrado pela minha voz.

Tudo se passara de um sonho. Respirava lentamente agora, tentando reconhecer o que era real e o que não era. Fazia um longo tempo que não tinha nenhum pesadelo sobre a morte que provoquei, e aquilo me assustou como se tivesse sido atingida por um trem. E fui atropelada de novo, quando me dei conta que aquele era o dia dos Jogos. O dia que estaria lutando pela vida.

Ainda confusa com o pesadelo, fui em direção a janela, sentando. O céu estava passando de escuro para claro, com uma linha de sol no horizonte. Me acalmei com aquela vista. Tentando organizar os pensamentos, lembrei da conversa que tive com o sobrevivente do meu distrito. "Mas não se preocupe, seu instinto animal vai falar mais alto. Não vai haver espaço para sentimentos de culpa. Não enquanto estiver lá dentro... " Não enquanto estiver viva, pensei. Sabia como era o instinto falar mais alto, e como lidar com isso depois. Mas eram situações tão diferentes! Meu pai merecia o que fiz, e mesmo assim, me sentia mal por eu ter que ter feito a justiça. Porém, ao olhar para minha mãe, sabia que tinha feito o certo. No caso dos tributos, não haveria nada no mundo que pudesse dizer isto...

Ou talvez pudesse. Pensei em quantos caras ruins, como meu pai, minha mãe podia conhecer depois de minha morte. Eles iam aproveitar do fato dela estar vulnerável, dizer palavras bonitas e logo fazer tudo o que o maldito tinha feito. De novo. Eu não suportava imaginar minha mãe machucada, ou até mesmo morta. E isso era um bom motivo para deixar que meu instinto falasse mais alto. Voltar para minha mãe, deixa-la a salvo desses idiotas era tudo o que mais queria. Era doentio pensar que matar era bom, porém era minha alternativa. Iria sobreviver, ou pelo o menos tentar dar medo em quem quisesse se aproveitar de minha mãe.

Com isso, me animei para pensar sobre outras coisas da Arena. O sol estava em sua metade quando percebi que tinha já uma estratégia para os Jogos, mesmo com todas as estatísticas horríveis do meu distrito. Pensei em outra coisa a se fazer antes de tudo, e fui em direção a sala de jantar, para comer o máximo que podia. Não iria morrer por fome de jeito nenhum!

---

Estava com Lucio e David esperando o transporte até a Arena. O aerodeslizador apareceu e, então me despedi do sobrevivente de meu distrito, agradecendo suas palavras e disse boa sorte para Lucio, já que seria a última vez que iria poder falar tranquilamente com ele. Seguindo alguns tributos, chegamos até o veículo e assim que sentamos, recebemos uma injeção com os rastreadores. Aquilo tinha doído demais e, mantive uma pose não muito confiante, que fazia parte do meu pequeno plano. Que aliás, estava dando muito certo, já que ninguém parava o olhar em mim como faziam com os outros.

Quando chegamos, fomos separados e fico em uma pequena sala. Nela, encontro uma roupa simples composta por camisa branca, calça e cinto verde musgo e, botas que vão até os joelhos feitas de couro. A visto e quando termino, Cath aparece na sala, apontando para o tubo.

-Luna, apenas faça a diferença. - Ela me abraça e então nos despedimos com um "tchau". Vou a caminho do tubo, enquanto uma contagem regressiva é iniciada. Dou um grande sorriso para Cath e me viro, esperando terminar.

O tubo começa a subir e já consigo sentir um cheiro de sal. É insuportável, assim como a luz forte que dá seus sinais. Quando ele para, meus olhos estão quase fechados e aos poucos eles se acostumam. Percebo o som de água... Droga.

Quando finalmente consigo enxergar, vejo que estou em uma pequena ilha e que há pontes para uma terra ao redor. O alívio se esvai quando percebo os meninos do distrito 8 e do 1 ao meu lado. O tradicional círculo estava em volta de uma grande Cornucópia e haviam itens espalhados na areia. Uma brisa bagunçava meus cabelos que estavam soltos, uma decisão tomada minutos antes de subir no tubo.

Outra contagem regressiva começa. Dado os tributos que estão a minha volta, deixo o meu plano original de lado. Olho para a vegetação em volta, e tomo a decisão de seguir para as árvores atrás de mim, pois lá sei que encontrei mais frutas boas para consumo. Para isso, terei que passar atrás de Dior e de Emily. Seria um pouco perigoso mas tudo bem. E eu deveria pegar alguma coisa? Olhei em volta. Encontrei um saco plástico bem próximo e vou me arriscar para pegá-lo.

Faltando 10 segundos para terminar, o inesperado acontece. O relógio simplesmente para e uma rajada de vento nos atinge, me fazendo dar um passo pra trás para não cair. E além de forte, ele tinha sido frio, mas eu não senti muito isso, ao contrário de alguns a minha volta que estavam de braços cruzados. Quando achei que tinha acabado, outro vento, desta vez quente chegou. Aquilo poderia dar um choque térmico mas estava bem, ou pelo o menos achava que estava até que dois outros ventos chegaram.

O primeiro me lembrava uma doce brisa, o segundo, era cheiroso e identifiquei diversas flores em meio a isso. A mistura dos dois era como se tivesse encontrado sem querer um jardim enorme em cima de uma colina, depois de só ir por caminhos espinhosos. Ela dava conforto, e esqueci de tudo, até de meu nome. Um barulho enorme é dado, mas não me importo, continuo sentindo o aroma. Era tudo tão doce.. E por um breve momento, tive vontade de dançar mas não o fiz, por alguma razão. Era algo distante, dizendo que eu não podia fazer isso. Mas eu dispensei, voltando a sonhar acordada...


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MensagemAssunto: Re: Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12   Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 Icon_minitimeQui Fev 05, 2015 12:34 pm


Luna Lewis

Como um estalo de dedos, aquele aroma sumiu e consegui ir me lembrando aos poucos aonde estava. Arena, matar, sobreviver... Pulei do prato de metal, e uma enxurrada de informação me atingiu, me deixando um pouco tonta. Em alguns segundos, já tinha metade da minha memória de novo. Senti todas as minhas dores, e as preocupações sussurravam nos meus ouvidos. Me senti desprotegida, e vi de longe alguns tributos pegando itens e principalmente, armas. Aquela visão despertou um lado meu.

Tinha sido enganada pela Capital, e isso me deixou furiosa. Olhei para os lados, e vi que os dois tributos também estavam um pouco confusos. Ignorei a confusão, que ainda permanecia em minha cabeça, e fui direto para a Cornucópia, mesmo recordando pouco a pouco de um plano que eu tinha pensado. Eu queria muito a, agora única, adaga e o estojo de Shurikens, então eu fui buscar, correndo. Com alguma sorte, ninguém cruzaria meu caminho.

