26º Edição Anual dos Jogos Vorazes
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 Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6

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Wallace McQueen
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MensagemAssunto: Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6   Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 - Página 2 Icon_minitimeSeg Nov 17, 2014 2:41 am

Relembrando a primeira mensagem :


Alpha Malloch

Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 - Página 2 D6M

Idade: 18 anos.
Altura: 1,86 m.
Peso: 74 kg.
Distrito: 6.
Destro ou canhoto? Ambidestro.
Ocupação: Operário nas Fábricas de Veículos e Aerodeslizadores.

Perícia com: Chicote(100%), Foice(70%), Kusarigama(chicote+foice).

Habilidades: Furtividade(50%), Escalada(50%), Identificação de Alimentos(50%).

Distribuição dos Atributos:
Agilidade: 8
Precisão: 8
Inteligência: 5
Força: 8
Charme: 2 {Na sombra dos outros tributos}
Carisma: 0
Astúcia: 5
Resistência: 7

Fraqueza: O seu pai, pessoas gritando, o seu próprio reflexo.

Photoplayer: Gaspard Ulliel.

Três palavras: Frio, arrogante, irônico.

Sobre: Alpha nasceu quando os seus pais se encontravam separados. A sua mãe havia-se separado do seu pai por medo, após vários anos vítima de ameaças e vivendo assustada com as coisas horrorosas que ele dizia. Porém, o seu pai obrigou a mãe a entregar-lhe a criança, sob a ameaça de coisas terríveis lhe aconteceriam caso não o fizesse. Assim, Alpha cresceu com o pai, que acabou por casar com uma mulher qualquer que cedeu pela condição financeira dele, dando em troca uma vida repleta de ameaças e agressões diárias. O pequeno rapaz cresceu assistindo ao espetáculo todos os dias vezes sem conta - o pai tentava convencê-lo de que o que fazia estava certo, fazendo-o acreditar por muitos anos que os homens eram de longe superiores às mulheres - mas Alpha acabou por crescer criando os seus próprios ideais, e com ele cresceu um ódio pelo pai. Assim que fez 12 anos começou a fugir todas as tardes para perto da mãe, e quando regressava para perto do pai passava seu tempo trancado no pequeno sótão por cima do seu quarto, cuja porta não abria faz anos mas Alpha conseguira arranjar uma passagem para lá através do teto do seu quarto, tendo apenas ele acesso ao lugar. Aí, ele descarregava toda a raiva que tinha do pai em todo o tipo de objetos antigos que lá encontrava, menos nas velharias que a sua mãe lá havia deixado, com um chicote velho que ele encontrou numa das caixas, e com uma determinação que deixaria qualquer um com medo. Alpha desejava com todo o seu se poder fazer a seu pai o mesmo que faz aos objetos do pequeno sótão, o mesmo que o seu próprio pai fez a ele e a todos os que o rodeiam, porém, algo dentro dele o impede. Algo que o faz congelar sempre que se vê o seu pai, o reflexo de ele próprio e as palavras que ecoam em sua mente sempre que pensa na sua mãe. Aquilo que diferencia Alpha do próprio pai.

Só aos 16 anos Alpha conseguiu a independência e começou a trabalhar na fábrica de veículos e aerodeslizadores. Apesar da luta interna contra si próprio e contra as ideias que o pai lhe tentava colocar na cabeça, Alpha não conseguiu escapar a todas as caraterísticas do pai, principalmente daquelas transcritas nos seus genes. Alpha consegue ver o seu pai todos os dias quando se olha ao espelho, o que o enche com uma raiva descomunal.

O garoto pode ser descrito como um rapaz irônico, frio e talvez um pouco arrogante; mas acima de tudo ambicioso. Tem os seus objetivos bem delineados e fará de tudo para os alcançar, apesar do medo que o congela constantemente.



Última edição por Wallace McQueen em Sex Jan 23, 2015 6:13 am, editado 2 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6   Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 - Página 2 Icon_minitimeSáb Fev 28, 2015 5:20 am

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8:xx hrs
20ºC
A escuridão toma conta de tudo.


Alpha recolhe algumas frutas e entrega a Athena, que só se contenta de que são comestíveis depois que faz seu aliado comer uma delas. Havia várias frutas ali, mas Alpha não conseguia mais enxergar nada, por isso foi obrigado a parar de procurar.

Alpha olha para os céus, pedindo patrocínio a sua mentora. Minutos se passam e nada de uma resposta. Quase meia hora se passa e nada. Alpha fica irritado e começa a praguejar, sendo interrompido por Athena, que diz que talvez a falta do patrocínio tenha algum significado.

Mas como sempre, Alpha apenas revira os olhos e volta à sua caminhada.


Situação:
Saúde (92/100)
Fome (86/100)
Sede (97/100)

Pertences:
- Chicote (mão direita)
- Manto negro (vestido)
- Máscara de gás (vestido)
- Cobertor (mão esquerda)


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MensagemAssunto: Re: Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6   Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 - Página 2 Icon_minitimeDom Mar 01, 2015 1:53 am


ALPHA MALLOCH

- Cambada de inúteis... - murmuro entre os dentes. Sem essa porra de óculos não tinha como enxergar merda alguma à frente. Se eu morrer por causa disso, Otillie, eu juro...

Viro-me para Athena, fazendo a pega do meu chicote rodopiar.
- É, significa que eles não estão entretidos connosco. - Falo, me aproximando lentamente. - E isso significa que eu vou ter de te matar. - Finjo um olhar triste, me aproximando cada vez mais da garota. Acabo passando ao lado dela, deixando o meu chicote deslizar suavemente pelo pescoço dela, apanhando-a de costas. Puxo-a para mim e faço-a olhar-me nos olhos, até a largar de repente com um sorriso torto. Me divirto à custa da expressão dela até a minha mudar por completo. - Vamos é sair daqui, - comento.

Procuro um lugar mais escondido dentro do Oeste em que possamos ficar. Indico para Athena ficar cá no solo entre vegetação enquanto eu vigiaria do cimo de uma árvore. Talvez o pequeno reflexo em uma arma, ou o barulho de algum animal fossem o suficiente para me manter alerta. Não ia ver porra nenhuma, mas com sorte eles não me veriam também. Se os óculos de visão noturna permitem ver radiações térmicas pelo que eu percebi, e o tecido negro do meu manto serve para me reter o calor do corpo, não permitindo que este escape, eu e Athena ainda temos alguma hipótese de passar despercebidos caso algum Tributinho ridículo decida aproveitar a escuridão para caçar. Ainda mais com aquelas ceninhas de furtividade que aprendemos lá no Centro de Treino... lembro-me de ele falar em como a vegetação e árvores nos ajudariam a evitar que a nossa temperatura corporal fosse exposta.

Está de caras que se não conseguimos uma merda de uns óculos de visão noturna por patrocínio, é porque eles não estão satisfeitos com o nosso desempenho aqui. Mas não é agora, completamente às escuras, que vou andar por aí à procura de vítimas como se isso já fosse parte da minha rotina diária. Por mais que detestasse tomar uma posição mais defensiva, era a única hipótese para nós naquele momento...


Resumo:

- Procurar uma zona mais densa em vegetação.
- Escalar uma árvore (prender o manto à cintura e agarrar o chicote entre os dedos) e ficar lá em cima, entre ramos mais densos, vigiando.
- Usar o manto negro como forma de não deixar o calor escapar do meu corpo, mais o manto para tapar outros pontos que fiquem expostos (deixar entrar ar entre mim e o manto de vez em quando para o calor não se acomular).
- Esperar que a escuridão desapareça.

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MensagemAssunto: Re: Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6   Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 - Página 2 Icon_minitimeSeg Mar 02, 2015 7:49 pm

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8:xx hrs
20ºC
A escuridão toma conta de tudo.


Alpha escala uma árvore e se acomoda em um dos galhos. Ele utiliza o manto negro para tentar esconder seu calor corporal caso algum tributo passe por ali, mas parece que estava tudo tranquilo. O garoto tenta enxergar o que sua companheira de distrito estava fazendo, mas apenas escuta o barulho de folhas.

Passado alguns minutos, Alpha escuta uivos ao longe. Eles pareciam vir de onde os garotos vieram.


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MensagemAssunto: Re: Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6   Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 - Página 2 Icon_minitimeSeg Mar 02, 2015 10:26 pm


ALPHA MALLOCH

Tudo estava demasiado silencioso, o que ainda me irritava mais. Se eu tivesse a merda dos óculos, seria a altura perfeita para mostrar o que realmente eu poderia fazer aqui. Mas em vez disso, tenho que ficar fazendo figura de fraco, esperando o tempo passar... quanto tempo até os Idealizadores deixarem de querer brincar ao quarto escuro?

Olho para baixo, tentando ver Athena, mas nada. Será que a imbecil aproveitou para fugir de mim agora? Não, ela sabe que não aguentaria muito sem mim... finalmente oiço o barulho de ela remechendo nas folhas, o que me deixa mais descansado. Volto a virar-me para o outro lado, quando outro barulho me desperta a atenção. Merda...

Seria possível esses animais virem atrás de nós depois de todo esse tempo? Se eles realmente estivessem interessados em nós, teriam vindo na noite anterior. Mas estando eles sobre o comando dos Idealizadores... bem, eu cá em cima não passaria grandes problemas. Mas Athena... ainda preciso dela viva.

Me mantenho imóvel, e sempre com atenção à minha temperatura corporal. Tento me concentrar ao máximo no que me rodeia, para estar bem atento a possíveis ameaças. Não sei se esses animais são capazes de sair do sítio onde estavamos antes, mas não quero descobrir da pior maneira...


Resumo:

- Me manter imóvel, com atenção a esconder a temperatura corporal e atento a possíveis ameaças.
- Apenas caso os lobos apareçam e encontrem Athena, descer e usar o chicote para os manter afastados. Caso contrário, permanecer escondido.

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MensagemAssunto: Re: Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6   Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 - Página 2 Icon_minitimeQui Mar 05, 2015 4:43 am

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9:xx hrs
20ºC
A escuridão toma conta de tudo.


Alpha começa a ter visões de seu passado, o que estava começando a perturbá-lo. O silêncio daquele lugar e a falta de visão estavam levando o garoto à loucura. Os minutos se estendem e ele começa a perder as esperanças de que algum dia a luz do Sol vai voltar para a arena. De repente, sua atenção passa rapidamente para o barulho de animais quadrúpedes correndo.

Os tributos do Distrito 6 ficam parados, sem fazer nenhum barulho, esperando que as feras se afastassem. É Alpha quem quebra o silêncio.

— Ainda está viva?

— Para a sua felicidade, estou sim. Obrigada. - responde Athena, sussurrando alto.

Alpha solta uma risadinha irônica e os dois voltam ao silêncio tedioso. UM CANHÃO DISPARA!

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MensagemAssunto: Re: Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6   Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 - Página 2 Icon_minitimeQui Mar 05, 2015 7:18 pm


ALPHA MALLOCH

Mais um canhão dispara, nessa escuridão do demónio não me surpreenderia se o número fosse reduzir bastante agora. E sem óculos de visão noturna, eu e Athena estaríamos habilitados a fazer parte desse lote. Não temos patrocínio suficiente para receber o raio dos óculos, porém esses lobos voltaram a passar por nós sem algum interesse em nos atacar, pelo que não somos ainda carne a abater. Ou será que eles têm outro objetivo em mente?

Com tanta escuridão, tanto silêncio... não sei quanto tempo mais eu aguentaria assim. Apenas o tínido em meus ouvidos me fazia companhia, me deixando cada vez mais e mais desconfortável. Só estava com vontade de gritar e sair daquele lugar o quanto antes, mas ao que isso me levaria?

