26º Edição Anual dos Jogos Vorazes
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 Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9

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Wallace McQueen
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MensagemAssunto: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9   Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Icon_minitimeQua Nov 19, 2014 5:28 pm


Valentinne Valerious

Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 D9F-2

Idade: 18 anos.
Altura: 1,65 m.
Peso: 50 kg.
Distrito: 9.
Destro ou canhoto? Destra.
Ocupação: Colhedora.

Perícia com: Foice(100%).

Habilidades: Identificação de Alimentos(100%), Armadilhas(50%), Furtividade(50%), Manusear Fogo(50%), Combate Corpo-a-corpo(50%).

Distribuição dos Atributos:
Agilidade: 9
Precisão: 3
Inteligência: 6
Força: 4
Charme: 3 {Na sombra dos outros tributos}
Carisma: 1
Astúcia: 7
Resistência: 10

Fraqueza: Abandono.

Photoplayer: Antonia Thomas.

Três palavras: Solitária, cautelosa, orgulhosa.

Sobre: Sonhava com flores. Flores por todas as partes, de todos os tamanhos, de todas as cores e de todas as fragrâncias. Sonhava com seus pés tocando a grama relva e fértil, mãos protetoras e cuidadosas envolvendo seu corpo, levantando-o em direção às nuvens claras e com formatos engraçados. A garota riu e remexeu-se na cama. Aquele era seu sonho favorito e lá ela conseguia fazer a mãe sorrir. Lá era o único lugar. O sonho de repente virou cinzas e ela despertou com um barulho forte vindo da cozinha. A garotinha assustada desceu da cama e caminhou lentamente até o local, a única coisa que via era uma fresta de luz vindo da porta de madeira surrada. Ouviu a voz da mãe e por um minuto tudo parou.

— Temos que sair daqui! Não aguento mais esse local e pessoas, podemos recomeçar e tentar um futuro melhor. — A voz que Valentinne sempre conheceu como mansa, agora estava alterada e completamente descontrolada.

Valentinne abriu a porta cabisbaixa e já podia sentir as lágrimas surgindo em sua face.

— Mamãe? Você vai partir? — Perguntou levantando o olhar.

— Irei meu amor. Mas assim que o dia amanhecer eu estarei ao seu lado na cama, cuidando de você como sempre faço e nós seremos mais felizes. Eu e o Tio Dean vamos buscar o seu presente de aniversário e você vai amar. Não é Dean?

Dean olhou para a garota e deu um aceno de cabeça rápido, evitando olhá-la nos olhos.

— É sim, Tinne. — Sua voz grave causou arrepios na criança.

— Meu amor, venha comigo. Vou te colocar para dormir e quando você acordar estarei no mesmo lugar. — Valka disse pegando a garotinha com cabelos negros no colo, afagando sua cabeça como de costume. — Quer que eu cante uma música para você?

— Sim, mamãe. — Valentinne envolveu os braços no pescoço da mãe. - Não me deixe.

***

O tempo foi passando e Valka nunca voltou. Muitas manhãs iniciaram-se e a mãe da garotinha nunca estava no local combinado, tudo que restava era a lembranças de seu sorriso e a sua voz mansa na mente de Valentinne. Os cabelos negros e olhos esverdeados coloriam muitos sonhos, que viravam pesadelos e gritos no final, o rosto que antes transmitia amor, agora não passava de algo que assustava e intimidava, causava dor. A garota cresceu com o medo do abandono e encontrou refugiou no trabalho, onde consegue comprar um pouco de comida e esvair sua raiva junto com seu instrumento de trabalho. Anos passaram-se e Valka nunca voltou com Dean. Valentinne sempre pensou que ela havia conseguido o que tanto almejava: uma vida melhor. Talvez agora com outra família, com uma nova filha. Longe do passado que possivelmente a envergonha. Para a garota não é fácil, sempre que se olha no espelho vê a mãe. É como se Valka fosse uma sombra que nunca deixara a garota sozinha.




Última edição por Wallace McQueen em Sex Jan 23, 2015 6:28 am, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9   Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Icon_minitimeQua Nov 19, 2014 5:30 pm


Atualização!

Seu tributo adquiriu a(o) seguinte habilidade/perícia/atributo:

+2 de Astúcia

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MensagemAssunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9   Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Icon_minitimeQua Nov 19, 2014 5:30 pm


Parabéns!


Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 NyR9k5m


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MensagemAssunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9   Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Icon_minitimeTer Jan 13, 2015 3:16 am


Valentinne Valerious

Estão conduzindo eu e Alex até a Estação de Trem. Embarcamos no trem que em poucos segundos seguirá seu caminho até a Capital, onde um monte de idiotas terão dó de nossas histórias e irão lamentar- ou rir- do fim de nossas pobres vidas. Meus olhos se arregalam ao ver quanto comida á na cabine, sinto vontade de provar um doce rosa que é coberto com açúcar, aposto que ele é macio e derrete na boca. Fico pensando se Andie gostaria do doce, se o pequeno iria gostar também, pergunto-me se eles estão bem e a salvo. Caminho pela cabine tocando no vidro da janela, tudo está se tornando um borrão, assim como a minha vida. Sento no sofá e tento prestar a atenção em cada detalhe do vagão, tudo é tão novo para mim! Perco a noção de quanto tempo fico admirando as coisas, até que a acompanhante da Capital aparece e dá um sorriso um tanto forçado. Desvio o olhar para o lado.

 — Tudo só para vocês! Aproveitem enquanto podem. — Ela diz.

Passam alguns segundos e Saffra Baxwoll, a campeã do distrito 9 chega. Seus cabelos castanhos lisos batendo em seus ombros deixam seu rosto mais encantador, sua pele um tanto morena realça a cor de seus olhos. Ela é muito bonita, deduzo. A primeira coisa que ela pede é licores, algo muito útil pra primeira lição. Imagino as coisas que ela deve ter passado, pessoas que deve ter matado e o quanto isso deixou-lhes marcas. Marcas que nem o tempo consegue curar.

