Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6

Alpha Malloch

Idade: 18 anos.
Altura: 1,86 m.
Peso: 74 kg.
Distrito: 6.
Destro ou canhoto? Ambidestro.
Ocupação: Operário nas Fábricas de Veículos e Aerodeslizadores.

Perícia com: Chicote(100%), Foice(70%), Kusarigama(chicote+foice).

Habilidades: Furtividade(50%), Escalada(50%), Identificação de Alimentos(50%).

Distribuição dos Atributos:
Agilidade: 8
Precisão: 8
Inteligência: 5
Força: 8
Charme: 2 {Na sombra dos outros tributos}
Carisma: 0
Astúcia: 5
Resistência: 7

Fraqueza: O seu pai, pessoas gritando, o seu próprio reflexo.

Photoplayer: Gaspard Ulliel.

Três palavras: Frio, arrogante, irônico.

Sobre: Alpha nasceu quando os seus pais se encontravam separados. A sua mãe havia-se separado do seu pai por medo, após vários anos vítima de ameaças e vivendo assustada com as coisas horrorosas que ele dizia. Porém, o seu pai obrigou a mãe a entregar-lhe a criança, sob a ameaça de coisas terríveis lhe aconteceriam caso não o fizesse. Assim, Alpha cresceu com o pai, que acabou por casar com uma mulher qualquer que cedeu pela condição financeira dele, dando em troca uma vida repleta de ameaças e agressões diárias. O pequeno rapaz cresceu assistindo ao espetáculo todos os dias vezes sem conta - o pai tentava convencê-lo de que o que fazia estava certo, fazendo-o acreditar por muitos anos que os homens eram de longe superiores às mulheres - mas Alpha acabou por crescer criando os seus próprios ideais, e com ele cresceu um ódio pelo pai. Assim que fez 12 anos começou a fugir todas as tardes para perto da mãe, e quando regressava para perto do pai passava seu tempo trancado no pequeno sótão por cima do seu quarto, cuja porta não abria faz anos mas Alpha conseguira arranjar uma passagem para lá através do teto do seu quarto, tendo apenas ele acesso ao lugar. Aí, ele descarregava toda a raiva que tinha do pai em todo o tipo de objetos antigos que lá encontrava, menos nas velharias que a sua mãe lá havia deixado, com um chicote velho que ele encontrou numa das caixas, e com uma determinação que deixaria qualquer um com medo. Alpha desejava com todo o seu se poder fazer a seu pai o mesmo que faz aos objetos do pequeno sótão, o mesmo que o seu próprio pai fez a ele e a todos os que o rodeiam, porém, algo dentro dele o impede. Algo que o faz congelar sempre que se vê o seu pai, o reflexo de ele próprio e as palavras que ecoam em sua mente sempre que pensa na sua mãe. Aquilo que diferencia Alpha do próprio pai.

Só aos 16 anos Alpha conseguiu a independência e começou a trabalhar na fábrica de veículos e aerodeslizadores. Apesar da luta interna contra si próprio e contra as ideias que o pai lhe tentava colocar na cabeça, Alpha não conseguiu escapar a todas as caraterísticas do pai, principalmente daquelas transcritas nos seus genes. Alpha consegue ver o seu pai todos os dias quando se olha ao espelho, o que o enche com uma raiva descomunal.

O garoto pode ser descrito como um rapaz irônico, frio e talvez um pouco arrogante; mas acima de tudo ambicioso. Tem os seus objetivos bem delineados e fará de tudo para os alcançar, apesar do medo que o congela constantemente.

Atualização!

Seu tributo adquiriu a(o) seguinte habilidade/perícia/atributo:

Perícia com Chicote(100%)

Parabéns!

ALPHA MALLOCH

Não falo nem uma palavra para Athena durante todo o tempo que ficamos esperando a dupla de idiotas. Sabia que se falasse, ia dar merda e eu não estava para isso agora. Só de pensar que teria que lidar com aqueles dois outra vez... Ficava mal disposto de tal forma que toda a comida nesse maldito vagão me parecia intragável. Claro que pelo outro lado, aqui a queridinha da Athena se iria dar na perfeição com a sua defensora vitoriosa, pois claro. O inferno que me esperava aturando esses três seria pior que qualquer arena que me metessem na frente.

Assim que os dois chegam, nem me dou ao trabalho de os cumprimentar. É claro que o grandalhão não faz o mesmo, pois decide cumprimentar-me com um sermão. Ótimo! Estou cheinho de medo dele.

- Senão o quê? Vai-me socar de novo? Oh sim, acho que o presidente adoraria ver um dos seus novos Tributos machucado por um vitorioso... - respondo sem hesitar, ironicamente. A cara que ele faz não tem preço. Pena foi aqui a assustadinha intrevir. Parece que é com ela que eu vou ficar. Maravilhoso! Uma inútil como ela é exatamente do que eu preciso para vencer essa merda!

- Oh sim, vou totalmente esquecer aquele episódio em que VOCÊ se meteu onde não era chamada e é a culpada por eu estar aqui. - Respondo a Otillie, assim que nos separamos dois outros dois. -Foi preciso muito choradinho, foi? Não ia descansar até me ver fora do Distrito, pois claro... Alguém como você nunca se sentiria segura. Pois tenho uma má noticia, bombomzinho - eu vou ganhar essa merda e você vai passar a ter que aguentar comigo todo o santo dia até ao final da sua vida miserável. - digo pausadamente, encostando-a cada vez mais à parede. - Ao seu lado em reuniões, durante a Colheita, durante os Jogos. Em que bela situação você nos meteu, hein? - sussurro, finalmente largando-a. - Tão frágil, tão sensível... Ninguém a tomaria como Vitoriosa. - continuo, me afastando ao circular pela sala. - Me fala, o que a fez vencer? A força não foi, de certeza... A Capital gostou de você, presumo. Não sei como, mas talvez isso me desse uma vantagem... - A história trágica de uma garota indefesa e o seu irmão... Penso na miserável Athena, e em como eu me poderia aproveitar dela para vencer. Porém afasto os pensamentos da minha cabeça e rapidamente, tentando me concentrar nas palavras de Otillie.

- Engraçado como é suposto eu perguntar a você algo que me possa vir a ajudar dentro da Arena, quando você pouco fez para se ajudar a si própria. Você acha mesmo que me pode ajudar? Ou melhor, - falo, me aproximando cada vez mais dela - você quer me ajudar? - acabo soltando uma risada irónica antes de me virar de costas para Otillie. - Sabe, Otillie... Talvez se me ajudar a ganhar, não vai parecer tao inútil como você foi na sua edição. Eu não sou um caso perdido, Otillie... - murmuro. - Ao contrário da inútil da Athena, e de provavelmente de todas as pobres almas que passaram pelas vossas mãos... Eu não sou o caso perdido que aparento ser. Eu tenho uma razão, um propósito... - paro um segundo, pensando em minha mãe. Se o imbecil do meu pai estiver sequer na mesma área que ela, eu não sei... - Eu sei usar uma arma, Otillie. A vida não é fácil para ninguém, não concorda? Como alguém se pode sentir seguro neste mundo... Trancado entre as mesmas quatro paredes que um monstro! - volto a olhar para ela, com puro ódio em meus olhos. - Um chicote, Otillie... A combinação pura de força e precisão. O símbolo da dominância... É disso que eu preciso. A força cometida no golpe perfeito. A precisão necessária para tal coisa... Alguma ideia de como alcançá-la... Vitoriosa? - pergunto, com um sorriso torto, a meros centímetros de distancia dela.

