Mensagens : 778 Data de inscrição : 25/09/2014 Localização : Capital Jogador : Állan
Assunto: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Qua Nov 19, 2014 5:28 pm
Relembrando a primeira mensagem :
Valentinne Valerious
Idade: 18 anos. Altura: 1,65 m. Peso: 50 kg. Distrito: 9. Destro ou canhoto? Destra. Ocupação: Colhedora.
Perícia com: Foice(100%).
Habilidades: Identificação de Alimentos(100%), Armadilhas(50%), Furtividade(50%), Manusear Fogo(50%), Combate Corpo-a-corpo(50%).
Distribuição dos Atributos: Agilidade: 9 Precisão: 3 Inteligência: 6 Força: 4 Charme: 3 {Na sombra dos outros tributos} Carisma: 1 Astúcia: 7 Resistência: 10
Fraqueza: Abandono.
Photoplayer: Antonia Thomas.
Três palavras: Solitária, cautelosa, orgulhosa.
Sobre: Sonhava com flores. Flores por todas as partes, de todos os tamanhos, de todas as cores e de todas as fragrâncias. Sonhava com seus pés tocando a grama relva e fértil, mãos protetoras e cuidadosas envolvendo seu corpo, levantando-o em direção às nuvens claras e com formatos engraçados. A garota riu e remexeu-se na cama. Aquele era seu sonho favorito e lá ela conseguia fazer a mãe sorrir. Lá era o único lugar. O sonho de repente virou cinzas e ela despertou com um barulho forte vindo da cozinha. A garotinha assustada desceu da cama e caminhou lentamente até o local, a única coisa que via era uma fresta de luz vindo da porta de madeira surrada. Ouviu a voz da mãe e por um minuto tudo parou.
— Temos que sair daqui! Não aguento mais esse local e pessoas, podemos recomeçar e tentar um futuro melhor. — A voz que Valentinne sempre conheceu como mansa, agora estava alterada e completamente descontrolada.
Valentinne abriu a porta cabisbaixa e já podia sentir as lágrimas surgindo em sua face.
— Mamãe? Você vai partir? — Perguntou levantando o olhar.
— Irei meu amor. Mas assim que o dia amanhecer eu estarei ao seu lado na cama, cuidando de você como sempre faço e nós seremos mais felizes. Eu e o Tio Dean vamos buscar o seu presente de aniversário e você vai amar. Não é Dean?
Dean olhou para a garota e deu um aceno de cabeça rápido, evitando olhá-la nos olhos.
— É sim, Tinne. — Sua voz grave causou arrepios na criança.
— Meu amor, venha comigo. Vou te colocar para dormir e quando você acordar estarei no mesmo lugar. — Valka disse pegando a garotinha com cabelos negros no colo, afagando sua cabeça como de costume. — Quer que eu cante uma música para você?
— Sim, mamãe. — Valentinne envolveu os braços no pescoço da mãe. - Não me deixe.
***
O tempo foi passando e Valka nunca voltou. Muitas manhãs iniciaram-se e a mãe da garotinha nunca estava no local combinado, tudo que restava era a lembranças de seu sorriso e a sua voz mansa na mente de Valentinne. Os cabelos negros e olhos esverdeados coloriam muitos sonhos, que viravam pesadelos e gritos no final, o rosto que antes transmitia amor, agora não passava de algo que assustava e intimidava, causava dor. A garota cresceu com o medo do abandono e encontrou refugiou no trabalho, onde consegue comprar um pouco de comida e esvair sua raiva junto com seu instrumento de trabalho. Anos passaram-se e Valka nunca voltou com Dean. Valentinne sempre pensou que ela havia conseguido o que tanto almejava: uma vida melhor. Talvez agora com outra família, com uma nova filha. Longe do passado que possivelmente a envergonha. Para a garota não é fácil, sempre que se olha no espelho vê a mãe. É como se Valka fosse uma sombra que nunca deixara a garota sozinha.
Última edição por Wallace McQueen em Sex Jan 23, 2015 6:28 am, editado 1 vez(es)
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Valentinne Valerious
Mensagens : 74 Data de inscrição : 30/10/2014 Localização : Distrito 9 Jogador : Beatriz Cerone
Assunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Ter Abr 21, 2015 10:19 pm
Valentinne Valerious
Jade está morta. Essas três palavras ficam se repetindo na minha cabeça por vários segundos e tudo que consigo fazer é me manter em pé. Dior está totalmente desesperado e eu não consigo pensar em nada para ajudá-lo, sei que não poso fazê-lo. Ela tinha apenas 15 anos. Poderia ter feito tantas coisas
— Ela está morta. — Sua voz está arfante e ele não escondo o sofrimento.
Ele corre em direção ao seu caixote para pegar a sua recompensa. Essa é a nossa deixa! Olho para os lados e noto que não tem nenhuma ameaça a vista, mas se alguma vier, estarei pronta para me defender. Não iremos sobreviver aqui... Puxo Alex e coloco o meu dedo indicador em meus lábios e aponto para o norte, indicando que devemos fugir para lá. Posso notar que ele está bem abalado com a morte da Garota do Distrito 1, eles tinham criado um laço, curto, mas haviam criado. Ele demora um pouco para entender o que falo, por isso pego a mochila camuflada de recompensa e coloco-a em minhas costas, segurando-a com o braço firmemente. Meu aliado parece distraído, por isso pego em sua mão, incentivando-o a me seguir. Corro em direção ao norte sempre tomando cuidado para não ser vista nem atacada, correndo de maneira correta para que não cause muito barulho. Alex está bem atrás de mim e eu o espero para que ele possa ficar na frente, mais seguro. Meu peito sobe e desce e posso sentir meu pulmão começar a reclamar. O cheiro de queimado e cinzas logo invade a minha narina.
Tudo está tão morto... Tão cinza.
Continuo correndo até julgar o local seguro. Minha cabeça está a mil e a primeira coisa que penso são armadilhas. Eles virão atrás de nós. Se cercamos um local e nos escondermos, não seremos mortos com muita facilidade. Como eu também possuo habilidade com armadilhas, podemos fazer o trabalho mais rápido e nos preparar. Precisamos também controlar nossos alimentos e ver quais objetos podemos ser usados nas armadilhas. Vamos conseguir, eu sei disso. Alex começa a pensar e a planejar as armadilhas, sinto a mochila em minhas costas e braço, arqueio o corpo puxando-a para perto de meu corpo, abrindo-a e olhando o que há dentro.
Resumo:
- Lamentar a morte de Jade. - Pensar bastante e indicar o norte. - Pegar a mochila camuflada de recompensa para que Alex possa ir mais rápido. - Fugir para lá tomando cuidado com tudo. - Assim que chegar lá ficar em um local afastado e pensar em possíveis armadilhas para os tributos. - Abrir disfarçadamente a mochila para ver o que há dentro.
Wallace McQueen Admin
Mensagens : 778 Data de inscrição : 25/09/2014 Localização : Capital Jogador : Állan
Assunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Qua Abr 22, 2015 4:10 am
8:xx hrs 35ºC "...like we're gonna die young."
UM CANHÃO DISPARA! Estava óbvio que ele pertencia ao Tributo Feminino do Distrito 1. Assim que Dior corre para sua caixa, Valentinne e Alex decidem fugir dali o mais rápido possível. Os Tributos do Distrito 9 atravessando a passagem do norte, desviando da armadilha que fizeram e logo entram na floresta totalmente queimada. A cada movimento, cinzas subiam do chão. Estava complicado desviar de tantos galhos e troncos caídos. Alex pede para que Valentinne pare assim que correm alguns metros da praia.