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MensagemAssunto: Re: Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12   Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 Icon_minitimeSex Fev 06, 2015 10:50 am


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Droga. Num piscar de olhos, Dior estava andando na mesma direção que eu, e com um pouco de receio, parei aonde estava. Observei o que ele ia fazer com um pouco de cautela, e se não fosse a adrenalina de minha fúria, eu estaria morrendo de medo dele me atacar. Mas, em pouco tempo ele voltou e passou como um borrão ao meu lado, nem me encarando. Voltei a correr assim que percebi que suas intenções não eram comigo.

Chegando perto do chifre, pego o estojo com as Shurikens, amaldiçoando quem o fez. "Só 5? Só pode estar de brincadeira..." Então, vi a adaga perto e a peguei, só que quando levantei o olhar, vi a garota do 6, Athena. Ela carregava um monte de coisa em suas mãos, inclusive uma faca. Com tudo aquilo, esperei nenhum ataque, afinal, ela só tinha uma arma e se a perdesse, iria ficar sem nenhuma. O problema é que mesmo assim, ela ainda me encarava. Então, devagar, coloquei minha adaga na bota e comecei a andar, desviando o olhar. Como se eu não fosse fazer nada, o que não era verdade. Peguei uma das Shurikens e como um flash me virei e joguei, mirando entre a cabeça e o peito. Comecei a correr, não queria ver aonde isso iria dar.  


Resumo:
-Jogar uma Shuriken em Athena;
-Sair correndo em direção a ponte Oeste;

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MensagemAssunto: Re: Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12   Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 Icon_minitimeDom Fev 08, 2015 5:32 pm


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Dor. Assim que me virei para correr, senti uma forte pancada na testa. No mesmo instante, cai de joelho no chão, a cabeça latejando. Tudo girava, mas consegui ver quem tinha me atingido. Alpha, que agora se juntava a Athena, saia depressa, o chicote em mãos. Esperava muito que estivéssemos quites e que ele não voltasse. Com a tontura passando aos poucos, coloquei a mão no ferimento e percebi que, apesar de muito sangue, isso não iria me causar uma hemorragia ou até mesmo a morte. Levantei, um pouco zonza e fui cambaleando em direção a vegetação colorida.

Tive dificuldade para ir, mas o caminho estava livre. A única tributo que vi estava morta. Ao chegar a saída, me lembrei do saco plástico que tinha cogitado de pegar. Como ele estava próximo dos pratos de metal e não havia ninguém por perto, fui lá e o peguei. Assim, voltei para a saída, o cheiro de água salgada dominando e me fazendo torcer o nariz. Corri o mais rápido que pude para não ficar mais perto daquele mar.


Resumo:
-Voltar e pegar um saco plástico;
-Correr para o Oeste;

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MensagemAssunto: Re: Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12   Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 Icon_minitimeSeg Fev 09, 2015 5:30 pm


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Ao terminar a passarela, parei um pouco para tomar um ar. A tontura tinha se dissipado completamente, ao contrário do cheiro de água salgada. Porém, isso parecia bem mais agradável agora que estava com uma certa distância. Coloquei a sacola em minha outra bota e, com a mão livre, analisei o machucado na testa. Comparando com a outra vez, havia pouco sangue e agora, só precisava de alguma planta medicinal para cobri-la e deixá-la cicatrizar.

Assim voltei a correr, me adentrando na floresta, em busca de alguma planta. O sol forte estava escondido entre as árvores, me deixando um pouco mais confortável. Mas, apesar disso, parte de mim estava alerta para o caso de qualquer imprevisto. Por conta disso, parei novamente, olhando para os lados. Mesmo não encontrando ameaça, peguei a adaga com a mão esquerda, e coloquei o estojo de Shurikens na bota agora vazia. Me senti mais segura com essa troca e voltei para a minha busca.

Resumo:
-Colocar a sacola plástica na bota direita;
-Procurar uma planta medicinal para cobrir o machucado;
-Pegar a adaga com a mão esquerda;
-Colocar o estojo com as Shurikens na bota esquerda;


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MensagemAssunto: Re: Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12   Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 Icon_minitimeTer Fev 10, 2015 7:57 pm

Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 1130764__untitled-wallpaper_p


10:30 hrs
27ºC
O aroma das flores é arrebatador. O sentimento de paz invade quem o inala.


Luna entra na floresta com cores vibrantes e tenta se afastar o máximo que pode da entrada. Ela começa a procurar por alguma planta medicinal, mas repara que as árvores dali pareciam extremamente artificiais. Pareciam árvores normais, mas não eram as que normalmente são encontradas por aí. Luna não sabia o porquê, mas sabia que elas eram diferentes. A garota pega um pouco de musgo do tronco de uma árvore e começa a limpar o seu ferimento.

É neste momento em que ela escuta os canhões provenientes dos mortos no Banho de Sangue.

BOOM! BOOM! BOOM! BOOM! BOOM! BOOM! BOOM! BOOM!


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MensagemAssunto: Re: Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12   Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 Icon_minitimeQua Fev 11, 2015 6:34 pm


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Uma vez dentro da floresta, eu não queria voltar atrás. Nem mesmo quando reparei que as árvores pareciam extremamente artificiais, e que não haveria remédios naturais ou comida, como quando pensei em vir para cá. O principal motivo para que eu não voltasse era que ninguém tinha vindo por este caminho, pelo o menos enquanto eu vinha, e isso me deixava mais calma e solitária. Afinal, apesar de ter decidido não hesitar em lutar, eu não seria uma assassina apenas por ser.

Após uma grande caminhada e de descoberta sobre as árvores, eu resolvi parar novamente. Mesmo sem as plantas normais, resolvi limpar o ferimento com o musgo do tronco de uma árvore à minha frente.

BOOM! - Levo um susto com o barulho, mas logo percebo do que se trata. - BOOM! BOOM! BOOM! BOOM! BOOM! BOOM! BOOM!

7 ou 8 mortos... O banho de sangue teria realmente terminado? Respirei fundo. Uma sensação de paz interior me atingiu, me deixando otimista em relação a possível resposta. Com o mesmo sentimento, fui calmamente terminando de limpar o ferimento e retirava o excesso de sangue em minha mão na camiseta, deixando-a manchada. Resolvi sentar em um local escondido, uma árvore com as raízes a mostra, que faziam uma espécie de barreira. Já que uma pequena parte de mim estava com medo de alguém chegar, fiquei quieta por um longo período.  

A serenidade deixava meus pensamentos leves, e cheguei até a pensar sobre todas as coisas ruins que fiz e nada disso me afetava. A sensação era de como tivesse finalmente me perdoado por tudo. Sorri satisfeita, descansando as costas na árvore, enquanto observava as pequenas flores coloridas em torno de mim.