Ich - hab' mir vertraut
Und doch hab' ich mir nicht geglaubt
Der Strom der mich umspülte
Ich komme nicht zur Ruhe . . .

Otillie Ashby

Otillie observa calada toda a afronta do garoto tributo. Tudo o que ela sente é pena dele naquele momento. Ele não sabe nem da metade do que vai passar..., ela pensa consigo mesma. Otillie já havia passado por muita coisa, mais uma dor de cabeça não seria algo saudável para a garota. Era a vida dele em risco, não a dela. A vitoriosa pensa em desistir do garoto naquele momento, mas não era certo. Ela não podia...

— Olha, Alpha... Eu... — ela coloca a mão na testa e solta um suspiro — Eu não tenho que ficar me explicando para você. Principalmente para você. E se você voltar, eu vou ficar feliz. De verdade. Mas sabe qual foi a primeira dica que o meu mentor - ou seja, o Oliver - me passou? Você não ganha os jogos com os músculos. Você ganha os jogos fazendo com que as pessoas gostem de você. E ninguém gosta de alguém que morre de medo do resto da humanidade.

A garota se senta, agora sem olhar para o garoto.

— Eu também estive trancada com um monstro, Alpha. Mas eu nunca pude me livrar dele. Porque o tal monstro sou eu. Você sabe o que é lidar com a responsabilidade de ser a responsável pela morte da pessoa que você mais ama na vida? Se coloque no lugar das pessoas antes de falar que são fracas ou inúteis. Você está se comportando como uma, neste exato momento.

Uma gota escorre do rosto da mentora, mas seu rosto continuava sereno como sempre. Mas aquilo não adiantava, ela sabia que ele teria que sentir na pele para aprender a lição.

— É uma ótima vantagem você saber já usar uma arma. Principalmente uma tão... Perigosa. Sabe, a garota do 10 me acertou com uma chicotada nas pernas na minha edição. Tive que me arrastar para conseguir fugir dela e... matá-la... Mas... er... Mas se você tiver uma pontaria boa, vai conseguir se defender bem com esse tipo de arma. {+1 em Precisão}

— Mas não é só saber usar uma arma que vai te salvar daquele inferno. Eles não se chamam Jogos Vorazes a toa. Você pode passar fome até morrer. O desespero de ver aquele monte de alimentos enquanto você definha e não saber se vai morrer a menor mordida... {+Hab. de Identificação de Alimentos}

— As coisas não serão fáceis daqui para frente, Alpha, e te aconselho uma última coisa: Seja lá qual for o seu propósito, ou QUEM for o seu propósito, sugiro que mude esse seu jeito. Você não vai passar do seu prato de metal assim.

Atualização!

Seu tributo adquiriu as seguintes habilidades/perícias no treinamento:

Habilidade de Furtividade(50%)
Habilidade de Escalada(50%)
Perícia com Foice(70%)
Habilidade de Identificação de Alimentos(50%)

Identificação de Alimentos(50%)

Redonda vermelha = Boa para o consumo;

Redonda roxa = Deixa sonolento;

Achatada alaranjada = Boa para o consumo, porém não pode ultrapassar 5 frutas comidas;

Achatada branca = Boa para o consumo;

Oval rosa com detalhes roxos = Exala um cheiro terrível de peixe podre do corpo.

ALPHA MALLOCH

Após os três dias de treino, somos avaliados perante os Gamemakers e outras pessoas importantes da Capital. Provavelmente como uma forma de ficarem a conhecer os pontos fortes dos seus Tributos antes de estes serem mandados para a Arena. É uma situação em que me vejo entre a espada e a parede, porque se eles me detestarem já, mostrar os meus pontos fortes seria uma péssima jogada, tendo em conta que eles estão em controle da Arena. Por outro lado, vejo-me obrigado a ter um desempenho perfeito nesta etapa depois do sucesso que fizemos no Desfile.

Somos todos enfiados numa sala de espera, enquanto nos chamam por ordem de Distrito, primeiro o rapaz e depois a garota. Para não falar da vantagem inicial que os Distritos Carreiristas recebem, ainda têm a sorte de serem os primeiros a ser avaliados, recebendo atenção a 100% por parte dos Idealizadores. Se bem que se os últimos se destacarem, acabam por ser lembrados. Merda para mim que estou mesmo no centro...

Lembro-me que no ano passado, todos foram avaliados em público, perante todo o país. Qualquer um vendo do que o Tributo era capaz... quando esta etapa para o que serve melhor é mostrar aos Pacificadores o que melhor fazemos. Otillie era, até agora a única que sabia da minha perícia com o chicote. Mas nem ela sabe o que eu estou aprontando... me pergunto o que ela havia mostrado para a Capital durante a avaliação dela.

Enquanto espero pela minha vez, aproveito para analisar os meus adversários uma vez mais. Tava estampado na cara de alguns a sua confiança, ou a falta dela. Isso me dizia muito. Durante o treinamento, estive atento o suficiente a eles para notar que a maioria não havia treinado uma arma - o que significa que já vem de casa sabendo usar uma. Armas não são assim tão fáceis de encontrar nos Distritos, pelo que podia adivinhar que a maioria só teria experiência com facas ou algo de mais fácil acesso. A maneira como alguns Tributos olharam para certas armas no centro de treino, resistindo à vontade de as utilizar, não me enganou nem um pouco. Pelo contrário.

- Distrito Seis: Alpha Malloch.

Athena me dá uma tapa no braço, o que me faz levantar imediatamente. Era a minha vez, certo. Lhe ofereço um sorriso torto e sigo em frente confiante, não olhando para mais ninguém.

Chego na sala espaçosa, no estilo da do treinamento, onde os Gamemakers&companhia se sentavam numa espécie de marquise lá em cima, o que os permitia ver tudo - se eles estivesse para aí virados, é claro. Com tanto teatrinho que eles já devem ter assistido hoje, eu teria que lhes conferir um espetáculo.

As armas estavam postas em fila, conferindo à sala mais espaço para as apresentações. Os bonecos de palha estavam encostados à parede, talvez porque 90% dos artistas que por aqui passaram foram demonstrar truques com facas que já devem ter deixado os Gamemakers saturados com isso. Pobre Athena, ela não será muito apreciada se for esse o caso.

Vou andando em passo lento, passando pelas armas, uma a uma. Vejo primeiro o chicote. Pego nele - longo e de qualidade ótima, não se comparava à velharia que eu tinha no meu sótão. Um sorriso se forma em meu rosto, lembrando da minha ótima vida no Seis. Passei os meus dedos pelo material da arma, mas logo voltei a pousá-la. Sigo em frente.
Depois vejo as foices - pego nela com a mão esquerda e faço a lâmina rodopiar, passando-a para a mão direita. Os nossos trabalhos no Seis nos obrigavam a ser ambidestros. A vantagem que isso me traria aqui era explêndida. De certeza que não muitos Tributos teriam essa habilidade, e os possíveis candidatos não a usarão tão bem como eu, disso eu tenho a certeza.

Sigo meu caminho, assobiando. Viro o olhar para os Gamemakers, com um sorriso provocador. Quando volto a olhar para o stand, faço a corrente estalar no chão. O barulho era diferente ao que eu estava acostumado, mas a técnica era a mesma.