Eles olham para trás, mas não vêem ninguém os seguindo. O barulho dos macacos no leste pareciam mais altos e com maior frequência. O sentimento do instinto de ameaça de morte começa a bater com mais força nos tributos.
Situação: Saúde (85/100) Fome (100/100) Sede (100/100)
Pertences: - Foice (mão direita) - Tubo de ensaio com líquido laranja (mão esquerda)
- Mochila laranja (costas) - 2 Capas de chuva (mochila) - 2 Lanternas (mochila) - 2 Pares de luvas de couro (mochila) - 2 Cubos pretos (mochila) - 3 Caixinhas de fósforos (mochila) - 2 Pacotinhos de carvão (mochila) - Cobertor (mochila) - 3 Pilhas (mochila) - Cantil com água (500 ml cada) (mochila) - 3 Cantis vazios (500ml) (mochila) - 2 Kits de primeiros socorros (mochila) - Garrafinha com álcool (mochila)
Valentinne Valerious
Mensagens : 74 Data de inscrição : 30/10/2014 Localização : Distrito 9 Jogador : Beatriz Cerone
Assunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Qui Abr 23, 2015 3:02 pm
Valentinne Valerious
Meu companheiro de Distrito pega alguns galhos e rapidamente faz um trincheira onde nos escondemos, nos preparando para o que vier. A recompensa de Alex é bem útil, três armadilhas boca de lobo. Começamos construí-las para nos protegermos, tanto dos tributos como dos animais. Como nunca coloquei minha habilidade de armadilhas em prático, ajudo Alex afiando alguns galhos- uso uma faca encontrada em sua mochila- e em outras coisas mais manuais. Sempre fico alerta a tudo ao nosso redor. Somos poucos, por isso, sei que virão atrás de nós. Preciso ter cuidado em dobro para me defender e defender Alex. Ele parece bem concentrado em tudo, quer nos proteger, sei disso. Fico de guarda na maior parte do tempo. Necessito de um banho e alguns minutos de sono, mas a essa altura sei que não terei nenhum dos dois.
Penso na minha mãe e Tio Dean... Será que sabem que estou aqui? Como seria ganhar os jogos e viver em paz por um bom tempo? Eu não teria que trabalhar tão duro, não sofreria e nem passaria fome, não precisaria passar frio... Sou puxada de volta para o presente. Alex segura minha mão e sorrio para ele, olhando ao redor para ver o resultado de seu trabalho.
Inesperadamente Alex me beija. Várias sensações invadem meu corpo e eu me deixo levar, porém tento ficar atenta ao que está acontecendo ao redor. É muita coisa, é difícil suportar. O moreno é ousado e me toca sem pudor, estou pronta para pará-lo quando ele mesmo o faz. O garoto pega os mantos negros que possuem capuz e me envolve em um deles e depois coloca o outro, eu apenas o olho, apertando a foice em minha mão. Está diferente. Não era assim no início. Prometamos um ao outro que a arena não iria nos mudar...
Tomo uma respiração longa e ajeito o capuz em minha cabeça, colocando os cachos rebeldes para trás. Aliso a foice com o meu dedo indicador e penso que logo logo ela terá que ferir outras pessoas. O fim daqui está próximo, terei de ser forte por nós dois.
Resumo:
- Seguir para a trincheira junto com ele, para nos prepararmos para a montagem das armadilhas. - Ajudar ele pegando os gravetos, afiando-os e em outra coisas. Sempre em alerta. - Montar guarda enquanto ele concluí as coisas. - Me esconder e esperar pela próxima ação, pensando em várias coisas. - Ter um momento singular com ele, porém tentando prestar atenção em tudo ao meu redor. - Após isso tomar cuidado e ficar preparada para luta, seja ela com tributos ou animais.
Wallace McQueen Admin
Mensagens : 778 Data de inscrição : 25/09/2014 Localização : Capital Jogador : Állan
Assunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Sex Abr 24, 2015 4:00 am
8:xx hrs 35ºC "You can count on me to misbehave."
Os Tributos do Distrito 9 começam a trabalhar em conjunto para formar uma barreira para escondê-los. Ao começar a empilhar os galhos queimados, as cinzas começam a dançar no ar, irritando o sistema respiratório do casal. UM CANHÃO DISPARA! Eles param imediatamente o que estão fazendo, deixando os galhos que estavam segurando caírem. Os garotos se entreolham e o corpo de Valentinne começa a tremer involuntariamente. Cada minuto que se passava, uma nova angustia e o medo se formavam.
Alex rapidamente coloca duas armadilhas boca de lobo bem posicionadas e volta para seu esconderijo. O garoto também parecia estar bastante abalado. Mas, de repente, Alex repara um inseto dourado na bota de Valentinne e avisa a garota. Ela mata-o com sua foice, esmagando o pequeno besouro com o cabo. Depois, ela começa a perceber vários outros insetos surgindo das cinzas do chão para a superfície.
Situação: Saúde (85/100) Fome (100/100) Sede (100/100)
Pertences: - Foice (mão direita)
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Valentinne Valerious
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Assunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Sex Abr 24, 2015 5:50 am
Medo e adrenalina estão presentes em meu corpo. Há poucos segundos atrás Alex havia reparado em um inseto dourado em minha bota e agora existe muitos outros surgindo das cinzas do chão para a superfície. Esmago os mais próximos com a minha bota e vou me afastando, tomando muito cuidado para que nenhum suba em mim. Puxo a mochila para o lado e a abro o zíper jogando o tubo de ensaio de cor alaranjada lá dentro, com muita dificuldade seguro a foice em uma mão e procuro a garrafinha de álcool junto com uma caixinha de fósforo com a outra. Acho ambas as coisas. Posso fazer uma boa combinação com esses objetos. Esmago mais alguns com o pé ainda tomando um cuidado.
— Alex, corra agora! Não olhe para trás, só corra o mais rápido que puder!
Sem perder tempo fecho a mochila colocando-a para trás e passando-a pelo meu braço, jogo a tampa da garrafinha de álcool para o lado com muita pressa. Com muita cautela- e usando apenas a quantidade necessário- vou fazendo uma barreira com o álcool e logo acendo um fósforo criando uma pequena chama que inicia o fogo. Espero que Alex esteja longe e não olhe pra trás. Os insetos ainda estão presentes e mato os poucos que aparecem perto de mim. Continuo jogando álcool e ateando fogo sobre o solo. Quando as coisas se acalmam começo a correr usando a minha agilidade, tomando cuidado com as armadilhas que eu e Alex construímos. Controlo minha respiração para que o ar não se acabe rápido em meu pulmão, movo meus braços e pernas de maneira correta, pegando mais velocidade. Preciso sair daqui o mais rápido possível, mas para onde? Minha cabeça está começando a latejar de tantos pensamentos. Fico atenta e aperto a foice em minha mão, buscando prestar atenção a tudo ao meu redor. Decido que correr para a praia é a melhor solução, mesmo assim preciso tomar cuidado e ser cautelosa, e se houver alguém lá? Só espero que Alex consiga me seguir até lá e que ele sobreviva.
Resumo:
- Pensar em uma maneira de aniquilar os besouros, esmagando alguns com os pés, tomando muito cuidado para não ser picada. - Mandar Alex correr e não olhar para trás. - Usar a garrafinha de álcool e os fósforos para construir uma barreira, dando tempo para que eu possa fugir. - Esmagar mais alguns com os pés e assim que a barra bloquear a maioria dos besouros, correr o mais rápido que posso usando minha agilidade, tomando cuidado com as armadilhas construídas. - Pensar para onde fugir e correr em direção à praia e ser cautelosa, me escondendo para caso haja alguém lá.
Wallace McQueen Admin
Mensagens : 778 Data de inscrição : 25/09/2014 Localização : Capital Jogador : Állan
Assunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Ter Abr 28, 2015 4:27 am
9:xx hrs 20ºC "So thanks for making me a fighter."
