Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6

Relembrando a primeira mensagem :

Athena Vandyke

Idade: 17 anos.
Altura: 1,62 m.
Peso: 53 kg.
Distrito: 6.
Destro ou canhoto? Ambidestra.
Ocupação: Bagageira.

Perícia com: Faca(70%).

Habilidades: Medicinal(100%), Armadilhas(50%), Camuflagem(50%), Furtividade(50%).

Distribuição dos Atributos:
Agilidade: 6
Precisão: 5
Inteligência: 5
Força: 5
Charme: 6 {Tem um pequeno espaço nos holofotes}
Carisma: 4
Astúcia: 4
Resistência: 8

Fraqueza: Displasia da anca.

Photoplayer: Astrid Bergès-Frisbey.

Três palavras: Determinada, interesseira, carinhosa.

Sobre: O sonho da mãe de Athena foi desde criança o de ser mãe. Nunca parecia dar certo. Mas depois de seis anos a tentar conseguiu engravidar. A gravidez foi calma e sem incidentes, os problemas se deram no parto. Ela queria ter a filha sem ajuda de terceiros, ao ver que quase perdia a esposa, seu marido foi chamar a parteira mais próxima. As duas se salvaram, mas a criança que ai nasceu nunca viria a andar, falar ou fazer o que quer que fosse sozinha. Assustada e deprimida a senhora tomou então a decisão de ter um segundo filho "Que vai ser de minha filha quando eu não estiver por perto? " pensava. E ai nasceu Athena. Foi sempre educada para cuidar e tratar da irmã. Faltava muitas vezes à escola e era para isso que vivia. Mas a medicina rudimentar do distrito 6 não fazia prever que o quadro clínico de sua irmã fosse tão grave e ela viria a morrer antes de Athena completar 12 anos. Desgostosa a mãe de Athena pôs fim à vida, se achando uma mãe falhada como explicara num bilhete que deixou a ela. Desde então que Athena vive para sustentar e tratar de seu pai doente.

Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 - Página 3 KzCoRryeQ4

7:xx hrs
-10ºC
"We're running out of time."

Após discutirem um pouco, os Tributos do Distrito 6 decidem aceitar o convite dos Idealizadores. Eles seguem na neve, Alpha bem mais na frente que Athena. A garota estava com um sentimento terrível em relação daquilo tudo. O frio do local não ajudava em nada.

Finalmente chegam no limite da floresta. Eles olham em direção à Cornucópia, vendo todos os elementos que estavam no convite que receberam há pouco, além de perceberem a floresta mais ao norte totalmente queimada. Athena percebe uma movimentação a sua direita e avisa Alpha. Os Tributos do Distrito 4 estavam andando em direção a eles. O garoto com um poderoso tridente e a garota segurando uma adaga, um pouco atrás de seu companheiro de distrito.

O relógio marcava agora 10 minutos para a liberação das caixas. Eles teriam que pensar rápido no que fazer.

Situação:
Saúde (100/100)
Fome (94/100)
Sede (100/100)

Pertences:
- Faca (mão direita)
- Manto negro (vestido)
- Máscara de gás (vestido)
- Paraquedas (vestido)

- Kit de primeiros socorros (duas colheres dentro) (paraquedas)
- Pote de metal (500ml) (paraquedas)

ATHENA VANDYKE

O caminho até à cornucópia é feito em silêncio. Caminho atrás de Alpha, arrastando levemente os pés na neve. Sentir a neve por baixo dos meus pés me trazia de volta a casa, aos nossos invernos gelados lá no Seis. Então minha esperança acaba mesmo na fronteira, onde acaba a neve e começa a areia.

Eu não vou regressar para o Sul, nada de bom pode resultar desse banquete. Eu tentei fazer Alpha ver isso. Eu tentei, mas tudo o que consegui foi irritá-lo mais, e fazê-lo ir para o perigo sozinho. Mesmo que eu não entre na cornucópia, nada garante que eu sobreviva a isto, mas ainda assim não me consigo forçar a entrar para o centro do conflito. Pensar que nos primeiros minutos, nesse mesmo local, 8 vidas se perderam para que este jogo pudesse continuar me faz revirar o estomago.

Quanto mais nos aproximamos mais claro é o cheiro a queimado, olho em volta para tentar perceber de onde vem o cheiro, não demoro a entender que vem do Norte, onde seria o Verão. Mas não é a única coisa que vejo. Nos encarando, vejo dois tributos, um casal. Dou um toque a Alpha que parece não ter notado eles, e ele logo se põe em posição defensiva.

Eles estavam armados, mais armados que nós, mas um confronto connosco nunca seria justo. A faca na minha mão não serve para confronto, não nas minhas mãos. Isto seria uma luta de 2 contra 1, e Alpha sairia perdendo...

Me aproximo do casal com passos leves, para não os assustar a eles nem a Alpha. Me posiciono de modo a que nem eles possam atacar ele, nem ele possa avançar para os atacar. Minha aproximação faz o garoto levantar seu tridente, um tridente, essa escolha de arma costuma significar que são tributos do Distrito 4, o que só faria nossas hipoteses contra ele baixarem. Tento ignorar o tridente mirado na minha direção e a garota atrás dele acaba lhe pedindo que baixe a arma.

A tensão no ar era quase palpável. Ninguém fazia um movimento. Alpha murmura algo atrás de mim, mas com o vento e a tensão não consigo perceber o que ele diz. Tudo o que me passa na cabeça é que se eu não fizer algo, vamos morrer, vamos os dois morrer.

- Nós não somos uma ameaça. Eu posso ajudar vocês. Vocês também não querem perder um ao outro, certo? – Grito na direção deles. Me foco na garota que me olha nos olhos, tão assustada como eu estou.

Ela toma a frente, e se coloca na frente do seu companheiro de distrito. O distrito 4, agora me lembro. Eles são um casal. Eles se amam, eles já se amavam antes de serem arrastados para este lugar. Eles entendem então.. eles entendem...

- Não, não queremos. – Ela responde me fazendo baixar a guarda. – E não somos uma ameaça também. – Então o garoto a envolve em seus braços. Mostrando também estar baixando a guarda perante nós.

- Acho que concordamos que tem algo que queremos proteger, correto? – Pergunto levantando meu olhar para Alpha que parece confuso e surpreendido.

Nós quatro aqui temos algo em comum, o sentimento de proteção face a alguém. Esses dois querem se proteger acima de tudo. E eu e Alpha temos alguém em casa que necessita nossa proteção. É por isso que temos que ganhar, é por isso que não podemos morrer aqui... Sim... é por meu pai que faço isso... pelo meu pai..

- Sim, temos algo que queremos proteger aqui. – Ela confirma, segurando a mão de seu parceiro.

- Nós quatro aqui, todos temos algo a perder nesse banquete. Então não vamos lutar aqui, por favor – Peço baixando a cabeça. Mostrando minhas intenções de paz. – Podemos fazer um acordo.

- Acordo? – A garota pergunta intrigada.

Mas claro. Qual o distrito mais apto para fazer frente à aliança carreirista? Assim Alpha não teria que ir sozinho para a boca do lobo. E mais, eles entendem. Eles compreendem o sentimento de impotência que este lugar provoca. Eles o compreendem de um modo semelhante ao nosso.

- S-sim. – Respondo engasgada antes de medir bem minhas palavras – Enquanto estivermos no banquete, não nos atacamos. Eu sei cuidar de feridas e posso tratar vocês se algo der errado. Não sirvo para mais do que isso. Mas o Alpha pode ajudar a lutar, apenas peço que olhem por ele lá.