Não é só na Arena que a luz do Sol não voltaria. Se eu morrer aqui, nunca mais voltarei a ver o sol sequer. Isso é algo que nunca na minha vida me passaria pela cabeça que me viesse a incomodar, mas agora incomoda. Como pude descer a esse nível? Droga, eu só queria sair desse lugar o quanto antes.

Me reencosto na árvore, de costas para o tronco. Só queria poder fechar os olhos por um bocado, ou dizer alguma palavra a Athena, ou ao menos ouvir o barulho do vento batendo nas folhas. Qualquer coisa que me garantisse que não estou fechado nesta escuridão e silêncio para sempre. Mas qualquer segundo de olhos fechados, qualquer ruído que eu emita, é um pequeno descuido que pode ser a diferença entre a minha vida ou morte. E eu nunca iria permitir isso... Otillie, por favor, tenta arranjar algo...


Resumo:

- Continuar imóvel e em silêncio, atento à minha temperatura corporal e qualquer ruído que me indique uma ameaça.

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MensagemAssunto: Re: Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6   Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 - Página 2 Icon_minitimeDom Mar 08, 2015 10:12 pm

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10:xx hrs
20ºC
A luz do Sol volta aos poucos.


O silêncio continua a enlouquecer Alpha. O zumbido em seu ouvido não o deixa em paz, assim como as lembranças ruins de seu passado com seu pai e sua mãe. Mas é aí que ele acha uma válvula de escape para isso. A voz de Otillie o aconselhando. "Se coloque no lugar das pessoas antes de falar que são fracas ou inúteis. Você está se comportando como uma, neste exato momento." Agora ele entendia tudo o que Otillie tentava lhe dizer. Os Jogos Vorazes não eram simples jogos. Aquilo ali destruía qualquer um, independente de quem seja.

Ele respira fundo, afastando todos os seus demônios internos. UM CANHÃO DISPARA! Ele olha para baixo, tentando ver se havia algum perigo ali ou se sua aliada estava morta, mas parecia que estava tudo tranquilo. A luz do Sol começa a voltar aos poucos.

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MensagemAssunto: Re: Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6   Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 - Página 2 Icon_minitimeSeg Mar 09, 2015 12:16 am


ALPHA MALLOCH

"Se coloque no lugar das pessoas antes de falar que são fracas ou inúteis. Você está se comportando como uma, neste exato momento..."

Otillie tinha razão. Sinto-me apertando o meu punho com força, custando-me admitir a verdade a mim mesmo. Minhas próprias palavras me descreviam nesse exato momento. Fraco e inútil. E Otillie me havia avisado para isso bem cedo, eu é que não tinha entendido. Aqui fechado na Arena, completamente às escuras, há horas me escondendo - como uma presa fácil que não tem outra hipótese que não essa. Indefeso, fraco, inútil. Minha vontade era inútil contra a Capital. E a minha força não era nada contra a escala que eles possuem. Eles têm o poder de dar fim à minha vida agora mesmo se assim o entenderem, e não há nada que eu, ou o Carreirista mais bem treinado e dedicado, ou a criança indefesa que nem sabe onde está metida possa fazer.

Reencosto-me à árvore, olhando o céu negro e interminável. Sinto o meu peito subir e descer, acompanhando a minha respiração pesada. Esse pensamento me deixa incomodado, apesar de me ter distraído do tinído e das memórias dos meus pais que me estavam atormentando - mas não havia nada pior que cair nas próprias palavras. Mantenho o meu olhar fixo no céu, que não me mostrava nada - mas que me dava a segurança que naquele momento, Otillie me estaria olhando nos olhos de volta, através das telas. O meu orgulho era demasiado grande para me permitir agradecer e ser perdoado, apesar da minha tentativa de o ter feito antes de ser levado para a Arena. Talvez um dia eu me permita a mim mesmo esse tipo de paz...

Mais um canhão dispara, mas dessa vez não me dá vontade nenhuma de rir. Desde que estou aqui sentado, que mais dois canhões soaram. Por mais seguro que esteja aqui, essa segurança não me será atribuida o tempo inteiro...
Sinto o sol começar a bater na minha cara e semicerro os olhos, me protegendo puxando mais o capuz para a frente. Volto a fechar os olhos e a abrir, deixando-me voltar a habituar-me à luz solar, que já nem esperava voltar a ver nesta vida. Respiro fundo uma e outra vez, afastando os meus pensamentos antes de virar a minha atenção do céu para o solo, os meus olhos procurando por Athena.

- Bons dias, - susurro, fazendo-a olhar para mim. - À luz do sol já não parece tão camufladas assim, mas essas plantas ficam-te a matar - provoco, espreguiçando-me. Permito-me voltar a habituar-me à luz solar e que esta volte de forma considerável a que me permita enxergar o que me rodeia por completo antes de descer da árvore e ir ter com Athena, certeficando-me primeiro que tudo estava calmo e seguro.

Quando chego perto dela, não vejo a fraqueza em seu rosto, os olhos chorosos me fitando de volta. Ela não me dá tempo de reagir e me abraça repentinamente, despertando meus sentidos e fazendo o meu corpo se retorcer. Por momentos pensei que ela me atacaria, mas não. Era apenas o desespero tomando conta dela naquele momento. E eu me sentia péssimo o suficiente para a deixar compartilhar esse desespero comigo.

Só a afasto de mim passado uns segundos, de uma forma calma. Mantenho as minhas mãos em seus ombros e a olho nos olhos, tentando manter minha postura. Mas acabo por ter que virar a cara e recuar.  

Procuro por mais frutinhas perto do sítio onde Athena estava, pretendia comer algumas de forma a saciar a minha fome caso encontrasse perto umas perfeitamente comestíveis. Caso contrário, iria pedir a Athena que me desse algumas das que tinha guardado antes.

Se for pensar que hajam outros Tributos aqui no Oeste, eles também iriam colocar-se à descoberta assim que o Sol regressasse, é o mais lógico - pelo que não acho que seja a melhor ideia fazer o mesmo para já. O que eu menos queria nesse momento e ficar mais tempo sem fazer nada, esperando o tempo passar, mas a verdade é que sinto que não seria muito inteligente começar a andar tão pouco tempo depois da confusão ter passado. Por outro lado, esse lugar parecia bem calmo, mas não me dava a segurança que eu sentia quando estava no Sul. Sugiro para ela que continuássemos escondidos por mais um pouco, atacando de surpresa alguém que possa passar perto, caso este não esteja acompanhado. Melhor assim que encontrar alguém de surpresa no caminho, ou talvez alguém que esteja também escondido esperando uma possível presa... Athena não questiona, até me ver tentando subir em uma árvore novamente. Olho para ela por cima do ombro, já com as mãos agarradas aos troncos baixos e o pé preparado para me impulsionar para cima. Ela me implora para eu ficar cá em baixo, o que me faz cerrar os olhos por um segundo antes de responder.

- É por pouco tempo, eu prometo. Mantenha-se alerta. - Peço, antes de me voltar a concentrar em subir a árvore.


Resumo:

- Aguardar até ser possível enxergar o que me rodeia e permitir que os meus olhos se habituem de novo à luz solar.
- Descer da árvore e ir ter com Athena. Procurar frutinhas por perto para saciar a fome.
- Caso não encontre, pedir a Athena que me dê algumas.
- Falar com Athena e voltar a subir para uma árvore relativamente mais perto, colocando-me estrategicamente em relação a Athena caso algum Tributo passe perto, para o atacar de surpresa, se este estiver sozinho.

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MensagemAssunto: Re: Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6   Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 - Página 2 Icon_minitimeQua Mar 11, 2015 4:53 am

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11:xx hrs
20ºC
O clima estava agradável e tudo parecia estar tranquilo.


Alpha tenta acalmar Athena. Ele sabia que precisava de sua aliada sã para ajudá-lo a enfrentar as adversidades dos Jogos. Ele procura por arbustos com frutas comestíveis e oferece algumas a ela. Após comerem uma considerável quantidade delas, o garoto decide escalar uma árvore, tendo que acalmar sua aliada mais uma vez. Após se acomodar em um galho não muito distante do chão, Alpha vê sua aliada tentando se camuflar o máximo que pode com folhas.

O tempo passa e nada acontece. O silêncio começa a mexer com os nervos dos garotos. Nenhum canhão soou. Talvez os idealizadores iriam dar algum tempo de paz para os tributos, era o que os prendia à sanidade.

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MensagemAssunto: Re: Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6   Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 - Página 2 Icon_minitimeQua Mar 11, 2015 11:29 pm


ALPHA MALLOCH

Fico num ramo mais baixo de forma a ter uma boa visão de Athena. Vejo como ela me olhava de volta, assustada. Mais o que mais me assustava era eu não sentir uma ponta de pena ou culpa pela garota. Ela havia mudado muito desde que a conheci - seria esse o efeito da Arena? Estaria eu mudado também?

Mudo a direção do meu olhar para o céu. De olhos semicerrados pela luz do sol que havia regressado, procuro respostas na minha cabeça sem resultado. Retiro o capuz da minha cabeça, recostando-me mais à árvore. Deixei cair o meu braço ao lado do corpo e assim fiquei em silêncio, permitindo que a minha mente se libertasse de qualquer pensamento. Porém, os meus pensamentos estavam a mil e eu não conseguia pará-los.
Houve tantas coisas em minha vida que eu fiz e sei que não devia ter feito - mas que na altura me trouxeram satisfação e isso é o suficiente para eu não me arrepender nem um pouco das minhas ações. Talvez seja por isso que o meu pai acabava cometendo sempre os mesmos e os mesmos erros. Se era o que ele fazia para se sentir bem.

 Sinto o ar quente da minha própria respiração na máscara, e por um breve segundo me sinto pior que nunca. Mas a sensação é passageira tal como o meu pensamento. O que o meu pai faz não se justifica assim. Mas então o que me faz pensar que as minhas ações são justificáveis?

Me recordo do dia no Seis em que conheci Athena, Otillie e Olliver. Se não fosse por essa garota, eu não estaria aqui agora. Mas seria isso motivo suficiente para eu não me permitir a mim mesmo sentir pena dela? Ou arrependimento por a estar manipulando dessa forma? O pensamento me deixa incomodado. Seria ela inocente o suficiente para confiar tanto em alguém como eu logo nesta ocasião? Ou estaria ela me usando da mesma forma que eu estou usando ela? A insegurança me deixa louco. Eu sinto a necessidade de ter tudo sob controlo, e o facto de depender de terceiros não me permite isso. E não só por não ter a certeza se Athena por esta altura já confia em mim a cem por cento, ou se Otillie estará disposta a me ajudar quando mais precisar - apesar de eu sentir que deveria ter essas certezas - mas também pelo facto de que só um sai vivo desse lugar e eu não faço a puta ideia do que está acontecendo. Estou há horas esperando alguém ou algo acontecer quando na verdade só quero sair daqui e o aparecimento desse algo ou alguém poderá ser o meu fim. Estou há horas aqui sentado quando estão canhões disparando. E até chegar à noite, eu não saberei se esse alguém que poderá aparecer será a garotinha fraca que machuquei na cornucópia ou o carreirista sedento de sangue. E não há nada que me deixe pior que essa falta de controlo... sinto minhas unhas cravando-se na madeira do ganho em que eu estava empoleirado, e permito-me a mim mesmo respirar fundo para me acalmar. Minhas ações precipitadas e impulsivas serão a causa do fim da minha vida se eu não as souber acalmar aqui dentro... depois de algum tempo matutando em pensamentos, permito-me adormecer.