Isso preencheu minha mente por minutos, até que eu escuto um som.O das ondas. O que para muitos era relaxante, para mim era tortura. Não tinha corrido o suficiente para não ouvi-las. Fiquei irritada com aquilo, e pensei em voltar a correr mas, uma percepção surgiu em minha cabeça.

Eu não era uma pessoa positiva. Não em situações como essa. Porém, há segundos atrás, eu estava pensando somente coisas boas. E não me cobrei por um momento. Isso não era instinto, afinal, não estava em perigo. E também não era minha consciência falando mais alto. Uma lembrança recente podia ser a resposta. Há poucas horas atrás, ainda no prato de metal, eu tinha sentido um cheiro que enganou meus sentidos. E se isso estivesse acontecendo de novo? Me curvei e senti o perfume das flores, para testar minha tese. Imediatamente, senti tudo leve. Mas desta vez eu não ia me enganar, apesar de metade de mim querer voltar na paz interior.

Retirei o saco plástico e a bota direita e, com a adaga, cortei o pedaço da calça que ficava escondida. Como estava familiarizada com a arma, não me cortei e logo, estava colocando a bota e o saco no lugar. Peguei o pedaço de pano e o amarrei em torno de meu rosto, cobrindo o nariz e a boca. Aquilo amenizou a sensação de paz, e me deixou pensar com mais clareza.

O silêncio da floresta deixava o barulho das ondas mais alto, e comecei a ter lembranças desnecessárias. Estava em meu quarto, quando eu escutei o leve som. Apesar de nunca ter ouvido de verdade, reconheci imediatamente. Como tinha 10 anos, e a curiosidade era meu segundo nome, fui procurar o que estava fazendo aquele barulho. Cheguei na cozinha e observei uma pequena caixinha, e vi que ela quem produzia aquilo. Fiquei encantada, nunca tínhamos coisas deste tipo. Mas a felicidade acabou com o grito que ouvi. E depois com o que vi. O rosto de minha mãe apresentava diversas marcas, o sangue era a cor predominante em toda a face. Medo exalava quando percebi que quem tinha feito isso com minha mãe... era meu pai. E isso se repetiu por longos anos, bastava o som do mar tocando e em pouco tempo, eu via minha mãe machucada. Quando os outros perguntavam o que tinha acontecido, ela sempre inventava algo, nunca revelando a verdade. Anos se passaram, até que eu quebrei o aparelho, como se por causa dele meu pai se tornava o monstro. O que era mentira, pois depois disso, os machucados de minha mãe se tornaram piores. Um ano depois do fim do aparelho, foi o fim dele também...

Soltei imediatamente a adaga em minhas mãos por causa das lembranças. Uma lágrima caiu e eu a enxuguei antes dela chegar até o pano. Tornei a pegar a arma, e pensando sobre as flores, agradeci as ondas. Se não fossem elas, eu não teria descoberto o poder do perfume. Afastei as memórias, que estavam querendo voltar e passei a pensar no que fazer agora. Provavelmente, perdi umas duas, três horas com tudo isso e precisava recompensar.

Aparentemente, ninguém mesmo tinha vindo para cá. Então pensei sobre minha sobrevivência. Comida provavelmente eu não teria e isso não era problema por ora. Água... Analisei o solo, e apesar das árvores serem artificiais, ele era úmido. Fiquei extremamente contente, pois, em uma das edições passadas um tributo qualquer conseguiu água apenas com o solo, o sol e um plástico. Provavelmente eu iria fazer o mesmo. Abrigo. Estava bem com aquela árvore escondida. Então pensei sobre a temperatura, e fiquei com receio dela abaixar quando for a noite e eu não conseguir me aquecer. Como não consegui nenhuma ideia, eu deixei isso de lado.

Comecei meu plano para conseguir água. Procurei por algum fecho de luz no solo e encontrei um não tão próximo do meu esconderijo. E comecei a cavar um buraco um pouco fundo. Quando terminei, peguei o saco plástico e com a adaga, o cortei no meio. A parte que dava para armazenar algo eu coloquei no fundo do buraco, afundando um pouco de terra para deixá-lo aberto. Já o outro pedaço eu deixei ele o mais aberto possível e cobri a parte de cima do buraco, usando de pedras para segurar as pontas. Peguei algumas pedrinhas e coloquei no meio. A ideia era simples: com o sol, a água na terra evapora e fica no plástico de cima. Conforme isso aumenta, a água se condensa e começa a pingar. E é por isso que algumas pedrinhas ficam no meio para que caiam diretamente no saco plástico. E assim, eu tenho água.

Com tudo terminado, eu voltei para o meu abrigo. Sentei e pensei em dormir, afinal, não havia ninguém ali e isso poderia não durar muito. Decidi que isso era o mais sábio a fazer.

Acordei e olhei em volta, tentando me situar. Estava numa floresta colorida, e o silêncio permanecia. Levantei com as obrigações diárias em mente e fui atrás das ervas para o Curandeiro. Este, estava sentado sobre uma enorme pedra e olhava para mim. Acenei de leve e fui andando, procurando minha pequena plantação. Não conseguia encontrar nada, apenas árvores sem valor algum. Fiquei desesperada e não sabia o que fazer. Então, fui de encontro ao Curandeiro, planejando um pedido de desculpas. Quando o disse, ele nada fez, apenas continuou a observar. Tempo passou e eu estava me cansando disso, até que ele disse:

-O que aconteceu? - A voz era breve e calma. Respondi, usando palavras diferentes para que ele entendesse melhor. -Luna, isso eu sei. Mas, o que realmente aconteceu naquele dia?

Um gosto metálico passou por mim e eu sabia sobre o que ele perguntava. Um tom fraco saiu de meus lábios: -Ele se suicidou. - Ele fez que não com a cabeça e achei que eu não tinha entendido mesmo a pergunta.

-Seu coração é nobre. Ajudou tantas pessoas nesses tempos, dando comida e ajudando o pobre curandeiro a salvar as vidas do distrito 12. Mas por trás dessa sua bondade, há culpa. Culpa por ter sido fraca demais. Sim, fraca. Só os fracos cometem crimes.- Lágrimas estavam em meu rosto, eu odiava ver um dos homens que mais admirava me chamando de covarde. -E se tivesse falado? Se tivesse contado a alguém a verdade? Teriam acreditado em você e iriam te ajudar? Talvez. Mas, com você é melhor o certo do que o duvidoso, não é mesmo? - Ele pausa. Meus olhos estavam mirando meus pés. -Então Luna, o que realmente aconteceu naquele dia? Foi isto? - O curandeiro apontava com seus dedos finos o meu peito, e quando olhei, a faca de minha cozinha, a mesma que foi usada, estava ali. Sangue manchava minha blusa branca e eu só tive tempo de olhar uma última vez para o homem a minha frente. Tudo ficou escuro, e de repente uma música toca.