— Vamos para mais um ano de mais uma animada edição! Pois então, quando querem começar?

Deixo que Alex faça as honras e me concentro em pensar sobre a arena. Podem nos dar qualquer tipo de cenário como nosso arena, espero que não envolva gelo ou água, isso dificultaria as coisas para mim. Terei que aprender a usar minha foice de outra maneira, não para colher o que dá vida e sim para tirá-la. Será que tenho chances de ganhar? Há tantos tributos que treinaram a vida toda para isso, esperam a glória eterna, uma glória que eu não almejo. Noto que Alex está cantando descaradamente nossa mentora, seguro o riso e ouço algumas partes das conversas. Nunca imaginei que ele teria seu lado sedutor, confesso que ele chega a ser sexy dessa maneira, detenho alguns pensamentos e foco nas perguntas que irei fazer novamente. Noto que Alex está no fim de sua grande cantada e acho que ele conseguiu derreter um pouco o coração de nossa mentora. Me sento em um lugar mais próxima a Saffra e respiro fundo.

— Pelos jogos que eu assisti não é seguro adentrar a Cornucópia, quando não estamos armados, é possível achar ou criar algo que nos ajude em caso de ataque? — Tento ao máximo manter minha voz firme.

Ela parece pensar um pouco.

— Não sou muito forte e nem mesmo com lutas, devo focar nesses dois quesitos em meu treinamento?

Sei que minhas perguntas não foram as melhores, mas é meio difícil pensar em como se defender em um lugar que nunca esteve. Descanso minhas mãos em meu colo enquanto espero a resposta de nossa mentora. O sol lá fora começa a desaparece, dando lugar a nuvens escuras que anunciam chuva.





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MensagemAssunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9   Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Icon_minitimeQua Jan 14, 2015 3:10 am


Saffra Baxwoll

Saffra ainda estava um pouco desconsertada com o que acabou de acontecer. Ela se fazia de durona, mas no fundo aquilo havia mexido com ela. A vitoriosa até parecia ter esquecido da necessidade da bebida e respondeu às perguntas de Valentinne com uma certa animação. 

— Essa palavra não me remete a coisas boas. Você tem mãos de quem trabalha na plantação. Com certeza deve saber manusear como ninguém uma... Aquela ferramenta. Normalmente, não é uma arma muito concorrida, então os idealizadores sempre as deixam do lado de fora do chifre. Se você for rápida o suficiente, vai conseguir alcançar uma e sumir de lá antes que te percebam. {+1 de Agilidade}

A mentora olha para a garota e depois se vira e analisa o garoto. Ela ri baixinho.

— Você parece bem mais forte que seu amiguinho aqui, então acho que seria interessante você aprender a dar alguns golpes bem dados. Mostrar para alguns tributos ridículos de alguns distritos que nós mulheres do 9 podemos dar conta deles! {+Habilidade de Combate Corpo a Corpo}


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MensagemAssunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9   Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Icon_minitimeSex Jan 23, 2015 6:27 am


Atualização!

Seu tributo adquiriu as seguintes habilidades/perícias no treinamento:

Habilidade de Armadilhas(50%)
Habilidade de Furtividade(50%)
Habilidade de Manusear Fogo(50%)
Habilidade de Combate Corpo-a-corpo(50%)

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MensagemAssunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9   Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Icon_minitimeSex Jan 23, 2015 6:30 am


Identificação de Alimentos(100%)

Redonda vermelha = Boa para o consumo;

Redonda roxa com listras pretas = Mortal;

Redonda roxa = Deixa sonolento;

Achatada alaranjada = Boa para o consumo, mas não pode ultrapassar 5 frutas comidas;

Achatada branca = Boa para o consumo;

Oval rosa com detalhes roxos = Exala um cheiro terrível de peixe podre do corpo;

Oval azulada = Boa para o consumo;

Oval verde transparente = Boa para o consumo, mas desidrata quem come;

Granulada roxa = Boa para o consumo;

Granulada vermelha e rosa = Mortal.

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MensagemAssunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9   Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Icon_minitimeQua Jan 28, 2015 5:13 pm


Valentinne Valerious

Avaliação.


Mal pude dormir essa noite, hoje é a Avaliação e meus nervos estão brincando de atingir o grau mais alto. Pela primeira vez estou sentindo falta do treinamento, pelo menos lá eu sabia que a arena ainda iria demorar um pouco, mas agora... Ela está perto! Visto-me com as mesmas roupas do treinamento e faço um rabo de cavalo em meu cabelo, saio para fora do quarto e encontro Alex, caminhamos até o local da avaliação, meus dedos tremem e minha voz com toda certeza falhará um pouco quando eu falar. Chegamos ao local e há bastantes tributos ali. Sento no canto e apoio a cabeça contra a parede. Em minha mente repasso cada coisa que farei, não posso soar muito arrogante ou desesperada, preciso controlar as minhas ações.

O tributo do Distrito Um é o primeiro a ir, imagino quanto tempo teremos e o que terá lá dentro. Respiro fundo e sinto o meu corpo se acalmar. Eu tenho agilidade, astúcia e resistência. Sem contar com as habilidades que adquiri em treinamento e a minha perícia com foices. Vários anos trabalhando como  colhedora trouxeram uma boa vantagem. Os tributos vão realizando a avaliação aos poucos, alguns saem com sorrisos satisfeitos, outros com certa tristeza no olhar. Alex vai primeiro que eu, quando ele sai tento buscar em seu olhar algum sorriso ou preocupação. Não encontro nada. Anunciam meu nome e Distrito, desejo que o chão se abra e me leve para fora daqui.