Acordo poucas horas depois sobressaltado, questionando como me permiti adormecer numa hora dessas.  Mas eu estava bem, e Athena estava bem... percebo que os Idealizadores talvez não estejam com tanta vontade de acelerar as coisas como me pareceu quando eles nos deram a escuridão. Já com a minha energia recuperada, desco da árvore e caminho em passos fortes até Athena, segurando bruscamente no braço dela para a fazer me olhar nos olhos. Apenas a analiso por meros segundos, com falta de empatia na minha expressão. Acabo por quebrar o contato visual quando uso a minha outra mão para retirar as folhas de sua cabeça. Largo o braço da cabeça e dou um passo atrás, olhando fixamente para ela.

- Athena. - falo, inclinando a minha cabeça, mas acabo por continuar fixando ela sem dizer nada mais.

Olho para um lado e para o outro, pensando.

- Vamos montar armadilhas por aí e coletar o máximo de comida que conseguirmos para podermos passar a noite descansados. - falo, sem dar explicações.

 Não tenciono me afastar muito do sítio onde estou, porque não sei quem andou por aqui antes e que artimanhas poderá ter montado. Sei que o sítio onde agora estou é seguro e é por aqui que tenciono ficar, pelo que colocariamos as armadilhas por aqui perto mesmo. Deixo Athena fazer o seu  trabalho enquanto eu me encarrego de procurar frutas comestíveis e das que deixam sonolento, que me poderão vir a dar jeito para enganar bestantes, mas sem me afastar muito do nosso local. À medida que as coleto, vou guardando no páraquedas que Athena levava, até ter suficientes para a gente se aguentar por mais uma noite. Depois disso, me concentrarei em adiantar trabalho para Athena com o que puder fazer, como escavar buracos ou coletar galhos e folhas para ela ter materiais de trabalho. O ideal seria construir armadilhas que prendessem a vítima, mas não sei até onde vai o conhecimento de Athena quando se trata desse assunto. O suficiente para apanhar ou impossibilitar alguém que passe próximo... ou ao menos o suficiente para criar uma proteção em nosso redor, mas de uma forma discreta.

 O tempo vai passando e eu só me sinto cada vez mais insatisfeito. Sinto um vazio dentro de mim que não desaparece por mais que eu me distraia dos meus pensamentos. Eu só consigo achar que algo não está certo... abano a cabeça, permanecendo em silêncio. Minha mente andava às rodas criando montes de teorias em minha cabeça. Mas eu sabia que isso só iria fazer pior no momento... tenho que estar preparado para qualquer coisa, e não para o cenário que estou criando. Seguindo as ordens de Athena apenas por ela estar obedecendo a uma minha em primeiro lugar, vou ajudando ela montando as armadilhas, tentando distrair-me ao máximo.  Utilizo toda a minha força mental para não ver uma floresta, não ver galhos e folhas mas sim para me ver na fábrica onde eu trabalhava no Seis, passando e analisando peças dos aerodeslizadores.

 Quando Athena dá por terminado, eu dou uma volta à zona inspecionando se as armadilhas estavam discretas o suficiente. Desde que não sejam notadas à noite, por mim estava perfeito. Volto a olhar para a garota com um sorriso torto, antes de me aproximar e puxar ela para mim pelo o braço. A conduzo até ao centro da região segura que acabámos de criar para nós,  e ela me acompanha quando eu me sento à frente dela. Peço para ela colocar o pára-quedas no centro e com um movimento rápido abro-o, procurando dividir entre os dois frutinhas comestíveis suficientes para saciar a fome de ambos, fazendo o mesmo para a sede com a água que coletamos no Sul, tendo especial cuidado com esta para beber apenas o mínimo dos possíveis. Aproveito para comer com calma,  saboreando bem as frutinhas de forma a não sentir vontade de comer demasiadas.

 Desde as horas que passámos em plena escuridão e silêncio, que poucas palavras são trocadas entre nós dois. Eu ia dizer que preferia assim, mas de silêncio já levei bastante hoje. Impulsionando com o meu dedo polegar, lanço uma frutinha em direção a Athena, pegando-a  de surpresa. Quando ela olha para mim, retribuo o olhar com um sorriso torto. Ela não o conseguiria ver por trás da máscara, mas a covinha que se formava no canto do lábio era o suficiente para me denunciar.

Athena pega na frutinha que eu lhe lancei e roda ela sobre os seus dedos, os seus olhos vidrados na sua cor.

- Alpha, o que você mais teme nos Jogos?

Me surpreendo com a pergunta, a minha expressão mudando de imediato.
- O que mais temo aqui? - arqueio a sobrancelha. Nem pensar que lhe diria a verdade, com toda Panem a assistir. Opto por uma resposta mais geral. - Provavelmente o mesmo que você e todos. Não regressar. O que isso interessa?

- Eu vi você ficar fora de si com medo. Nao me diga que é só com medo de nao regressar. - Ela insiste, virando o olhar para mim.

- Aqui dentro, é. - Encolho os ombros. - Mudemos de assunto. - Forço a minha voz, mostrando que não estava a gostar da conversa.

- Gosto de ver sua confiança em mim. diz muito sobre você. - A garota provoca, impertinente. Ergo o meu olhar para a ela.

- Diz o quê, então?

- Primeiramente, que não é de confiança.

As palavras me atingem como se ela tivesse cravado aquela faca em mim. Droga! Ela pensava mesmo isso!? Finjo não me surpreender com a sua resposta e dou uma risada seca antes de falar.
- Engraçado como me implorou para ficar consigo ainda há pouco. Porque continuar comigo então? - Respondo interessado, passando os dedos pelo meu chicote.

-Ninguém aqui é de confiança mesmo. E você... - ela baixa a cabeça. - Foi a unica pessoa que alguma vez me protegeu. Pode parecer rebuscado... Mas estou em divida para com isso.

Sinto um alívio com a resposta da garota. Por momentos pensei que não estava fazendo o suficiente para a manter perto... - Proteger? - solto uma pequena risada. - Só não podia deixar que alguém como aquela garota tomasse proveito naquele momento. Se eu tivesse tido mais tempo, ela estaria morta agora. - Admito sem querer.

Ela parece surpreendida com a minha resposta. - Ainda bem que nao teve tempo, - ouço ela murmurar.

- Ela vai ter que morrer mais cedo ou mais tarde... - falo, mudando a direção do meu olhar para o céu. Se é que ainda não morreu.

- Também nós. - Athena interrompe. Sorrio no canto da boca para a garota, mas sem olhar para ela.

- Fale por si, Athena. - respondo, calmamente.

- Você realmente acha que tem chances de vencer?

- Que outra opção tenho que não achar? - contesto rapidamente.

- Eh... que outra opção, né? - Athena continua, desanimada.

- ...É. - falo, finalmente voltando a olhar para ela. E ficamos de novo naquele silêncio agoniante, que sempre me foi bem vindo na minha vida mas que agora só o queria ver longe.

É Athena que volta a interrompê-lo.
-Você se pergunta se vao sentir sua falta? - mais outro assunto que eu teria preferido que não fosse abordado.

- Isso pouco me importa. - respondo rispidamente. - Porque pergunta isso?

-Claro que para você não importa. - Rio na cara dela quando a vejo limpar os olhos com a manga do manto.

- Então, pequena Athena, tá com saudade de casa? - provoco.

-Um pouco. - Ela confirma, apertando o cabo da sua faca. - Peço perdão se isso o envergonha. Você não está?

Penso um pouco antes de responder. Não sei se poderia definir como saudade o que sinto. Apenas sentia que tinha de voltar porque não fui colocado aqui justamente... - Nem sei, -acabo por responder, vagamente. - Não faço ideia do que sinto, só sinto e sei que tenho de voltar.

- Mas para quê? - ela me fita, séria. - Qual o seu propósito de regressar?

Ela parecia muito insistente sobre isso. Agora se seria boa ideia eu lhe falar, eu não sei. Mas decido fazê-lo na mesma. Olho para Athena e mantenho o contacto visual por segundos antes de responder. - O meu propósito é... - deixo a dúvida pairar, levantando-me até Athena e puxando-a para ela se colocar de pé. - Garantir que a minha mãe fique a salvo das mãos do meu pai. Garantir que a minha vida não seja desperdiçada nas mãos de um imbecil qualquer que derrame o meu sangue porque treinou a vida toda para isso, que a minha morte não sirva de alimento para o orgulho ou ego de alguém. - Puxo ela mais para mim, deixando-a a poucos centímetros da minha cara. - Por outras palavras,  continuar com a vida que tinha antes de um certo alguém ter aparecido nela e indirectamente me ter colocado nesse lugar. - Termino, com um sorriso torto estampado na cara.

- Me parece um bom propósito. - Ela soluça, algo que só torna o meu sorriso maior.- Então posso te pedir um favor? Um acordo, por assim dizer.

- Dependerá do acordo, mas fala. - levanto o olhar, fazendo-a debruçar em meus braços.

- Se for você a sair deste lugar, por favor. Olha pelo meu pai. - ela me pede e o meu sorriso se ilumina.

Mas é claro... se é isso que ela precisa para ganhar minha confiança, que seja. Ela nunca saberá se eu farei ou não, de qualquer forma. - e em troca? - questiono, colocando uma madeixa do cabelo dela atrás da sua orelha.

- Eu o ajudo a sair. - Ela diz sem hesitar. - E na eventualidade de.... se por algum milagre... for eu a sair... eu tomo conta da sua mãe. Mantenho seu pai afastado dela.

- Combinado - falo, fazendo-a rodopiar sobre si mesma antes de a puxar para perto mim de novo, com um sorriso no canto do lábio. Claro que só concordaria com a primeira parte do acordo. Eu mesmo me certificaria que ela não sairia daqui em vez de mim em situação alguma. Agora sim eu tinha minha certeza em relação a essa garota... meus olhos fixam os dela já sobre a fraca luz refletida pela lua. Que ingénua, pequena Athena...


Resumo:
- Dormir as primeiras duas horas, ou o que for suficiente para descansar (depende do tempo que tardarão as armadilhas)
- Falar para Athena construir armadilhas ao redor do nosso local de repouso, de forma a criar uma área segura para nós.
- Enquanto ela planeja, coletar o máximo de frutinhas comestíveis possíveis, e das que dão sono caso as encontrar.
- Depois de encher a sacola de Athena, ajudar ela com as armadilhas com trabalhos básicos como cavar buracos, coletar galhos e folhas.
- Quando a noite começar a cair, dividir algumas das frutas comestíveis e um pouco da água com Athena, sempre dentro da zona de segurança.
- Conversar com Athena até ao cair da noite e esperar pelo hino.



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MensagemAssunto: Re: Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6   Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 - Página 2 Icon_minitimeDom Mar 15, 2015 3:03 am

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12:xx ~ 23:00 hrs
20ºC
A noite chega, junto com o hino dos caídos.


Athena tenta criar algumas armadilhas. Ela consegue galhos e folhas, mas acaba não conseguindo criar cordas a partir de fibras das árvores. Mas mesmo assim ela decide continuar a fazer as armadilhas com buracos, mesmo que seja só para fazer o efeito com as frutas ou para alertarem de alguém estar próximo. Alpha ajuda a garota a cavar buracos não muito fundos e também a cobrir com gravetos cheios de sumo da fruta com efeito sonífero. UM CANHÃO DISPARA! Eles olham um para o outro, mas depois voltam logo para o que estavam fazendo. Depois de arrumarem tudo, os Tributos do Distrito 6 se sentam. Ali, fazem uma rápida refeição e bebem a água do pote metálico.