Valentinne sacode sua bota e o besouro cai no chão em meio a cinzas e muitos outros iguais a ele que haviam emergido do solo. Com o coração disparado, a garota tenta organizar seus pensamentos e tem a ideia de atear fogo nos insetos para se livrar deles, porém se lembra do pavor de Alex ao elemento, então grita de forma imperativa para o garoto.
— Alex, corra agora! Não olhe para trás, só corra o mais rápido que puder!
O garoto não pensa duas vezes ao ver que Valentinne retira da mochila uma caixa de fósforos, então dispara em uma corrida desesperada na direção de volta para praia. Ainda dentro da floresta, a garota do '9 determinada a atear fogo nos pequenos animais, passa a buscar sua garrafinha de álcool, porém é surpreendida quando um dos besouros voa em sua direção. Em uma reação involuntária, a garota acerta o pequeno inseto com a mão e esmaga a criatura com a sola de sua bota, instantaneamente arrepende-se da ação impensada quando se vê em meio a uma tempestade caótica de zumbidos e flashes dourados. Os besouros passam a voar enfurecidos por todos os lados e Valentinne grita de medo deixando que caixinha caia no chão logo antes começar a correr sacudindo os braços na direção que acha ser a mesma que seu parceiro de distrito tomou. Com os olhos semicerrados ela consegue ver pouco do caminho, mas felizmente não estava longe da praia. A garota continua balançando os braços na tentativa desesperada de afastar os animais e então quando está a dois passos de sair da floresta, sente uma pontada de dor nas costas da mão esquerda, outra no braço direito e uma última no antebraço esquerdo.
Valentinne sente a areia fofa sob seus pés. Os besouros não a rodeiam mais, o zumbido infernal de asas encontra-se mais baixo e as doses cavalares de adrenalina que passam por suas veias não permitem que ela se sinta incomodada pela dor das picadas. Arfando, ela verifica cada uma das três. Elas eram douradas, iguais aos insetos, e tinham estrias parecidas com veias superficiais. Se ela colocasse a digital do seu polegar em cima, escondia o pequeno machucado.
A garota arregala os olhos e dá três passos lentos em frente, ela faz uma busca com o olhar na tentativa de encontrar seu parceiro de distrito, mas em vez disso, ao passar os olhos pela passagem, encontra algo que não esperava. Ao final da ponte de pedra encontra-se o casal do quatro atirado no chão, ambos incapacitados, porém não mortos e às margens do rio que cerca a ilha da Cornucópia a garota tem a visão horrenda do corpo de Dior sem vida.
A morena aperta o cabo da foice ao ponto dos nós de seus dedos adquirirem uma cor esbranquiçada. Ela permanece ali incrédula, encarando a cena bizarra que não acreditaria ter acontecido, não fosse por estar presenciando ela mesma.
Situação: Saúde (80/100) Fome (98/100) Sede (94/100)
Pertences: - Foice (mão direita)
- Mochila laranja (costas) - Tubo de ensaio com líquido laranja (mochila) - 2 Capas de chuva (mochila) - 2 Lanternas (mochila) - 2 Pares de luvas de couro (mochila) - 2 Cubos pretos (mochila) - 2 Caixinhas de fósforos (mochila) - 2 Pacotinhos de carvão (mochila) - Cobertor (mochila) - 3 Pilhas (mochila) - Cantil com água (500 ml cada) (mochila) - 3 Cantis vazios (500ml) (mochila) - 2 Kits de primeiros socorros (mochila) - Garrafinha com álcool (mochila)
Valentinne Valerious
Mensagens : 74 Data de inscrição : 30/10/2014 Localização : Distrito 9 Jogador : Beatriz Cerone
Assunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Qua Abr 29, 2015 12:56 am
Vejo que fui picada em algumas partes do corpo e tento ignorar a dor que não é muita, apenas pontadas, se eu parar de pensar nelas com certeza irei esquecer que estão ai, só espero que elas não sejam prejudiciais a minha saúde. Os hematomas são bem pequenos, posso cobri-los com o meu polegar, as picadas possuem a cor dos insetos e tem também estrias parecidas com veias superficiais. Olho para frente e minha linha de raciocínio muda. Meu peito se aperta ao ver o corpo de Dior sem vida. Lembro de como ele lutava para vencer os jogos, seu sorriso ao conseguir algo e seus planos para poder sair daqui vivo e sobreviver mais algumas horas. Primeiro Jade, depois ele. Penso em sua família e recuo um passo não suportando ver aquela imagem, ela trás a tona todos os meus medos e sentimentos ruins. Consigo sentir uma dor em meu peito, é como se fosse um compasso, ele se une aos meus batimentos cardíacos e sei que eles estarão sempre juntos. A dor e a vida. Todos aqui somos canções, temos nosso início, nosso ápice e o nosso fim. Alguns possuem notas mais agudas e elevadas que os outros, um desafio para os músicos que tentam atingi-las. A arena é nosso maestro louco que não tem dó de nos descartar sem ao menos saber o que há por dentro. Nojo. Repulsa. Ódio. Medo.
Guardo tudo isso em meu peito. Será que a Capital tem ideia do que sinto? Será que suportariam isso, se fosse um deles aqui? Esse jogo é selvagem, sangrento e desumano. Ele não leva apenas a sua vida, não! Leva muito mais. Ele suga cada sentimento bom, cada rastro de esperança e principalmente, leva quem nós realmente somos. Sinto uma lágrima morna deslizar pelo meu rosto, logo esfriando pela brisa leve. Olho para o final da ponte de pedra onde está o casal do distrito 4. Eles são os únicos aqui. Analiso a situação e concluo que a situação de Dior é culpa deles. O que aconteceria se eu tomasse suas vidas para mim? Qual seria a sensação de ter sangue em minhas mãos novamente... Dessa vez eu seria maestro de suas canções. Imagens do Distrito 9 invadem minha mente, cada plantação, cada habitante e cada luar que presenciei. Sinto falta do solo fértil sob os meus pés e do sol marcando o meu trabalho como colhedora. Tudo o que desejo é voltar para casa e esquecer que fiz parte desse pesadelo, mas isso pede que eu faça aquilo novamente Aquilo que eu havia prometido a mim mesma nunca mais fazer.
Não posso voltar para casa se eles continuarem vivos. Se eu não fizer, eles irão fazê-lo. Um sentimento estranho se apodera do meu corpo. Sinto-me egoísta, cruel e suja. É o que os jogos fizeram comigo... E se o fizeram, eu sou parte de sua sujeira. Aperto a foice em minha mão e sinto a adrenalina presente em meu corpo, juntamente com as lágrimas em minha face. Atentamente, com todos os meus sentidos em alerta vou até o casal do quatro, observo Connor incapacitado, caso ele tente me atacar usarei minha agilidade e resistência para escapar. Manejo a foice em direção a sua garganta, deslizando a lâmina sobre sua pele. Vejo vermelho. Tori está bem ao lado dele e antes que ela possa reagir ou tentar entender a situação faço o mesmo com ela, levando a foice até sua garganta e vendo mais daquela cor macabra. É isso. Era para eu me sentir viva e satisfeita, porém não é exatamente isso que sinto. Um vazio cresce em meu peito e eu não consigo pará-lo.
Resumo:
- Analisar as picadas dos insetos, medindo sua dor e descobrindo o que alteram em meu corpo. - Ver o corpo de Dior e pensar um pouco no tributo, em sua vida, sua família e o seu jeito. - Pensar sobre os jogos, meu lar e na situação em que me encontro. - Ver os tributos do Distrito 4 e decidir se os ataco ou não. - Sucumbir aos meus pensamentos e os atacar, tomando MUITO cuidado, sempre atenta a qualquer movimento deles. Caso isso ocorra, usar minha agilidade e resistência para desviar/sobreviver. - Desferir um golpe na garganta de Connor primeiramente, para logo em seguida fazer o mesmo com Tori.