Levanto-me de onde estou sentada e caminho até lá. Meus dedos querem voltar a tremer, porém eu os proíbo de fazer isso. É hora de mostrar o que eu aprendi e o que posso oferecer na arena, mostrar o que me faz diferente dos outros. Avisam-me que tenho apenas 10 minutos. O que fazer nesse tempo? Fogo! Fogueira! Corro procurando os materiais necessários para fazer uma fogueira, recolho gravetos, folhas de árvores e mais materiais que podem ajudar a chama se alastrar- todos precisam estar secos-, após recolher tudo que julgo necessário sento no chão e começo a trabalhar. A adrenalina invade meu corpo e sei exatamente o que fazer.

— A fogueira pode ser muito importante na arena...  — Começo a falar sem parar com a construção da fogueira.  — Sei identificar os alimentos que podem ou não ser consumidos. Se eu for vigiada e consumir uma fruta achatada e alaranjada, a pessoa poderá pensar que a fruta é boa para consumo e irá comê-la sem preocupação, mas na verdade se ultrapassar 5, acontecerá algo muito ruim. — Pego um graveto e começo a movê-lo contra um pedaço de lenha, cada mão se move de um lado com ritmos diferentes, isso causa uma pequena fumaça que logo vira uma chama. Um sorriso malicioso forma-se em meus lábios. Levanto-me e corro até as armas, pego uma foice e procuro um boneco para bater.

Fico de frente para um e começo a fazer movimentos que mostram a minha habilidade com foice e a minha agilidade. Inicio tudo com golpes simples, que mal arranham o boneco, meu corpo se move com mais confiança e meus golpes ficam mais fortes e precisos, a foice agora parece ser parte de meu corpo. Dou golpes em vários pontos importantes, meu ponto principal é causar lesões sérias. Começo a realizar movimentos mais ágeis, agora atingindo as costas do boneco, enrolo meu braço em torno do pescoço e cravo a arma no peito do boneco, a foice fica presa ali. Lembro dos golpes que Yvan me ensinou para luta corporal, removo a foice do peito do boneco e coloco-a no chão. Uso meus punhos para desferir socos no boneco e depois utilizo chutes que o fazem balançar um pouco. É bom mostrar que eu sei lutar sem uma arma, não sei se conseguirei uma foice na arena. Então terei de me garantir com combate corpo-a-corpo. Minha testa está suada e continuo movendo punhos e perna contra o boneco, apenas paro de lutar quando dizem-me que o tempo acabou. Movo a cabeça em final afirmativo e dou um sorriso.

— Tem mais uma coisa... — Digo indo na direção da porta. — Eu tenho um bom motivo para luta, por isso não irei desistir.  

Não foi um dos melhores, porém estou feliz. Meus punhos e corpo estão doloridos e sinto que preciso de um banho para relaxar os músculos. Mostrei o que achei que era preciso, se eu tivesse mais tempo teria pensado em algo melhor. Um leve arrepio percorre meu corpo e eu sinto um pouco de medo, minha nota irá me influenciar na arena...




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MensagemAssunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9   Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Icon_minitimeTer Fev 03, 2015 12:42 am


Valentinne Valerious


Assim que chego da entrevista deito na cama com o vestido mesmo, ele aperta um pouco, mas me faz sentir bem. Rolo na cama por alguns minutos e acabo adormecendo. Acordo com um sobressalto e o corpo suado, coloco a mão sobre minha testa afastando o cabelo úmido. Respiro com dificuldade. Removo o vestido e o jogo para longe ficando apenas de roupa íntima. Adormeço novamente.

Acordo com batidas na porta, corro para buscar algo para vestir e abro-a. Nala está em minha porta dizendo-me que precisamo ir. Concordo e sigo-a. Guiam todos os tributos para aerodeslizadores, entro nele meio receosa, sento-me ao lado de Alex. Uma mulher passa aplicando rastreadores em nossos pulsos, quando chega em minha vez, recuo. Ela aperta meu braço e aplica lançando-me um olhar de advertência. Depois de alguns minutos, o aerodeslizador para e eu desço juntamente com os outros tributos. Nala surge e me puxa pela mão, levanto-me para uma sala toda branca, bem básica para a Capital. Primeiramente ela apenas me olha, depois puxa-me para um abraço apertado. Fico sem entender, contudo, correspondo.

— Você vestirá um uniforme tão sem graça! — Nala murmura depois que rompe o abraço. — Musgo e branco. Nada colorido, acredita? Nem um brilhinho sequer.

— Que pena, adoraria vestir algo brilhante feito por você.

— Venha, querida. Precisamos te vestir.


Nala pega uma calça verde musgo com um cinto da mesma cor, uma camisa branca e botas de trilha cor de couro que vão quase até os meus joelhos. Dispo-me e visto as roupas feitar para os Jogos. A roupa é confortável e posso me mover livremente com ela, a bota é folgada e não aperta meus pés. Toco o meu pingente e lembro do meu Distrito, sentirei falta de lá. Uma voz feminina anuncia que devo entrar no tubo para que a Arena se inicie. Olho para Nala e dou um sorriso sincero.

— Obrigada, Nala. — Abraço-a novamente. — Obrigada mesmo. Nunca irei esquecer você.

— Igualmente, Valentinne.

Entro no tubo e respiro fundo, meu coração se acelera e luto contra as lágrimas. Preciso ser forte! ou içada para a Arena e meus olhos ardem por conta do sol. Ouço o som da água e sinto o cheiro de sal. Droga, não sei nadar! Olho ao redor e vejo uma grande variação de vegetação além da água que cerca a ilha. Droga, estou perto do tributo masculino do 3 e do 12, procuro Alex e noto que ele está muito longe. Preciso achar Como iremos fazer? Oh meu Deus! Os números da contagem aparecem, sessenta segundos... Cinquenta segundos... Quarenta segundos... Trinta segundos... Vinte segundos... Dez segundos... Todo o meu corpo está tremendo, tenho medo de morrer, medo de me ferir e ferir aos outros, não consigo controlar meus sentimentos. O momento que tanto temi chegou, minhas escolhas agora podem me levar para a morte ou para a glória. Não sei qual é o pior.