- Aceitamos sua proposta – A garota diz prontamente. – Não nos atacamos e ficamos tentando nos proteger na cornucópia. Será mais seguro estarmos em um número maior. Também posso ajudar localizando armadilhas, sabemos de algumas por aqui e vou mostrar a vocês.

Meu corpo logo estremece com o alivio. Essa conversa podia ter acabado terrivelmente para nós. E ainda pode. Mas agora não temos outra escolha se não confiar neles. A garota nos mostra as armadilhas e como contorná-las. Eles estão mantendo sua parte do acordo. Vejo os olhares que Alpha e o garoto trocam. Terá que ser uma trégua rápida.

Vou com eles até à ponte, mas ao me aproximar da cornucópia, o cheiro a queimado e a sangue me impede de continuar e minhas pernas começam a tremer até não conseguir me aproximar mais.

Alpha se aproxima de mim, e atira o cobertor para mim, me dizendo para não hesitar gritar. Eu sei que não era o tempo para isso, mas meu coração começa a acelerar de uma maneira estranha, minha ansiedade atinge niveis extremos. Essa pode ser a última vez que o vejo. Essa pode ser a última coisa que ele me fala. Seguro seu pulso o que o faz virar irado, e para surpresa dele e dos nossos agora aliados, lhe dou um beijo nos lábios, o que o faz empurrar-me e sair disparado cornucópia dentro.

A garota se aproxima de mim oferecendo uma mão amiga. Eu já não conseguia pensar em nada. Estava completamente bloqueada, só conseguia pensar que posso não voltar a ver Alpha com vida. Seguro a mão dela e a olho nos olhos numa última súplica.

-Please don't take my sunshine away..- Não era isso que eu queria dizer, mas era o que minha mente perturbada conseguia por cá para fora.

Eles me olham surpreendidos, mas a garota assente com a cabeça antes de se afastar e se aproximar da oferta para o seu distrito.

Resumo:
- Me colocar entre Alpha e os outros tributos;
- Tentar formar uma aliança com os mesmos, por meio de um acordo que agrade ambas as partes;
- Segui-los para aprender a contornar a armadilha;
- Esperar o retorno de Alpha.

It's in your eyes, what's on your mind
I fear your smile and the promise inside
I just have know, while I still have time
Do I have to run, or hide away from you?

Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 - Página 3 KisiIsikwO

8:xx hrs
20ºC
"Here we are, don't turn away now!"

Os Tributos do Distrito 4 acabam arrumando aliados temporários - os Tributos do Distrito 6. Athena parecia ser boa com as palavras e soube mostrar bem os motivos de tentar fazer aquilo dar certo. Sem tempo para pensar e nem muitas opções, o casal do Distrito 4 aceita sua proposta. Então, os quatro seguem rumo à Cornucópia.

Na entrada do Sul, eles tomam cuidado com a armadilha. Lá havia um buraco um pouco fundo (3 metros), com alguns palmos de água e um corpo animalesco boiando. O fedor ali estava terrível. Eles caminham com passos calmas até a ilha central da Cornucópia. Faltavam 2 minutos para terminar a contagem. Perto de alcançar a areia, quatro tributos saem de dentro do chifre de metal e os encaram. Ambos os Tributos do 1 e do 9.

Athena fica na entrada da passagem Sul, observando de longe. Seu corpo estremesse quando os tributos aparecem do nada de dentro da estrutura de ouro. Assim que eles colocam os olhos um nos outros, gritos altíssimos de macacos podiam ser ouvidos vindo da floresta do leste. O relógio para antes de entrar no último minuto e zera, liberando os tributos.

Situação:
Saúde (100/100)
Fome (94/100)
Sede (100/100)

Pertences:
- Faca (mão direita)
- Manto negro (vestido)
- Máscara de gás (vestido)
- Paraquedas (chão)
- Cobertor (chão)
- Casaco branco (chão)

- Kit de primeiros socorros (duas colheres dentro) (paraquedas)
- Pote de metal (500ml) (paraquedas)

ATHENA VANDYKE

Me sinto ridicula ficando aqui para trás sozinha. Mas não me sentia com forças para continuar. Tudo o que eu podia fazer era olhar por Alpha e cuidar dele e de nossos aliados caso se machucassem.

Vejo eles se afastarem de mim mas logo ficam estáticos olhando o caminho, e não é para menos. A aliança carreirista aparece quase como que do nada. Tal como nós estão armados, mas ao contrário de nós, todos eles saberão com certeza usar suas armas, e como sair de um confronto.

Não posso conversar com eles, neste momento a negociação de nada serve. Sinto minhas pernas tremerem quase até ao ponto de cederem. Até respirar parece dificil. E o som estridente dos macacos que se ouve não ajuda em nada o meu raciocinio e meu equilibrio.

Vejo Alpha recuando à cautela, talvez tenha decidido ir embora. Era o mais acertado! É o melhor para nós. Para nós... mas então os outros dois...

Recolho nossas coisas do chão ao reparar que eles fazem como Alpha e agem com cautela. Contorno a armadilha e me posiciono atrás da mesma. Aguardo o que Alpha fizer...

Resumo:
- Pegar nas coisas e contornar a armadilha;
- Caso Alpha faça o mesmo e saia correndo, segui-lo

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Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 - Página 3 KzCoRryeQ5

8:xx hrs
20ºC
"...like we're gonna die young."

Athena assiste a tudo de longe. O cronometro zera e todo mundo começa a correr. Ela só pedia para que nada acontecesse a seu companheiro de distrito. Connor parece conseguir sua recompensa. Ninguém tentou impedi-los, para o alívio da garota. Rapidamente, os três voltam correndo até ela.

Quando a alcançam, uma explosão chama a atenção dos quatro de volta para a Cornucópia. Uivos são ouvidos vindo da floresta cheia de neve atrás deles. UM CANHÃO DISPARA! Tudo acontece ao mesmo tempo, deixando Athena muito assustada. Eles voltam agora para a ilha central, juntamente com Athena, pois era muito perigoso que a garota continuasse ali sozinha. Ela só teve tempo de agarrar o seu paraquedas, deixando o cobertor e o casaco branco no chão onde estava. Ao chegar no final da passagem, os Tributos do '4 e '6 não acreditam na cena que vêm. Dior gritava com sua companheira de distrito em algum lugar mais ao norte, enquanto Jade estava estirada no chão, próxima ao caixote com o número 6. A pequena garota olha para seus adversários e depois para a Cornucópia, desmaiando logo em seguida. Já não havia mais nada a ser feito pela jovem.

Situação:
Saúde (100/100)
Fome (94/100)
Sede (100/100)

Pertences:
- Faca (mão direita)
- Manto negro (vestido)
- Máscara de gás (vestido)
- Paraquedas (chão)

- Kit de primeiros socorros (duas colheres dentro) (paraquedas)
- Pote de metal (500ml) (paraquedas)

ATHENA VANDYKE

Me alivio ao ver a recompensa de nossos aliados. De certeza que eles saberiam como usá-la. O que nos daria uma vantagem para com a outra aliança. Sorrio para eles quando eles se aproximam de mim, mesmo não percebendo porque o fizeram.

Mas de repente tudo muda. Dois grandes estouros são ouvidos. Quase ao mesmo tempo, quase se sobrepondo. Olho para a cornucopia com uma expressão de horror. Uma cratera perto do local onde estaria a recompensa do nosso distrito, e metros mais à frente uma garota esteirada no chão, completamente deformada e queimada.

Seria de esperar que fosse por isso que os dois sons estavam tão seguidos, ela tinha morrido na explosão, mas não. Ela ainda nos encarou e aos aliados que como nós olhavam em terror. Fico petrificada, levo as mãos à cara, escondendo minha boca e tentando esconder minha expressão..