Acordo. Uma leve dor de cabeça e procuro assimilar as coisas. Olho para minha blusa e não havia nada, a não ser as manchas de quando limpei o ferimento na testa. Alívio me invade. Não foi desta vez.  


Resumo:
-Sentar em uma árvore.
-Após um tempo (2 ou 3 horas), descubro sobre o aroma das flores.
-Cortar a barra da calça (perna direita) e cobrir o nariz e a boca com o pano.
-Fazer o buraco, cortar o saco plástico pela metade e colocar o plano de obter água em prática.
-Dormir



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MensagemAssunto: Re: Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12   Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 Icon_minitimeQua Fev 11, 2015 8:27 pm

Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 1130764__untitled-wallpaper_p


10:30 ~ 23:00 hrs
10ºC
O aroma das flores agora era irresistível,
assim como o frio estava se tornando insuportável.


Luna encontra uma árvore que pode usar como proteção e descansa um pouco. Ela relaxa, observando o bonito lugar ao redor, até que algo a tira de seu estupor. Por algum motivo o som das ondas trazia algumas lembranças desagradáveis a garota. Luna percebe que não pode se deixar cair na armadilha do local. Ela corta uma parte de sua calça e faz uma proteção para a respiração. Ela sentia o aroma das árvores, mas agora ela poderia resistir ao efeito.

Afastando seus demônios internos, Luna decide procurar por elementos essenciais para sua sobrevivência. Ela procura por um local iluminado pelo Sol, até achar um local bem iluminado um pouco longe de seu abrigo. Assim que a garota começa a cavar o chão, repara que havia vários arbustos ali com pequenos pontos coloridos. Ela para de cavar o buraco e verifica todos os arbustos. Havia muitas frutas, de todos os tipos que Luna conhecia. Ela enche os bolsos da calça com algumas bagas azuis e de forma oval. Agora com comida disponível, Luna só precisaria se preocupar com água. Ela volta a cavar o buraco.

Depois do mecanismo feito, Luna espera. Depois de algum tempo, verifica o pedaço debaixo do saco, mas pouco líquido estava lá. Ela bebe o pouco que pode, mas não era o suficiente para matar sua sede, que agora estava irritando sua garganta. Arma de novo o mecanismo para conseguir água e volta para o seu abrigo. Assim que ela se deita, um barulho familiar pode ser ouvido e algo desce do céu. Era uma dádiva. Luna abre o paraquedas e acha um objeto metálico.


Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 Cavilha


A garota entendia de plantas e já havia usado aquele objeto antes. Ela crava-o na raiz saltada da árvore e espera, até que água começa a jorrar da cavilha. Bebe até se saciar e até lava o seu ferimento na testa. A cavilha é colocada em sua bota direita e tenta dormir, não demorando muito para cair em um sono pesado. Os pesadelos são terríveis. Ela acorda com muito frio, no meio da noite. A garota volta a tomar água utilizando a cavilha e come um pouco das frutas que havia colhido. O hino começa a tocar e os rostos dos caídos surgem no céu.




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MensagemAssunto: Re: Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12   Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 Icon_minitimeSáb Fev 14, 2015 10:40 pm


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Como eu suspeitava, fazia muito frio. Eu ainda estava apavorada pelo pesadelo, então fui tomar um pouco de água. Pego a cavilha na minha bota direita, e vou até uma árvore próxima. Cravo o aparelho e espero alguns segundos, até que ele jorra água e bebo. Satisfeita, eu retiro a cavilha e volto para o meu esconderijo. Sento, deixo a adaga de lado e pego algumas frutas no bolso.

Nesse momento, o hino da Capital começou a tocar e logo as imagens dos caídos apareceram. O rosto de Olivia do distrito 3 enche o céu, e me surpreendo por saber seu nome, assim como os dos outros que surgem a seguir. John, Emily, Will, Kali, Atlas, Mona e.. Lucio. Fico horrorizada, e até coloco a mão sobre a boca com o susto. Todos os anos, quando perdíamos alguém do 12, o sentimento que ficava era de perder um conhecido muito querido. Estando agora nos Jogos, esse sentimento piorou. Lágrimas saíram, e as deixei.

Alguns minutos depois, comecei a pensar sobre o sobrevivente de meu distrito. David deveria estar arrasado com isso. Era claro que ele gostava mais de Lucio e no fundo, gostaria muito que ele levasse em consideração que eu sou do seu distrito agora em diante. Era egoísta de minha parte, eu sei.

Olhei para a cavilha que estava no meu colo, e lembrei do susto que eu levei ao ver o paraquedas. Um susto misturado com a alegria, afinal, eles não eram dados a qualquer um. Peguei o objeto e o guardei na bota, e um pensamento me atingiu: "Talvez ainda há esperança para mim."

O frio continuava, e eu esfregava minhas mãos nos braços. Pensei em fazer uma fogueira, mas era como um sinalizador que eu estava ali dando bobeira para os outros tributos. Então, resolvi apenas ignorar o frio com todas as minhas forças.

Meus bolsos estavam praticamente vazios. Decidi que ia procurar por mais frutinhas mais tarde, depois de fazer algum mecanismo de defesa. Afinal, essa coisa de só se preocupar com a sobrevivência ia acabar em questão de dias, horas ou até minutos. Pensei em todas as armadilhas que aprendi, porém, optei em apenas fazer algo que me alertasse que alguém estava ali. Era uma ideia tonta, mas ao levantar, peguei a adaga e pensei que era o melhor que eu podia fazer. Então, reuni todos os galhos possíveis e fui colocando vários no caminho. Se alguém passasse, provavelmente ia ser manipulado pelas flores e iria pisar em cima dos galhos fazendo um barulho enorme. Pelo o menos era o que eu esperava.

Resumo:
-Espalhar galhos num caminho próximo do esconderijo;
-Pegar mais frutinhas;


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MensagemAssunto: Re: Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12   Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 Icon_minitimeTer Fev 17, 2015 7:56 pm

Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 1130764__untitled-wallpaper_p


23:30 hrs
10ºC
Alguns trovões são escutados ao longe.


Luna decide agir e montar uma estratégia para alertá-la de possíveis ameaças que se aproximarem. Após terminar, a garota decide ir atrás de mais daquelas frutas. Chegando ao local das várias árvores frutíferas, Luna percebe o local com o mecanismo para capturar água e o desarma, tomando um pouco da água que estava ali e recuperando os pedaços do plastico.

Ela colhe algumas frutas comestíveis e outras não tão boas para o consumo. "Talvez meus inimigos possam gostar dessas aqui..., pensa a garota, enquanto colhe algumas frutas redondas roxas com listras pretas. Após enfiar um bocado na boca, ela volta para seu abrigo e tenta se livrar do frio.