- Kusarigama... - murmuro, com um sorriso torto. Me viro para os Gamemakers, segurando a ponta de foice da arma na mão esquerda e o chicote na direita. Não me lembro de ter visto alguém na história dos Jogos a usar uma arma tão complexa assim. Eu iria fazer história.

Viro-me de novo para os Pacificadores, rodopiando a parte do chicote no ar. Faço ele rodar da esquerda para a direita, cima para baixo, vice versa. Queria deixar claro do quão experiente eu era com aquela arma. Num movimento rápido, faço a foice passar para a mão direita e o chicote para a esquerda, continuando o movimento no ar que estava fazendo com a outra. Começo a caminhar lentamente em direção aos espantalhos, sempre rodopiando o chicote e fazendo a foice se mover entre os meus dedos. No último segundo, volto a trocar as mãos e num movimento extremamente rápido, caraterístico do chicote, faço este se enrolar à volta do torço do espantalho, puxando o com toda a força para mim. Minha expressão se torna enraivecida, quando este cai no chão e utilizo a foice para lhe provocar um golpe mortal na cabeça. Os espantalhos não tinham braços para eu fazer o que realmente queria, mas imaginando que fosse uma pessoa, os Gamemakers iriam perceber - ao enrolar o chicote ao redor do torso e não do pescoço, estaria capturando os braços também do Tributo, imedindo-o de usar a sua arma contra mim. Um movimento rápido e preciso, não deixando fácil escapatória. Sendo o chicote em formato de corrente, também não seria outra arma que iria estragar a minha, como poderia acontecer com um chicote normal. O meu sorriso torto regressa ao ver a cabeça do manequim desfeita no chão. Eu iria regressar ao Seis, e não iria ser dentro de um caixão.

Passo por cima do manequim e volto a esticar o meu chicote em direção ao próximo. Desta vez enrolo-o com força suficiente para o deixar sem fôlego, caso isso fosse possível num manequim. Puxo o chicote para cima, não deixando o corpo cair, e com a outra mão espeto a foice no queixo dele, num movimento de baixo para cima. Não seria algo bonito de se ver se fosse uma técnica utilizada num ser vivo, mas sádicos como o pessoal da Capital é, ainda me coroavam por isso.

Apesar de não ser tão preciso nos meus golpes com a parte da foice que com a do chicote, este me dava a possibilidade de trazer as vítimas próximas o suficiente para eu tornar o meu golpe fatal. Não acho que demonstrar isso fosse o suficiente, mesmo assim. Eles precisavam de ver o quão bom eu seria a matar apenas com o chicote. Empurro o corpo do segundo manequim com o meu pé de forma bruta e sigo a correr em direção ao terceiro. Eles veriam o quão ágil eu era capaz de ser, também. Ao último segundo, salto para o lado e faço a foice deslizar na perna do espantalho, fazendo-o cair. Aproveito a brecha para saltar para cima dele, que nem um predador voraz. Com um só movimento, faço o chicote estalar ao redor do pescoço do manequim, e puxo para trás com toda a minha força. Vejo o material do qual o manequim é feito começar a rebentar ao redor da corrente do chicote, até a cabeça se soltar por completo. Um pouco da palha salta para a minha cara sujando a minha bochecha, mas eu me levanto de cabeça erguida, segurando bem firme a minha arma. Sigo em direção ao próximo e último, limpando a minha cara com o braço. Faço o chicote estalar no chão ao compasso dos meus pés.

Se isto não for suficiente, não sei o que seria...

Combinando toda a minha força e precisão, faço o chicote e a foice alternar entre as minhas mãos, em movimentos rápidos e hipnotizantes. Oiço o chicote estalar. Uma e outra vez, ao acertar no material com o qual os manequins são feitos. À máxima distância à qual um chicote pode alcançar, acerto no lugar exato em que seriam os olhos, se o manequim os tivesse. Sem perder a minha arma, era capaz de ferir gravemente a visão de um Tributo. Com um golpe forte nas mãos, o impulso pode fazer eles mesmos largarem as armas. Apertando-lhes o torso, nem lhe dava hipótese. Naquele manequim, tento demonstrar tudo o que sei fazer com o meu chicote. Só quando acho que eles estariam suficientemente impressionados para me quererem patrocinar, e estando atento para não os maçar, puxo o chicote e desfiro o último golpe com a foice.

Arfando, olho para cima satisfeito. Olhava para eles com confiança. Posso não ser o melhor com as palavras, mas sei o que estou fazendo.

- Obrigado. - falo com um sorriso torto, antes de arrumar a minha arma. Não fora um obrigado sincero, eles é que me deviam agradecer com o espetáculo que lhes proporcionei. Mas não é assim que eles vêm as coisas e eu tenho que me fazer e dizer o que eles esperam de mim, por muito que isso me custe.

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ALPHA MALLOCH

Me encontro com Mirka perto do elevador. Athena e o seu estilista já estavam prontos também. Os estilistas são enviados para um aerodeslizador, e eu e Athena para outro, juntamente com os restantes Tributos.

A conversa com Otillie me tinha dado alguma esperança e conforto. Subo para dentro do Aerodeslizador confiante, passando minha mão no material do veículo primeiro. Esse cheiro típico... era um pouco do Seis. Do meu local de trabalho... conhecia a mecânica desses veículos de trás para a frente. Não me considerava entusiasta em relação a máquinas, mas a vontade de voltar para casa batia mais forte.

Me sento confortável no meu lugar. Não me queria ralar com os outros Tributos. Agora só queria fechar os olhos e imaginar que estava sentado num dos aerodeslizadores do Seis. Engraçado como as pequenas coisas que me irritavam no Seis como o meu trabalho me pareciam tão valiosas agora...

Quando aterramos, somos divididos indivualmente por salas. Mirka já me estava esperando na minha, com o seu sorriso típico desvanecido. Ela segurava o traje da Arena que topei logo ser todo o terreno. Assim não poderia tentar adivinhar o que me esperava lá em cima...

Terminando de vestir o traje, Mirka me olha nos olhos.
- Por favor, Alpha, não cometa nenhuma loucura.

Arqueio uma sobrancelha. Por quem ela me toma?
- Pode deixar, Mirka. Sou só impulsivo com as palavras.

Viro as costas e me preparo para entrar no prato de metal, quando ela fala o meu nome.
- Alpha. - tão calma e serena que me faz esquecer onde eu estava prestes para ir. Olho para trás. - As palavras podem ser tão perigosas quanto armas. Tão afiadas como uma faca. Se falar algo errado, vai ter meio mundo tentando te caçar. Não se esqueça das minhas palavras.

Fico encarando a mulher por uns segundos. Não é como se eu fosse me colocar em cima da Cornucópia gritando as piores coisas que alguém possa ouvir. Entendo o que ela quer dizer, mas não parece se aplicar a mim como ela pensaria.

- Pode deixar. - confirmo com a cabeça. - Obrigado, Mirka.

Uma voz robótica anuncia que faltam poucos segundos para a partida, então eu subo para o prato, ainda olhando para Mirka. O sorriso dela tinha voltado.
Assim que os vidros sobem e me cercam, volto a acenar para ela com a cabeça e espero o pior.