-Eles não vão só deixá-la lá, pois n... - Antes de terminar percebo a resposta. Eles vão.

É contra a natureza destes Jogos salvar a vida de alguém. Inimigo ou aliado. Todos vão ter de morrer par o bem do próprio. Não há verdadeiro altruismo, não há entre-ajuda gratuita. Há apenas acordos breves de sobrevivência.

Mas então... o que fazia isso de nós? Nós e o casal do Quatro? Eu e Alpha? O que somos? Apenas um desses acordos? Olho para eles e vejo suas expressões em relação a este espetaculo de horrores. O que há aqui para mim? O que eu quero com isto?

Até agora sempre estive à deriva, em órbita de Alpha. Seguindo-o. Fazendo o que ele me diz. E tendo a certeza que ele não se ia abaixo. Mas para quê? Se algo assim acontecesse, ele faria algo para me ajudar? Ou eu a ele? A resposta é óbvia. Principalmente da parte dele.

Então porquê? Porque continuo com ele? Porque me preocupo com a segurança dele? Pelo óbvio. O Distrito Seis tem que ter um vitorioso este ano. Não são só as nossas vidas em jogo, mas a das nossas familias também. Pelo meu pai, e pela mãe de Alpha, um de nós tem que sair vivo. Por isso tenho que nos manter vivos o maior tempo possivel. Qual de nós volta não é importante, desde que o nosso acordo seja comprido.

E nossos aliados, por muito que confie neles neste ponto do Jogo, não sei na verdade se são se confiança. E não vão hesitar em deixá-lo para trás se necessário. É por isso... É por isso que tenho que me obrigar a fazer o que não queria...

Resumo:
- Estar com atenção à aliança carreirista;
- Seguir a aliança para onde forem.

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Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 - Página 3 KzCoRryeQ8

8:xx hrs
20ºC
"...like we're gonna die young."

UM CANHÃO DISPARA! Estava óbvio que ele pertencia ao Tributo Feminino do Distrito 1. Athena segue Alpha e Connor assim que eles começam a correr em direção ao caixote com o número 6. Só que algo parece mexer com Athena. O corpo da garotinha do Distrito 1. Ela era tão nova. O seu corpo mutilado e desamparado mexia com algo dentro da garota do '6. O abandono da pequena era perturbador, mesmo que Athena não tivesse qualquer laço com ela.

Os uivos dos lobos. Os gritos dos primatas. Os vários tiros de canhões sendo repetidos de novo e de novo nos ouvidos da garota. O perfume adocicado do oeste. O som de uma explosão... O sentimento do instinto de ameaça de morte começa a bater com mais força em Athena.

Situação:
Saúde (100/100)
Fome (94/100)
Sede (100/100)

Pertences:
- Faca (mão direita)
- Manto negro (vestido)
- Máscara de gás (vestido)
- Paraquedas (chão)

- Kit de primeiros socorros (duas colheres dentro) (paraquedas)
- Pote de metal (500ml) (paraquedas)

ATHENA VANDYKE

Ele foi embora. O seu companheiro de distrito foi simplesmente embora. A cara dela ainda mirava de olhos abertos e penosos o lugar onde antes o garoto louro a chamava, mas já não está lá ninguém. E algures no distrito Um, uma mãe e um pai sabem que sua filha não vai mais regressar a casa.

Isto são os Jogos, isto está acontecendo. Sei agora que o garoto que chamou meu nome no primeiro dia não está morto como eu pensava, ouvi ele chamando a garota a apenas uns momentos atrás, mas saber isso agora não me perturbou tanto como eu achava que iria. Minha segurança não está mais em risco por ele estar vivo. Ser ele ou qualquer outro é o mesmo. Todas as restante seis pessoas em jogo me querem morta. E eu mesmo que indiretamente quero que eles morram...

Sou trazida de volta à realidade pela voz de Alpha, ele me indica o que fazer. E vejo nossos aliados se afastarem para norte, seguindo o garoto do Um.

- Porquê? - pergunto enquanto Alpha ainda me encara. Porquê a fixação naquele garoto? Ele acabou de ver sua companheira de distrito morrer. Ele acabou de ver a sua sanidade nestes três dias ir pelos ares. Porque não o deixar em paz por agora?

Nossa aliança com eles terminou. Estamos por nossa conta novamente.. Sigo atrás de Malloch, em silêncio. O que será de nosso futuro daqui para a frente?

Resumo:
- Seguir Alpha para o Sul

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Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 - Página 3 KzCoRryeQ69

8:xx hrs
20ºC
"Can't kill us!"

Assim que Dior começa a fugir, os Tributos do Distrito 4 seguem em perseguição ao garoto. Alpha agarra o braço de Athena e começa a correr em direção ao Sul. Para sua surpresa, sua companheira de distrito segue com ele sem nenhuma queixa. Mas ao chegarem no meio da passagem do Sul, um lobo sai de dentro da floresta e para na frente da armadilha, fazendo sons ameaçadores e com um ódio enorme em seus olhos. Athena puxa seu aliado de volta e eles começam a correr para perto da cornucópia novamente. UM CANHÃO DISPARA!

Os Tributos do Distrito 6 correm até perto da passagem norte... encontrando assim seus aliados caídos no final do caminho de pedras. Algo aconteceu ali e os dois não pareciam estar reagindo de qualquer forma. Primatas surgem nas árvores no limite da floresta do leste e a gritaria só aumenta. Alpha e Athena se entreolham, se perguntando o que fariam a seguir.

Situação:
Saúde (100/100)
Fome (94/100)
Sede (100/100)

Pertences:
- Faca (mão direita)
- Manto negro (vestido)
- Máscara de gás (vestido)
- Paraquedas (chão)

- Kit de primeiros socorros (duas colheres dentro) (paraquedas)
- Pote de metal (500ml) (paraquedas)

ATHENA VANDYKE

Um canhão dispara enquanto corremos para o Sul. O plano dos nossos antigos aliados parece ter resultado. O percurso do Distrito Um acaba aqui. Mais uma família que não irá receber seu filho esse ano.

Ao chegarmos à passagem para o Sul somos recebidos com dentes ameaçadores. Os idealizadores não querem que voltemos ao a Sul. Eu não entendo porquê, mas com certeza não iria querer discutir isso com o bestante.

Alpha me cutuca para seguirmos para Oeste. Mas ao olharmos o Norte ambos petrificamos. Para além do corpo sem vida do tributo do Um, o casal do Quatro permanecia ali sem se mexer e sem reagir.

Algo tinha acontecido ali, algo... Poderia ser uma armadilha dos idealizadores? Ou do tributo agora morto? Alpha parece tão chocado como eu, ele devia pensar que seria uma ótima oportunidade para eliminar concorrência feroz.

Mas não, ele volta a me cutucar insistindo para irmos para o Oeste. Talvez ele não queira sofrer o que eles sofreram se o que o causou ainda andar ai. Ou talvez ele tenha tido compaixão pelo casal que tem tanto em comum connosco (ou que eu quero acreditar que tem).

Sigo com Alpha para o Oeste me forçando a acreditar no mais bonito dos motivos. Tenho que acreditar que foi a compaixão dele. Tenho mesmo.

Ao pisar a areia da cornucópia e sentir o vento na cara, uma voz asola minha mente, minha própria voz:

"Eu posso cuidar de vocês se algo der errado"

A promessa que ditou nossa aliança... levanto o olhar de volta para os tributos imóveis.

- Me desculpem. - Digo num sussurro sem voltar a olhar para lá.