O relógio para.

Um forte vendo vindo do sul me atinge e eu tento manter o equilíbrio, o vendo é frio e me causa arrepios. Tudo para. O vento do leste me atinge, ele é quente, então acontece o mesmo com o norte e oeste. O vento do norte é tão agradável, mas o do oeste tem um perfume delicioso de flores. Não! Balanço a cabeça e mantenho o foco. Foco, Valentinne, foco! Observo os outros tributos e noto que a maioria deles está em um tipo de transe por causa do aroma das flores. Vejo algumas oportunidades, se eu correr bem rápido, posso tentar achar uma foice e alimento- até mesmo uma mochila. Arrumo minha postura para correr e espero a contagem acabar. Avisto uma foice perto da Cornucópia! Ali! Minha salvação! Assim que a contagem zera corro usando minha agilidade, se eu alcançar a foice poderei me defender de possíveis ataques. Corro o mais rápido que posso usando minha resistência para não perder o fôlego. Levanto guarda para perceber qualquer ataque.



Resumo:




Observar os outros tributos.
Pensar em táticas para alcançar a foice.
Usar minha agilidade e resistência para chegar a ela.
Ficar atenta para qualquer tipo de ataque.




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MensagemAssunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9   Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Icon_minitimeQua Fev 04, 2015 9:11 pm


Valentinne Valerious


Corro até a foice com certa dificuldade e alcanço-a, meu punho se fecha no cabo e eu posso admirar sua lâmina prateada por alguns segundos, olho para os lados e respiro fundo apertando mais a foice em minhas mãos. Os tributos parecem estar se recuperando do aroma das flores rapidamente, sei que preciso encontrar Alex e meus outros aliados. Ando cautelosamente em direção à borda do chifre, olho para os lados em busca de Alex. Onde será que ele está?

Ali! Alex! Flexiono meus joelhos para correr em sua direção, mas sou surpreendida pelo Tributo Masculino do Distrito 4 saindo da do chifre. É o Connor, ele está manejando um tridente todo de metal com lâminas que podem me perfurar a qualquer minuto. Sinto medo. Minha respiração se acelera. Aperto mais a foice em minha mão e fico em alerta, lembro-me das coisas que Yvan me ensinou. Fito a arma na mão dele e depois seus rosto. A companheira de seu Distrito, Tori, grita pelo eu nome. Olho em sua direção e vejo que ela está muito próxima a um tributo que empunha um machado em mãos. A atenção do garoto se desvia para sua aliada e aproveito esse momento para fugir dali, sei que acabarei muito machucada e até mesmo morta se eu participar de uma batalha contra Connor. Observo seus movimentos e enquanto ele olha para Tori, uso minha furtividade para entrar sorrateiramente na Cornucópia, sei que meus aliados estão indo para lá. Espero que todos eles estejam bem e cheguem aqui em segurança, ou com todas as partes do corpo. Espero lá dentro pronta pra golpear qualquer um que não seja meu aliado.  

— Respire... — Sussurro baixinho para mim mesma. — Você pode fazer isso.


Resumo:

Pegar a foice e empunhá-la.
Não atacar Connor.
Esperar o melhor momento para entrar na Cornucópia usando minha furtividade.
Ficar espertar para não sofrer nenhum ataque e pronta para acertar qualquer um que não seja meu aliado.


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MensagemAssunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9   Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Icon_minitimeSex Fev 06, 2015 9:34 pm


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Consigo entrar na Cornucópia!Fico feliz por Connor não ter me percebido, seria um problema se ele o tivesse feito. Olho ao redor do local assim que o adentro Jade já está lá, a garota me da um sorriso enquanto pega sua machete, sorrio de volta para ela. Jade já está aqui, agora só falta Alex e Dior. Alex... Onde será que aquele conquistador está? Um aperto surge em meu peito. Ele é inteligente e sabe se virar, ele com certeza deve estar bem, penso. Ouço um barulho e aperto a foice em minhas mão, Jade e eu olhamos para frente prontas para agir em caso de ataque. Lydia está correndo em nossa direção, Jade olha pra mim e vejo que não precisamos atacar ou nos preocupar, talvez seja uma aliada. Damos cobertura para ela pegar sua arma, observo-a enquanto isso, pelo jeito ela deve saber lutar e é bonita também. Jade chama nossos nomes e aponta com sua arma para fora da cornucópia. Kali, a garota do Distrito 7 adentra o local, mas logo se afasta ao perceber que a vimos. Olho-a com ódio.

Jade dispara para cima da garota, jogando seu corpo sobre o dela, eu desvio o olhar para a minha nova aliada. Lydia está agora com o arco em mãos, ela diz que tem uma pontaria ótima e que pode acertar pessoas com certa distância. Vou atrás dela para dar-lhe cobertura caso alguém ataque-a. Fico atenta para estar pronta caso alguém nos surpreenda. Limpo a minha mente para que meus ouvidos capitem barulhos de todas as direções. Respiro fundo e lembro-me novamente das aulas, dos golpes e das defesas. Aperto a foice em minhas mãos e fico em alerta. Quero viver. E farei tudo para conseguir isso.


Resumo:

Olhar e avaliar Lydia enquanto a mesma pega sua arma.  
Dar cobertura para Lydia enquanto ela maneja o arco.
Ficar atenta para qualquer barulho ou ataque, para assim defender-me com a foice.