*

Assim que o prato sobe, a primeira coisa que faço é olhar para os lados. O sol bate forte em minha cara, e o cheiro a sal era fortíssimo. Eu sabia que ia ter água nisso! Dá vantagem direta para os do Quatro... não há nada que possa fazer agora em relação a isso. Alpha, concentre-se... consigo destinguir a garota do Onze do meu lado, e a que acho ser do Três no outro. Olhei para o centro da Cornucópia tentando analisar os itens, mas não me conseguia concentrar... merda, Alpha! O que se passa com você? Esse cheiro... me deixava completamente atordoado, não faço ideia porquê. Que truque baixo desses idealizadores... Só vejo cores e mais cores. Consigo perceber que essa arena estava dividida por quatro cores, mas não me conseguia concentrar para saber o que me poderia esperar em cada parte...
Alguns tributos já haviam saído do seu lugar. Conseguia destinguir alguns pontinhos correndo, mas não conseguia ver quem seriam... Eram poucos, a maioria devia estar no mesmo estado que eu. Eu precisava ser rápido! Acorde, Alpha!

Resumo:
- Esperar o efeito passar.

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Olho em redor assim que me sinto mais consciente. Droga! Eu não podia perder mais tempo depois dessa desvantagem...

Começo a correr o mais depressa que posso em direção ao corno de metal. A primeira coisa que tento pegar é um manto negro que encontro ainda perto dos pedestrais. O calor estava insuportável, mas regra geral, sítios quentes de manhã são extremamente frios durante a noite. Já para não falar que esse vento todo não me agrada nada.
Sinto minha pulsação aumentar à medida que me aproximo da estrutura. Isto era uma loucura... mas sem mantimentos, eu não iria a lado nenhum. Só espero que Athena não cometa uma loucura maior ou igual à minha, porque eu não me iria preocupar nem um pouco com ela por agora. Ela que se virasse sozinha...

Mais perto do corno, consigo avistar uma máscara de gás. Mas o que... Não, eles não colocariam isso aí por acaso... Não quero voltar a cair nas armadilhas da Capital. Tento pegar a máscara por precaução, até porque vestido com um manto coberto e uma máscara, poucos Tributos me reconheceriam à primeira vista.

Procuro por uma arma que eu saiba usar perto do corno. Eu não me aventuraria lá dentro desarmado... assim que avisto um chicote, não hesito. Eles iriam ficar a saber do meu segredinho, mas não havia hipótese agora. Eu precisava dele se quisesse pegar a Kusarigama também.
Caso consiga pegar o chicote, vou aproveitar a proximidade à cornucópia para saltar para cima da estrutura de metal. Pelo que calculo, poucos já chegaram no centro. Correndo em cima da estrutura de metal até à sua entrada, me safaria de confrontos físicos com outros tributos e retornaria a minha agilidade enfraquecida pela areia com a qual não sou familiar. Assim que chegar na entrada, espantarei com o chicote os que estiverem no caminho o bloqueando, podendo assim pegar a minha Kusarigama e dar o fora dali.

Resumo:
- Correr em direção à estrutura de metal.
- Tentar pegar o manto negro (1º), a máscara de gás (2º), e o chicote (3º) no caminho.
- Caso consiga pegar o chicote, escalar a estrutura de metal para facilitar o caminho até à entrada desta, evitando possíveis confrontos físicos.
- Usar o chicote para afugentar quem estivesse na entrada, podendo assim eu entrar e pegar a Kusarigama.

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Meu objetivo seria entrar na boca do chifre e pegar a minha arma, mas assim que chego na periferia, vejo uma garota - acho que a do Sete - olhando lá para dentro, especada. Com certeza algo estava já dentro da Cornucópia, e para a garota estar tão pasmada assim, o melhor seria esquecer a minha ideia, por enquanto. Uma grande merda esta situação, mas pior seria se não tivesse a garotinha inocente me avisando indiretamente. "Obrigado pelo aviso!", penso, ironicamente.

Olho para trás para confirmar que nenhum Tributo estivesse preparando uma surpresa para mim - mas o que vejo é uma garota olhando fixamente... Para Athena! Nossa, como essa garota dá trabalho. Eu não podia perder mais tempo. Mas Otillie tinha dito...

Dou uns passos para trás e abano o chicote, chamando a atenção da garota. Quando ela olha para mim, dou um sorriso torto. - Surpresa! -falo, e tento chicotear o olho dela com toda a força que consigo aplicar no golpe. Isso a deixaria artodoada por tempo suficiente e com sorte deixaria a sua visão em um mau estado.

Não hesito mais. Seguindo caminho, ganho impulso e salto por cima da garota do Sete para a deixar entre mim e quem quer que estivesse dentro do Chifre metálico. Talvez se eu desse cabo dela ali eles me deixariam pegar a minha arma, ou melhor, se eu conseguisse encontrar outro aliadinho dela as pudesse presuadir. Mas mais certo ou mais tarde chegaria o resto da aliança - que presumo ser a Carreirista - e o melhor é não arriscar minha vida dessa maneira. Então começo a correr o mais depressa que posso em direção à saída Sul, tentando pegar (1º) óculos de visão noturna, (2º) saco-cama ou cobertor, (3º) um cacho de banana, caso os ditos itens estejam no meu caminho. Não hesitarei em utilizar o meu chicote para imobilizar ou asfixiar quem se meter em meu caminho. Se Athena for suficientemente esperta, ela aproveitará para me seguir.

Resumo:

- Chicotear o olho da garota do 12 para a atrapalhar e dar uma brecha a Athena.
- Saltar por cima da garota do Sete deixando-a dentre mim e o corno de metal,
- Sair correndo mais depressa que posso em direção à saída Sul,
- Caso estejam no meu caminho, tentar pegar um cobertor ou saco-cama, óculos de visão noturna ou cacho de bananas.
- Caso alguém esteja em meu caminho, utilizar o chicote para o imobilizar e asfixiar.

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A cara da criancinha do Doze foi tão engraçada! Dessa ela não esperava com certeza. Não tencionava perder tempo com Athena, mas até foi divertido. A menina teve foi sorte de eu estar demasiado exposto para perder mais tempo com ela. Armada em espertinha, tentando fazer uma vítima no banho de sangue... que patética!

Sigo meu caminho em direção Sul. Athena parecia não conseguir me acompanhar tão bem, mas eu estava em primeiro lugar. Ela que se acanhe. Não gosto dessa atenção toda junto do caminho que decidi seguir, mas eles que tentassem algo comigo assim que eu estivesse fora do Banho de Sangue. Aí eles iriam ver.

Resumo:

- Entrar pela vegetação a Sul.

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Haha! Eu havia escapado dessa merda e ainda por cima armado. Não como eu queria, mas isso me daria algum avanço. Assim que sinto o meu pé pisando na neve, me viro de frente para Athena, ainda correndo.

- Que linda, parece que já arrumou um namoradinho - provoco, lembrando ouvir alguém chamando ela lá atrás. Tenho alguma ideia de quem seja mas não podia ter a certeza. - Ainda bem que foi espertinha o suficiente para deixar isso para trás.

Continuo caminhando, me afastando cada vez mais da entrada. Visto o meu manto enquanto caminho, colocando o capuz em minha cabeça para não deixar escapar o calor e coloco a máscara ao redor do pescoço, depois de fazer a fita rodopiar um pouco no meu dedo indicador. Não sei se essa coisa me será muito útil aqui, mas sempre impedirá que o calor do meu corpo escape pela boca. E nunca se sabe se terei que voltar atrás...