Wallace McQueen Admin
Mensagens : 778 Data de inscrição : 25/09/2014 Localização : Capital Jogador : Állan
Assunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Sáb maio 02, 2015 10:58 pm
9:xx hrs 20ºC "I see your face, it's hunting me."
A mistura de sentimentos de Valentinne dá a garota a coragem suficiente para partir para cima dos Tributos do Distrito 4. O problema é que mesmo feridos, os dois pareciam ser muito habilidosos e inteligentes. Eles se arrastam para a água e se jogam lá. Valentinne fica em cima da passagem de pedras, observando as ondas arrastarem os dois para a praia.
Assim que atingem a areia, eles procuram um ao outro. Eles não pareciam bem e mesmo assim não se abandonavam. Os dois a encaram e se juntam. Tori entra na frente de um Connor bastante danificado, protegendo-o de Valentinne. Ela parecia um pouco sem equilíbrio, mas conseguia mesmo assim segurar com firmeza uma adaga de lâmina prateada. Tudo o que Valentinne passou até aquele momento com Alex passa diante de seus olhos, mostrando a ela como o sentimento pelo garoto surgiu e como seria doloroso perdê-lo. Aí surge a grande confusão em sua mente: a dor que aqueles dois sentirão quando um perder o outro e a dor de Valentinne ao saber que Alex pode morrer naquela arena.
Seus olhos dançam entre aqueles dois, sem conseguir saber o que fazer.
Situação: Saúde (80/100) Fome (98/100) Sede (94/100)
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Valentinne Valerious
Mensagens : 74 Data de inscrição : 30/10/2014 Localização : Distrito 9 Jogador : Beatriz Cerone
Assunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Ter maio 05, 2015 4:08 am
Tori se coloca na frente de Connor e eu me vejo nela.Vejo esperança e desespero em seus olhos, tudo junto, aglomerado. Aperto a foice em minha mão e sinto novamente um aperto em meu peito, tudo se intensifica ainda mais com os uivos dos lobos e os gritos dos primatas, parece que tudo vai simplesmente explodir. Só quero que isso acabe! É muita coisa em minha mente, muitos sentimentos unidos em meu peito. Olho para Tori e depois para Alex, ainda atenta ao que ela pode me causar. Uivos. Primatas. Pensamentos. Eles. Quando menos espero lágrimas rolam pela minha face e arma está arqueada, pronta para desferir um golpe. A cada segundo tudo vai ficando mais difícil, é como se eu estivesse em um cubo ele diminuísse cada vez mais, fazendo-me perder o ar e a consciência. Se eles viverem vão tomar o meu pedacinho de casa, o raio do sol que me permite sorrir no meio desse inferno. Com eles aqui eu fico mais longe de tudo que almejo, longe de tudo que me faz sorrir.
— Tori, eu sinto muito! Ambas lutamos por quem amamos e assim como você eu quero sobreviver ao lado de meu amor.
Mais uivos e mais barulho. Uma corda laça o corpo de Tori, puxando-a para outra direção e meus olhos focam-se em Connor fragilizado. Tudo o que sinto se foca nele e eu sei que se eu matá-lo tudo vai parar. Atenta, usando minha resistência, agilidade e combate corpo-a-corpo ataco ele. Com muito cuidado e agilidade movo a foice na direção de sua garganta, pronta para cortá-la com só um golpe, caso ele se defenda me preparo para desviar e proteger-me. Posso sentir os músculos do meu corpo ficarem tenso. Quero silêncio e paz, quero apenas o fim disso! Sangue, mortes, dor, gritos e loucura! Por quê não consigo me livrar disso?
Resumo:
- Pensar em Tori e Connor, os uivos, os primatas. Desejar apenas que tudo isso acabe. - Falar com Tori. - Observar a Garota do Distrito 4 ser laçada. - Não perder tempo e com muita atenção atacar Connor- com o intuito de acertar sua garganta-, preparada para usar minha agilidade, resistência e combate corpo-a-corpo para proteger-me e defender-me.
Wallace McQueen Admin
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Assunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Qua maio 06, 2015 4:40 am
9:xx hrs 20ºC "Am I part of the cure... or am I part of the disease?"
Valentinne se dirige a sua adversária, o Tributo Feminino do Distrito 4, que parece não dar ouvidos para ela, indo em direção a ilha central da Cornucópia pelo mar. Com toda a gritaria vindo por todos os lados, não havia como ela escutar de qualquer forma. Mas, dentro de Valentinne, a garota sabia que aquelas palavras eram um pedido de perdão antecipado... e isso bastava.
As ondas aliadas ao mal estar dos Tributos do Distrito 4 proporcionaram aos Tributos do Distrito 9 uma chance de alcançar seus adversários antes que eles atingissem uma parte mais funda da água. Alex prepara uma corda e arremessa no Tributo Feminino do Distrito 4, mas acaba não prendendo Tori. A garota se atrapalha um pouco, mas logo se livra da "armadilha". Valentinne aproveita a oportunidade e parte para cima de Connor, segurando com firmeza sua foice. O garoto usava seu tridente como ajuda para se locomover e parecia ter uma grande dificuldade com as ondas, já que essas começaram a arrastá-lo contra a sua vontade. A garota do '9 consegue alcançar o Tributo Masculino do Distrito 4 antes que ele pudesse ir para mais fundo. Eles se encaram.
Connor, meio sem equilíbrio e domínio total de seu corpo, investe contra a perna de Valentinne, com um movimento rápido de seu tridente. A dor aguda não é sentida de imediato, mas ela sabia que a sensação chegaria. Com uma investida com a foice, enquanto Connor preparava seu ataque novamente, Valentinne acerta sua arma no abdome do jovem. O sangue pinga na água, manchando esta com uma cor escarlate. O garoto cai de joelhos, deixando seu tridente cair de lado. O sofrimento em seu rosto era aparente. A lâmina da arma do Tributo Feminino do Distrito 9 estava totalmente tomada pelo líquido avermelhado de uma de suas novas vítimas, assim como o novo ferimento que ela acabara de ganhar na cocha esquerda. O gritos dos bestantes ao redor da arena param abruptamente e apenas o som das ondas ao redor da Cornucópia e do grito de Tori podem ser ouvidos.
— CONNOOOOOOR!
Situação: Saúde (70/100) Fome (98/100) Sede (94/100)
Pertences: - Foice (mão direita)
- Mochila laranja (costas) - Tubo de ensaio com líquido laranja (mochila) - 2 Capas de chuva (mochila) - 2 Lanternas (mochila) - 2 Pares de luvas de couro (mochila) - 2 Cubos pretos (mochila) - 2 Caixinhas de fósforos (mochila) - 2 Pacotinhos de carvão (mochila) - Cobertor (mochila) - 3 Pilhas (mochila) - Cantil com água (500 ml cada) (mochila) - 3 Cantis vazios (500ml) (mochila) - 2 Kits de primeiros socorros (mochila) - Garrafinha com álcool (mochila)
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Assunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Qua maio 06, 2015 5:42 am
Uma luz verde surge do nada em cima da Cornucópia, mas nenhum tributo repara no acontecido. Dentre a luz, surge um pequeno ser com roupas engraçadas. Ele estava com os olhos vermelhos de fúria.
— QUEM QUEIMOU A MINHA FLORESTA?!
Questionou o Leprechaun em um tom estrondoso, podendo ser ouvido em todas as partes da arena.