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MensagemAssunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9   Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Icon_minitimeDom Fev 08, 2015 8:00 am


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Tudo parecia estar dando certo para Jade, mas algo cai de repente de cima da Cornucópia e a Garota do Distrito 1 se assusta. Kali segura o braço em que Jade carrega a arma e a soca duas vezes no rosto! Mas que maldita! Estou quase indo até ela quando vejo Lydia soltar o dedo sobre o arco, uma flecha dispara acertando o crânio da Garota do Distrito 7. Corro imediatamente para Jade esperando que não tenha se ferido, ela tem um corte na sobrancelha direita. Quando o vejo faço uma menção para tocá-lo, contudo paro antes de realmente o fazê-lo. Olho na direção de Lydia para saber se ela está bem e depois volto a atenção para Jade.

— Você está bem? — Pergunto para Jade.

Ela me diz para eu não me preocupar, pois sente pouca dor. Concordo e dou um sorriso para ela. Lydia junta-se a nos e a loira agradece pelo que a Garota do Distrito 2 fez. Depois disso eu e Lydia voltamos para fora da Cornucópia, a maioria dos tributos já se mandaram, mas alguns continuam em busca de algo que os faça sobreviver mais umas horas. Olho para frente e parece que Dior conseguiu matar Will, o Garoto do Distrito 5. Procuro Alex e o acho, não consigo vê-lo com muita nitidez, porém ele parece bem. Ele está perto de John e me olho, depois indicando o Garoto do Distrito 3. Entendo o que ele quer dizer, dirijo um olhar para Lydia indicando o que irei fazer. Aperto a foice em minhas mãos e caminho em sua direção, respiro fundo ficando preparada para me desviar ou usar os golpes que aprendi. A vida é assim, você tem que fazer escolhas e não todas são fáceis de se concluir.

— Hey, garotão. — O chamo, odiando o meu tom. — Você não deveria estar aqui.

Ele olha surpreso para mim e Alex aproveita esse momento para jogar a rede de armadilha sobre o garoto, assim que ele o faz corro até o garoto para lhe desferir um golpe fatal. Fico surpresa ao perceber que o meu corpo não reage de forma negativa, mas parece estar ansioso e elétrico. Parto para cima dele com o intuito de matá-lo, mas tomo cuidado para não ser atingida por ele.



Resumo:

Ir até Jade para ver se a mesma se encontra bem.  
Voltar para o lugar de antes juntamente com Lydia.
Procurar Alex e ver se ele está bem.
— Entender o recado de Alex e partir para cima do Garoto do Distrito 3 e atacá-lo com o intuito de matá-lo.
— Ficar atenta para que ele não me acerte de alguma forma.  



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MensagemAssunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9   Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Icon_minitimeSeg Fev 09, 2015 12:25 pm


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Algo me prende e eu quase desisto, o Garoto do Distrito 3 começa a cortar a rede, meu olhar se encontra com o de Alex e isso de certa forma me ajuda a concluir o ato e eu deixo que a lâmina da minha foice se crave no crânio de John e logo percebo que ele está morto. Removo a arma de seu crânio e deixo-a cair no chão, sinto meus joelhos cederem e a minha cabeça girar, sito-me zonza e estranha. O que eu fiz? Olho para o corpo sem vida e sufoco um grito em minha garganta, afasto-me e corro até Alex jogando meus braços em torno de seu pescoço.

— Você está bem! Eu sabia que você conseguiria! Ah Valentinne... — Ele retribui o abraço e me consola.

— Eu fiz isso, Alex... — Minha voz é um sussurro. — Ele era uma vida...

Aperto mais meu corpo sobre o peito do meu companheiro de Distrito, não quero que os outros vejam-me assim. Eles não podem! Separo-me de Alex e peço desculpas pelo ato, limpo um pouco de sangue que há em minhas mãos e olho para ele. Vejo que parece perfeitamente bem, sem nenhum machucado, não resisto ao impulso e o abraço novamente, aliviada por ele estar bem. Alex me diz coisas tão bonitas que me acalmam, ele me da forças para continuar e não me deixar cair no chão nem desistir. Estou feliz por tê-lo ao meu lado. O moreno está me ajudando a cumprir nossa promessa de nunca esquecer quem realmente somos. Me aperto mais em seu corpo e a sensação é boa, pois no momento, sinto que nada de ruim pode acontecer, mesmo sabendo que tudo pode realmente acontecer.

— Estou feliz que esteja bem, Conquistador.

Ele pisca para mim e sorri. Me separo dele e pergunto o que devemos fazer, o moreno observa nossos aliados e sugeri que pegamos itens para a nossa sobrevivência, ele revira o corpo de John atrás de seus pertences e eu desvio o olhar. Assim que ele termina seguimos para o Leste ao encontro dele, sempre em alerta para não sofrermos nenhum ataque no caminho.


Resumo:

— Desferir um golpe no crânio de John e depois ajoelhar-me em frente ao seu corpo.
— Abraçar Alex, ver se ele está realmente bem e depois conversar um pouco.
— Desviar o olhar dele enquanto o mesmo pega os pertences de John.
— Seguir junto a ele para o leste, para assim nos juntarmos aos nossos aliados.
— Sempre estar em alerta.


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MensagemAssunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9   Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Icon_minitimeSex Fev 13, 2015 11:24 pm


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Assim que eu e Alex nos encontramos com nossos aliados vemos que há uma ponte para se atravessar, eu nunca tive problemas com elas, mas Jade sim. A garota diz que há muita água e que não tem como atravessar, penso em ajudá-la mas Dior já faz isso. Percebo em seu olhar o quanto ela confia em Dior. Talvez seja algo com os distritos, pois me sinto da mesma maneira em relação ao Alex. O loiro do Distrito amarra uma corda nele e depois amarra em Jade, se ela cair ele com certeza a salvará. Depois disso atravessamos a ponte em silêncio. Observo cada um dos meus aliados e fico feliz que todos estejam bem, será difícil quando nos separarmos. Muito difícil. Os aerodeslizadores chegam e retiram os corpos, lembro de John e sinto vontade de chorar.