- Espero que entenda alguma coisa de curativos, porque eu não me vou preocupar com isso aí - aponto para o braço dela, pouco supreendido. - Ah, e você fica me devendo uma.

Resumo:

- Vestir o manto e o capuz e colocar a máscara ao pescoço.
- Explorar o local, me afastando cada vez mais da entrada.
- Procurar por comida ou algum local mais escondido.
- Estar atento a quaisquer ameaças.

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Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 479874_wwwGdeFoncom

10:30 hrs
-20ºC
Muita neve e escassa presença de vegetação aparentemente viva.
O pouco vento castigava um pouco.

Alpha corre com certa dificuldade na neve, principalmente por causa do cansaço por correr tanto. Enquanto corre, ele se vira para sua companheira de distrito que agora estava perto dele e diz:

— Que linda, parece que já arrumou um namoradinho. Ainda bem que foi espertinha o suficiente para deixar isso para trás.

— Não se preocupe, Alphie. Eu só tenho olhos para você. - Athena retruca, enquanto tenta recuperar o fôlego por causa da corrida.

Alpha se previne quanto ao frio que fazia e veste o manto negro e coloca a máscara de gás no pescoço, para proporcionar ao garoto alguma proteção. Ele sente que o manto negro faz com que o calor de seu corpo permaneça ali por mais tempo, o ajudando com o frio. Ele vê que sua companheira de distrito ainda estava se vestindo.

— Espero que entenda alguma coisa de curativos, porque eu não me vou preocupar com isso aí... Ah, e você fica me devendo uma. - diz ele, enquanto ela termina de se vestir.

Athena tira o manto negro de cima do ferimento e mostra ao seu aliado, com um sorriso no rosto. O ferimento já tinha sido perfeitamente cuidado. Depois de tudo arrumado, os aliados andam durante algum tempo. Alpha carrega o chicote na mão direita, enquanto o cobertor na mão esquerda. Eles acabam se deparando com quatro animais. Mesmo com pouco contato com a natureza, os tributos do Distrito 6 conseguiram identificar qual espécie era aquela... mas também se lembraram que eram carnívoros.

Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 4-1

O do meio parecia ser o líder. Eles ficam algum tempo encarando os dois garotos com certa curiosidade, até que começam a correr para longe dali. Alpha relaxa o chicote que já estava pronto para ser usado. É neste momento em que eles escutam os canhões provenientes dos mortos no Banho de Sangue.

BOOM! BOOM! BOOM! BOOM! BOOM! BOOM! BOOM! BOOM!

Situação:
Saúde (100/100)
Fome (100/100)
Sede (97/100)

Pertences:
- Chicote (mão direita)
- Manto negro (vestido)
- Máscara de gás (vestido)
- Cobertor (mão esquerda)

ALPHA MALLOCH

Arregalo a sobrancelha ao ver o ferimento de Athena completamente curado. "Nada mal," penso, mas não digo nada. Com que então, havia-me saído a galinha de ovos de ouro... um sorriso torto se forma em meus lábios à medida que avançava no terreno. Já não me arrependo tanto de a ter ajudado.

- Parece que não há nem uma planta viva nessa bosta de lugar. Melhor fazer olhinhos e pedires algo à Capital, Athena, ou morreremos cedo. - continuo a andar, mas me abaixo para pegar uma bola de neve e jogar em Athena. Olho para ela com um sorriso torto. - Água temos em todo o lado.

Esperava receber algo de volta por parte de Athena, mas ela parecia paralisada. Quando volto a olhar para a frente, vejo que não estamos sozinhos. Sem fazer movimentos bruscos, seguro o meu chicote firme, pronto para afastar os animais caso necessário. Faço um sinal a Athena para não se aproximar.
Demoro um pouco para os identificar, até me lembrar da minha mãe me ter falado sobre eles uma vez. Esses bichos se organizam hierarquicamente, sendo o mais dominante o Alpha. O assunto veio à conversa por ela ter dito que sonhava com o dia em que eu fosse o líder da vida dela, não o meu pai. A recordação me deixa com um frio no estômago que tento conter. Não podia pensar nessas coisas agora.

Tentei me permanecer imóvel para ver o que esses animais queriam, mas eles acabam fugindo. Relaxo a minha mão e volto a olhar para Athena, sem fazer barulho. Essa situação foi tão estranha que eu nem sabia o que pensar. Faço sinal para Athena me seguir e continuo explorando o local.

É então que os oito canhões disparam. Porra, não dei conta nem de metade com a confusão que se passava na minha cabeça na altura. Ainda terei que esperar até à noite para saber quais são os eliminados, mas se isto continuar assim, tenho que me manter esperto... mas primeiro, sobreviver a este maldito ambiente. Caso Oliver decida não a ajudar, eu terei que pedir ajuda a Otillie mesmo...

- Otillie, encomenda aí uma pizza para nós! - falo, com sarcasmo. Não ia encontrar comida num ambiente como esse e voltar atrás não era opção. - Agora a sério, precisamos de algo pra comer.

Caso Otillie ou Oliver enviem algo para comer, iremos esperar a refeição arrefecer primeiro para não se tornar numa diferença térmica muito grande. O calor irradiado pela comida poderá ajudar a derrreter a neve na hora de a utilizar como fonte de água. Caso a dádiva chegue, irei guardar o material do pára-quedas juntamente com o cobertor. Poderá ser útil para mais tarde.

- Melhor procurar abrigo já antes que fique escuro. - comento. - Se encontrarmos umas árvores escondidas ou alguns blocos de gelo altos é perfeito. Podemos usar alguns galhos para fazer uma camada protetora no chão antes de colocar o cobertor para impedir que este fique molhado com a neve, e o material do pára-quedas por cima. - penso, em voz alta. - Se recuperarmos o fôlego da Cornucópia agora, podemos ficar mais descansados durante a noite.

Resumo:

- Pedir comida a Otillie caso Athena não o faça/receba.
- Continuar explorando o local. Caso recebamos algo, esperar a comida arrefecer (utilizar o calor proveniente da comida para derreter a neve e beber água) antes de comer. Guardar o material do pára-quedas. Comer quando vier a fome.
- Procurar esconderijo (em árvores ou blocos de neve altos, fazer como descrito no post)
- Descansar e recuperar o fôlego.

it doesn't matter cause my eyes are lying
and they don't have E M O T I O N
don't wanna be social, can't take it when they hate me
but I know there's nothing I can do

10:30 ~ 23:00 hrs
-30ºC
Ventos fortes e neve atormentavam os tributos.
O frio era imenso e qualquer um que não se abrigasse morreria em pouco tempo.

Alpha e Athena começam a explorar o local. Eles pedem comida, mas não obtêm resposta alguma. Esperam mais um pouco até decidirem continuar com os planos.

O garoto consegue arrancar pedaços de madeira para fazer um abrigo. Athena o ajuda a carregar algumas. Eles caminham com dificuldade na neve, até que o garoto avisa ao longe algumas rochas. Ele cutuca Athena, que reclama, mas que ao ver as rochas solta um grito animado. Eles se aproximam com certa desconfiança, mas acabam entrando. Athena primeiro e depois Alpha, graças a uma provocação por parte do garoto.

Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 Mendenhall-ice-caves-011

Havia muito gelo nas paredes e água escorrendo. O espaço seco era pouco, mas daria para eles se abrigarem ali. Alpha e Athena montam uma proteção na pequena entrada da caverna com os pedaços de madeira, assim que um vento muito forte começa, fazendo a temperatura cair muito. Eles tomam um pouco da água e aguardam algo acontecer, até que eles escutam alguma coisa bater na madeira da entrada. Alpha vai examinar o que é e encontra um paraquedas ali. Ele o leva para dentro da caverna e o abre com Athena.

Uma sopa grande em um pote de metal, duas colheres e dois pães pequenos.

Eles dividem a comida e se sentem mais aquecidos. Mas não é só a comida que dividem, eles também são obrigados a ficarem mais juntos e dividir o cobertor. Eles ficam em silêncio algum tempo, com um clima constrangedor, mas logo este é quebrado com o começo do hino. Eles se acomodam na entrada da caverna e assistem a tudo pelas brechas entre a madeira.

Situação:
Saúde (100/100)
Fome (100/100)
Sede (100/100)

Pertences:
- Chicote (mão direita)
- Manto negro (vestido)
- Máscara de gás (vestido)
- Cobertor (mão esquerda)
- Pote de metal com duas colheres (chão)
- Paraquedas (chão)

ALPHA MALLOCH

Conseguimos encontrar um abrigo bem na hora de a temperatura descer drasticamente. Otillie ou Oliver também nos conseguiram mandar algo para nos manter vivos mais um dia, pelo que tudo estava correndo melhor do que o planejado. Esconderijo, comida, uma garota com experiência em curativos, água e o facto de que poucos Tributos terão a ousadia de se aventurar num sítio como esse - e mesmo que alguém o faça, certificarei-me de o eliminar.
Athena era um fardo, extremamente inoportuna, mas poderá vir a ser-me bastante útil. Vou ter que aguentar com ela, apesar de isso significar ter que dividir esse cobertor...

Não digo uma única palavra e fico o tempo todo mirando a saída do esconderijo, evitando olhar para ela. Nunca tive de estar tão perto de outro ser vivo como agora estava, o que me deixava extremamente desconfortável, tendo em conta que o meu ódio por essa garota ainda não havia sumido - estava apenas contido para o meu próprio bem. Felizmente, o hino da Capital acaba quebrando o constragimento.

- Anda daí. - retiro o cobertor de repente e me levanto até à entrada, memorizando as caras dos já falecidos. Uma grande quantidade para só um dia... Isso seria uma coisa boa, mas isso faz quantos sobrando? 16? Contando comigo e Athena. Se a aliança dos Carreiristas sempre inclui o Nove substituindo as inteligências do Quatro, isso faz 8 vítimas com as quais os Carreiristas se podem entreter antes de chegar até nós. Se fossemos os últimos na lista, claro. O que é altamente improvável. Se o garoto que chamou por Athena é que eu estou a pensar que é, ele sabe que estamos aqui... Nossa, como eu não pensei logo nisso!? Tem que haver maneira de passar para os outros terrenos sem voltar à Cornucópia. Foi bom termos arranjado sítio para passar a noite, mas amanhã de manhã não haverá tempo para descanso.

- Parece que os falhados do Três e do Cinco já foram - troço - acho que não vi a cara da garota que caiu na água quando estavamos saíndo da Cornucópia, pelo que há uma grande hipótese de ela ter vindo para aqui ao fugir dos Carreiristas. Ela tirou um Dez na avaliação... - levanto-me de novo e dou algumas voltas, pensando, até voltar a olhar para Athena com um sorriso torto. - Athena, quando o tempo acalmar, você vai montar alguma armadilha na entrada do esconderijo. Pode usar as pedras do chão e alguns galhos, sei lá. Você que entende disso. Torne-se útil. - cuspo as últimas palavras, estalando os dedos.

Sair do abrigo à noite seria de loucos, pelo que teremos que passar ali a noite. Pior será não só os Tributos como bestantes que decidam aparecer à porta. A armadilha de Athena poderia ser decisiva nessa altura, não só para ferir inicialmente o indivíduo em questão como para nos dar um alerta e um tempo de vantagem. Eu mesmo me certificarei de acabar com a vida de qualquer um que apareça aqui, já que Athena mal sabe pegar naquela faca...

Athena não hesita muito e faz o que lhe mando fazer. Assim é perfeito. Se ela quer a minha ajuda, vai ter que cooperar assim mesmo.
Dou voltas e voltas no esconderijo enquanto ela trabalha, examinando-o ao pormenor. Se os Idealizadores nos dão um esconderijo desse com tanta facilidade, com certeza querem-nos vivos por agora. Parece que Otillie acertou em cheio com a nossa técnica para a entrevista. Sinto-me algo desconfortável a pensar na minha mentora agora - nas últimas semanas, por mais que me custe admitir, falar com ela sobre a minha situação me deixava algo mais descansado acerca do meu destino. Mas agora eu quase que sinto que falta algo... Droga, Alpha. Você vai voltar. Esses pensamentos são meras distrações...

Sinto o vento bater com força no abrigo, apesar de este parecer estar acostumado às torbulências. Sinto uma pinga me cair no nariz e olho para cima. Os blocos de gelo tomavam uma cor azul brilhante, que refletiam no interior a pouca luz já refletida pela lua. Meus olhos encontram o meu reflexo, que me mirava de volta. Pisco os olhos. E volto a piscar. Eu conhecia aquele olhar... não...
Sinto as minhas mãos tremerem e uma gota escorrer da minha face. Droga! A minha mão larga o chicote e me vejo recuar até à parede do esconderijo, sempre de olhos nos olhos do meu reflexo. Vejo ele passar de uma imagem nítida, refletido num só bloco, a uma imagem destroçada, dividida pelos vários blocos pequenos que faziam a extremidade do teto. Destroçada como a minha família... destroçada como eu.
Vejo os meus próprios olhos se arregalarem e prendo as unhas na parede. Tudo ao meu redor desaparece por um instante e me deixo consumir pelo medo que toma a forma de raiva em mim. Eu não passava disso mesmo. De uma máquina que transforma o meu medo na raiva que me alimenta.
O meu reflexo envelhece e sorri ironicamente para mim. Esse não sou eu... não...

Sinto o meu corpo embater no chão, me deixando sentado. Mas os meus olhos não se desviavam do teto, por mais que eu tentasse, estava paralisado. Meus dedos estavam gelando, enterrados na neve, de eu tentar agarrar algo que não estava lá. É nesse momento que sinto alguém abanando o meu ombro. Esse alguém obriga a minha face a largar o teto - a minha visão estava zonza, mas logo a imagem fica nítida. Athena. Ela segurava o meu chicote e me olhava nos olhos. Era agora. Ela ia me matar. Ela ia me matar...

Meus olhos se arregalam ainda mais.

- AFASTA-TE! - grito, tentando recuperar o meu chicote. Não foi difícil, afinal ela não estava sendo possessiva com ele. Respiro fundo uma e outra vez... as coisas começam a parecer mais reais de novo. Volto o olhar para Athena, que me retribuia o olhar calmamente, como se estivesse acostumada a esse tipo de cenas. - Continua a trabalhar nisso! - exclamo, ainda arfando. Sinto as minhas mãos ainda tremendo, eu precisava parar antes que perdesse todo o calor do meu corpo. Me sento com o cobertor enrolado à minha volta e o chicote nas mãos, tentando me acalmar. Eu não sou como ele... não sou...