Valentinne Valerious
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Assunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Qui maio 07, 2015 5:02 am
E aconteceu. A partir do momento em que Connor e eu nos olhamos eu soube. Ou ele, ou eu. Durante nossa luta ele acaba acertando a minha coxa esquerda, eu tento ignorar a dor e me concentrar na batalha. Desfiro um golpe no abdome do tributo e não consigo explicar o que sinto. É um misto de tristeza e talvez egoísmo. Ele cai de joelhos e eu dou um passo para trás, observando sua expressão de sofrimento. Vejo vermelho em tudo e fico atenta, pois sei que Tori assistiu tudo. Os gritos dos bestantes cessam e um alivio momentâneo apodera meu corpo. Quero aproveitar o silêncio e esquecer o que acabei de fazer, mesmo sendo impossível.
— CONNOOOOOOR!
Viro para trás e aperto o cabo da foice em minha mão, se a Garota do Distrito 4 se aproximar eu irei me proteger. Ela com toda certeza vai querer vingança. Recuo mais alguns passos e saio da água, tomando uma distancia considerável de Tori e Connor, e agora ela tem total visão de seu amado, meus olhos se encontram com o de Alex e fico agradecida por ele estar bem. A adrenalina ainda está presente em meu corpo, posso senti-la, não está tão forte, mas ainda sinto-a. O machucado em minha coxa esquerda e as picadas ardem um pouco, causando um desconforto. O som do canhão ainda não foi disparado, porém quando ele for algo vai ter mudado. Algo dentro de mim e, infelizmente, não posso controlar. Estou pronta para lidar com Tori quando algo chama a atenção de todos.
— QUEM QUEIMOU A MINHA FLORESTA?!
Não reconheço a voz, entretanto ela parece zangada. Penso em olhar ao redor, mas não posso facilitar para Tori, ela pode aproveitar o momento para me atacar ou pior, atacar Alex. Fico ainda mais cautelosa com as coisas ao meu redor, elevo pé esquerdo para caso aconteça, eu tome impulso para ser ágil e veloz.
Resumo:
- Ficar atenta aos movimentos de Tori, e me proteger caso ela me ataque. - Tentar ignorar o desconforto que o machucado na coxa e as picadas causam. - Sair da água. - Preparar-me para lidar com Tori, porém ser atrapalhada pela voz zangada e misteriosa. - Tentar ao máximo não me distrair com ela, evitando baixar a guarda antes que eu sofra algum ataque da Garota do Distrito 4. - Elevar o pé esquerdo para caso algo aconteça eu tome impulso usando minha agilidade.
Wallace McQueen Admin
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Assunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Dom maio 10, 2015 2:55 am
9:xx hrs 10ºC "Come away, little loss, come away to the water..."
O céu começa a ficar tomado por nuvens negras, envoltas de raios. O vento começa a soprar descontroladamente para todas as direções. Estava óbvio que uma tempestade terrível estava prestes a cair. O duende berrava coisas ininteligentes e apontava para todas as direções, enquanto batia o pé na estrutura de metal. O mar ao redor da ilha central da Cornucópia começa a ganhar formas agressivas, arrastando e puxando quem que se atrevesse a cair nele.
Valentinne presta bastante atenção nos dois Tributos do Distrito 4. A garota olha com fúria para ela, enquanto avança em sua direção. Mas algo começa a atrapalhar todos ali. As ondas começam a empurrar a garota do '9, assim como os dois do '4. Os três tributos começam a se envolver nas ondas, mas Tori e Connor acabam conseguindo se sair melhor e alcançar a praia sem muitos problemas. Enquanto Valentinne precisa se esforçar para se livrar das ondas que a puxam e a levam de volta para longe do fundo. Depois de muito esforço e alguns goles de água salgada, a garota alcança a praia e cai de costas no chão, exausta. A tempestade caía forte e os trovões estouravam no céu.
Alex surge do nada perto dela, extremamente preocupado. Ele examina o seu ferimento e a ajuda a sentar na areia. Além de ensopada de água, a garota estava ensopada de sangue por conta de seu ferimento.
Situação: Saúde (50/100) Fome (98/100) Sede (94/100)
Pertences: - Foice (mão direita)
- Mochila laranja (costas) - Tubo de ensaio com líquido laranja (mochila) - 2 Capas de chuva (mochila) - 2 Lanternas (mochila) - 2 Pares de luvas de couro (mochila) - 2 Cubos pretos (mochila) - 2 Caixinhas de fósforos (mochila) - 2 Pacotinhos de carvão (mochila) - Cobertor (mochila) - 3 Pilhas (mochila) - Cantil com água (500 ml cada) (mochila) - 3 Cantis vazios (500ml) (mochila) - 2 Kits de primeiros socorros (mochila) - Garrafinha com álcool (mochila)
Valentinne Valerious
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Assunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Ter maio 12, 2015 4:06 am
Por um momento eu sou parte da água. As ondas ficaram fortes e pegaram a mim, Connor e Tori. Eles conseguem se livrar, mas eu não. Elas me puxam e me convidam para fazer parte delas, envolvem-me com suas lágrimas salgadas no intuito de me levarem para longe. Eu não posso morrer! Eu não quero! Não posso deixar Alex agora, eu lutei tanto... Começo a me debater e me arrastar de volta para a terra, sendo puxada algumas vezes, porém resisto. Reúno todas as minhas forças, segurando a foice em minha mão como se ela fosse a minha vida e finalmente consigo sair. Estou cheirando a sal e sangue, dois odores na qual quero esquecer para sempre. Todo o meu corpo está tremendo e as lágrimas rolam pelo meu rosto. Quero gritar, quero correr e quero fugir. Meu peito dói e olho para as ondas ainda furiosas, querendo me afastar o máximo possível. Meu corpo cai de costa no chão. Respiro fundo. Eu sobrevivi muitas coisas, matei um ser vivo e feri outro. Vi pessoas morrerem ao meu redor e senti os efeitos da arena no meu emocional, em meu corpo e em minha alma. A arena é como uma cicatriz que se abre cada vez mais, puxando mais impurezas, apodrecendo aos poucos tudo que há de bom. Eu preciso fechá-la e vencê-la!
Alex surge e examina meus machucados, me ajudando a sentar na areia. Olhar para ele me faz sentir um pouco melhor e eu forço um sorriso, fazendo as minhas bochechas e peito doerem. Após algum tempo me recuperando consigo me levantar. Tomo algumas respirações longas e me junto a Alex, abraçando o seu corpo, criando um breve calor. O tempo está frio e minha boca treme fazendo meus dentes baterem um contra o outro.
— Você está bem? — Consigo perguntar.
— Não me importo como estou! Como VOCÊ está? — Sua voz parece muito preocupada. Eu forço novamente um sorriso.
— Eu vou sobreviver por mais um tempo, não se preocupe.
Ele abre a mochila e retira dois mantos negros com capuz e envolve delicadamente meus braços dentro do manto, me aquecendo com suas mãos. Eu agradeço e me entrego a sensação, a temperatura morna se expandindo pelo meu corpo. Pego o outro manto de suas mãos e faço o mesmo com ele.
— Precisamos sair daqui, Alex.
Sim, quero sair daqui! Quero sobreviver!
O Sul parece ser o melhor caminho para nós, por isso Alex toma minha mão seguindo caminho. Com muita cuidado e atenção nos locomovemos até lá, tomando cuidado com o solo e os arredores, minha saúde não está muito boa, entretanto ainda posso ser ágil e útil com a minha foice. O casal do Distrito 4 pode ferir a Alex, ou a mim, não sei qual seria pior. Pânico e medo se instalam em meu corpo e desejo fechar os olhos, pedindo para que tudo isso acabe. Sobrevivi ao banho de sangue, a minha primeira morte, aos raios e ataque dos lobos, ao fogo, aos insetos e sei que preciso sobreviver a algo pior ainda: a mim mesma. Eu sou o meu maior perigo e a minha maior esperança. Me apego ao sentimento mais puro que restou em meu peito e prometo a mim mesma que irei conseguir.