Resumo:
- Seguir Alpha para Oeste.

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Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 - Página 3 1130764__untitled-wallpaper_p

9:xx hrs
20ºC
"Can't kill us!"

A visão dos Tributos do Distrito 4 no chão traz uma série de sentimentos conflitantes em Athena. Mesmo que seu instinto lhe dizia para ir até lá e ajudá-los, algo dentro dela fala o contrário. Eles tinha um acordo, mas eles estavam nos Jogos Vorazes. Apenas um venceria. Seria inteligente ajudá-los? Athena passa a correr logo depois que Alpha a indica a direção Oeste. Os Tributos do Distrito 6 acabam abandonando assim o casal do Distrito 4.

Os tributos sentem a areia fofa e quente da praia remexer-se sobre seus pés, diminuindo suas velocidades de acordo com que correm. A dupla atravessa a ponte Oeste superior, desvia do buraco ao final sem problemas e adentra a floresta colorida. Os dois caminham poucos metros mais fundo na mata quando Alpha, do nada, grita de dor e esfrega o olho esquerdo.

— Alpha, se acalma! - pedia Athena, sem entender — Me conta o que tá acontecendo!

— Meu olho queima! - grita o rapaz.

Seu coração salta com a informação. Mas o que poderia ter provocado aquilo? Será que além do veneno atingir o sistema respiratório, agora estaria fazendo esse tipo de coisa? Não, não podia ser aquilo. Depois de muito esforço, a garota consegue tirar a mão de Alpha do olho e não faz uma cara nada agradável. O olho de Alpha estava leitoso e totalmente danificado. Neste momento, Alpha percebe que só está conseguindo enxergar com o olho esquerdo. Ele entra em desespero.

— Eu não consigo enxergar! EU NÃO CONSIGO ENXERGAR!

— Não tem mais jeito. Seu olho "morreu". - conclui Athena, sem encontrar as palavras certas para expressar a situação.

De repente, os tributos são atingidos por uma lufada forte, repentina e momentânea de vento que parece vir do fundo da floresta. Tudo fica quieto novamente, a não ser pelo barulho das folhas das árvores se movimentando. Eles voltam sua atenção para cima quando algo começa a bloquear a luz do sol aos poucos e surpreendem-se o perceber que o ar acima deles está tomado por uma quantidade absurda de majestosas borboletas azul-cintilante.

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Situação:
Saúde (100/100)
Fome (92/100)
Sede (94/100)

Pertences:
- Faca (mão direita)
- Manto negro (vestido)
- Máscara de gás (vestido)
- Paraquedas (chão)

- Kit de primeiros socorros (duas colheres dentro) (paraquedas)
- Pote de metal (500ml) (paraquedas)

ATHENA VANDYKE

Não havia nada a fazer. Eu não podia ajudá-los. Não havia nada que eu pudesse fazer... Repito na minha mente. Tento me convencer que eles já estavam condenados. Apesar de eu não ter essa certeza por não ter me aproximado sequer, mas isso ajuda-me a lidar com minha culpa. Neste momento, a falta de canhões preocupa-me. Se aqueles dois tiverem que ir, ao menos não quero que sofram.

Mas então ficamos só 4, eu, Alpha e os tributos do Nove que eu nunca vi sem ser por escassos momentos na cornucópia... O que eles poderiam ter feito para chegar tão longe? Tiveram sorte? Seriam de facto os mais aptos neste terreno? E onde estão eles agora?

Meus pensamentos são interrompidos pelos gritos de dor de Alpha. Minha atenção se foca logo nele, que começa a coçar o olho freneticamente. Olho à volta para tentar perceber uma possivel ameaça mas parece que foi algo no ar.

- Alpha, se acalma! Me conta o que está acontecendo! - ordeno lutando momentaneamente com ele para conseguir ver o olho dele.

Nunca tinha visto nada como aquilo, observo seu olho que parece agora estar sem vida. Meu corpo estremece um pouco. Este lugar não é seguro. Alpha segura meu braço para controlar a vontade de coçar o olho enquanto o examino, e começa a gritar em pânico que não consegue mais enxergar.

-Não tem mais jeito. Seu olho "morreu" - Digo engasgada. Isto não podia estar acontecendo logo agora. Espero Alpha ter um acesso de raiva em mim, mas não.

O vento muda e sua mente parece acompanhá-lo. É então que olho para cima e vejo o aglomerado de borboletas espalhado pela floresta. Borboletas, bonitos insetos, com terrivel simbolismo. Além de que essas provavelmente não seriam borboletinhas normais, nenhum ser daqui o é. Só consigo pensar que com o Norte queimado, o Leste guardado por macacos e o Sul por lobos, realmente era estranho o Oeste estar livre. Então não me sentia tão confiante ao pé destes bestantes, mas a última opção...

V-vamos voltar para a cornucópia. - Alpha pensou como eu. E por muito que eu não queira me arriscar. Ou ver o corpo de nossos antigos aliados novamente, tenho que ir com o plano de jogo.

O tempo está contando e um de nós está indo para casa. Estou certa disso. Voltamos para a areia da cornucópia quando chamo Alpha. Uso o estojo de primeiros socorros para lhe fazer um penso no olho.

-Sei que não é mais útil, mas deve evitar que você coce mais. - explico desajeitadamente.

Resumo:
- Usar furtividade para voltar para a cornucópia sem alertar as borboletas
- Seguir Alpha até à cornucópia (fazer um penso no olho)

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Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 - Página 3 KzCoRryeQ11

9:xx hrs
20ºC
"We're all just pieces in their games"

Os Tributos do Distrito 6 saem correndo de dentro da floresta envenenada, deixando as bonitas e perigosas borboletas para trás. Ao olhar para onde estavam, percebem que a cor azul é quase predominante no meio das coloridas flores. Tudo parecia realmente hipnotizante perante os olhos, mas eles ainda estavam nos Jogos Vorazes. Quase sempre, o que é bonito é mortal.

Athena se direciona rapidamente para Alpha, examinando de novo o seu olho. Ela abre o kit de primeiros socorros, pega uma solução para lavar o olho do garoto e alguns materiais para o curativo.

— Não deixe que ninguém se aproxi-

— Quieto, Alpha. Assim eu não consigo fazer o negócio direito!

— Ei! Deveria ter me avisado que faria isso! - reclama o garoto quando Athena limpa o seu olho com a solução.

Sem falar mais nada, Athena faz um rápido curativo em Alpha, escondendo completamente o seu olho. Eles observam o terreno ao redor e percebem que os Tributos do '4 e '9 parecem estar em um confronto ao norte da arena.

Situação:
Saúde (100/100)
Fome (92/100)
Sede (94/100)

Pertences:
- Faca (mão direita)
- Manto negro (vestido)
- Máscara de gás (vestido)
- Paraquedas (chão)

- Kit de primeiros socorros (duas colheres dentro) (paraquedas)
- Pote de metal (500ml) (paraquedas)

ATHENA VANDYKE

A comunicação era quase impossível com todo o ruído vindo de todo o lado. O uivo dos lobos e o grito dos primatas me estavam levando à loucura. Trato do olho de Alpha enquanto ele reclama algo que não consigo perceber. Por momentos penso que se sair daqui já não irei conseguir perceber português.

No meio de todo o barulho, havia sons faltando, o som dos canhões. O tributos do Quatro estavam condenados, não? Era isso que eu me tinha convencido, mas olhando um pouco mais longe vejo que eles estão bem, pelo menos por enquanto. Eles estão em confronto com os do Nove. Minha cabeça anda à roda por um tempo.