Resumo:

- Conversar com Athena sobre as possíveis ameaças.
- Fazer a garota montar uma armadilha na entrada do abrigo, quando o tempo acalmar.
- Repousar e tentar me acalmar. Segurar o chicote pronto para agir contra qualquer ameaça de qualquer forma.

No I never wanted to be like them;
I thought I was just too clever
to be [[ b R O U G H T D O W N ]] to their level
I don't care now what it's worth
But if you lift this burden off my back I'll follow you to the bloody end

23:30 hrs
-30ºC
Os ventos estavam ficando mais fortes e violentos;
A sobrevivência sem abrigo era impossível.

Depois de assistir aos caídos no céu e comentar sobre eles, Alpha diz a Athena para a garota ir montar uma armadilha na entrada da caverna. Assim como sugerido por seu aliado, Athena vai até a entrada do abrigo e percebe que o vento estava derrubando a proteção que eles fizeram. A garota começa a arrumar de novo, de maneira que ficasse mais forte a proteção.

Ela escuta um barulho e vai ver o que está acontecendo com Alpha. Ao se aproximar, Athena vê que Alpha está se comportando de maneira entranha e então decide ajudá-lo. Ele não parece querer ajudar e ainda a trata mal, agarrando abruptamente o seu chicote e a pedindo para que ela se afaste. Ela o trata calmamente e diz que a coisa está tão feia lá fora que seria impossível alguém conseguir chegar até lá. Mesmo contra a vontade do garoto, Athena começa a aquecer os dedos de Alpha, sob a ameaça de que se ela não o fizesse, ele perderia os dedos.

— Eu sei que você me odeia e quer longe e morta, mas eu prometo que não deixo mais você ficar como ficou agora...

Ele a empurra e a manda voltar a fazer o que estava fazendo. Mas Athena sabia que não havia mais o que fazer e ficou lá, apenas observando a entrada para que a proteção da entrada não se acabasse.

Situação:
Saúde (100/100)
Fome (100/100)
Sede (100/100)

Pertences:
- Chicote (mão direita)
- Manto negro (vestido)
- Máscara de gás (vestido)
- Cobertor (mão esquerda)
- Pote de metal com duas colheres (chão)
- Paraquedas (chão)

ALPHA MALLOCH

"Eu prometo que não deixo mais você ficar como ficou agora..."

As palavras ecoam e ecoam na minha mente. Sinto os meus dedos já mais aquecidos fincando com força o cobertor, que me rodeava o corpo. Balanço para a frente e para trás, sentindo os meus olhos arder de tão arregalados que estavam.

Como se ela fosse capaz de me garantir o que quer que seja. Se eu não voltar ao Seis, vai ser o fim...
Athena mais uma vez se fez de inútil e nem o raio da armadilha conseguiu fazer, mas ao menos assegurou-se que a nossa proteção não ia abaixo. Ela estava de costas para mim e observava a parede feita de galhos que nos protegia. Porque quereria Otillie que eu ficasse com ela? Apenas pelo facto de ela saber o quão horrível é ficar sozinho neste lugar? Fico a pensar em como eu não sabia nada sobre essa garota. Não me lembro de a ter visto no meu bairro antes, porém ela estava perto da fábrica onde eu trabalhava no maldito dia em que a conheci. Porque ela estava lá? E como ela tem um conhecimento tão grande acerca da saúde? A maioria das pessoas assustam-se quando me vem assim... Ah, mas o que interessa? Eu estou só usando essa garota a meu favor...

Quase vejo o meu pai ao piscar os olhos. Ele era exatamente assim... eu estou fazendo o mes- não, não é comparável. Não pode ser...
Sinto o meu lábio arder de eu ficar mordendo ele. O gosto a sangue invade a minha boca e me deixa enjoado. A falta de controlo que eu sentia me estava levando à loucura. Eu precisava saber como estavam as coisas no Seis, mas cada vez que penso nisso, eu...

Eu precisava de me distrair com algo. Volto a minha atenção para Athena de novo. Porque ela continuava comigo? Ela tem centenas de razões para me detestar... e porque eu continuo com ela? Se ela não tivesse aparecido na minha vida, nada disto teria acontecido, estou seguro disso. Passei toda a minha jornada na Capital confiante de mim mesmo, mas agora depois de ver o hino dos caídos e de ter aquele episódio me sinto tão... vulnerável. Eu precisava da minha arma, e precisava de sair dali rápido.

- Athena. - chamo, com a voz fraca. - Me acorda quando ficar com sono ou se alguma ameaça aparecer. - Não digo mais nada, não preciso de me explicar. Volto a cara e tento adormecer. Só quero que essa maldita tempestade desapareça e que leve o meu medo com ela. Preciso de voltar à realidade e rápido.

Resumo:

- Dormir (caso o post seja longo).
- Caso o primeiro ponto se concretize, acordar às ordens de Athena, pronto para tomar a guarda ou para atacar, dependendo do caso.

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23:30 ~ 5:xx hrs
-15ºC
Neve cai lá fora.

Alpha deixa sua aliada montar guarda primeiro e tenta dormir um pouco. Seus pensamentos eram perturbadores e o garoto queria apenas arrancá-los todos de uma só vez de sua cabeça. Ele começa a escutar o barulho de metal batendo na parede de gelo da caverna e caindo no chão, provocando um ruído enorme. Ele logo percebe que era Athena treinando arremesso com a faca.

— Porra! Para de arremessar essa faca! - ele diz, se virando para o lado logo em seguida.

Alpha dorme profundamente e nada parece aborrecê-lo. Nenhum pesadelo desta vez. De manhã, Athena chama por ele e diz que a tempestade havia acabado e que eles teriam que pensar no que fazer agora.

Situação:
Saúde (92/100)
Fome (92/100)
Sede (88/100)

Pertences:
- Chicote (mão direita)
- Manto negro (vestido)
- Máscara de gás (vestido)
- Cobertor (mão esquerda)
- Pote de metal com duas colheres (chão)
- Paraquedas (chão)

ALPHA MALLOCH

Quando Athena me acorda, a tempestade já havia acalmado e o dia estava a começar. Tinha dito para Athena me acordar a meio para trocarmos de turno, mas ela não o fez. Será que decidiu deixar me descansar por completo ou é só estúpida!? Espero bem que ela seja resistente, porque não pretendo parar outra vez tão cedo.

- Começa a deitar essa parede abaixo, não quero que outros Tributos saibam que estivemos aqui. - falo, pegando no pote de metal e analisando-o. Vou beber água e aproveitar para o encher por completo, pois não sei como vai ser depois...

Deixo o pote e o paraquedas para Athena carregar, que se vou ser eu a lidar com ameaças preciso de ter menos peso que ela. Espero ela terminar de eliminar as evidências antes de falar.

- Bem, caso a sua inteligência não te permita de saber tal coisa, acho que essa Arena representa as quatro estações. - Espero alguma reação dela, mas ela me olha como se nada fosse. - Então. Na Cornucópia não deu tempo para acumular tudo, mas com tanto vento e frio e calor e cheiros e o caralho ao mesmo tempo, parece-me a única explicação. E se assim for, seguindo os ponteiros do relógio, chegaremos à Primavera. É claro que não faço a puta ideia de onde estejamos sem uma bússula, mas se o cheiro de lá continuar tão forte como ontem, só teremos de o seguir. Assim despistamos quem quer que nos viu a vir para aqui, e temos as máscaras para nos protegermos.