Sinto nojo de mim mesma, quero me limpar de toda essa lama em que me afundo cada vez mais. Penso em John e sua família, na dor que ele sentiu, será que ele tinha alguém que o espera? Balanço a cabeça e passo a mão em meu rosto, para limpar uma lágrima que se formou. Depois de um tempo voltamos ao local e Dior começa a organizar as coisas, afasto todos os pensamentos que tenho e me foco naquilo. Hora do jogo, querida.


— Vi três pessoas indo ao Sul e ninguém indo ao Oeste, acredito que todos estejam naquela parte da Arena. — O loiro carreirista aponta para os lados Norte e Leste. — Mais alguém viu algo? Dorin... Lydia?

Alex conta que viu o Casal do Quatro e sugere que eles tenham ido para o Leste. Dorin e Lydia entram em uma discussão e eu reviro os olhos, esperando que eles se acalmem e arrumem as coisas. Eles precisam brigar com os outros, não entre eles. Dior reúne as informações que tem sobre os tributos, algo me diz que não será fácil eliminar todos eles. Tentar é a única solução e isso me assusta. Alex cita o Tributo Masculino do Distrito 11, o do nariz fofo. Ouço tudo o que eles dizem e penso em várias possibilidades.

— Concordo contigo Alex. Gostei da ideia de fazer uma armadilha por aqui e impedir que nos roubem. Oito mortes para conquistar a Cornucópia e não deixarei que um ladrãozinho pegue nossos pertences. — Dior nos olha e no fim esfrega suas próprias mãos, prontas para trabalhar. — Então bora, vamos pegar os itens que estão mais longe e colocá-los mais próximos da cornucópia, tudo bem? Cada um fica em um canto.

— Posso tentar atrair tributos com uma fogueira... Não sei se é uma boa ideia ou não, já vi muitos caírem nisso. Só que dessa vez teremos as armadilhas de Alex.

Sorrio para o carreirista quando ele sugere que peguemos os itens que estão longe da Cornucópia. Será bom me afastar um pouco e pensar um pouco mais.

— Tudo bem, Dior.

— Ótima ideia Valentinne, tu sabe fazer uma fogueira? Eu não tenho a mínima noção. —
Ele sorri descontraído. — Então vamos recolher as coisas galera.

Dorin se oferece para cortar galhos e pegar folhas secas para a fogueira. Fico totalmente agradecida!

— Seria maravilhoso, Dorin. Muito obrigada e sim, sei como fazer uma fogueira. — Sigo para frente e vou coletando algumas coisas que vejo, volto para a Cornucópia quando meus braços ficam cheios e volto para continuar pegando coisas. Começo a cantarolar uma música e fico feliz ao notar que já peguei tudo que havia em minha frente, noto os que tenho em mãos e junto-os com os outros. Observo que os outros tributos estão fazendo o mesmo que eu havia feito. Paro um pouco e sinto saudades de casa.

— Garotas. — Dior diz para nós meninas. — A noite será longa, estava pensando e acho melhor nós começarmos o descanso. Enquanto eu, Alex e Dorin criamos a Armadilha vocês podem descansar, faremos o turno por vocês agora. Tudo bem?

Eu concordo. Estou louca para descansar um pouco e esquecer que estou aqui na arena, um pouco de sossego não me fara mal. Lydia não concorda, o loiro do Distrito Um tenta convence-lá. Ela diz para seu companheiro de Distrito dormir já que ela aparentemente está sem sono. Alex pede ajuda para montar as armadilhas, Dior e Jade se oferecem e eu murmuro que irei tentar dormir um pouco, Alex diz que depois irá explicar como funciona as armadilhas e que precisamos ter cuidado com as mesmas, pois ele mesmo se feriu em uma em seu treinamento. Sorrio para ele. Vou para dentro da Cornucópia e deito de lado, com a minha foice perto de mim, envolvo minhas mãos em seu cabo para caso algo aconteça.

Sei que estão nos vigiando, contudo, cuidado nunca é de mais. Fecho os olhos e espero o sono chegar, sinto minha mente esvaziar e já não teno forças para abrir meus olhos. Tudo é apenas branco no inicio. Depois vejo vermelho. Vermelho vivo. Vermelho como... Sangue. Remexo-me inquieta. A imagem muda e estou apunhalando John novamente, só que não é o rosto de John, não mais. É o rosto de minha mãe. Largo a arma e tento abraçá-la. Ela foge. Seu olhar é assustado e ela tem medo, medo de mim.

— Mãe... — Chamo por ela.

Ela para e eu corro entrelaçando meus braços em seu pescoço, inicialmente, ela não corresponde, mas depois ela o faz. Sinto suas mãos em meu cabelo. Uma dor se instala em meu peito e eu me afasto atordoada. Minhas foice está atravessando meu peito. Olho para frente e quem está lá não é minha mãe e sim John. Acordo em um solavanco e sufoco um grito, minha pele está toda soada e minha cabeça dói. Sento-me no chão e respiro com dificuldade. Alex aparece eu tento controlar minha respiração.

— A única saída segura é à nordeste, aquela ponte que dá inteiramente pra floresta verde, mas que fica perto da floresta laranja! Não se esqueçam disso... As armadilhas estão imperceptíveis, portanto não cheguem perto! — Meu companheiro de Distrito parece estar falando muito sério, concordo e levanto espreguiçando-me.

— Bom descanso, Alex.

Rumo para fora do chifre pronta para o meu turno, olho para trás e vejo que Dorin também está saindo. Dou um sorriso para ele e ando mais um pouco para frente, aproveitando um pouco de vento fresco. Dorin ficou ao meu lado, ele come uma barrinha de cereal, uma banana e um pouco de água. E o observo e depois olho ao redor, me certificando que estamos seguros. O Garoto do Distrito 2 me diz que irá dar um olhada ao redor e voltará em poucos minutos. Eu balanço a cabeça em sinal afirmativo.