Eu fico feliz que eles estejam bem, que a morte deles não tenha meu nome pairando de alguma maneira. Mas se ele nos odeiam por os termos traído? Se se unem ao Nove como se uniram a nós antes? Não, não. Depois disto e só sobrando seis tributos, dois de cada tributo, eles não fariam isso agora.

Mas se eles se confrontassem e o Quatro vencesse, viriam logo atrás de nós, disso estou certa.. minha cabeça está a mil à hora. Penso em milhares de cenários possíveis. Todos com péssimos resultados. Todos resultam na minha morte, em nenhum eu volto para casa, em nenhum volto a abraçar o meu pai. Em nenhum volto a ver a neve no distrito Seis.

Imito Alpha e me escondo atrás das rochas, mas fico o observando, pensando. Mesmo que aqueles quatro lá no norte se destruam mutuamente... Se os próximo 4 canhões forem os deles, eu sei que é algo improvavel... mas se acontecer, o que faço?

Aperto o cabo da faca na minha mão, como que para ter certeza que ainda lá está. Não me consigo concentrar em nada, não consigo escutar nada. Só posso esperar pelos canhões.

Resumo:
- Esconder com Alpha e observar o confronto de longe.

It's in your eyes, what's on your mind
I fear your smile and the promise inside
I just have know, while I still have time
Do I have to run, or hide away from you?

Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 - Página 3 KzCoRryeQ12

9:xx hrs
20ºC
"Would it be beautiful or just a beautiful disaster?"

As coisas pareciam estar realmente tensas na arena. Alpha e Athena correm rapidamente para trás de rochas ali perto, onde as ondas da praia terminam. Os Tributos do Distrito 6 se escondem e tenta espiar o que está acontecendo mais ao norte da arena.

A confusão parecia grande, mas nada que os dois conseguissem identificar ao certo. Em questão de minutos, os gritos dos bestantes ao redor da arena param abruptamente e apenas o som das ondas ao redor da Cornucópia e do grito de Tori podem ser ouvidos.

— CONNOOOOOOR!

Alpha e Athena se encaram, tensos. Algo tinha acontecido com o Tributo Masculino do Distrito 4.

Situação:
Saúde (100/100)
Fome (92/100)
Sede (94/100)

Pertences:
- Faca (mão direita)
- Manto negro (vestido)
- Máscara de gás (vestido)
- Paraquedas (mão esquerda)

- Kit de primeiros socorros (duas colheres dentro) (paraquedas)
- Pote de metal (500ml) (paraquedas)

Uma luz verde surge do nada em cima da Cornucópia, mas nenhum tributo repara no acontecido. Dentre a luz, surge um pequeno ser com roupas engraçadas. Ele estava com os olhos vermelhos de fúria.

Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 - Página 3 11

— QUEM QUEIMOU A MINHA FLORESTA?!

Questionou o Leprechaun em um tom estrondoso, podendo ser ouvido em todas as partes da arena.

ATHENA VANDYKE

E no meio da confusão um silêncio abrupto. Interrompido de repente por um grito de uma voz conhecida. Olho de olhos arregalados para Alpha, como se ele me pudesse dizer o que se estava passando, mas ele parecia tão aflito quanto eu.

O silêncio repentino dos bestantes, e o grito em pânico da garota do Quatro.. algo me dizia que um canhão estava para próximo.. meus pensamentos vão para a garota. Se ela perder o companheiro de distrito agora... ou vai desistir, ou vai enlouquecer...

-QUEM INCENDIOU A MINHA FLORESTA. - Ouço ecoar, e então sou eu quem acho que está enlouquecendo.

Mas olhando para Alpha que me olha de volta mais uma vez com uma expressão confusa, o que me indica que ele também escutou. A voz quase fantasmagorica parece irada pelo incêndio do Norte. Eu não fazia ideia de quem poderia ser o responsavel, mas neste ponto do jogo, não acho que os idealizadores fossem nos assustar com isso se o responsavel já estivesse morto. Então se fosse uma punição para quem o fez... Isso seria mais um ponto a nosso favor... e mais um passo em direção a casa...

Resumo:
- Continuar observando, escondida atrás das rochas.

It's in your eyes, what's on your mind
I fear your smile and the promise inside
I just have know, while I still have time
Do I have to run, or hide away from you?

Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 - Página 3 KzCoRryeQD6F

9:xx hrs
10ºC
"That's me in the corner,
that's me in the spotlight...
Losing my religion."

O céu começa a ficar tomado por nuvens negras, envoltas de raios. O vento começa a soprar descontroladamente para todas as direções. Estava óbvio que uma tempestade terrível estava prestes a cair. O duende berrava coisas ininteligentes e apontava para todas as direções, enquanto batia o pé na estrutura de metal. O mar ao redor da ilha central da Cornucópia começa a ganhar formas agressivas, arrastando e puxando quem que se atrevesse a cair nele.

Athena observa tudo o que está acontecendo ao redor, ao lado de Alpha. Os Tributos do Distrito 4 e o Tributo Feminino do Distrito 9 parecem começar a ter problemas com a agitação do mar. Athena cutuca Alpha e diz quase em um sussurro para que eles se afastem dali. Athena dá uma última olhada ao redor antes de correr de volta para a floresta colorida, logo atrás de Alpha.

A tempestade começa a cair com muita força. Dentro da floresta colorida, o chão estava coberto com as borboletas bestantes. Todas estavam mortas e não havia sinal de qualquer uma viva na copa das árvores. Alpha e Athena começam a adentrar à floresta, até que um clarão muito forte surge atrás deles. Athena leva um susto e se agacha para se proteger, mas nada acontece contra ela. O barulho do raio vem logo a seguir. Athena procura ao redor por Alpha, mas percebe que o garoto continuou sem ela. O Tributo Feminino do Distrito 6 se põe a correr novamente, mas depois de alguns metros, um raio atinge uma árvore perto dela, lançando a garota para o tronco de uma outra. O impacto faz a garota bater seu ombro direito, fazendo-a sentir uma dor enorme.

Ela se levanta com dificuldade, observando um outro raio caindo a alguns metros a diante. Ela torce em sua mente para que aquele raio não tenha atingido Alpha.

Situação:
Saúde (95/100)
Fome (92/100)
Sede (94/100)

Pertences:
- Faca (mão direita)
- Manto negro (vestido)
- Máscara de gás (vestido)
- Paraquedas (mão esquerda)

- Kit de primeiros socorros (duas colheres dentro) (paraquedas)
- Pote de metal (500ml) (paraquedas)

ATHENA VANDYKE

E tão depressa como vem o silêncio, começa o pandemónio. O que quer que fosse que estava em cima da cornucópia não estava nada satisfeito, e estava tão sedento de mortes quanto os outros tributos.

Lá mais à frente, os outros tributos parecem ter problemas com a corrente, agora tão violenta. Cutuco Alpha e lhe digo para irmos embora. Não preciso repetir duas vezes. Alpha sai correndo na minha frente. Sinto o meu osso raspar na minha bacia, o que me causa um enorme desconforto na corrida, mas não posso para. Não posso abrandar. Eu tenho que correr. Para onde? Não sei bem.

O chão da floresta estava quase todo pintado de azul. Os bestantes que nos fizeram voltar para a cornucópia estavam mortos. Todos eles. Seria do veneno? Ou da mudança do tempo. Então começa. PUM! PUM! PUM!

Os relâmpagos tornam dificil enxergar, e os barulhos dos trovões não deixam pensar. Vejo um relâmpago cair bem perto de Alpha e de repente me sinto ser atirada. Meu ombro embate numa árvore, dói imenso. Mas não tenho como me tratar agora. Mal consigo enxergar sem um trovão encadear minha vista.