A conversa entre os dois dura algumas horas. Parecia que alguns conflitos internos estavam deixando seus corações para darem lugar a vontade de vencer. A noite cai rapidamente e o hino começa a tocar, mostrando os rostos dos caídos no céu.




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MensagemAssunto: Re: Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6   Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 - Página 2 Icon_minitimeSeg Mar 16, 2015 9:26 pm


ALPHA MALLOCH

A conversa havia deixado Athena significamente fragilizada. Não esperava que essa fosse a sua fraqueza, mas descobri-la subira um patamar na minha segurança. Assim certefico-me que tenho tudo sob controlo, pelo menos em relação a Athena... e para isso só tinha que me certificar que ela se sentia protegida comigo.

Volto a sentar-me no centro da nossa zona e indico a Athena para se sentar também. Ela se aproxima, e dessa vez eu deixo. Quando ela se encosta a mim, embrulho-a ao redor do cobertor, sem dizer nada - até olhar para o céu com o maior sorriso torto, apoiando os meus braços em meus joelhos.

O hino começa a tocar pouco tempo depois. O símbolo da Capital aparece no céu, juntamente com um aperto no meu coração devido ao entusiasmo. Cinco canhões no total... mais de metade dos concorrentes estavam fora do jogo.

O primeiro rosto que aparece é total surpresa para mim.
- Oh! - exclamo, sem querer. Os meus olhos se arregalaram, e quando o segundo rosto aparece não consigo conter o riso. Não podia...!

O terceiro também é uma enorme surpresa para mim. A imbecil que tropeçara em mim antes do desfile e que pouco tempo depois descobri ser uma das preferidas da Capital. Pena que a beleza não é suficiente para vencer os Jogos...! Viro a cara para Athena rindo, voltando minha atenção logo a tempo de ver os dois últimos rostos. O garoto do Dez e o do Onze. Depois de ver o casalinho do Dois, esperava ver alguém do Nove também, mas já estou satisfeito. Três dos que me pareceram mais ameaçadores estavam fora. Onze ficavam e eu e Athena eramos dois deles.

- Olha só que maravilha, Athena! - exclamo, pegando nas mãos da garota e me levantando juntamente com ela - Tanta gente morta. - rio para ela, tocando no seu nariz. Sentia a maldade subir em mim, mas a verdade é nunca me senti tão bem desde que entrei aqui. Sabia que seria um sentimento momentâneo, pelo que o aproveitaria da forma que eu bem entendesse.

- Saber quem continua em jogo levará alguns a caçarem pelos que faltam - deduzo. - Vamos voltar para os nossos postos por mais uma noite, sinto que dessa vez não vai haver descanso para nós. - Mais cedo ou mais tarde alguém aparecerá perto, agora que os números desceram tanto...

Com um sorriso torto, dou meia volta em direção à árvore. Antes de subir, volto a olhar para ela e pisco o olho.

 Me empoleiro num dos galhos mais cheios de vegetação que conseguir. Será mais uma noite chata fazendo os possíveis para esconder a minha temperatura térmica, o que me faz lembrar do quão frustrado eu estava por não poder fazer nada com o escuro e quando a luz voltou acabei por não fazer nada na mesma. O pensamento me incomoda, mas eu já sabia que a minha impulsividade não seria uma vantagem na Arena...
Fico um momento observando o céu. Apesar de artificial, não estava poluído com fumo como o céu que me cobria todos os dias no Seis. Saber que do outro lado os meus olhos encontrariam os da minha mãe, os de Otillie...

Viro-me de costas para o tronco e passo as mãos no meu chicote, inclinando-me para a frente com cuidado, enrolo o chicote prendendo-o à volta do galho. Pego na outra ponta e dobro-o, formando uma forca.

- Pst, Athena! - chamo. Apoio minha cara com o braço e sorrio para ela, mostrando-lhe a forca. - Quer vir aqui ter comigo? - Falo, arranhando as palavras. Lembrei-me de uma música típica de Panem que falava sobre uma árvore da forca, com certeza Athena entenderia a minha referência. Mas em vez de um sorriso, vejo a cor da garota mudar por completo.

- DESFAÇA ISSO, AGORA! - ela exclama, esmurrando a árvore. Meus olhos se arregalam ao ver a reação da garota, que parecia não gostado muito da minha brincadeira.

Só queria me divertir um pouco, mas talvez tenha sido uma má jogada em relação a ela. Minha expressão de surpresa se transforma numa de troça quando questiono:  - Qual o problema?, - abanando o chicote na árvore.

- Não brinque com isso.  - ela implora. - Faça troça de mim o que quiser. Mas não brinque com isso.

Volto a encostar-me ao tronco rindo baixinho. - Como queira, - falo, encolhendo os ombros. Puxo o chicote para mim, fazendo ele se soltar do galho e percorrer os meus dedos. Sentia o material da arma os queimando levemente, até voltar a atenção de novo para a garota. - Mas com certeza se sentiria mais segura se pudesse estar aqui em cima. - Falo ainda com o meu sorriso torto, empoleirando-me no galho para estar mais próximo dela. - Quer tentar? - pergunto, esticando a mão para ela.


Resumo:

- Assistir ao hino dos Caídos.
- Regressar para cima da árvore, procurando um galho com mais vegetação. Ter atenção à temperatura corporal, escondendo-a com o manto e cobertor.
- Ajuda Athena a subir para um ramo mais baixo se possível.
- Estar sempre atento a qualquer barulho.

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MensagemAssunto: Re: Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6   Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 - Página 2 Icon_minitimeQua Mar 18, 2015 6:51 am

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23:xx ~ 5:xx hrs
20ºC

"No way to tell what's real from what isn't there."


Athena aceita a mão amiga de Alpha, mas não parece dar muito certo. A garota tenta subir em um galho, mas logo se desequilibra e acaba sendo obrigada a descer. Seu companheiro de distrito diz que ela deveria ficar lá embaixo, enquanto ele vigia lá de cima. Estava à noite, mas a visibilidade era decente. Athena volta então para a sua camuflagem com folhas e o manto negro.

Durante as horas que passam, Alpha começa a recapitular tudo o que aconteceu na arena, assim como todos os mortos e vivos até aquele momento. Algumas peças do quebra-cabeça não encaixavam, deixando algumas dúvidas de alguns acontecimentos na cabeça do garoto. Ele monta planos em sua cabeça de como poderia se livrar do resto da concorrência, preocupando-se principalmente com os tributos dos Distritos 1 e 4. Como o garoto poderia usar sua companheira de distrito para se livrar deles...?

É então que Alpha olha para baixo e tenta ver Athena. Ela estava quieta de mais. O jovem então a chama, avisando que não era nada importante, apenas queria saber se ela ainda estava respirando...

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MensagemAssunto: Re: Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6   Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 - Página 2 Icon_minitimeQui Mar 19, 2015 1:56 am


ALPHA MALLOCH

- Mas que pena. - Digo num tom de voz divertido em resposta a Athena. Espero que ela não leve a brincadeira para o lado pessoal como na noite anterior. Fiquei pensando no porquê de ela ter reagido assim, mas não é que me interesse por tal coisa...

Passei a noite toda pensando em mil e um cenários sobre o que poderia acontecer daqui para a frente. Todos com resultados insatisfatórios... por mais que eu pense, nunca dá cem por cento certo. Apesar das ferramentas que tenho, nenhuma delas me permite um caminho certo para fora desse lugar. Há tantas coisas que devia ter em conta mas que não tenho como saber... tem que haver uma maneira - e uma coisa era certa, os números estão diminuindo e tanto eu como Athena continuavamos bem. Se a gente continuar escondidos... e eles acabarem por se destruir uns aos outros... por mais que me custe ficar assim parado...

Inclino-me no galho da árvore, enrolando o chicote entre os dedos uma e outra vez. Sinto a luz fraca passar por entre as folhas e galhos, fazendo me olhar para cima. O terceiro dia estava chegando e com ele novas incertezas acerca do que me aguarda...


Resumo:

- Me manter em silêncio e com atenção à temperatura corporal.
- Ficar alerta ao mínimo ruído, preparado a atacar caso necessário.

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MensagemAssunto: Re: Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6   Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 - Página 2 Icon_minitimeSex Mar 20, 2015 4:37 am

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6:xx hrs
20ºC

"Before the sun and the cannon!
Before the fame kills..."


Alpha fica de vigia todo o tempo, mas a floresta parecia estar calma. O Sol começa a aparecer e Alpha avisa sua aliada para sair do esconderijo. O garoto desce da árvore e se junta a ela. Eles se sentam ali, comem algumas frutas boas para o consumo e colhem algumas outras para guardar. Eles encontram vários arbustos com frutos bons para consumo. Com uma boa quantidade deles, os tributos precisam decidir qualquer seria o próximo passo.

Alpha diz que eles precisam de água, já que a reserva deles acabou. Ele dá a sugestão de voltarem para o Sul pegar água, mas Athena diz que lá poderia haver lobos, além de que na floresta em que estavam não parecia haver nenhuma ameaça.

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MensagemAssunto: Re: Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6   Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 - Página 2 Icon_minitimeSex Mar 20, 2015 5:04 am


ALPHA MALLOCH

Por mais calma que essa floresta me parecesse, eu não sentia nela a mesma segurança que sentia no Sul. Nem em cima de uma árvore, nem cercado por uma armadilha que me alertará de possíveis perigos... mas por mais que me custe admitir, Athena tem razão. Não só pelos lobos, mas não sabemos como está o Sul agora. Num local temos água, noutro comida. Não posso estar a andar de um lado para o outro sempre que precisar de uma coisa ou outra... tem que haver outra solução.

- 'Tá com medo dos lobinhos, Athena? - provoco, aproximando a minha cara da dela e imitando um uivo baixinho. - eles também passaram por nós aqui no Oeste, lembra? Mas tudo bem, ficaremos por aqui...

Noto meu corpo já demasiado inclinado em direção a Athena, quando me volto a sentar corretamente ao seu lado. Fico minutos em silêncio, pensando onde raios iria encontrar água sem ter de pedir ajuda a Otillie.  

Lembro-me do rio que cercava a Cornucópia. Para chegar água lá, tem de vir de algum lugar... Sugiro para Athena que cave uma zona do solo nas esperanças de encontrar algo. Entretanto, eu irei procurar nas folhas das plantas das frutas comestíveis que conheço por vestígios de condensação, e também nas ranhuras entre o tronco da árvore.


Resumo:

- Falar com Athena.
- Procurar por vestígios de condesação nas folhas e nas árvores, coletar água caso encontre algo.

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MensagemAssunto: Re: Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6   Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 - Página 2 Icon_minitimeDom Mar 22, 2015 9:06 pm

Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 - Página 2 1130764__untitled-wallpaper_p


7:xx hrs
20ºC

"I'm gonna make you fall!"


Alpha e Athena decidem ir procurar água no ambiente. Enquanto Athena cava o solo, Alpha procura sinais de condensação na vegetação. Depois de andar um pouco, ele escuta o que parecia ser uma voz feminina. Ele se aproxima devagar e se esconde atrás de uma árvore, enquanto espia duas garotas. Tributo Feminino do Distrito 11 e o Tributo Feminino do Distrito 12. As duas estavam agachadas, no limite da floresta. A garota do 11 acerta uma pedrada na mão da do 12, tirando assim a adaga de sua mão. Uma pedra de tamanho considerado estava na mão de Tess, em posição de ataque.