Situação:
Saúde (95/100)
Fome (100/100)
Sede (100/100)

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- Adaga (mão direita)
- Estojo com shurikens (4 shurikens)(bota esquerda)
- Cavilha (bota direita)
- 2 Pedaços do saco plástico (bota direita)
- Frutas comestíveis variadas (20 unidades) (bolso direito)
- Frutas redondas roxas com listras pretas (20 unidades) (bolso esquerdo)


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MensagemAssunto: Re: Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12   Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 Icon_minitimeQui Fev 19, 2015 3:40 pm


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Assim que terminei, fui em direção as árvores. Estava escuro, mas minha visão tinha se adaptado um pouco. Olhei para o mecanismo que havia feito, e como tinha a cavilha, decidi desarmá-lo. Retirei o primeiro plástico e coloquei na bota direita, e no segundo pedaço, como havia um pouco de água, tomei-a e logo coloquei o plástico na bota. Em seguida, colhi algumas frutas comestíveis e tinha colocado elas no bolso esquerdo. Mas, pensei em algo e troquei de bolso. Comi algumas e me voltei para a árvore. Peguei frutas roxas com listras pretas, totalmente lindas e mortais e coloquei no bolso agora vazio. "Talvez meus inimigos possam gostar dessas aqui. E como eu sou canhota, talvez podem pensar que as seguras para comer são estas..." Uma risada fraca sai de meus lábios, e é tão estranho ouvir minha voz de novo. Afinal, fazia horas que eu estava no mais completo silêncio.

Voltei para o abrigo, e me sentei. Apesar de querer ignorar, o frio se fazia presente em meu pescoço e nos meus braços. O arrepio era inevitável. Mas eu ainda tentava fingir que isso era apenas psicológico, e que estava tudo normal. Coloquei a mão na testa, e o ferimento começava a se cicatrizar. Por um instante, me lembrei do machucado no pé direito e como ele tinha curado tão rápido com os remédios da Capital. Não, eu não queria que mais um paraquedas caísse, afinal minha dor era inexistente naquele momento. Era curiosidade. Queria saber como eles funcionavam, pois por mais conhecimento que tivesse, nunca saberia sobre eles, principalmente agora que a morte era algo evidente em todo canto.

De repente, escuto um som que nada me agradou. Um trovão. Já estava frio o suficiente, com chuva tudo iria piorar. Respirei fundo, buscando me acalmar. Precisava de um plano. Não era seguro procurar outro abrigo, afinal, tudo estava escuro e eu apenas tinha me arriscado a sair por alguns metros, sempre verificando a sombra da minha "árvore-esconderijo". Fora que minha árvore ficava perto de várias, e isso dava um pouco de proteção dos raios. Era pouco, e era nessa hora que eu precisava ser a pessoa otimista. E estava conseguindo, já que até agora nada negativo tinha passado pela cabeça.

Perdi alguns minutos pensando sobre minhas atitudes não serem pessimistas. Talvez fosse o instinto, mas estava me tornando alguém... melhor? Parecia piada que eu estava melhorando justo agora que podia morrer a qualquer segundo. Mas era verdade. Antes de toda a confusão da Colheita, eu nem pensava que alguém do 12 podia sobreviver nos Jogos. Porém, algo me diz que eu tenho uma chance.

Saindo de meus devaneios, retirei minhas costas do tronco da árvore. Não tinha ideia do que fazer, então apenas passei a adaga para a mão esquerda e fiquei analisando o céu, que era um pouco difícil de ver por conta das copas das árvores. Torcendo para que não chovesse e que o frio fosse embora.

Depois de um tempo assim, passei a decorar os itens que eu tinha. Era uma forma de esquecer o perigo e não me preocupar. "Direita: Cavilha, plástico, fruto comestível. Esquerda: Adaga, estojo, fruto mortal. Direita: sobrevivência. Esquerda: instinto." Repetia isso mentalmente, enquanto o barulho continuava.


Resumo:
-Tentar ignorar o frio;
-Perceber que o ferimento na testa está curando;
-Passar um tempo pensando, mas não obter resultado algum em relação a um plano contra a chuva e o frio;
-Decorar os itens.



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MensagemAssunto: Re: Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12   Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 Icon_minitimeSex Fev 20, 2015 4:26 am

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23:30 ~ 5:xx hrs
5ºC
O tempo estava feio e a tempestade caía com toda a força,
assim como os raios que desciam do céu para o chão


Luna começa a trabalhar o seu psicológico para fugir do frio enquanto repensa todos os seus mantimentos. O frio vai tomando conta do local, assim como a ameaça de chuva, porém nada acontece durante várias horas. O silêncio da floresta acaba deixando Luna um pouco sonolenta, o que não agrada nada a garota. Mas não era um sono normal, era algo mais forte. Quando Luna se dá conta de que o aroma das árvores ainda a estava afetando, ela cai desmaiada.

Seus sonhos são confusos e distorcidos. Alguém pegando em seu braço, batendo em seu rosto. Borboletas coloridas voando para lá e para cá, enquanto uma canção de ninar tocava ao fundo. O aroma enjoativo e doce também estava presente no sonho, até que ele some. Uma voz feminina diz para a garota não morrer, mas não era nenhuma outra voz que Luna já tinha escutado. Ou talvez já...

O Tributo Feminino do Distrito 12 acorda meio zonza. Ela coloca a mão em seu rosto e percebe que havia uma máscara nele. Ela a tira, com delicadeza, fazendo com que seus pulmões voltem a se encher com o terrível aroma doce. A garota coloca a máscara de gás de volta no rosto. Depois de alguns minutos se recuperando, ela olha ao redor. Ela tinha um gorro em sua cabeça e meias brancas em suas mãos para a protegerem do frio. No seu abrigo improvisado, havia alguns galhos para impedir da tempestade a molhar. Alguém tinha feito aquilo tudo por ela, mas ela não sabia quem era. Não havia sinal de ninguém ali.


Situação:
Saúde (84/100)
Fome (92/100)
Sede (84/100)

Pertences:
- Adaga (mão direita)
- Estojo com shurikens (4 shurikens)(bota esquerda)
- Par de meias brancas (vestido - mãos)
- Gorro branco (vestido)
- Máscara de gás (vestido)
- Cavilha (bota direita)
- 2 Pedaços do saco plástico (bota direita)
- Frutas comestíveis variadas (20 unidades) (bolso direito)
- Frutas redondas roxas com listras pretas (20 unidades) (bolso esquerdo)


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MensagemAssunto: Re: Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12   Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 Icon_minitimeSáb Fev 21, 2015 2:46 pm


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Estava tudo quieto, o frio aumentando a cada segundo. A chuva não caia, e assim ficou por bastante tempo. O suficiente para que eu começasse uma guerra contra o sono. No começo, era algo fraco, como um leve empurrão. Depois foi se fortalecendo, e em pouco tempo, meus olhos se fechavam. Ficava irritada quando percebia que estava quase dormindo, e abria os olhos com extrema urgência, piscando somente quando necessário. Porém, aquilo ia além de sono. Percebi isso em minhas últimas batalhas. Nunca em toda a minha vida eu tinha ficado exausta assim, e eu nem tinha lutado contra alguém, com exceção da confusão com o distrito 6.