Resumo:
— Tomar longas respirações para me recuperar das ondas. — Levantar-me e abraçar Alex, gerando calor entre nós. — Aceitar o manto com capuz, me aquecendo e dizer para Alex que precisamos sair dali. - Seguir para o Sul tomando cuidado com tudo ao nosso redor, pronta para me defender e defender Alex a qualquer custo.
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Assunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Qua maio 13, 2015 2:42 am
10:xx hrs 10ºC "I'm running out of time."
Valentinne estava realmente muito fraca. Alex a veste com um manto negro e a ajuda a se encaminhar para longe dali. Mesmo encharcado, o manto parecia refletir o calor do corpo da garota, proporcionando uma sensação mais agradável que o frio que estava fazendo na arena.
UM CANHÃO DISPARA!
O casal olha para os Tributos do Distrito 4 logo ali. Tori parecia estar se despedindo de Connor. E a culpada disso tudo fora de Valentinne. Seu coração se parte em mil pedaços, mas ela sabia que não tinha tempo para aquilo. O Tributo Feminino do Distrito 9 tem um objetivo e não pode deixar ninguém impedi-la... até mesmo os seus próprios sentimentos.
O Duende ainda estava irado. Alex avisa Valentinne que ele estava apontando para os dois e gritando alguma coisa incompreensível. Com medo, eles adentram a floresta verde o mais rápido possível. Depois de alguns metros, Alex ajuda Valentinne a sentar e se senta ao seu lado. O ferimento em sua perna ainda estava sangrando.
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Assunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Sáb maio 16, 2015 3:09 pm
Valentinne Valerious
Um tiro de canhão soa em meus ouvidos e por um instante o meu mundo roda. Foco, Valentinne, foco! Luto contra os meus sentimentos de culpa e me concentro na arena. Alex usa uma corda para estancar o sangue da minha perna, ela no início me aperta fazendo meu corpo vacilar, mas tento me manter firme. Meu companheiro de distrito diz que é provisório e a floresta está muito perigosa por conta da tempestade.
Assim que eu sento para descansar um pouco abro a minha mochila tirando as duas capas de chuva que peguei na cornucópia. Estendo uma para Alex e com certa dificuldade consigo colocar uma em mim. Todo o meu corpo dói e clama por alívio ou um breve momento sem aquelas dores, estou preocupada com a minha saúde e sei que preciso me cuidar. Não posso morrer e abandonar Alex sozinho e também não posso morrer sem sentir o sol do Distrito 9 em minha pele. As chuvas e os raios continuam soando alto, causando arrepios em meu corpo. Olho ao redor e já não sei dizer se estamos seguros. Converso sobre isso com Alex e decidimos ir para a mata do Norte através da floresta do Leste, subimos a mesma com certa dificuldade. Assim que adentramos a mata do Norte começamos a procurar um abrigo, nos movemos atentos e cautelosos, prontos para nos esconder ou lutar se necessário. O meu ombro dói muito, juntamente com alguns outros pontos do meu corpo. Não sei quanto tempo se passou até eu e Alex acharmos um abrigo. Finalmente achamos algo que nos ajudará a sobreviver a esse quarto dia. Sinto um pouco de segurança em meu peito e aproveito para pensar no que fazer no momento. Estico a mão sentindo as gotas de chuva se chocarem contra a minha mão.
A água parece limpa, potável pelo que noto. Deslizo a mochila pelos meus ombros e retiro os três cantis vazios da bolsa, abrindo-os e enchendo com a água que cai do céu, Alex me ajuda criando um funil com folhas e galhos. Fecho-os e coloco-os na mochila novamente. A chuva continua, mas parece diminuir com o passar do tempo; já o frio não se altera, fazendo meus dentes baterem levemente um no outro, causando um som irritante. Mais um tempo se passa e eu e Alex tentamos nos proteger do frio, em alguma hora a chuva começa a parar, porém os raios e o frio não. Não suporto mais a dor e cutuco Alex.
— Alex, tem algo que no kit que possa aliviar a minha dor? Todo o meu corpo dói e não sei se consigo sobreviver até a noite... — Sou sincera com ele.
Ele pega o kit de primeiros socorros e começa a cuidar dos meus ferimentos. Ele retira a corda da minha perna causando uma leve sensação de formigamento no local e eu sinto vontade de balançar o pé, mas me contenho. Ele limpa as feridas abertas e eu mordo o lábio tentando ignorar o desconforto que aquilo me traz, o álcool queima um pouco.
— Eu sei que isso vai arder, mas se puder aguentar só um pouquinho... Pode segurar minha mão...
Ele começa a fazer pequenas suturas em meus machucados e eu tento me controlar ao máximo para não gritar, a sensação é horrível! Parece que minha pele vai se abrindo e fechando de novo, é uma dor insuportável! Quero pedir para Alex parar... Pare, Alex... Largo a foice e aperto a barra do meu manto, mordendo o meu lábio mais forte ainda. Ele para o que está fazendo e vejo que o machucado está bem melhor, entretanto a dor ainda está presente. Ele me dá dois comprimidos para dor e eu agradeço bebendo com o pouco de água existente em um dos cantis. O moreno analisa as picadas dos besouros e nota que elas estão aumentando, pegando parte da nossa pele, mas confesso que quase não sinto as mudanças em meu corpo. Alex pega o saco de dormir e deita no chão do nosso abrigo e me puxa para perto. Eu aceito de bom grado e me encolho aproveitando o calor que invade o meu corpo. Sinto dor e estou cansada, quando dou por mim minhas pálpebras estão fechando e eu não consigo controlar.
Acabado dormindo.
Acordo em um solavanco e começo a me debater. Sinto que há um monte de besouros em meu corpo e eles não querem sair por nada. Tento gritar, mas nenhum som sai da minha garganta. Minha visão está turva. Tudo ao redor vai tomando foco e eu noto Alex parado bem a minha frente, sorrio para ele e o chamo, afastando o sentimento ruim que senti.
— Sua vez, Conquistador. — Saio do saco de dormir e levanto com cuidado, notando a melhora em minha perna.
Alex me avisa das armadilhas e e eu tomo cuidado. Reutilizo alguns galhos dele e também os pacotinhos de carvão que tenho. Com alguns folhas queimadas e terra que cavo do solo consigo começar uma fogueira pequena, o fósforo que tenho me ajuda no processo. Olho para trás para ver se Alex está realmente dormindo. Removo a blusa que visto e deixo-a perto do fogo para que seque. Bebo um pouco de água para molhar a garganta e seguro minha foice, pronta para o meu turno. O tempo se passa e eu continuo atenta a tudo ao meu redor. Desde que acordei não ouço mais os raios e isso é bom. Passando-se algum tempo sento perto de Alex e o observo. Ele e o meu lar me dão forças para continuar. O tempo continua com o seu curso natural e eu me levanto indo buscar minha blusa. Ótimo, já está seca. Coloco ela de volta e sento perto do moreno, abraçando-o para que se aqueça. Preciso avisar do fogo para ele. Gasto mais algum tempo ali, apenas aproveitando o momento e o calor. Resolvo tirar a blusa dele para que ele não pegue um resfriado. Com certa dificuldade e cuidado para não acordá-lo, eu puxo a capa de chuva pra cima, levando a camisa dele junto. Pego um cobertor que termos na mochila e o envolvo nele. Coloco sua camisa para secar perto do fogo, sempre atenta ao meu redor. Sento novamente perto de Alex. O garoto acorda falando sobre fogo e eu me desespero.