— Os bestantes simplesmente começaram a amolecer e endoidar. Você não percebeu? Foi com esta mesma pedra que eu os matei. Essa floresta está cheia de veneno em seu aroma, se lembra? - a voz dela estava bastante calma - Eu não tenho medo de nenhum tributo daqui. Principalmente de você. Percebo agora que te salvar foi um erro. Você é tão detestável quanto os Carreiristas. Não. Volte. A. Aparecer. Na. Minha. Frente.

Tess vira as costas e começa a correr, saindo da floresta, em direção ao norte. Luna apenas observa ela correndo durante um tempo, até que um barulho de galho se quebrando chama sua atenção. Alpha tenta se aproximar dela sem fazer barulho, mas acaba não prestando atenção no chão. A garota recupera rapidamente sua arma. Os tributos se encaram.

Situação:
Saúde (100/100)
Fome (100/100)
Sede (82/100)

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MensagemAssunto: Re: Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6   Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 - Página 2 Icon_minitimeSeg Mar 23, 2015 4:47 pm


ALPHA MALLOCH

Espero que quando voltar para trás, essa Athena tenha encontrado algo de jeito, porque aqui é completamente inútil.  Cada árvore que passo me mostra exatamente a mesma paisagem, a mesma vegetação, o mesmo ar-

Sinto todo o meu corpo se tornar alerta em uma questão de milissegundos - sinto meus olhos se arregalarem e um arrepio percorrer todo o meu corpo. Eu havia escutado uma voz feminina - e não era a de Athena.  

Aproximo-me com o maior cuidado possível, apesar do gelo que tomava conta do meu corpo. Depois de tantos dias parado, a gente quase esquece a realidade... mas ela estava aqui, bem na minha frente. A garota do Onze e... a garotinha com quem eu tive um "confronto" na Cornucópia...!

Agacho-me atrás de uma árvore, observando as duas com atenção e escutando cada uma das suas palavras. A garota da testa cortada levava - e digo bem, porque já não estava com ela - uma adaga, quando eu juro que a vi com um estojo de shurikens na cornucópia. Das duas uma, ou a garota já veio de casa sabendo usar aquela merda ou está só fingindo... se bem que eu vi ela treinando corpo a corpo no centro de treino...

A garota do Onze fala sobre ter morto bestantes como se fosse um grande feito matar criaturas burras já meio moribundas pelo veneno da floresta, enquanto que a outra não dizia uma única palavra... até que a Onze menciona ter salvo ela de algo e se arrepender agora disso. Nossa, como a ridicularidade alheia me entretia. Porque ela não mata a Doze agora mesmo? Até me admira ela ter chegado tão longe. Claro que foi graças à ajuda da amiguinha...

Ela se levanta, e quando eu penso que vai haver briga, a garota do Onze vira as costas e segue para Norte. Mas o que...? Ah, que se foda, eu mesmo tomarei conta do recado. Ela até poderia ter informações importantes para mim... principalmente sobre essa garotinha que acabou fugindo, que me deixou intrigado com essa conversa fiada.

Aproximo-me lentamente da garota, com o manto debruçado no meu braço esquerdo e o chicote preparado na mão direita. Mas é então que ouço algo por baixo do meu pé... droga! Eu devia ter prestado mais atenção ao maldito instrutor de furtividade. Logo nesta altura, mas que merda!

A garota reage imediatamente se virando em minha direção e pegando na sua arma que estava a seus pés. É nessa brecha que me recomponho, evitando mostrar à garota algum descuido meu. Assim que ela se vira, eu deixo de me aproximar, e olho para ela com o queixo levantado.

- Olha só quem é ela - provoco, segurando o chicote firmemente. - Acho que temos um assunto pendente, não é verdade? - pisco o olho, com um sorriso torto. Assim que noto o mínimo movimento da garota, começo a andar de lado para me manter sempre frente a frente com ela, a uma distância segura. Segurava o meu manto no braço frente ao corpo, usando-o como defesa, e o chicote pronto para ser utilizado ao meu lado.

Recordo-me de como ela nem deu uma brecha a Athena na Cornucópia, em vez de a deixar em paz como um underdog qualquer, decidiu atacá-la e sofreu por isso. Não gostei nada da ousadia dela, mas agora sabia que ela não estava aqui para me implorar por piedade.
E eu não estava aqui para a dar.

Observo com atenção os movimentos da garota. Se ela estiver só com a adaga, terá que chegar perto de mim para me machucar. Então, irei chicotear logo a mão dela para ela largar a arma, e depois a cara para a incapacitar. Caso acerte a cara e ela ficar desorientada, jogarei logo o manto em cima dela para a mandar ao chão e a enforcar. Caso contrário, estarei sempre chicoteando dela de um lado para o outro, não só para a desorientar como também para a manter longe de mim e impedir que ela volte a pegar a sua arma. Se eu notar algum movimento de ela sacando do cinto ou de algum lado alguma arma de arremesso, ou se ela conseguir chegar perto de mim, irei arremessar o cobertor em cima dela, para a manter ocupada e a desorientar por uns segundos - o tempo que me dará para eu me aproximar o suficiente para a enforcar com o chicote, fazendo-a cair no chão enquanto ela estiver se debatendo com o manto, assim a poderia pisar para impedir que ela se levante e me dar a oportunidade de enforcar logo ela. Eu não iria permitir que a minha vida fosse retirada de mim por alguém como ela. Nem por ninguém. Quero só ver a cara de Athena quando eu lhe contar que matei a garotinha que a atacou na Cornucópia...




Resumo:

- Chicotear logo a mão da garota para a fazer largar a arma e depois a cara para a incapacitar. Chicotear várias vezes num movimento rápido de um lado para o outro no corpo para a desorientar;
- Andar em movimento circular ao redor da garota, a uma distância segura, para me manter sempre alerta dos seus movimentos. Usar o manto debruçado no meu braço à frente do meu torso como defesa.
- Usar o chicote para sempre a manter longe. Caso ela se aproxime demasiado ou saque alguma arma de arremesso, ou à mínima brecha que eu tiver em relação a ela, jogar o manto em cima dela para a impossibilitar e desorientar por um tempo. Nesse tempo, jogar ela no chão e manter ela lá em baixo com o meu pé, dando-me tempo para a enforcar com o chicote.
- Tentar me manter virado de frente para o caminho por onde a garota do Onze fugiu, caso a amiguinha decida regressar de surpresa.

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MensagemAssunto: Re: Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6   Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 - Página 2 Icon_minitimeQua Mar 25, 2015 4:44 am

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7:xx hrs
20ºC

"That boy is a monster!"


— Olha só quem é ela. Acho que temos um assunto pendente, não é verdade? - provoca Alpha.

— Ande logo, faça o que tenha que fazer! - responde a garota do '12, com firmeza, abrindo os braços para ele.

O ato tira Alpha do sério. O garoto acerta a primeira chicotada no rosto da garota, fazendo pender de lado, mas logo voltando a ficar de joelhos. Ela passa a mão em seu ferimento, encarando o sangue rapidamente e voltando o seu olhar para Alpha. Seus grandes olhos azuis agora o encaravam com medo e dor. Alpha continua o ataque, chegando cada vez mais perto. Uma chicotada no ombro. Outra no pescoço. Duas na barriga. Até que a garota pula para cima dele, pronta para furá-lo com sua adaga.

Alpha enrola sua arma no pescoço da garota e a puxa, jogando-a no chão. Ela tenta lutar, se arrastando em sua direção. O garoto começa a se distanciar dela enquanto puxava o seu chicote e a enforcava. UM CANHÃO DISPARA! Alpha acha que se livrou da adversária, mas seus olhos azuis ainda o encaravam com vida. Agora, Luna apenas tentava desesperadamente tirar a arma de seu pescoço. Não demora muito até que a vida deixe o seu corpo. UM CANHÃO DISPARA!

Alpha desenrola a arma do corpo. Ela havia morrido com os olhos abertos e o garoto não conseguia parar de encará-los. A risada de seu pai surge em sua mente, falando que ele era um monstro igual a ele. "Você é eu. E eu, você". Agora, Alpha tinha ganhado um novo pesadelo graças a aqueles grandes e amedrontados olhos azuis.

Situação:
Saúde (100/100)
Fome (97/100)
Sede (79/100)

Pertences:
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MensagemAssunto: Re: Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6   Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 - Página 2 Icon_minitimeQui Mar 26, 2015 12:36 pm


ALPHA MALLOCH

A reação da pequena garota não era bem o que eu estava à espera. Depois do incidente na Cornucópia, pensei que ela não pensaria duas vezes em me atacar, mas a resposta é a contrária. Olho para ela, incrédulo, mas não deixo que isso me desconcentre.

A primeira chicotada é certeira. A garota cambaleia e logo cai de joelhos, mas à medida que eu me aproximo, com aqueles terríveis olhos me encarando enquanto eu a chicoteava, ela acaba por contra atacar. Quase nem noto pelo meu braço, completo com o chicote, reagir e de fazer a arma se enrolar no pescoço da garota. Foi tudo tão automático, que a próxima coisa que noto é ela cair no meio do chão. É então que ela começa a se arrastar em minha direção – já sofrendo pela falta de ar, os seus enormes olhos se destacam do resto da face, me fitando. Aterrorizado, eu me afasto à medida que ela se aproxima, puxando o chicote para cima para acelerar o processo. Até o canhão disparar – mas aqueles olhos continuavam me fitando. Sinto o meu corpo tremer, o desespero tomando conta de mim. E é o desespero que me faz puxar com ainda mais força, fazendo o canhão soar de novo.

Sinto o meu braço finalmente relaxar, com a falta de pressão feita na arma por parte da garota. Esta que, agora morta, me continuava fitando. Aqueles grandes olhos azuis, aqui me julgando mesmo depois da morte. E que me vão continuar atormentando para o resto da vida.
Puxo o chicote para mim, enrolando-o no meu punho. Mas o meu olhar não se consegue distanciar do dela. Sinto um calor desconfortável tomar conta do meu corpo, os meus olhos se abrirem à medida que sentia o peso subir nas minhas costas. Num ato de desespero, me aproximo do corpo vazio da garota, agarrando com força na adaga dela. Depois de a encarar por mais uns segundos, paralizado, ergo a adaga para cima e depois para baixo, a lâmina afiada apontando para os olhos da garota. Mas no último segundo eu seguro minha mão com a outra. Não, eu não vou fazer isso...

Fecho as pálpebras da garota num movimento suave antes de guardar a adaga no bolso/cinto e revistar os seus pertences.

"Você é eu. E eu, você"...

Não, isso não é verdade...


A voz do meu pai ecoava em minha mente. Depois de tantos dias fora de casa, eu pensei que fosse esquecer de como a voz dele soava. Mas aqui estava ela, tão presente como sempre, apenas para me atormentar...
Sinto a risada dele entrar pelos meus ouvidos e estremecer em toda a minha cabeça. Tão real como se ele estivesse mesmo aqui. Um arrepio percorre o meu corpo e se instala lá, deixando os meus ombros tensos, à medida que eu investigava a garota.  "Você é eu. E eu, você..."

Meus olhos vidram o corpo da garota. "Você é eu. E eu, você."

Uma dança de sons e imagens se forma em minha mente. A risada do meu pai, o estalo de um chicote. Uma mulher soluçando. A expressão horrorizante do meu pai, olhando para ela.

E eu – escondido atrás da mesa de madeira da cozinha, com os meus seis anos. Os meus grandes olhos azuis, fitando a cena de horror, completamente apavorizado.