— Tudo bem, tome cuidado. — Respondo-o.

Enquanto ele vai passo o dedo indicador pela mina foice. Ela e eu já carregamos uma morte, será que carregaremos mais? Viro-me olhando para o chifre e pergunto-me se eles estão com frio. A noite começa a cair e sem que ela não é nem um pouco generosa. Quando Dorin voltar e irei pedir sua ajuda para conseguir materiais para uma fogueira simples. Ele volta e tudo parece estar okay.

— Está tudo limpo, esta com fome? pode comer a vontade, eu fico atento se alguém aparecer.

— Eu só quero um pouco de água, não tenho muita fome... —
Confesso. Olho para ele e depois para dentro do chifre. — Dorin, você poderia me ajudar? Quero fazer uma fogueira para o pessoal que está dormindo, sei que a noite é fria e não quero que ninguém fique doente.

Dorin me entrega o galão de água que havia bebido água, eu o pego e mato a minha seda em longos goles. Devolvo o galão a ele e limpo um pouco de água que ficou em meu rosto. Agradeço a ele. O garoto cita como pode ser perigoso se a fogueira atrair alguém, para isso ele irá usar seu óculos de visão noturna. Sorrio para ele novamente. Com sua alabarda ele começa a raspar galhos e coletar folhas, eu sou agradecida pela sua vontade de ajudar. Ele volta com folhas, quatro galhos de tamanhos variados.

— Obrigada, Dorin. Com isso será possível fazer a fogueira. — Pego o material e lembro-me das aulas que tive em meu treinamento.

— Meu Deus, Dorin. Você é muito bom, sabia? — Me refiro a sua ajuda em tudo que lhe peço. Ele pergunta se eu sei fazer fogo. — E sim, eu sei fazer fogo.

Ele começa forma a base da fogueira com os galhos cortados perto da entrada do chifre, enquanto isso procuro galhos secos e um punhado de terra. Me junto a Dorin. Me abaixo pegando um graveto menor e o encaixo na base da madeira, mantenha o graveto entre minhas duas palmas das mãos e começo a girá-lo nos dois sentidos. Movo a minha mão com mais velocidade e uma fumaça continua a se formar, minhas mãos se movem mais rápido causando uma leve coceira. Uso as folhas e galhos secos para que a chama não se apague, a terra me ajuda como um molde. Agrupo tudo intensificando a chama. Assopro levemente e fico feliz com o resultado.


— Espero que ela não se apague e resista por algumas horas. — Digo.

— Posso garantir que irei cuidar para ela não se apagar. — Diz sorrindo de volta.

Dorin começa a dar pequenas voltas ao lado da fogueira, ele nunca remove os óculos, creio que ele tenha medo de algum ataque. Ele é uma boa companhia, é uma pena que eu o tenha conhecido no jogos. Fico em alerta sempre, observando cada quanto pronta para anunciar qualquer ataque. Os minutos vão passando e eu continuo sempre em alerta, bebo um gole de água de vez em quando. Paro para pensar em como o dia se passou, porém paro assim que me lembro de John. Balanço a cabeça afastando esse pensamento e me mantenho focada em continuar protegendo o local junto com o Dorin.


Resumo:

— Me juntar aos aliados e atravessar a ponte, para depois voltar para perto da Cornucópia.
— Ouvir atentamente as informações que cada um disponibiliza.
— Aceitar a ideia de Dior e dormir.
— Acordar e começar meu turno junto a Dorin.
— Pedir para Dorin me ajudar a coletar materiais para fogueiras e, assim fazê-la perto da Cornucópia, porém sempre ficar alerta a qualquer ataque.
— Depois disso ficar cada vez mais atenta a qualquer movimentação estranha, sempre estar pronta pra usar minha foice e defender minha aliança.


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MensagemAssunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9   Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Icon_minitimeSeg Fev 16, 2015 6:38 pm


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O tempo passa e o frio aumenta, agradeço pela fogueira estar acesa e ainda nos aquecendo. O tempo mudou drasticamente, sinto falta do sol e calor de hoje cedo, só deles, de nada mais. Até agora nenhum perigo apareceu, porém ainda não me sinto totalmente segura, há um medo em meu peito que apenas cresce. Alex, Dior, Jade, Lydia acordam e se juntam a nós. Meu corpo se arrepia ao ouvir o hino se iniciando. Tenho o desejo de tapar os ouvidos até que ele acabe. A Garota do Distrito 3 aparece e logo em seguida o seu parceiro de Distrito. Meu sangue congela e fico com certa dificuldade pra respirar. Lembro-me de seu olhar carregado de medo, pedindo-me para não o fazê-lo, mas eu o fiz. Eu o fiz...

Agora mostram o rosto dos Tributos do Distrito 5, depois o da garota que Lydia matou quando estávamos na Cornucópia, a face de Atlas, do Distrito 8, da Garota do 10 e por último o Tributo Masculino do Distrito 12. Fecho os olhos por um segundo e o rosto de John ainda está presente em minha mente. Maldito! Aperto a foice em mãos e olho para os lados. Lydia está trajando um Manto Negro e tem um Óculos de Visão Noturna em mãos, ela conversa com Dior e Jade e os intima para caçar junto com ela. Lydia consegue ser muito mandona, isso a torne meio que forte. Acho que continuarei protegendo o local, isso é o melhor a se fazer.

— Animado para mais um turno? — Pergunto para Dorin.

Dorin diz que está animado e sua alabarda sedenta por sangue assim como ele, depois disso fala que vai dar uma olhada nas laterais do chifre e pergunta-me se sei assobiar, para assim avisá-lo caso algo aconteça. Eu balanço a cabeça em sinal afirmativo.

— Pode ir tranquilo, vou proteger bem aqui. — Murmuro.