— Calma, Alex. É só para nós nos aquecermos. — Digo acariciando seu rosto. — Você quer que eu apague?
Ele tenta se adaptar ao fogo e eu caminho até a fogueira para pegar sua camisa que está bem ao lado da mesma. Ele parece estar melhor e eu dou a ideia de comermos algo para ganhar energia, ele aceita e nos servimos de uns biscoitos que ele tem na mochila. O céu está se tornando cada vez mais escuro e em breve o hino da Capital soará. Será que sobreviveremos mais um dia? Tenho medo do que pode acontecer. Estamos tão perto... Mas também tão longe. Abraço Alex e converso um pouco com ele sobre os meus pensamentos, digo-lhe o quanto foi difícil matar Connor pois Tori o amava. Confesso-lhe que tenho medo de perdê-lo. Durante nossa conversa fico atenta a tudo ao nosso redor. Tudo mesmo. Somos poucos agora, precisamos ser cautelosos. Penso nas picadas... Será que nossa mentora poderá nos ajudar?
Resumo: - Permitir que Alex use a corda para estancar o sangue em minha coxa. - Pegar as capas de chuva na mochila e as vestir. - Seguir para o Norte, tomando caminho pela floresta do Leste. - Procura um abrigo que nos ajude a sobreviver por esse dia. - Aproveitar a chuva para encher os cantis vazios que se encontram na minha mochila. - Deixar que Alex cuide de meus machucados e me controlar para não gritar por tamanha dor. - Tomar dois comprimidos para a dor. - Deitar junto a ele e dormir um pouco. - Tomar cuidado com as armadilhas de Alex na hora de construir uma fogueira. - Unir os materiais necessários e finalmente preparar a fogueira. - Secar minha blusa com a ajuda da fogueira. - Ficar atenta em meu turno, tomando conta de mim e Alex. - Remover a blusa do garoto e a colocar para secar também, cobrindo-o com um cobertor para que não sinta frio. - Comer um pouco das bolachas que Alex tem para ganhar energia. - Conversar com ele e contar-lhe os meus medos. - Ficar atenta a tudo ao meu redor e pensar na possibilidade de nossa mentora nos ajudar com as picadas.
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Assunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Seg maio 18, 2015 2:44 am
10:xx ~ 23:xx hrs 10ºC "..."
Os Tributos do Distrito 9 decidem sair da floresta em que estavam por causa da quantidade de raios. Alex tenta fazer uma atadura para estancar o sangue no ferimento de Valentinne com uma corda. Ajuda um pouco, mas o sangue ainda escorria do ferimento. A garota veste uma capa de chuva e entrega outra para seu companheiro de distrito. O caminho é complicado e doloroso, principalmente porque ambos estavam muito feridos.
Quando chegaram na floresta queimada, a chuva pára. O casal do '9 não tivera tempo de encher os cantis com água (PENALIDADE). Valentinne se deita no chão para Alex cuidar de seu ferimento. Ele limpa a ferida e faz uma sutura desleixadamente, o suficiente para que não fique muito exposta. A jovem toma alguns comprimidos para dor que acha no kit de primeiros socorros e tenta descansar.
No meio da tarde, os raios param. Os garotos aproveitam o tempo tranquilo para se protegerem do frio com uma fogueira e algumas roupas extras, para se alimentarem e descansarem em turnos também. No final da noite, o hino começa a tocar, mostrando os rostos dos mortos no quarto dia.
Quando o hino acaba, uma voz familiar soa em toda a arena. Era a voz do Duende que estava em cima da Cornucópia.
— AAAAAAAAAAAAAAARGH! QUEM DESTRUIU A MINHA FLORESTA?! EU VOU MATAR TODOS VOCÊS!!!
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Assunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Qui maio 21, 2015 3:32 am
Valentinne Valerious
O ferimento em minha perna continua sangrando e sinto meus joelhos cedendo, mas permaneço firme. Infelizmente não consigo encher os cantis com a água da chuva, o tempo foi curto e nosso objetivo demorou a se concluir. Alex está focado em limpar e melhorar os meus ferimentos, ele limpa a ferida e faz uma sutura, eu tenho vontade de gritar de dor. Minha pele parece estar inquieta e é como se tudo estivesse gritando, assim como a minha vontade. Eu tomo alguns comprimidos e tento descansar. Apoio a minha cabeça na mochila e durmo por algum tempo.
Quando acordo os raios já não ecoam em meus ouvidos. Faço uma fogueira e aproveitamos o calor, nos alimentamos, bebemos água e fazemos turnos para que cada um descanse o necessário. Meu corpo inteiro dói e sempre que aproveito um tempo para descansar acho que vou fechar os olhos e nunca mais acordar. Uma lágrima desliza pelo meu rosto e eu a limpo, fazendo meu dedo se umedecer e logo secar. Eu preciso melhorar e preciso viver. Eu não quero morrer... Mas eu sinto tudo se esvaindo do meu corpo lentamente e as vezes posso jurar que uma hora tudo vai se apagar. O meu braço antebraço e a mão esquerda estão tomados pelas estrias e isso me assusta. Ainda consigo manejar a foice, mas logo logo eu não poderei. A noite está em seu fim, o céu escuro, trazendo uma brisa em meu corpo.
O hino começa a tocar.
Eu olho para cima. O primeiro rosto a aparecer é o de Jade, lembro-me das ações e personalidades da pequena, um aperto surge em meu peito. O mesmo acontece com Dior e eu me pergunto se eu e Alex poderíamos ter evitado isso. O rosto de Connor surge e eu me lembro do olhar de Tori sobre mim... Como se eu tivesse levado o melhor dela. Coloco a mão na boca e engulo um soluço. Eu o matei! Assim como matei John. O que eu sou? O que eu me tornei? O rosto de Garret é o último. Fecho os olhos e os abro no segundo seguinte.
— AAAAAAAAAAAAAAARGH! QUEM DESTRUIU A MINHA FLORESTA?! EU VOU MATAR TODOS VOCÊS!
Essa voz novamente! Ela continua a me assustar. Matar a todos? Isso não será preciso. A arena e nossas consciências estão fazendo isso já.
— Saffra, você poderia nos mandar algo para as picadas e para a nossa saúde?
Olho em uma direção fixa e rezo para que ela possa nos ajudar. Se ela não o fizer não sei o que irá acontecer. Será que o meu desejo de viver supera os machucados em meu corpo? Fico alerta a tudo ao meu redor.
Resumo:
- Descansar depois que Alex cuidar dos meus machucados. - Aproveitar a fogueira e o calor, comer uns biscoitos e beber um pouco de água. - Esperar o hino tocar. - Assim que o vê-lo pensar nos tributos mortos; se eu poderia ajudar o Dior; o quanto a morte de Connor afetou Tori. - Afastar os arrepios que a voz me causa. - Pedir para que Saffra nos ajude. - Ficar alerta a tudo ao meu redor.
Wallace McQueen Admin
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Assunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Sex maio 22, 2015 2:37 am
00:xx hrs 10ºC "..."
Valentinne pede a sua mentora por ajuda. Passa-se alguns minutos e nada de uma resposta. A garota mira o chão desanimada e desesperançosa. As estrias estavam tomando conta cada vez mais de seus membros, além da garota estar bastante machucada e fraca. O que a tira de seu momento de tristeza é Alex a cutucando e apontando para o horizonte, na direção contrária que estava a Cornucópia. Os olhos de Valentinne se arregalam com o que ela vê.