"Você é eu. E eu, você". 
- Não! - murmuro. Meu corpo treme, ao regressar à realidade e ver a garota morta à minha frente e o chicote ao meu lado. Acabo por retirar apenas o saco de plástico e o par de meias, que guardo também nas minhas botas, antes de cambalear para trás e ver bem o que se passava à minha frente. Eu sou um monstro. Tal como o meu pai.

Mas eu tenho os meus motivos, não é verdade?

Sacudo os meus ombros como se o meu constante arrepio fosse desparecer. Cambaleando, me levanto, sem conseguir tirar os meus olhos da garota. Até dar meia volta e começar correndo de volta para Athena.

Corro o mais rápido que posso, pelo mesmo caminho que tinha feito antes, como se me afastar do corpo da garota fosse eliminar o que eu fiz. O pior é que eu não me sinto nem um pouco culpado...
afinal, eu fiz o que tinha de fazer, não é verdade? Ela própria o disse.

O que me incomodava era algo bem pior que culpa...

Começo a abrandar o passo quando noto que já estou bem perto. Nem pensar que iria permitir que Athena me visse nesse estado de desespero mais uma vez. Respiro fundo uma e outra vez, apesar de o resultado não ser o melhor. Entro com cuidado para dentro da nossa zona, com cuidado com as armadilhas que tinhamos feito, até Athena, que estava de costas, sentada no chão, se virar para mim.

- Heey, Athena. Você nem imagina quem eu encontrei... - falo com um sorriso torto, estendendo a minha mão que agora noto estar suja com sangue para ela.



Resumo:

- Guardar a adaga, o saco de plástico e as meias (adaga no cinto ou bolso e o resto nas botas)
- Regressar o mais depressa possível para Athena, pelo mesmo caminho que fiz da última vez.
- Ter atenção às armadilhas.

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MensagemAssunto: Re: Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6   Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 - Página 2 Icon_minitimeQua Abr 01, 2015 4:43 am

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8:xx ~ 17:00 hrs
20ºC

"Don't forget it... you are me."


Alpha observa o corpo da garota enquanto saqueia seus pertences. Em sua cabeça, aqueles terríveis olhos claros ganhariam vida novamente e o matariam. Ele pega tudo o mais rápido possível e corre dali. Assim que escuta um barulho, Athena vira o seu olhar diretamente para o lugar. Alpha estava ali, um pouco ofegante e pálido. A garota não sabia se ria, chorava ou o xingava.

— Hey, Athena. Você nem imagina quem eu encontrei... - diz Alpha, tentando forçar um daqueles sorrisos.

Athena mira a mão do garoto com manchas de sangue. Ela parece se assustar com aquilo. O Tributo Feminino do Distrito 6 coloca as mãos no rosto, ameaçando chorar. Ela esfrega um pouco seus olhos, juntando suas mãos ao tentar tampar sua boca e seu nariz. Ela podia ver que Alpha não estava bem. Ele tenta disfarçar, mas sabia que era algo terrivelmente transparente... e ele não era muito bom em fingir qualquer coisa.

Sem muitos diálogos, Alpha diz que eles deveriam sair dali. Athena concorda apenas com um balançar de cabeça. Eles começam a andar em direção ao sul; entre eles um silêncio perturbador. Depois de alguns segundos de caminhada, começa a chover, mas não durando muito para ter seu fim decretado. Durante o curto tempo de precipitação, os garotos aproveitam para tomar água e guardar um pouco no recipiente metálico.

Mais para o final da manhã, eles se sentam um pouco para se alimentar e se abastecerem de frutas comestíveis. Mais tarde, quando sentem o frio do sul próximo a eles, voltam a se alimentar e beber a água que guardaram. Alpha sentia que só aquelas frutas não eram o suficiente para mantê-los. Durante os três dias na arena, os garotos haviam perdido peso.

Situação:
Saúde (100/100)
Fome (100/100)
Sede (100/100)

Pertences:
- Chicote (mão direita)
- Manto negro com capuz (vestido)
- Máscara de gás (vestido)
- Cobertor (mão esquerda)

- Adaga (cinto)
- 2 Pedaços do saco plástico (bota direita)
- Par de meias brancas (bota esquerda)

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MensagemAssunto: Re: Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6   Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 - Página 2 Icon_minitimeQui Abr 02, 2015 2:22 pm


ALPHA MALLOCH


 Não esperava uma reação positiva de Athena, mas sim algo que me entretesse e desviasse a minha mente dos pensamentos que tanto me atormentavam no momento. Mas ela só me responde com o silêncio, que era tudo o que eu menos queria na altura. Droga! Insisto um pouco no diálogo, mas ela não parece estar disposta. Apenas acena afirmativamente quando eu lhe digo que quero voltar para o Sul. Meu encontro com aquela garota foi o suficiente para acabar com a pouca segurança que eu tinha nesse lugar...

*

A  meio da caminhada, começa a chover. Já há muito tempo que não me permitia sentir a chuva cair em minha cabeça, o que me trazia um estado relaxado. Mas que não dura mais que um meros segundos, até Athena parar de repente, se virando para mim. Quando penso que ela vai dizer alguma coisa, ela apenas segura nas minhas mãos, ainda com um ar zangado, e procede a retirar as manchas de sangue delas. De olhos arregalados, me afasto imediatamente, mas ela volta a aproximar-se.

Eu posso tratar disso - resmungo, com ar sério. - Aproveite é pra coletar um pouco da água.

Ela me ignora.

- Você nem sabe de quem é esse sangue. - insisto, achando que essa afirmação seria o suficiente para a fazer desistir da ideia.



- Droga, Athena! - A  afasto com o braço, pegando eu no saco onde estava o recipiente. Ergo-o nas minhas mãos esperando cair água suficiente para me saciar, repetindo o processo para Athena. Ela me olhava de cima pálida, como se os seus olhos dissessem o que as boca não quer pronunciar.

- E vê se volta a encher quando terminar. - ordeno, me levantando para seguir caminho.

Mais silêncio. Continuo caminhando. Se essa idiota vai querer ficar chateada comigo o tempo todo, mais vale ir embora já. Não vou continuar fazendo o trabalho por dois quando nem sei o que se passa na mente dela neste momento...


...mas a gente tem um acordo, não é verdade?

...

Decidimos parar mais uma vez ao sentir o frio proveniente do Sul. Comemos mais umas frutinhas e Athena mostra que deixou o recipiente cheio, pelo que dividimos a água de novo. Antes de fechar o embrulho do pára-quedas de novo, coleto uma boa quantidade de folhas e algumas frutas e guardo-as lá detro, lembrando-me de como a vegetação era escassa no Sul. E durante o nosso regresso, é como que apenas o silêncio me acompanhasse...

Volto a cobrir a minha cabeça com o capuz e retiro a máscara que me cobria a cara, engolindo uma golfada de ar fresco de uma vez. Limpo as gotas que se haviam acomulado no meu rosto e sigo caminho pela rota que tinha em minha mente até ao esconderijo onde ficamos na primeira noite.

Faço um gesto para Athena ficar cá fora enquanto eu investigo se está tudo bem lá dentro. Quando tenho a certeza de que não há perigo algum, indico que ela possa vir. Porém, paro-a à entrada, dizendo que seria uma boa ideia ela fazer um buraco na entrada da cave como armadilha usando para cobrir as folhas que eu trouxe do Oeste e neve. Viro as costas já sabendo que ela não me responderia, quando a ouço chamar o meu nome calmamente. Volto a olhar para ela.

- Porque teve que se afastar?! - ela fala, me jogando um dos ramos. - O QUE FALAMOS SOBRE ME DEIXAR SOZINHA?!

Meus olhos se arregalam. Sinto o calor tomar conta do meu corpo, fulo com a ousadia com que ela me havia abordado. Porém, apenas a observo com o olhar levantado, antes de riapostar.

- Wowowow, calma pequena. - falo, tentando disfarçar o embarasso. - Eu estava tentado coletar água para nós dois. Mas acabei ouvindo vozes e tive que investigar...

- Não me venha com "pequena"! - ela grita comigo, num estado pior que eu não conhecia vindo dela. Até ela repousar sua cabeça em meu peito, deixando-me completamente baralhado. - Eu não quero saber. O que foi. Como foi. Quem foi. Não quero saber. - ela continua.

Isso só reenforçava em minha mente a ideia que eu tinha de Athena. Por mais que ela tente, por mais razões que eu lhe dê, ela não consegue se virar sozinha. Não consegue ficar chateada por muito tempo. Ela está habituada a procurar o bem nas pessoas, só ainda não percebeu que tal coisa não existe em mim.

Agarro-a de volta e a aperto, tentando a acalmar, quando na verdade, eu precisava de me acalmar a mim. Quando a afasto, a olho nos olhos com um sorriso troceiro, como se apenas tivesse aproveitado o ato para a fazer sentir pior. - Tudo bem, vou deixar você na dúvida então. - rio, mas a minha voz acaba estremecendo.  

- Era seu, o sangue? - ela pergunta, passando o dedo na minha bochecha. - Você está machucado?

- N-não, não. Não era meu, e eu estou ótimo. - hesito, forçando o sorriso.

Sinto meu corpo arrepiar ao toque de Athena, aqueles olhos intensos me deixando extremamente desconfortável. Quando ela me responde com o silêncio, eu sinto todo meu corpo fervilhar. A maneira como ela mostrava estar zangada com as minhas atitudes, e ao mesmo tempo mostrava essa dependência em mim, me  deixava completamente baralhado. Isso, mais o turbilhão de emoções que ainda me atormentavam depois do meu encontro com aquela garota no Oeste, estavam me levando lentamente à loucura...

Afasto a mão dela da minha cara e dou-lhe a entender que ainda quero o trabalho feito. Retiro o par de meias da minha bota e o lanço para ela, dizendo que as podia usar como luvas para sofrer menos enquanto escavava. Entro no esconderijo depois.
As lembranças do primeiro dia não me acollhem bem, oferecendo-me uma horrível má disposição na barriga assim que entro. A diferença na minha inocência desde o primeiro dia em que aqui estive, apesar do meu episódio, para agora, em que o sangue alheio manchava as minhas mãos e a minha consciência...

...e só vai piorar daqui em diante.


Nove sobreviventes... nove. Dois deles, eu e Athena. Não tardará muito aos mais preparados para começarem a caçar os que faltam. Desde o último hino, que apenas a apenas um dos dois canhões não atribuo um rosto. O outro...

Estremeço ao rever a cara de pavor da garota me mirando com aqueles olhos azuis. O que eu fiz... foi por sobrevivência. Eu não posso me julgar por algo que fiz para salvar a minha pele. Eu não posso...

 Obrigo a minha mente a pensar em outra coisa. Em como a aliança do Distrito Um com o Nove continuaria intacta, e mesmo que um dos canhões pertença a um dos quatro, é insignificante. Se por ventura, os do Quatro se juntarem aos outros quatro para juntos eliminarem os que faltam, não haverá a mais pequena hipótese para mim. Não é que isso seja provável, mas o que poderia eu fazer contra algo do género? O facto de eu não conseguir pensar em nada me deixa louco. O ideal seria eles se virarem uns contra os outros. Ou os do Quatro os enfrentarem em vez de se juntarem a eles. Mas isso são tudo coisas que eu não consigo prever ou controlar... são coisas que não passam de meras teorias, pensamentos nos quais se eu der muita importância, acabarei por me tramar quando a realidade bater à porta... que raiva!