Não vejo Alpha em lado nenhum. Se um canhão soar agora não vamos ouvir. Mas eu preciso encontrar o Alpha. Eu não posso ficar sozinha. Não com esta situação. Preciso saber que ele está bem.

-ALPHA!! - Saio correndo com atenção aos lugares onde os relâmpagos caiem. Se tudo corresse bem, a maior parte cairia nas árvores. Tenho que pensar assim.

Resumo:
- Ponderar se o ferimento do ombro necessita de remendo imediato;
- Procurar Alpha.

It's in your eyes, what's on your mind
I fear your smile and the promise inside
I just have know, while I still have time
Do I have to run, or hide away from you?

Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 - Página 3 KzCoRryeQAlphana_1

10:xx hrs
10ºC
"I can't wait anymore.
I have to come and find you.
I just hope I get to you in time..."

A dor era grande, mas Athena conseguia suportar a sensação tranquilamente. Não havia o que a garota pudesse fazer, apenas imobilizar o seu braço com ajuda do paraquedas.

UM CANHÃO DISPARA!

Seu coração acelera e a garota se coloca a correr na direção que Alpha tomou, sem pensar duas vezes ou nos perigos. Seu corpo encharcado tentava ignorar o frio e os sons dos raios. Imagens de um Alpha morto naquele chão totalmente tomado pela cor azul aparecem como flashes em sua mente. Ela acelera o passo.

Um Alpha agachado e totalmente fora de si faz o coração da garota do Distrito 6 parar. Ela se aproxima rapidamente dele, chamando-o pelo nome. O garoto não a atende. Algo estava errado. Athena coloca a mão em seu ombro, em alerta pela situação. O que acontece a seguir é totalmente surpreendente e rápido. Athena só tem tempo de pular para trás para não ser acertada por um golpe da foice de Alpha. O garoto fora pego de surpresa, por isso reagira daquela forma. Eles se encaram, sem saber o que falar diante da situação. Alpha parecia estar em pânico.

Situação:
Saúde (95/100)
Fome (92/100)
Sede (94/100)

Pertences:
- Faca (mão esquerda)
- Manto negro (vestido)
- Máscara de gás (vestido)
- Paraquedas (braço direito)

- Kit de primeiros socorros (duas colheres dentro) (paraquedas)
- Pote de metal (500ml) (paraquedas)

ATHENA VANDYKE

Eu estava errada ao pensar que um canhão não se iria ouvir nessa confusão. O som do canhão ecoa o mais alto por aqui. Especialmente quando não sei se ele pertence a Alpha. Acelero meu passo até o ver ajoelhado mais à frente. Chamo-o mas ele não responde e ao tocar o eu ombro para o despertar de seus pensamentos a sua reação é como eu devia ter previsto, mas meu alívio ao vê-lo não me deixou pensar.

Recuo do alcance da lâmina e que me faz sentir uma guinada no ombro e soltar um leve grito. Alpha me olha surpreendido, e em pânico. Ele estava voltando ao estado que eu prometi não deixar voltar. Eu não podia deixar.

-Alpha.. - Me aproximo à cautela. - Está tudo bem. Sou eu.

Vejo a expressão dele, de pânico puro. Tento chegar à sua mão. Mas ele logo me afasta. Suas mãos tremia como loucas, e ele tinha um olhar quase lunático . - Está tudo bem? Você acha que está TUDO bem!?

- Nós estamos bem. É o que conta por agora. - Falo pausadamente, olhando bem nos olhos dele tentando passando alguma calma. Mas ele acaba desviando o olhar de mim novamente antes de me voltar a encarar.. - Estamos bem, Alpha.

- Não... - ele murmura antes de me gritar. - Nós estamos nos Jogos Vorazes, Athena! Eu... - ele leva as mãos à cara e começa a se machucar com as unhas.

- Sim, estamos sim. - Continuo a falar com minha voz pausada, e posiciono minhas mãos nas dele, impedindo que ele continuasse aquilo. - Mas está quase acabando. Vamos para casa em breve. - Falo vagamente, ele segura minhas mãos e passa a fazer a pressão que estava fazendo no seu rosto nas minhas mãos. Me fazendo voltar à real. Mentir para ele, mesmo que com meias verdades não iria o acalmar. Só fazer tudo pior.

- Não. Sabe que mais? Não vamos. - Ele responde secamente, com um sorriso seco.

- Alpha, nós vamos ficar bem de uma maneira ou de outra. - Volto a falar vagamente - Vai melhorar. Talvez piore muito antes, mas vai ficar melhor...

- De uma maneira ou outra? - Ele me olha quase de boca aberta - Ou outra!? Como assim de uma maneira ou outra, Athena? Mortos? É isso que você quer dizer? - ele pergunta rindo. - Isso não é maneira de ficar bem, não... não... - ele repete desta vez cobrindo os ouvidos com as mãos e se encolhendo a cada trovão.

- Você não vai morrer Alpha. - Respondo calmamente, baixando o olhar e abanando a cabeça. - você não pode..

- Ah não? - ai ele se aproxima e me faz olhá-lo, não consigo manter a cabeça levantada por muito tempo depois de ele me largar, não com os clarões. - Desde quando? Desde quando que eu não posso morrer? Desde quando me querem vivo? Desde quando, Athena? - Ele continua rindo, o que nesse cenário o faz parecer louco.

- Eu quero. - Respondo assertivamente. - E sou eu quem está aqui.

- Porque haverias de querer!? Vai dizer que de repente se importa mais comigo do que com qualquer pessoa que possa ter deixado no Seis!? - Ele continua gritando.

- Você prometeu. - mantenho a assertividade. - Desde que alguém tome conta do meu pai, não importa qual de nós volte ao Seis. - Sinto uma pontada no peito ao ter que admitir isso novamente. Mas meu pai não deve nem lembrar de mim quando eu voltar, então não importa quem olhe por ele..

- Que seja, - Ele acaba por dizer, quase que como derrotado. - Precisamos sair daqui.

Acabamos por seguir o nosso caminho em silêncio. Alpha vem num passo arrastado, agarrado à lâmina da sua arma com vigor e tremendo imenso, no entanto. Talvez pelo frio, talvez pelos nervos. Tento me concentrar em algo para manter a mente ocupada. Mas os clarões e os estrondos não me deixam fazê-lo. Então decido me concentrar neles. Vejo um clarão e começo contando o tempo até ao trovão.

Um, dois..

Um, dois, três, quatro, cinco, seis.

Um, dois, três..

Então o relâmpago e o trovão caiem quase em simultâneo, o que me faz cobrir, e olhar à volta. Então reparo que Alpha está ficando para trás, chamo ele, e continuo na dianteira, pela primeira vez na arena.

Minha cabeça começa a correr a mil. O que eu faço? Onde devemos ir? Resolvo colher um pouco de água da chuva e oferecer para Alpha, não sabemos quanto tempo a chuva iria durar e podia ser que apaziguando sua sede ele se acalmasse. Ele bebe e eu coleto mais para mim e volto a coletar para termos mais tarde.

Tudo está envolto num silêncio tremendo. Claro que se ouve a chuva e os trovões, mas o silêncio entre nós dois se torna ensurdecedor. Minha mente desocupada me trás de volta ao Seis, à minha família e ao meu pai que eu ainda há pouco falei que não se importava que eu voltasse.