Levei minha mão para o pedaço de calça em meu rosto, e então soube. Além dele estar frouxo, já que eu fazia isso quando bebia e comia e não devo ter apertado de novo da última vez, o ar estava mais pesado. Era enjoativo, nauseante e vinha das flores...

Tons de amarelo e laranja me atingiram, uma luz forte provinda deles. O aroma, ainda insuportavelmente doce, estava no ar. Eu sabia que conhecia aquele cheiro, mas não tinha ideia de onde. De repente um vulto pegou meu braço e logo bateu com força no meu rosto. Queria saber quem era, mas eu só enxergava borrões. Uma dor no local da batida se fez presente minutos depois, me deixando confusa. Não tinha que sentir as coisas de imediato? Uma canção, das que se canta para bebês, tocava ao fundo. Eu queria chorar, berrar e procurar por minha mãe, mas algo me dizia que no mundo real, minha voz não era suficiente. Após um tempo olhando apenas para as manchas, consigo enxergar com nitidez algumas borboletas. Eram tão lindas. Gostaria de ter asas...

-Não morra, Luna! Fique aqui... Sobreviva. Não morra! - Uma voz feminina gritava, e eu parecia não reconhecer. O cenário tinha mudado, e agora estava tudo tão colorido e cinza ao mesmo tempo. Tinha certeza que algo estava acontecendo. Algo grande. A mulher gritava as mesmas coisas, e eu tentava ficar viva. Enquanto ela falava, eu percebi que já tinha ouvido aquela voz...


Abro os olhos. Tudo ao meu redor estava girando, igual quando Alpha lançou seu chicote em minha cabeça. Por um momento, eu achei que tinha sido violentada, mas quando coloquei minhas mãos no rosto, encontrei algo diferente de um ferimento. Uma máscara de gás. Devagar, fui retirando, um grave erro. Meus pulmões se encheram de um aroma doce, e a tontura fica mais forte. Rapidamente, coloco a máscara de novo e me recomponho. Olho ao redor, e me espanto ao ver algo branco em minhas mãos. Meias. Minha cabeça também tinha algo, e ao que parece, é um gorro. A chuva caia forte, e eu vi um grande clarão ao longe. Droga.

Apesar de todo aspecto molhado da floresta, meu corpo estava seco. Procurando respostas, encontrei diversos galhos em cima do meu corpo, me protegendo. Quem tinha feito tudo isso? Algum tributo me ajudou? Impossível. Todos foram para direções opostas a mim. Eu tinha certeza. Será que tinha? Olhei para todos os lados e nenhum sinal de alguma pessoa. Lembrei dos raios, e logo pensei se ela tivesse sido morta por um deles. Era horrível pensar assim. Afinal, ela salvou minha vida e eu estava grata, mesmo que isso fosse algo que me assustasse. Mas, se não me matou quando teve chance e ao contrário, me salvou, eu não deveria ter medo dela. Ela? Dela? Por quê eu achava que era uma mulher?

Fiquei pensando por um tempo e acabei lembrando do sonho. "Não morra, Luna." A voz era claramente feminina. Quem poderia ser? Odiava ter um mistério. Se fosse algum tributo, eu deveria estar morta, certo? Ou talvez, o tributo esteja por ai, se escondendo até que a chuva acabe e possa vim propor uma aliança. Ou pior, pode estar esperando que eu me recupere para que enfim lutemos até a morte de um de nós. Com mais perguntas vindo em minha cabeça, percebi que as faíscas não vinham apenas dos raios que caiam, como também da minha cabeça, com o lado positivo e negativo se chocando a todo instante.

Parte de mim estava com medo. E ele ia além de descobrir as intenções de quem me salvou. Os raios caiam em clarões, e faziam a terra ao meu redor tremer. Eu ia morrer naturalmente, pois o frio também estava presente e apesar de minhas roupas, inclusive das meias, do gorro e da máscara (que aquecia um pouco meu rosto), eu ainda tinha o desconforto com a temperatura. A outra parte de mim, dizia que nada ia acontecer. Que provavelmente era apenas paranoia minha e que a pessoa que me ajudou era apenas alguém de bom coração. Alguém que eu provavelmente conhecia, pois toda vez que eu lembrava da voz, eu tinha uma sensação de que já tinha ouvido aquele tom antes. E que os raios não iam me atingir, eu não iria morrer assim tão facilmente.

Mas, apesar de todos os esforços positivistas de meu cérebro, o medo ganhava. Talvez fosse mais fácil sentir medo, e caso eu sobrevivesse, assumir depois que estava errada. Os clarões que via uma vez ou outra, praticamente me obrigaram a continuar ali, quieta dentro do abrigo. Algumas vezes, eu conseguia ouvir claramente o barulho, ou melhor o estouro que eles provocavam. Era assustador, e isso me fez deixar a adaga que estava em minha mão direita no meu colo para colocar as mãos nas orelhas. Durante alguns minutos, o terror era tanto que eu cheguei a chorar de frustração. Afinal, nada podia fazer. Estava contando com a sorte.

Se não fossem os raios, eu voltaria para a pequena praia próxima da Cornucópia. Ou tentaria encontrar a pessoa. Agradecer a ela. Odiava pensar que morreria sem saber e sem dizer um obrigada para ela. Olhava para todos os lados e nada, só chuva. Queria que tudo parasse, que o sol raiasse e levasse tudo embora. Era ridículo mas naquele momento, eu só queria acreditar que tudo iria melhorar. Eu podia estar morta, e não estou. Será que não era possível eu sobreviver mais um pouco?

A minha garganta ardia, pedindo água. Eu sentia a cavilha em minha bota mas, eu lembrei das flores. Não era seguro tirar a máscara, não agora. Também estava com um pouco de fome, mas pelo o mesmo motivo da água, eu afastei esses pensamentos. Estava me recuperando da tontura, que aparecia somente se fizesse movimentos bruscos com a cabeça. Apesar disso, meu cérebro ainda estava em confronto.