Levo as mãos à cabeça, mordendo o lábio inferior ao sentir as minhas costas tocarem na parede fria do esconderijo. Esta falta de controlo, de segurança, de comunicação... eu não vou aguentar por muito mais. Eu precisava aguentar. Mas se continuar assim não vou conseguir...
Os do Nove só estão vivos porque estão sob a guarida do Um. A garota do Quatro porque tem o namorado ajudando ela. Athena porque está comigo... eu tento acreditar que seja isso. É bem provável que seja isso. Por essa lógica eu sou perfeitamente capaz de enfrentar qualquer um deles, porque da mesma forma que eles cheguei tão longe. Não, não faz sentido...
E o garoto do Sete. E a garota que vi correndo para Norte... os pensamentos não se calavam em minha mente, uns atropelando os outros. Como eles chegariam tão longe. Quem matou quem. O que se passa nas outras regiões da Arena...

Respiro fundo para me acalmar e tentar calar a minha mente. Decido que tenho de me distrair, pelo que pego no embrulho do páraquedas que Athena fez e me entretenho coletando mais água e colocando as frutinhas na neve para as conservar por mais tempo. Quando dou por mim sem ter nada que fazer, levanto o olhar para Athena, com um ar divertido, observando a garota tapar a entrada do esconderijo com ramos.

- O que vai pela sua mente, Athena? - pergunto. - Estando exatamente no mesmo lugar em que tivemos na primeira noite... - murmuro, com desdém - porém, com um número muito menor de sobreviventes...

Eu precisava calar minha mente, mas estava impossível. Talvez conversar com Athena sobre esse assunto me desse algum descanço... mas ela apenas deixa cair alguns dos galhos, mostrando não estar à espera da minha abordagem. Eu apenas rio. - Não sei. Quer que lhe diga que estava com saudades do lugar? - ela responde.

Me aproximando dela em passos largos. - Bem, para quem passava o dia se queixando de ficar sozinha no chão lá no Oeste, esperava um reação mais alegrezinha. - Me inclino para ela, com os braços apoiados na cintura e um sorriso torto na cara. - Já para não falar de como era chato ter que usar essa máscara o tempo todo... - reviro os olhos, passando os dedos pelo elástico que a segurava em redor do meu pescoço e fazendo-o estalar.

- Aqui também é melhor usá-la se quiser preservar o seu nariz. - ela responde brutamente, me pegando de surpresa.

- Noooossa. - falo, não contendo o riso. - Que atrevida você está. É do frio? - Me aproximo mais dela, já agachado no chão. Pego numa madeixa do seu cabelo, mas faço minha mão deslizar até o seu pescoço, fazendo um sinal de corte com o meu dedo. - Sugiro que repense as suas palavras ou... isto não vai correr muito bem. - sorrio, segurando o meu chicote na outra mão caso a garota tentasse algo.

Ela arregala os olhos. Vejo neles o meu reflexo e como talvez minhas palavras não fossem a meu favor. Mas se há coisa que eu não suporto... - O que você está fazendo? - ela acaba por dizer, me retirando do universo em que os seus olhos me envolveram por um breve momento.

- Avisando. - respondo, me afastando e encolhendo os ombros.

- Você acha que me tem que avisar de algo?  Eu pensei que um daqueles canhões era você. - a voz dela parecia alterada, como se algo tomasse conta dela. - Eu tive tanto medo... e agora você me vem com ameaças desse tipo? - ela susurra as últimas palavras.

- Eu acho que foi você que me ameaçou primeiro. - Arregalo os olhos, me sentando direitamente à sua frente. - Você acha mesmo que eu morreria contra alguém tão fraco quanto aquela garotinha? - as últimas palavras tremem. Ela me implorou para eu não dar pormenores sobre isso, mas não resisti dessa vez, apesar de não querer também recordar o sucedido.

- Eu não ameacei. E por favor - ela aproxima as suas mãos, tentando segurar o meu rosto. Eu me afasto por instinto, mas ela resiste. - Eu não quero falar sobre isso Alpha.

- Soou como uma ameaça para mim. - encolho os ombros, sentido as mãos frias dela no meu rosto, que me fazem sorrir de nervos, ao ver como ela se havia fragilizado com o assunto - 'Tá, mas não vai poder ignorar para sempre... - tento rir, mas não corre bem.

Não estou ignorando, só... - ela baixa o olhar. - Me apercebi que já não somos espectadores. Agora estamos jogando a sério. Você pelo menos está...

E foi preciso ficar chateada comigo pro uma coisa dessas, que nem eu posso controlar?
- Pois é - falo, levantando o olhar, como se me orgulhasse do que fiz - Mas tem que ser. É só um passo mais perto de casa, não é verdade? - rio, tentando me divertir com a falta de ânimo da garota. Apesar de nem isso me querer animar dessa vez... - Não pensa nisso - seguro no queixo dela para a obrigar a me olhar nos olhos. O que eu verdadeiramente sentia estava tentando se sobrepor ao que eu queria   que Athena pensasse que eu sentia. Me sentia meio gelado, meio a ferver. Como se uma luta entre os dois lados se desse em minha mente. - ...te garanto que é mais fácil do que parece. Quando chega a hora, o instinto pela sobrevivência fala mais alto. - pronuncio alegremente, com um sorriso torto no canto da boca. Mas minha face estava quente. Quente com a mentira em que eu tentava viver, não só enganando Athena mas me enganando a mim também...

- Você não parecia tão contente assim com o seu instinto de sobrevivência. - ela levanta-se, continuando o que estava a fazer.

- Nunca disse que estava - reaposto, embarassado por descobrir que ela tinha percebido que eu não estava tão bem assim. Droga! Assim ela só me dificulta o trabalho. - só não me arrependo de o ter feito. Só isso. - murmuro, me afastando.

- Suponho que não deve... - ela continua a trabalhar. - Mas o que nós somos, Alpha? - vira-se de repente, falando o que eu não queria ouvir. - Se ficarmos só nós dois, o que faremos?

-B-bem... - ajeito o meu cabelo, tomando extra cuidado com as minhas palavras. - Isso é bastante improvável para começar... - falo, sem olhar para ela.

- Já foi bem mais improvável! Você não pensou nessa possibilidade? - ela retruca, me fazendo olhar para ela dessa vez.

- Não. - respondo, firmamente. - Quando, se acontecer, a gente saberá o que fazer. Para quê me maçar com algo que é apenas uma hipótese?

Porque eu não quero que você morra... - ela murmura levando as mãos à cabeça. - Eu não vou conseguir matar ninguém. Muito menos você. Eu não quero que você morra! - meus olhos se arregalam. Essa é nova... e totalmente fora dos meus planos. Vi logo como Athena era fraca e dependente, mas não achei que fosse inocente o suficiente para criar ligações emocionais numa situação destas. E muito menos com alguém como eu.

Olho para ela estupefacto, até minha expressão mudar e eu sorrir para ela como se demonstrasse alguma compaixão. - Calma, pequena! - rio, colocando minhas mãos em seus ombros, vendo como ela desesperava. Não importava o quão inseguro eu às vezes me sentia das minhas capacidades, porque Athena sempre arranjava maneira de me mostrar o quão dependente ela se sentia de mim. - Você não me vai matar...

...Eu não o premitiria. -
pisco o olho.

Sinto o seu corpo estremecer através das minhas mãos que seguravam os seus ombros. - Você está dizendo.... - ela murmura, me empurrando. Cambaleio um pouco para trás.

- Shhh. Estou só me metendo com você. - rio. Droga, pensei que ela não fosse entender assim. - Não é um com o outro que temos de nos preocupar agora. Mas sim com os outros que sobram. Só estão sobrando os melhores, Athena... os que treinaram toda a vida pra isto... - murmuro, levantando o olhar, dispersando o pensamento dela e o meu.

- Não consigo... - ela murmura, sentando-se no chão.

Agarro num dos seus braços e obrigo-a a colocar-se de pé em minha frente, oferecendo-lhe um sorrisinho. - Não pense em nada então.

-Não consigo. - ela repete. - Não consigo.

- Que seja. - reviro os olhos, já farto das exigências mentais da garota, mas sem largar os seus braços.

- Para você pode ser que seja. Mas eu... eu não sei se quero continuar aqui, Alpha. - ela murmura.

Arregalo os olhos ao engolir bem o que ela acabou de dizer. - E você acha mesmo que eu quero? Pensei que fosse inteligente o suficiente para saber que não estamos aqui por opção mas sim por descuido seu. - cuspo as palavras, largando os braços da garota.

- CHEGA DESSE DISCURSO DA CULPA SER MINHA! - ela reage violentamente, segurando-se à gola do meu manto. - Você quer saber... Eles NÃO querem saber de quem põem aqui! MESMO QUE NÃO TIVESSEMOS NOS CRUZADO ANTES ERA AQUI QUE IAMOS PARAR! Para de ser idiota!

Sinto meus olhos se arregalarem bastante com a ação repentina da garota, que não estava nada à espera - porém, mantenho a calma e retribuo apenas com um sorriso torto, fazendo-a parecer insignificane. - Acha mesmo que o nosso encontro com o prefeito e com os vitoriosos não teve nem um pouco a ver com o facto e estarmos os DOIS aqui? Então sou eu que sou paranóico... - murmuro, revirando os olhos.

- Se quisessem nos abater, abatiam. Não esperavam os Jogos. - ela riaposta.

- Eles nos pouparam por um motivo. E foi este mesmo. Não é muito mais divertido que uma morte rápida? Ver a gente elouquecer primeiro. -respondo, com sarcasmo.

- Há gente no distrito mais interessante de matar assim. Larga de ser convencido.

- Mas era o último ano de nós ambos. - riaposto. - Não tente fugir das suas consequências agora...

- Não é responsabilidade nenhuma. Alpha. Por favor. Para.

...

Sorrio com o pedido da garota, mas os seus grandes olhos olhando diretamente os meus me oferecem um arrepio que me percorre a espinha. - ...'Tá, - acabo por dizer, comandado pelos meus nervos. faço ela me largar o colarinho, dando dois passos para trás.

-E não é meu último ano. - ela corrige, já com a voz fraca.

- Acabou por ser, independentemente to resultado. - encolho os ombros, dando meia volta.

- Alpha... - ela chama. Eu ignoro.

Volto a entrar dentro do esconderijo e me sento apoiando os braços nos joelhos. Essa conversa me fez ver uma coisa.

Se realmente a gente foi colocada aqui por causa do nosso incidente com os vitoriosos... teríamos a mínima hipótese de voltar? Teria o prefeito poder suficiente para nos impedir de voltar...? Ou ele esperava que os nossos mentores garantissem que a gente não volte? Ou nem lhe passou pela cabeça que chegaríamos tão longe? Eu normalmente não me preocupo em confiar numa pessoa ou não. Mas eu consegui confiar em Otillie.

Otillie...
...!

Ela me viu tirando a vida a alguém...

me pergunto como se sentiria agora.

Como me sinto eu sequer...?


Levo as mãos à cabeça, tentando tirar da minha mente a visão daqueles imensos olhos azuis que me voltavam a atormentar.

- Alpha! - Ouço a voz da Athena me trazendo de volta à realidade. - Você pensa... na vida que nós dois poderíamos ter se não tivéssemos vindo aqui parar?

- Nós dois? - repito, estremecendo a voz. - Não sei. Nem quanto a você, nem quanto a mim.

- Nós dois... - ela repete com pesar. - Para não falar nós 24...

- Por que eu haveria de me importar sequer? - falo, com desdém, virando a cara para o outro lado. - Essa não é a realidade. Não importa.