Não espero Athena concordar comigo para sair do esconderijo. Olho em redor para ver se vejo alguma possível ameaça, sempre com o chicote na mão. Tenciono seguir em frente pelo caminho ainda não explorado. Se começar a sentir o cheiro do Oeste, irei segui-lo até ser necessário colocar a minha máscara.

Resumo:

- Beber água e encher o pote de metal com esta.
- Contar o plano para Athena. Eliminar rastos.
- Seguir em direção ao caminho não explorado, procurar sentir o cheiro do Oeste para seguir para lá.
- Levar sempre o meu chicote pronto para enfrentar o que quer que se metesse na minha frente.
- Colocar a máscara quando necessário.

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6:xx hrs
-15ºC
Neve cai lá fora.

Após acordarem, os tributos do Distrito 6 bebem um pouco da água que escorre das paredes e saem do abrigo. Juntos, eles somem com qualquer indício de que passaram por lá. Assim que começam a caminhar para longe do abrigo, eles vêm um clarão descer do céu. Parecia ter caído perto da cornucópia. UM CANHÃO DISPARA! Eles ficam encarando o horizonte por alguns segundos e percebem que o céu estava muito escuro e que uma tempestade caía em quase toda a arena.

Eles tomam rumo ao oeste. No caminho, começam a armar teorias de quem poderia ter sido aquele disparo de canhão, mas no final, não chegam a nenhuma conclusão. UM CANHÃO DISPARA! Alpha ri, animado, enquanto Athena percebe que a floresta do oeste está bem perto deles.

Situação:
Saúde (92/100)
Fome (89/100)
Sede (100/100)

Pertences:
- Chicote (mão direita)
- Manto negro (vestido)
- Máscara de gás (vestido)
- Cobertor (mão esquerda)

ALPHA MALLOCH

Um clarão interrompe a paz do nosso caminho. Tanto eu como Athena olhamos para o céu instantaneamente, onde vemos o clarão descer para perto da Cornucópia, presumo. Um canhão dispara imediatamente. Depois a escuridão invade o cenário e uma tempestade começa a cair. Trovoada...?

- Irra! Parece que alguém acabou de virar churrasco. - me viro para Athena, com um sorriso torto, e pisco o olho - Menos um. Não consigo pensar em quem poderá ter sido, mas pouco me interessa agora.

Se realmente a morte tiver sido devido a um relâmpago, teria sido o chifre da Cornucópia o condutor? Com a altura daquilo, podia ser, se algum Carreirista tivesse encostado na estrutura. Melhor não presumir nada e pensar que ainda estão todos em jogo, para não baixar a guarda. Não tem como ter a certeza de quem foi agora... o meu problema é que, se realmente uma trovoada se aproximar, não convém ficarmos perto de árvores. Logo agora que deixamos o abrigo para trás...
Opa! Outro canhão. Sem clarão dessa vez... os Gamemakers podem ser tão imprevisíveis que o melhor é não pensar muito no assunto. Apenas tenho de ouvir os canhões como um passo mais perto de casa.

- Não sei quanto a você, mas estou adorando isto. - me viro de frente para ela, rindo. - Quantos mais melhor. Desde que não seja o meu... - deixo escapar uma risada, descontraidamente. Athena aponta para a frente e eu volto a virar-lhe as costas para encarar o que estava perto. Perfeito! Vejo como a coloração das árvores diferia a partir do resto do caminho. Acho que acabamos de chegar ao destino.

- Coloca sua máscara, Athena. Vamos lá ver o que na Primavera nos espera.

Antes de avançar, olho para o cobertor que levava na minha outra mão e passo os meus dedos por este. Sei como alguns materiais que usamos para construir veículos isolam a eletricidade, protegendo os passageiros neste tipo de ocasiões. Talvez o meu cobertor pudesse funcionar da mesma forma... ou ao menos me proteger da chuva. O meu manto já ajudava nisso, mas não convinha ficar muito ensopado. Coloco o cobertor por cima da cabeça pelo sim pelo não. Se Athena sentir necessidade da proteção ela que venha me pedir, eu não tomarei a iniciativa de dividir essa coisa...

Resumo:

- Colocar a máscara.
- Proteger a cabeça com o capuz do manto e com o cobertor. Dividir com Athena caso seja necessário.
- Entrar no Oeste.
- Me manter longe de árvores e locais altos, procurar me manter junto de zonas mais rochosas.
- Levar o chicote sempre pronto para enfrentar alguma ameaça.

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Alpha Malloch - Tributo Masculino do Distrito 6 1130764__untitled-wallpaper_p

7:xx hrs
20ºC
A tempestade desaparece e tudo começa a ficar escuro.

Alpha e Athena caminham um pouco até entrarem na floresta florida. Munidos de suas máscaras de gás, os tributos não inalam o aroma doce das flores, mas acabam pegando o resto da tempestade que caía. De repente, a tempestade para de forma estranha. Os tributos do Distrito 6 ficam confusos, olhando um para o outro procurando uma explicação no que acabara de acontecer. As nuvens negras começam a se dissipar e não há mais nenhum barulho de trovões.

Caminhando mais um pouco, Alpha encontra vários arbustos com frutas que ele sabia reconhecer e algumas que ele nem fazia ideia de que existiam. Athena observa que estava começando a escurecer, mas eles mal tinham começado o dia. Ela avisa a seu aliado que tem o presentimento de que algo estranho estava acontecendo... ou por acontecer.

Situação:
Saúde (92/100)
Fome (89/100)
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Pertences:
- Chicote (mão direita)
- Manto negro (vestido)
- Máscara de gás (vestido)
- Cobertor (mão esquerda)

ALPHA MALLOCH

Olho para Athena confuso, ao notar como a tempestade desaparecia e o céu começara a ficar escuro. Não tinha acabado de amanhecer? Athena me fala que acha que algo estranho está acontecendo ou vai acontecer. Reviro os olhos, mas sei que ela pode estar certa. A garota já havia provado não ser assim tão estúpida como parecia ser.

Pego em algumas das frutas que sei que são boas para o consumo e distribuo algumas com Athena. Dou-lhe algumas a mais e peço para ela arranjar espaço para as guardar. Procuro também encontrar daquelas frutinhas que dão sono, pois poderão nos dar jeito na altura de um confronto com algum bestante faminto. Agora teríamos de continuar o nosso caminho, mas para onde?

- Hey, Otillie! - falo, olhando para cima. - As coisas estão a ficar feias por aqui. Não me consegues arranjar uns óculos de visão noturna (pra eu ter muito swag)?

Não sei se poderia esperar alguma resposta, tendo recebido uma dádiva ainda na noite passada. Mas se tudo correr bem, não precisaremos de pedir comida ou água essa noite... eu não sei o que essa cambada de idiotas está pensando fazer para nos tramar dessa vez, mas prefiro estar preparado para o que possa vir a acontecer.

Resumo:

- Coletar algumas frutas boas para consumo, comer algumas com Athena agora e guardar outras.
- Tentar encontrar as frutinhas que deixam sonolento para as guardar.
- Pedir a Otillie uns óculos de visão noturna.
- Continuar explorando o local, procurando por abrigo, ou algum lugar mais escondido.

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