Sou assolada por um sentimento de culpa. Meu pai já quase não se lembrava de mim, essa é a verdade. Mas nos seus momentos de lucidez, quando sua memória parece estar intacta, o que ele pensa? Se nesses momentos ele me ouvir falar isso, o que ele vai sentir? E o que ele vai sentir depois, quando se recordar dessas minhas palavras e eu não estiver lá para lhe dizer que não eram sentidas? Apesar de o serem.

A chuva já havia parado na pela hora em que encontramos um lugar para ficar. Estavamos encharcados e com frio, mas ainda estavamos vivos. E juntos. Apesar de esse silêncio de pedra continuar. Me entretive a contar o tempo entre os trovões e os relâmpagos por mais um pouco mas logo me canso disso. Estava a me levar mais à loucura que o contrário. Acabo por quebrar o silêncio. O que acabaria por ser um grande erro.

- Sabe que ficarmos nos roendo no silêncio só é pior, né? - Tento me encostar em Alpha pelo calor, mas vejo que seu pânico de antes não estava mais controlado, ele se afasta e mantém uma certa distância.

- O que quer que eu diga? Que lhe conte uma história pra adormecer!? - Ele responde secamente.

- Você sabe que eu tenho razão. - Respondo derrotada.

- Falar atrai outros Tributos e ameaças. - Ele contesta.

- Não falar trás outro tipo de ameaças. - Respondo com rispidez. Eu só queria ocupar a cabeça..

- Estamos fodidos de todas as maneiras possíveis, não é? ..não que me lembrassem isso.

- Estamos mesmo. - suspiro completamente exausta desta conversa tão curta.

O silêncio volta e acaba aumentando. A trovoada acaba por acabar, o que só o torna pior. Está frio, estou ensopada, e me sinto sozinha, mesmo com Alpha sentado ao meu lado.

- Tenho frio. - Volto a tentar.

- Não tivesse deixado o cobertor na Cornucópia. - Ele resmunga entre os dentes.

- Vamos ficar doentes. Não morremos dos tributos morremos de doença. Isso seria uma grande ironia... - Escondo a minha cara nos joelhos, estava cansada de tentar. Nada do que eu fizesse conseguiria atingir o cara.

- Se continuar pensando nisso, vai mesmo. Você não tem um kit de primeiros socorros para isso!? - Eu queria lhe responder e desbocar sua cara, mas estava cansada, exausta. E muito desanimada.

A minha morte está próxima, pairava sobre mim. Talvez fosse por esse garoto por quem eu tanto me preocupo, tal como ele sempre mo prometeu. Já faz uns dias que me mentalizei que minha morte iria acontecer, que iria contabilizar para o número de vitimas dos Jogos. Mas o tempo passa, estou aqui à quatro dias, o pânico é crescente. Mas do pelo facto de poder vir a morrer, mas pela dúvida de como isso vai acontecer. Eu gostava de não sofrer muito, mas... há alguma maneira de não sofrer com a morte? Há alguma morte não dolorosa?

Lembro de no ano passado haver um pequeno escândalo com o vitorioso, ele vendia a morte com ervas, mas mesmo dessa maneira dita "indolor", a pessoa não sente pânico e dor quando seus pulmões deixam de funcionar e o coração pára?

Meus pensamentos estavam a levar um rumo muito mais negro do que o que era normal em mim. Doía pensar nessas coisas. E não posso deixar de ponderar se Dia sofreu quando ela se foi.. Eu gosto de pensar que ela não sofreu, mas na realidade, o que ela sentiu? Ela teve medo?

Peço a Alpha para dormir o primeiro turno. Talvez me ajudasse a me afastar desses pensamentos que agora eram inúteis e incapacitantes. Ele concorda para minha surpresa. Me ponho o mais confortável que consigo e tento adormecer, mas esses pensamentos continuam até eu adormecer, o último som que ouço enquanto sóbria e meus próprios soluços.

----

-Athena! Athena! - ouço uma voz familiar, mas algo estava errado com essa voz. Eu não sabia explicar o quê... - Athena!! Já chega de ficar aí dormindo, não? Papai está chamando você faz tempo!

Papai? Não podia ser, Dia nunca nem sequer andou, quanto mais falar. Mas ela estava ali na minha frente, devia ter uns 6 anos de novo. Mas o que está acontecendo? Ela está falando... Esse simples fato me faz tão feliz que me contenho para não começar a chorar..

A abraço fortemente, tão forte que ela se debate em meus braços. Sentia minha felicidade disparar. Ela estava bem, e era uma menina normal e saudável. Me apresso a ir até meu pai, mas as divisões da casa não estavam nos sítios corretos. Eu estava muito confusa. Acabo por encontrar meu pai num lugar que deveria ser nossa cozinha, mas que parece o vagão do comboio que nos levou para a Capital.

-Então, filha? Que se passa? Parece que viu um fantasma! Olha preciso que me faça um recado. - ele me diz alegremente. - Me leve isso na casa dos McQueen, rapidinho!

McQueen, eu já tinha ouvido esse nome.. Saio de casa e faço o recado que meu pai me mandou. Nada estava fazendo sentido. Dia tenha 6 anos, mas eu estava igual. Meu pai parecia coerente e ter um pensamento organizado. Toco na porta do tal McQueen e ela se abre sozinha, entro à cautela e deixo o pacote que meu pai mandou entregar numa mesa. É então que uma mulher que parecia um pássaro me toca no ombro. Dou um pulo como susto. Ela me olha com os olhos esbugalhados e me fala com uma voz sinistra.

-Ainda bem que chegou, tem que ver uma coisa. - Ela me leva para o jardim da casa, que fazia lembrar o Oeste e o que vejo me faz ir de cara ao chão.

O garoto de Quatro tinha Alpha preso, atado a um bloco de cimento. Ele estava com a cara quase destruída e não parecia ter nenhuma reação a nada. Eu corro para me por na frente dele e o proteger do tridente que o garoto tinha apontado a ele. Mas nada veio...

Ouço Alpha murmurar: - Não desista de mim agora, Otillie..

O que tem um efeito de gatilho em mim. Solto-o das cordas que o prendem e tento reanimá-lo.. por uns minutos nada.

-Ela não vai desistir, Alpha você vai ficar bem. - Continuo até ele começar a tocir, mas por essa altura já tinha as mãos manchadas com o seu sangue. Ele me olha e me dá mais um sorriso seco.

E então acordo, e percebo que era um sonho. Lembro novamente o que meu pai falava sobre sonhar com morte e fico petrificada olhando Alpha.

- O que foi? - Ele pergunta com o um tom meio preocupado.

Mas eu ainda estava digerindo isso tudo. Levo as mãos à cabeça e tento me convencer que é só uma crença. É só uma crença. É só uma crença. É só uma crença, mas foi a crença que manteve minha sanidade nas outras noites.. foi nisso que acreditei como fanática para que conseguisse aguentar ver tanta morte nos meus sonhos, mas agora...

- Droga, Athena! Que aconteceu? - Ele grita, quase exigindo resposta.

- Você.... você... - tento falar, mas dizer isso em voz alta parece tão... idiota..

- Eu o quê? -

- Que droga... você... eu sonhei com você... você não morreu... - Digo por fim. E sim, parece ainda mais idiota depois de falado em voz alta.

- E isso não é bom? - ele ri de mim.

- Eu lhe estaria a dar tempo. Se você morresse, significava ia ficar bem. Mas você ainda falava comigo... ainda ria para mim... e isso estiver para acontecer....ou algo parecido... - Tento explicar, mas sei que ele não iria entender as palavras de uma doida.

- Pelo amor, Athena. Deixa de conversa ridícula. Eu preciso de dormir e que você me mantenha viva. Se está tão preocupada com a minha morte, melhor sair desse estado e se manter alerta. - Ele resmunga. Não me dando nenhuma sensação de proteção. Me sinto ainda mais derrotada.