- Não importa para você. Importa para as famílias deles. E vai importar para a nossa... - ela engasga-se. - Para a sua pelo menos, se não regressar...

- Não é problema meu. E eu prefiro não pensar nisso, tá? - resmungo.

- Não dá. - ela fala, não insistindo mais.

*

Sinto a fome chamar por mim quando a luz do dia já não passava pela entrada da caverna. Athena estava à porta, olhando para o horizonte, já estava quieta de mais há umas horas.

Levanto-me e vou ter com ela, mas não digo nada. Agachado à entrada, olho para os céus e peço a Otillie que nos mande algo decente para comer, pois as bagas não nos dariam força suficiente para enfrentar os próximos dias. Me sentia um louco pedindo ajuda a àlguma divindade por algo para comer... sinto em como Athena havia virado a sua atenção para mim, mas não tiro os olhos do céu. Apenas espero que algo chegue.

Depois de dividir a refeição com Athena (comer algumas das bagas caso não receba nada) e de saciar a sede, volto para a entrada da caverna, me encostando numa das periferias da entrada pronto para assistir ao hino quando este chegasse. Até que sinto algo me puxando para trás sem sucesso.

- Não vejas. - Athena pede.

- Você tá parva!? - respondo, irritado. - Preciso de saber quem foi o outro canhão. E você deveria querer saber, também.

- Não precisa saber nada. - sinto ela encostar a cara no meu manto. - Não faça isso a você mesmo.

- Caramba, Athena! - viro finalmente a cara para ela, a afastando. - Você não tem que ser um estorvo para mim. Se quer ter a mínima chance de sair daqui, o primeiro passo é saber quem continua em jogo!

- Isso pouco importa! Vão todos ter que morrer, não é mesmo?! Não quero que você sofra como estava sofrendo há pouco. Por isso não veja. - ela insiste. Eu não entendo porquê. O que ela diz não faz sentido...

- E não acha que tem diferença entre esperar um confronto com uma garotinha indefesa ou contra um carreirista forte e armado!? - contesto. - Não vou avisar outra vez, Athena. É bom que pare de insistir. - falo, com uma expressão séria.

- Eu vejo. Te digo se morreu um carreirista. - ela oferece. - Por favor, Alpha...

- Não! Você vai ver, mas eu também. E não quero ouvir nem mais uma palavra sobre o assunto. - me encosto de novo na parede, virando o meu olhar para o céu. Desde quando é que ela me dava alguma ordem?

- Você sabe que eu estou tentando zelar por você... - ouço murmurar, mas não dou atenção.



Resumo:

- Coletar mais bagas e folhas antes de seguir para Sul.
- Quando chegar ao esconderijo, oferecer as meias para Athena usar como luvas para escavar um buraco à frente da entrada, usando as folhas e galhos para tapá-lo e neve para o disfarçar.
- Coletar água e conservar as frutinhas utilizando neve.
- Pedir a Otillie uma refeição decente que me dê energias.
- Dividir o jantar com Athena, caso não receba nada, dividir as frutinhas e a água.
- Esperar pelo hino.

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MensagemAssunto: Re: Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6   Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 - Página 2 Icon_minitimeSáb Abr 04, 2015 3:45 am

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17:00 ~ 00:xx hrs
-30ºC

"I see your face. You're haunting me."


Antes de saírem da floresta florida, os Tributos do Distrito 6 recolhem mais algumas frutinhas boas para o consumo, algumas folhas e galhos. Ajeitando suas máscaras, se protegem contra o frio e seguem. Eles caminham na neve densa até chegarem na antiga caverna que utilizaram como esconderijo há poucos dias.

O clima entre eles ainda estava tenso. Entre discussões e planejamento de uma possível armadilha, o resto da tarde vai passando. Athena tenta cavar o solo, mas o lugar o Sol se esconde e começa a ficar muito frio. Ao invés da armadilha pensada, ela coloca os galhos de maneira que denunciariam alguém se se aproximasse. Ela devolve o par de meias para Alpha e volta para a caverna.

Um paraquedas desce do céu. Alpha o recolhe e encontra lá dois pães. O suficiente para passarem a noite com a barriga sem reclamar. Eles amassam algumas bagas e recheiam os pães, tomando a água que conseguiram na parede gelada da caverna. O pão estava quentinho e o doce das frutinhas deu um complemento no sabor (mesmo eles já cansados daquele sabor).

Mais tarde, Alpha se posiciona na entrada da caverna para ver o hino dos caídos, se enrolando em seu cobertor. Ele corta as meias brancas, criando cinco buracos em cada e transforma-as em um par de luvas. Athena tenta de qualquer forma trazer seu companheiro de distrito para dentro da caverna para que ele não veja o rosto de Luna no céu, mas ele não escuta os conselhos e continua ali. Os dois ficam em silêncio até o hino começar a tocar e os rostos surgirem no céu.


Assim que vê o rosto do Tributo Feminino do Distrito 12, Alpha começa a tremer. Athena agora parecia preocupada e jogava na cara do garoto que sabia que aquilo aconteceria. Alpha fica de pé e grita com ela, dizendo que era apenas por causa do clima. Nesse momento, eles escutam um galho se quebrando não muito longe dali. Tudo volta a ficar no mais absoluto silêncio, enquanto dois tributos atentos do Distrito 6 tentam descobrir de onde aquele barulho veio.

Situação:
Saúde (100/100)
Fome (100/100)
Sede (100/100)

Pertences:
- Chicote (mão direita)
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- Máscara de gás (vestido)
- Cobertor (vestido)
- Par de meias brancas furadas (vestido)

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MensagemAssunto: Re: Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6   Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 - Página 2 Icon_minitimeSáb Abr 04, 2015 1:23 pm


ALPHA MALLOCH

Não estava tão perto da hora do hino assim como eu pensei quando me juntei a Athena na entrada da caverna, o que teve como consequência um silêncio constrangedor durante vários minutos após a insistência de Athena para eu não ver o hino. Mas quem ela acha que eu sou, para não ser capaz de ver um simples rosto no céu, quando fiz coisas tão piores...?

Embrulhado no cobertor e encostado à entrada, decido matar o silêncio que não calava a minha mente com pensamentos perturbadores fazendo algo útil - transformando esse par de meias num par de luvas. Minhas mãos são vitais num confronto com algo ou alguém, e já na primeira noite que vi como o frio era incapacibilitante. Assim não terei que me preocupar com isso também.

Assim que ouço a primeira nota do hino, levanto a cabeça para o céu. O símbolo da Capital circulava, até pousar definitivamente. Sem saber o que esperar para além de mais um rosto que poderá tanto melhorar como piorar o Jogo para mim, tento esvaziar minha mente quando o rosto da garota do Onze aparece. Era ela quem estava juntamente com a garota que eu matei. O canhão dela soou primeiro, assim que ela seguiu para norte. O que quer que a matou, estava tão perto de mim. Pela primeira vez fico feliz pela minha decisão impulsiva de regressar para o Sul.

O rosto dela continuava imóvel no céu, apenas com o distrito correspondente passando atrás da sua figura, uma e outra vez sem parar. O Jogo tinha acabado para o Distrito Onze. Agora só restavamos nós, o garoto do Sete... e os Carreiristas. E os que se fazem passar por um.

É então que o rosto muda e dá lugar ao da garota do Doze.

...

ela estava ali por minha causa.

Apesar da luz azul trespassada pelo céu não fazer justiça à cor, os seus olhos permaneciam iguais. Aquele azul forte que me fitava mesmo depois da morte...

Sinto um calafrio percorrer todo o meu corpo. Meus braços estavam tremendo como nunca, e não era do frio. E eu não conseguia retirar os meus olhos dos dela... que me fitavam por tanto tempo.  

Athena reclama qualquer coisa sobre ela me ter avisado, mas eu mal escuto. O meu corpo estava cheio com confusão, raiva, desespero. E não parecia querer dar lugar a mais nada. Me levanto bruscamente e grito com ela, num estado meu que nem eu reconhecia. As emoções fervilhavam em minha cabeça, me permitindo ser conduzido pela raiva. Mas tudo parece parar quando eu ouço um barulho lá fora. E é como se tudo o que fosse humano em mim desaparecesse para dar lugar à emoção primária que é o medo.

O que quer que esteja lá fora, com certeza me ouviu gritando da mesma forma que eu ouvi o galho quebrar. Queria estar chateado com Athena por me ter feito gritar assim, mas naquele momento eu não conseguia pensar em mais nada a não ser no que poderia estar lá. Retiro a adaga do cinto como se esta me fosse útil em alguma coisa para além de plantar mais medo no inimigo, e com a outra mão seguro o chicote firmemente. Mostro a arma a Athena para ela também se colocar em posição de ataque e me coloco mais a dentro da caverna, vigiando dum lado da entrada e Athena do outro, permitindo-nos uma visão de ambos os lados. Em completo silêncio, espero por mais algum sinal visual ou auditório que me diga o que fazer...



Resumo:

- Vigiar de dentro da caverna, utilizando a habilidade de furtividade para não fazer nenhum barulho.
- Esperar por algum sinal auditório ou visual que denuncie quem esteja lá fora.
- À mínima proximidade, atacar.

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MensagemAssunto: Re: Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6   Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 - Página 2 Icon_minitimeQua Abr 08, 2015 3:46 am

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00:xx ~ 7:xx hrs
-10ºC

"We're running out of time."


Alpha e Athena ficam atentos a ameaça que está ali próxima. Os olhos de Alpha dançavam desesperadamente de um canto ao outro, enquanto o garoto sentia sua respiração acelerar. Seu coração parecia querer pular para fora do peito. De repente, algo parece tomar movimento e correr dali. Parecia correr com certa dificuldade por conta do frio e a neve. Alpha pensa em acertar o tributo com seu chicote, mas sua visão acaba sendo prejudicada pela falta de luminosidade. A figura corre em direção a floresta colorida e venenosa.

Alpha e Athena ficam acordados mais um pouco ainda atentos para verem se o tributo não volta, mas por sorte ele parecia não querer confusão. Depois de algum tempo, Athena resolve dormir enquanto Alpha continua de vigia. Mesmo com o intenso frio, o garoto parecia não sentir nada. A única coisa que passava por sua cabeça era ainda os olhos da garota do 12 e os de seu pai. Mais tarde, Athena o obriga a descansar um pouco enquanto ela monta guarda. Mas Alpha mal consegue dormir durante as poucas horas antes da manhã chegar.

De manhã, os tributos matam a sede com a água que conseguem através do gelo e comem o resto das frutinhas que colheram. O dia parecia não começar muito bem. O animo da dupla parecia estar tão baixo quanto a temperatura da área. Quando terminam a refeição, algo chama a atenção deles. De repente, surge-se uma voz do além. Era o Idealizador Chefe dos Jogos fazendo um convite aos tributos. Talvez a audiência queira um pouco mais de emoção.

— Atenção, tributos. Alguns ignorarão o meu convite, mas eu peço que me escutem atentamente até o final. O que tenho a oferecer não é um simples banquete ou alguns mantimentos... Gostaria de oferecer aos senhores vantagens. Coisas que dariam o que precisam para alcançar a vitória. PORÉM... apenas haverá uma recompensa por distrito... Daqui uma hora exata, vocês deverão reclamar pelos caixotes que estão localizados na ilha da Cornucópia. Não sejam gananciosos.

O silêncio paira no ar. Alpha e Athena se encaram. Eles teriam pensar no que fariam a seguir.

Situação:
Saúde (100/100)
Fome (91/100)
Sede (100/100)

Pertences:
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- Máscara de gás (vestido)
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