Eu me sentia mal por tudo. Não por minhas escolhas, e sim pela situação que eu me encontrava. Eu podia muito bem sair daqui e correr o risco. Mas continuava no abrigo. Ali sozinha, eu parecia que ia enlouquecer. Tentava dar um rosto para quem me salvou, lembrando de todos da Capital, de todos os tributos vivos. Nada parecia se encaixar. Tentava uma maneira de sair, e nenhuma ideia se passava em minha cabeça. Um tempo se passou, e comecei a ter lembranças boas de meu distrito, de minha mãe. E não senti mais nada ruim. O barulho dos trovões era alto, a chuva também produzia seus ruídos, e nada disso me afetava. Parei de bancar a detetive. Eu não estava desistindo. Estava tentando melhorar as coisas para mim, me mantendo... feliz.


Resumo:
-Continuar no abrigo;
-Confusões psicológicas com os sentimentos intensificados (medo, esperança, tristeza, culpa, felicidade) que levam a algumas pequenas ações (choro, olhar sem parar para os lados, colocar as mãos nas orelhas [deixando a adaga no colo], um tímido sorriso [final]);
-Resistir a sede e a fome;


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MensagemAssunto: Re: Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12   Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 Icon_minitimeSáb Fev 21, 2015 11:15 pm

Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 1130764__untitled-wallpaper_p


6:xx hrs
5ºC
O tempo estava feio e a tempestade caía com toda a força,
assim como os raios que desciam do céu para o chão


Luna começa a ter um mix de sentimentos. Ela se encolhe para se aquecer do frio e espera até que a tempestade passe. UM CANHÃO DISPARA! A garota começa a tremer ainda mais com o susto que tomou por conta do tiro do canhão. A jovem começa a imaginar se o tiro não foi para quem a ajudou e ela começa a sentir-se mal por não poder agradecer a gentil pessoa.

Então ela fica ali, observando a chuva cair e o frio tomar conta de seu corpo. UM CANHÃO DISPARA! Agora ela tinha certeza de que nunca poderia agradecer a quem a ajudou, ou só seria paranoia dela...?


Situação:
Saúde (88/100)
Fome (88/100)
Sede (80/100)

Pertences:
- Adaga (mão direita)
- Estojo com shurikens (4 shurikens)(bota esquerda)
- Par de meias brancas (vestido - mãos)
- Gorro branco (vestido)
- Máscara de gás (vestido)
- Cavilha (bota direita)
- 2 Pedaços do saco plástico (bota direita)
- Frutas comestíveis variadas (20 unidades) (bolso direito)
- Frutas redondas roxas com listras pretas (20 unidades) (bolso esquerdo)


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MensagemAssunto: Re: Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12   Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 Icon_minitimeSeg Fev 23, 2015 3:53 pm


Luna Lewis

Continuo a ter lembranças boas, especialmente sobre a minha mãe e quando ela começou, finalmente, a ser ela mesma. Isso começou após um mês da morte de meu pai. Os roxos desapareceram de seu rosto, o sorriso voltava para seus lábios, o humor aparecia em suas falas. Todas aquelas memórias aqueciam meu coração. Mas não podia dizer o mesmo do resto do meu corpo. O frio me fazia tremer e ficar encolhida, e apesar de meus esforços, estava sendo difícil vencê-lo. Porém eu continuava ali, sendo positiva.

BOOM! O som alto e claro, me pegou de surpresa. O susto foi grande, e meu corpo passou a tremer de uma forma que nunca tinha visto. Meu coração pulsava de maneira agressiva. E quando me dei conta do que significava este som, o desespero brotou em meus sentimentos. E se o canhão fosse o da pessoa que me salvou? Eu jamais saberia quem foi, jamais agradeceria. E eu precisava dizer um simples 'obrigada', pois se não fosse esta pessoa, provavelmente o canhão seria o meu.

Passou alguns minutos aterrorizantes, e eu acreditava que não podia ficar pior quando... BOOM! O segundo canhão não me assustou, mas me deixou em estado de choque. Se eu tinha esperanças de que eu pudesse agradecer quem me ajudou, isso tinha acabado. Droga. Eu queria apenas agradecer e tentar ajudar esta pessoa também. Só isso. Era algo simples, não era? Mas agora tudo estava acabado. E mesmo eu acreditando nisso, pensei que existem 13 outros tributos por ai. Havia uma pequena chance de estar errada, e que tudo isso só fosse fruto da minha paranoia...

Enquanto refletia, o frio me atingia e eu estava cada vez mais gelada. Até que, em meio ao turbilhão de pensamentos, uma ideia surgiu e comecei a colocá-la em prática. Afinal, estando viva ou morta, a pessoa que me salvou queria que eu sobrevivesse. Com o pequeno espaço ao meu lado, cavei dois buracos, um deles mais largo que o outro porém com mesma profundidade. Ambos eram bem próximos de modo que fiz uma espécie de túnel entre eles. Feito isso, peguei alguns galhos que estavam no chão, e outros poucos menores que estavam me protegendo da chuva. Aliás, apesar de ter pego eles, continuei seca e o local dos buracos também. Coloquei os galhos no buraco mais largo, e encontrei duas pedras, que tinham um tamanho não muito bom para o que ia fazer.

Após diversas tentativas, consegui gerar uma faísca. O fogo começou baixo e logo, com ajuda dos meus sopros, ganhou forma e vida. O calor que provocava me aquecia aos poucos. A fogueira ficava escondida e através do outro buraco, ela conseguia o oxigênio necessário para continuar. Fiquei muito feliz ao lembrar que isto tinha sido ensinado a mim há muitos anos, durante uma aula no 12. Nunca imaginei que iria usar.

Olhando a chama, todo meu pessimismo em relação a pessoa que me ajudou foi embora. Agora, mesmo a mulher estando morta, eu iria seguir o que ela me disse: "Não morra, Luna." E isso era minha forma de agradecimento, e algo que eu fazia não somente para ela, e sim para minha mãe.


Resumo:
-Confusões psicológicas (dúvida, esperança);
-Construir uma fogueira;



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MensagemAssunto: Re: Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12   Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 Icon_minitimeQua Fev 25, 2015 4:29 am

Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 1130764__untitled-wallpaper_p


7:xx hrs
20ºC
A tempestade desaparece e tudo começa a ficar escuro.


Luna decide montar uma fogueira para se manter aquecida. Ela começa a colocar seu plano em prática, cavando dois buracos na terra. Mas, de repente, a tempestade para de uma só vez. Ela para o que estava fazendo e vai para fora do abrigo, com sua adaga em mãos. A garota olha para o céu pelas brechas entre as árvores e vê que as nuvens negras se dissipavam aos poucos e que também não havia mais nenhum barulho de trovões.

— Ainda bem que você está viva...

Luna olha assustada para a direção da voz e segura com firmeza sua adaga. Ela vê uma garota escorada em uma árvore, com a máscara de gás colocada mas em seu pescoço e uma mochila vermelha nas costas. Ela parecia estar desarmada. Luna logo a reconheceu como sendo o Tributo Feminino do Distrito 11, a aliada de seu companheiro de distrito. Ela tinha uma ferida feia na perna, que parecia precisar de cuidados.