- Eu não... pude fazer nada... - o encaro. - Não me consegui mexer...

- É normal. Era um sonho. Agora desperte pra realidade. Okay? - ele ordena.

- Mas eu na realidade não posso falhar.. Não posso hesitar um momento ou então... Não vai acontecer nada, pois não? - me sinto a ficar enjoada, mas me forço a lembrar que Alpha ainda precisa de mim. Ele pode ser um cretino, mas precisa que eu cuide dele.

- Não. - Ele segura meus ombros para me dar segurança. Me faz suspirar. - Não vai, se você se portar bem enquanto eu estiver dormindo. Okay?

- Vá descansar, então. - respondo já fraca.

- Me acorde antes do hino. - e impõe antes de se afastar como se eu tivesse bicho.

Me mantenho no meu sitio, com a cabeça escondida entre os joelhos, encarando o silêncio. Até ouvir Alpha atrás de mim, se contorcendo, gemendo. Estava a ter pesadelos novamente. Sem dar por mim começo a cantar o "You Are My Sunshine" outra vez, mas não me aproximo dele, como na noite anterior. Fico no meu sitio, vigiando da maneira que posso.

Resumo:
- Coletar água da chuva
- Beber água coletada com o recipiente de metal, voltar a coletar água para mais tarde.
- Procurar abrigo.
- Assim que encontrar algum lugar que dê para abrigar e descansar, saciar a fome com as frutinhas.
- Dormir no primeiro turno.
- Vigiar Alpha no segundo.

It's in your eyes, what's on your mind
I fear your smile and the promise inside
I just have know, while I still have time
Do I have to run, or hide away from you?

Athena Vandyke - Tributo Feminino do Distrito 6 - Página 3 KdiIKWkXKD6FM

10:xx ~ 23:xx hrs
10ºC
"..."

Os Tributos do Distrito 6 caminham mais e mais fundo na floresta colorida, tentando ficar o mais longe possível das ameaças. No caminho, eles coletam água e algumas frutinhas boas para o consumo. Ao meio dia quando a chuva pára de vez, os Tributos do '6 ainda não tinham achado um abrigo seguro para ficar. Eles estavam encharcados. Athena tremia muito de frio, assim como Alpha.

No meio da tarde, os raios param de vez... porém o frio ainda assombrava os tributos até o final da noite. Eles tentam descansar, mas conseguem poucas horas de sono aproveitáveis. Athena aguentava bem aquilo tudo, mas sentia que Alpha estava ficando cada vez pior. O garoto estava começando a ficar doente. Os braços da garota estavam dormentes, assim como o resto de seu corpo, mas ela ainda conseguia suportar.

À noite, o hino começa a tocar, anunciando os mortos. Entre as árvores, Athena assiste aos rostos dos caídos do quarto dia no céu.

Quando o hino acaba, uma voz familiar soa em toda a arena. Era a voz do Duende que estava em cima da Cornucópia.

— AAAAAAAAAAAAAAARGH! QUEM DESTRUIU A MINHA FLORESTA?! EU VOU MATAR TODOS VOCÊS!!!

Situação:
Saúde (75/100)
Fome (66/100)
Sede (82/100)

Pertences:
- Faca (mão esquerda)
- Manto negro (vestido)
- Máscara de gás (vestido)
- Paraquedas (braço direito)

- Kit de primeiros socorros (duas colheres dentro) (paraquedas)
- Pote de metal (500ml) (paraquedas)

ATHENA VANDYKE

Acabo por não precisar de acordar Alpha. Ele acorda em pânico e suado, isso seria preocupante tendo em conta esse frio, mas o pânico dele e os seus movimentos enquanto dormia explicariam bem a sua origem.

Fico sentada encarando o chão, o hino rompe nosso silêncio mórbido, e a cara dos caídos é mostrada mais uma vez, desta vez não haveria surpresas. A garota que explodiu, a presa dos nossos aliados, e a recompensa não reclamada no banquete. Baixo a face ao ver o rosto do nosso antigo aliado.

Eu falei que os ajudaria. A expressão dele olhando aquela garota, mesmo sem falar qualquer um entenderia seus sentimentos em relação a ela. Aquele olhar não podia ser fingido. O grito de dor da garota chamando por ele volta a ecoar na minha mente. Me pergunto como a garota estaria agora. Sozinha e só. Perdida e desamparada...

Nesse pensamento encaro Alpha que já me estava olhando como se estivesse me estudando. O que lhe estaria passando pela cabeça era um enigma, como foi durante todo este nosso percurso juntos. Se eu estivesse no lugar da garota do Quatro, sem Alpha, o que eu faria? Tal possibilidade pode estar próxima, apesar da probabilidade de eu sobreviver a evento que o tirasse de perto de mim definitivamente ser baixa. Mas se acontecer....

Ele me fala e me tira desse transe. Dá a entender que não se sente bem. Meus braços pareciam estar a querer adormecer mas me forço a lhe tentar ver a temperatura com as mãos, o que se mostrou dificil com o estado de quase dormência dos meus braços. Mas ele continuava suado. Estava com alguma febre.. Os kits de primeiros socorros costumam ter remédios para constipação, mas o que me garantia que este tivesse? Passo revista pelo kit e procuro para lho dar.

Resumo:
- Revistar o kit e procurar por remédio para Alpha.

Don’t care if he’s guilty, don’t care if he’s not
He’s good and he’s bad and he’s all that I’ve got
Oh Lord, Oh Lord, I’m begging you please
Don’t take that sinner from me

00:xx hrs
10ºC
"..."

Athena procura com alguma dificuldade por comprimidos para dar a Alpha. Seus dedos gélidos e doloridos afastam todos os itens de dentro do kit de primeiros socorros até achar comprimidos que são antitérmicos e analgésicos. Havia cinco deles em uma caixinha de plástico. Ela dá dois ao garoto e também engole dois.

Segundos se passam até Athena ver que Alpha olhava curiosamente para algo no horizonte, no sentido contrário à Cornucópia. A garota olha ao longe e percebe que o lugar estava começando a ficar enevoado. A luz da lua que passa entre as flores das árvores possibilita que o casal do Distrito 6 perceba como a névoa avança de forma lenta e gradativa.

Situação:
Saúde (75/100)
Fome (66/100)
Sede (82/100)

Pertences:
- Faca (mão esquerda)
- Manto negro (vestido)
- Máscara de gás (vestido)
- Paraquedas (braço direito)

- Kit de primeiros socorros (duas colheres dentro) (paraquedas)
- Pote de metal (500ml) (paraquedas)

ATHENA VANDYKE

Confesso um certo alívio ao encontrar os medicamentos no fundo do kit. Minhas mãos já estavam ficando rígidas também o que me estava a começar a preocupar.

Alpha parecia melhorar um pouco depois de tomar o remédio mas ainda assim volto a checar a sua temperatura, para ter a certeza que está tudo bem.

Não parece haver muita agitação à nossa volta. Mas depois de alguns minutos, vejo uma névoa estranha se formar do interior da floresta. Cutuco Alpha, e lhe pergunto o que fazer.

Aquela névoa era estranha, e não me admirava se fosse tóxica como tudo o resto nesta floresta. Alpha sugere que caminhemos para sudeste para ai vermos para onde ir.

Resumo:
- Seguir para sudeste.

Don’t care if he’s guilty, don’t care if he’s not
He’s good and he’s bad and he’s all that I’ve got
Oh Lord, Oh Lord, I’m begging you please
Don’t take that sinner from me[/b]

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