Vários pontos dourados voando não muito baixo do chão, formando uma nuvem de ouro. Valentinne sabia que eram os mesmos insetos que eles encontraram horas antes. Por sorte, Alex fora astuto o suficiente para notar a tempo dos tributos fugirem dali.
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Assunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Dom maio 24, 2015 1:06 am
Valentinne Valerious
Minha mentora não me ouve eu fico desanimada, mirando o chão sem saber o que fazer. Ela poderia ter me ouvido! Saffra já esteve na arena... Sabe como é viver aqui. Meu corpo ainda se enconra um tanto dolorido, porém sinto-me um pouco melhor, de pouco em pouco. Avalio as estrias em meu braço e fico pensando quando tempo levará para ela tomar conta de tudo. Sinto um cutucão em meu braço. É Alex. Ele aponta para o horizonte, na direção contrária que estava a Cornucópia e, meus olhos se arregalam com a imagem.
Existem vários pontos dourados voando em uma altura não muito baia do chão, criando uma nuvem de ouro. Foram eles! Os malditos fizeram isso comigo. Levanto-me calibrando o meu peso em meus dois pés, com cuidado para não cair. Fico atenta e puxo minha mochila, passando-a pelos meus ombros. Puxo suas alças deixando-a na altura correta de meu corpo.
— Alex, vamos para a praia!
Não sei muito bom o que fazer. Apenas corro em uma velocidade aceitável até lá. Uso minha resistência- ou o que sobrou dela- e minha astúcia para tomar cuidado onde piso e para onde vou. Caso eu ouça um movimento estranho irei parar. O céu está escuro e isso nos ajudará caso tenha tributos por perto. Meus pés tocam o solo com delicadeza, com a furtividade quase não produzo barulho. Tomo longas respirações para que meu fôlego dure mais tempo, concentro-me nisso e nas coisas ao meu redor. Sempre atenta continuo no intuito de alcançar meu objetivo.
Resumo:
- Perguntar-me por quê Saffra não me ouviu. - Levantar-me assim que ver a nuvem dourada. - Colocar a mochila nos o ombros. - Correr em uma velocidade aceitável pelo corpo em direção à Praia. - Tomar cuidado; estar sempre pronta para me defender e proteger com os meus atributos. - Ficar atenta a tudo ao meu redor.
Wallace McQueen Admin
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Assunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Dom maio 24, 2015 11:24 pm
00:xx hrs 10ºC "..."
Os Tributos do Distrito 9 se colocam em movimento para fugir dos bestantes. Alex se livra de algum peso, o que o ajuda a correr, porém Valentinne ainda carregava a pesada mochila. Fraca, ferida e carregando muito peso, a garota percebeu que não conseguiria sair dali a tempo de sobreviver à tempestade dourada. Então, assim como seu aliado, a garota joga sua mochila e a abandona. Os dois, mesmo com dificuldade, conseguem sair da floresta queimada.
— CHOCOBUS, PEGUEM AQUELES DESGRAÇADOS!
Assim que atravessam o limite da floresta, escutam o Duende gritar a todo pulmões e apontar para eles, assim como para o casal de tributos que estava do outro lado da praia. Estava escuro, mas Valentinne conseguia ver, graças a luz da lua, um bestante pássaro correndo por uma das pontes e indo em direção a eles.
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Assunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Qua maio 27, 2015 12:48 am
Valentinne Valerious
Meu corpo dói com o peso da mochila e isso me torna lenta, com pesar e dor no coração eu me livro da mochila que me acompanhou por um bom tempo. Com muita dificuldade conseguimos sair da floresta queimada, consigo sentir a saliva seca descendo pela minha garganta de forma áspera.
— CHOCOBUS, PEGUEM AQUELES DESGRAÇADOS!
Mas que... Estamos do outro lado da praia e está escuro. Eu vejo um bestante pássaro correndo por uma das pontes, indo em nossa direção. Merda! Paro e aponto para Alex o animal. Minha cabeça está girando e com certeza vai explodir a qualquer minuto. Pensa, Valentinne, pensa!
Lembro que na mochila de Alex existe uma corda de 5 metros! Ela com toda certeza pode nos ajudar. Vou até Alex e abro sua mochila rapidamente pegando a corda e seguro uma ponta, dando a outra para Alex. Indico a ponte para ele e depois a corda, torcendo para que ele me entenda. Tudo o que eu quero é chegar até o inicio da ponte e esticar a corda com a ajuda de Alex antes do bestante passar. Caso ele caia na minha armadilha eu posso reunir o que me resta de força, agilidade e resistência e desferir um golpe em seu corpo. Preciso me manter atenta, também. Sei que no estado em que eu me encontro não será muito forte, mas tem que bastar para que eu e Alex fujamos e sobrevivemos por mais algum tempo.
Resumo:
- Me livrar da minha mochila. - Avisar Alex da presença do bestante. - Pensar em um plano para que o animal não nos mate. - Mexer na bolsa do meu aliado e pegar a corda de 5 metros que ele tem. - Dar uma ponta para ele e uma pra mim e indicar o início da ponte, gesticular que se estendermos a corda poderemos parar o bestante por algum tempo, nos dando a chance de golpeá-lo. - Querer ir para o início da ponte e executar o plano. - Ficar atenta a tudo ao meu redor.
Wallace McQueen Admin
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Assunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Qua maio 27, 2015 3:14 am
00:xx hrs 10ºC
Valentinne e Alex tentam um plano arriscado, porém a garota estava muito debilitada, de modo que as coisas não ocorreram como eles pensaram. Os garotos agarram cada um a ponta da corda e correm em direção ao bestante... porém este era bem mais rápido que os dois. No meio do caminho, eles percebem que não daria certo o que pensaram e param. A criatura já estava próxima de mais e ainda se movia muito mais rápido que eles. Sua vida começa a passar diante dos seus olhos e seu coração se aperta cada vez mais com a sua morte se aproximando tão rápido. Valentinne e Alex morreriam naquele momento se a garota não fizesse algo rápido. Ela não tinha condições de fugir da criatura, mas Alex ainda poderia ter alguma chance.
— Foge.
Ela então vai para a frente de seu companheiro de distrito. O bestante salta em cima dela e crava a afiada garra de uma de suas patas no estômago da jovem. Ela cai de costas com o impacto, enquanto a criatura permanece em cima dela a observando morrer. Sua visão começa a ficar escura gradativamente e seu corpo fica mais leve, até que ela perde completamente a consciência.
Mensagens : 74 Data de inscrição : 30/10/2014 Localização : Distrito 9 Jogador : Beatriz Cerone
Assunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Qua maio 27, 2015 11:13 pm
Valentinne Valerious
Tudo aconteceu tão rápido. Em um momento eu tinha tudo e no outro, nada. O bastante estava vindo em minha direção e eu olhei para Alex. Eu via... Esperança. Algo que já não existia em mim.
— Foge!
Eu grito gastando o meu último fio de esperança, rompendo todos os pensamentos egoístas que eu tive com o decorrer da arena. O bestante acerta meu estômago e a dor é a minha última preocupação. Eu caio no chão e lágrimas rolam pela minha face, mas são lágrimas de alegria, sim, são. Eu estou mais viva do que nunca, mesmo que eu esteja praticamente morta. Minha vida passa pelos meus olhos, cada imagem recheada com um sentimento. Vejo Andie... Sua barriga abrigando o meu pequeno... Vejo Alex... Não me arrependo de nada, muito pelo contrário, faria tudo de novo. Sinto o sol em minha pele e o aroma do meu Distrito, posso sentir os grãos nas pontas de meus dedos causando cócegas. O meu lar sempre esteve comigo, escondido por um tempo, dentro do meu coração, esperando a hora certa para desabrochar. Agora eu não sou mais um tributo dentro da Arena, sou apenas... Valentinne.
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Assunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9
Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9