— Não achei certo te deixar morrer, principalmente depois que deixei Lúcio lá na cornucópia... - a garota percebe que Luna não estava muito confortável com a presença dela ali -Meu mentor me enviou esta máscara de gás depois que eu te dei a minha... Logo depois fui atingida por um galho que caiu de uma árvore durante a tempestade. Achei que seria pedir demais algo para tratar isso.

Elas ficam se encarando durante um tempo. Tess esperando alguma reação de Luna, enquanto Luna esperando que Tess a atacasse.

— Acho que é melhor eu ir. Boa sorte. - a garota então começa a caminhar lentamente, mancando com a perna direita. É neste momento que Luna percebe que está escurecendo, mesmo estando no início da manhã.


Situação:
Saúde (93/100)
Fome (88/100)
Sede (80/100)

Pertences:
- Adaga (mão direita)
- Estojo com shurikens (4 shurikens)(bota esquerda)
- Par de meias brancas (vestido - mãos)
- Gorro branco (vestido)
- Máscara de gás (vestido)
- Cavilha (bota direita)
- 2 Pedaços do saco plástico (bota direita)
- Frutas comestíveis variadas (20 unidades) (bolso direito)
- Frutas redondas roxas com listras pretas (20 unidades) (bolso esquerdo)


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MensagemAssunto: Re: Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12   Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 Icon_minitimeQua Fev 25, 2015 9:29 pm


Luna Lewis

Percebi que tinha sonhado acordada em relação a construção da fogueira. Sem perder mais tempo, comecei a cavar os buracos. Passado alguns minutos, um silêncio se estabeleceu e percebi que a chuva parou assim, sem mais nem menos. Estranhei um pouco, porém logo lembrei que a Capital pode fazer o que quiser. Cansada de ficar no mesmo lugar, me levantei e acabei desmontando a proteção contra a chuva.

Enquanto caminhava sem rumo, meus olhos pairaram no céu. Nas brechas das copas das árvores, via-se um céu com as nuvens pretas se dissipando aos poucos e nenhum sinal de raios. Se não fosse o ambiente úmido, ninguém iria dizer que uma tempestade horrível tinha acontecido...

Ainda bem que você está viva... - Meu coração deu um salto. Olhei em direção da voz e reconheci, era Tess do distrito 11. Segurei forte a adaga, mesmo ela estando na mão errada. Aos poucos, percebi que o tom era o mesmo da minha lembrança. Com absoluta certeza, aquela garota era quem me salvou. Ela estava escorada em uma das árvores e, percebi que não carregava arma alguma. Havia uma grande mochila vermelha em suas costas, do mesmo tom de seu corte profundo na perna. Lembrei que ela era aliada de Lúcio, e isso me trouxe uma certa segurança, porém isso não fez mudar meu posicionamento de defesa.

— Não achei certo te deixar morrer, principalmente depois que deixei Lúcio lá na Cornucópia... -Que deixou Lúcio morrer lá na Cornucópia, quis completar. Isso me deixou um pouco irritada, mesmo sabendo que ela sentia remorso e isso que a motivou a me salvar. Estava grata, mas algo dentro de mim ainda sentia perigo. - Meu mentor me enviou esta máscara de gás depois que eu te dei a minha... - Ela apontou para a máscara, que se encontrava em seu pescoço. - Logo depois fui atingida por um galho que caiu de uma árvore durante a tempestade. Achei que seria pedir demais algo para tratar isso. - Novamente, suas mãos indicaram o que ela estava falando. Percebi que ela sentia que não estava bem com ela ali.

Porém ainda sim, ela continuou me encarando, em busca de uma resposta. Tudo o que meu instinto dizia era que ela iria me atacar em algum momento, mesmo com a perna naquele estado. Então, nada falei. Depois de um tempo, ela se cansou e disse:

— Acho que é melhor eu ir. Boa sorte. - Tess então começa a caminhar lentamente, mancando. Ao observar ela, percebo que está tudo ficando escuro, mesmo sendo de manhã. Não sabia se tinha sido isso, ou algum ato protetor por conta do estado dela, mas a chamei.

Tess, espera! - Ela vira a cabeça, antes que eu pudesse achar que ela não tinha escutado por conta da máscara. - Obrigada por me salvar. - A frase saiu em tom de grito, para que ela ouvisse. A garota do 11 apenas faz um aceno, e volta a caminhar. Porém, eu tinha que retribuir o enorme favor. Andei até ela e a parei. - Eu não tenho kit de primeiros socorros, mas posso te ajudar para o ferimento não infeccionar.

Não olhei para a reação dela, mas logo peguei a cavilha em minha bota e cravei ela na árvore próxima. Em poucos segundos a água jorra, e faço um sinal para que ela molhe a perna. Seu rosto demonstra uma certa dor, e eu fico com um pouco de pena dela. - Você deve beber um pouco de água também. - Digo, ainda pensando sobre o que ela poderia ter passado nesse meio tempo. Ver o rosto de Lúcio no céu deveria ter sido pior para ela do que foi para mim.

Quando ela termina, eu retiro a cavilha, colocando de volta na bota. Olho para a árvore, e lembrando do meu ferimento na testa, digo: - Passe um pouco do musgo, ajuda um pouco. - Enquanto ela passa no ferimento, me recordo das frutas em meu bolso. Parte de mim queria dar a ela um fim para suas dores, e o que era bem doentio de se pensar, afinal este fim estava no bolso esquerdo. A outra parte, iria dar algumas comestíveis para ela, afinal, ela salvou a minha vida. Por fim, acabo oferecendo duas do meu bolso direito. - Mais uma vez, obrigada por me salvar. - Mas lembre-se que da próxima vez, é meu lado esquerdo que vai conversar com você. Era o instinto dizendo em minha mente.

Tudo estava escuro novamente e meus olhos buscavam se adaptar. A temperatura subiu e já não precisava das meias. Coloquei-as em minha bota direita, o que resultou em um aperto na minha perna. Não que isso incomodasse. Observei Tess se alimentando, e procurei pensar, se após o meu instinto, um tanto paranoico e assassino, eu deveria me aliar a ela. Até o momento, não sabia a resposta...

Resumo:
-Ajudar Tess (oferecendo água para ela tomar e limpar seu ferimento, dar a dica de usar o musgo e dar duas frutas comestíveis);
-Retirar as meias das mãos e colocá-las na bota direita;
-Pensar se deveria propor uma aliança ou não (sem resposta por enquanto).


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MensagemAssunto: Re: Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12   Luna Lewis - Tributo Feminino do Distrito 12 Icon_minitime

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