Ele pede para que Alex fique de olho na direção da boca o chifre. Acho que ele está um tanto receoso, como todos nós. Acredito que ninguém virá para cá, pelo menos, não agora. Viro-me um pouco observando a chama da fogueira. Quando Dorin voltar irei reforçá-la. Volto a atenção para frente e fico atenta a qualquer tipo de ataque.

Dorin volta e me diz que não há sinal de ninguém, fico aliviada com isso, sorrio para ele. Depois o Garoto do Distrito 2 pergunta se tem alguma novidade e se preciso de algo.

— Eu vou buscar mais galhos e folhas para reforçar a fogueira, tudo bem? — Pergunto. — Se algo suspeito aparecer, me faça um sinal, um assobio seria perfeito, você sabe assobiar certo? — Imito-o com um sorriso divertido nos lábios.

— Haha! Então esta usando minha frase conta mim? Eu gostei! Pode deixar sim, e cuide-se e não vá muito longe. — Ele responde.

Levanto-me e puxo a foice para a minha mão. Não me vejo sem ela, é como se ela fosse agora uma parte de meu corpo, uma parte que mata e fere. Vou para a ponto do Noroeste, ela da para a floresta verde e fica perto da floresta laranja. Atentamente pego alguns galhos e árvores para reforçar a fogueira, tento modificar o mínimo possível o ambiente, quando tenho o bastante, sigo de volta para lá sempre tomando cuidado e atenção.

Volto para perto da fogueira e cuidadosamente alimento-a com as coisas que peguei, a chama fica mais forte, porém nem tanto. Observo-a por alguns instantes e depois volto-me a sentar no chão. Bebo um pouco de água e observo o horizonte.

— Acho que Lydia voltará com flechas banhadas em sangue e vocês?

— Bom, com certeza vem, ela é esperta e sabe muito bem usar um arco.—
O moreno me responde.

Alex concorda com Dorin e elogia a Garota do Distrito 2.

— Olha, o papo ta bom mas vou dar outra olhada ao redor do chifre, mesmo esquema de antes. — Dorin avisa e levante-se. Concordo com ele e fico atenta assim que ele parte. Fito Alex e converso um pouco com ele, sorrindo e me sentindo mais confortável. Olho para os lados e não noto nenhum movimento, tudo está calmo. Logo meus aliados estarão de volta, bom, assim eu espero. Estou em alerta e pronta para me defender, como sempre.


Resumo:
— Observar meus aliados que acabam de despertar.
— Ver a imagem dos caídos e tentar afastar John dos meus pensamentos.
— Ficar de guarda junto com Alex e Dorin.
— Depois que Dorin voltar de sua ronda pegar mais galhos e folhas para a fogueira, ir pela ponte que não tem armadilha e tentar não modificar o ambiente em que retirei galhos e folhas.
— Voltar e reforçar a fogueira.
— Ficar atenta a qualquer perigo e atividade suspeita.



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MensagemAssunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9   Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Icon_minitimeSex Fev 20, 2015 12:55 am


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Nada havia acontecido até agora, tudo está perfeitamente calmo. Pouco mais de uma hora havia se passado e nenhum sinal dos meus aliados, talvez tenham achado alguém, penso. Vejo Alex no canto e tenho vontade de ir falar com ele, mas antes olho para os lados me certificando que tudo está bem. Tenho um certo medo de alguém nos atacar, por isso nunca relaxo o aperto em minha foice, por mais que eu tenha medo de usá-la novamente. Caminho até meu companheiro de Distrito.

— Você está bem, Alex? — Pergunto assim que me aproximo.

— Ahn? Oi? — Ele parece estar meio confuso, talvez estivesse pensando em outra coisa. – Estou sim, estava aqui pensando um pouco no D9. As vezes acho que pode não ser tão diferente do que eu já vivia. E você? Está bem?

Apoio a foice no chão.

— Eu acho que sim, só não suporto fechar os olhos. Toda vez que eu fecho os olhos eu vejo John, isso está me matando. — Respiro fundo e passo a mão em meus cabelos. — Eu sinto tanto, Alex. Quero que você e Andie sejam felizes, quero que tenham uma vida normal. Por isso você precisa ganhar. — Olho para o lado
me certificando que Dorin não está ouvindo e também para ter certeza que tudo está bem.

Suspiro.

Alex me pede para imaginar que os tributos sejam como o meu trabalho, eu preciso colher pra sobreviver. Ele cita as necessidades que passamos no D9 e eu me arrepio, aliso o meu braço e o fito. O moreno diz que também quer ver Andie, mas que eu tenho mais chances. Ele daria sua vida por mim, pois me voluntariei por sua irmã. Eu faria o mesmo um milhão de vezes, sem pestanejar.

— Alex, eu posso ser a amiga de Andie, mas eu nunca irei fazê-la sorrir como você o faz, acredite em mim. — Sorrio para ele e pego sua mão. — Nós vamos sobreviver e você vai voltar pra casa, não discuta comigo.


Ele da um sorrisinho.

— Hehe. Sim senhora, não se pode discutir com mulheres duronas, estou correto? — Ele segura meus pulsos de maneira firme, imobilizando-me de brincadeira. Ele me vira cruzando seus braços junto aos meus, ficando em minhas costas. Eu coro e solto uma risada.  — Mas acho que não vou precisar discutir com você não é? — Ele encosta o lábio minha orelha. — Vamos prestar atenção nesse lugar. Está tudo muito parado e isso não parece muito normal. — Ele me liberta e eu fico rindo por alguns segundos.

— Devo concordar com você, Conquistador. Vou ver como Dorin está. — Dito isso pego minha foice do chão e volto para o meu lugar de antes, coloco a mão em minha testa e suspiro. Alex e suas brincadeiras! Sorrio para Dorin e pergunto se está tudo bem. Olho para os lados como de costume e volto a me perguntar onde meus aliados estão.

Ele diz que está ótimo e me pergunta como estou também, digo-lhe que estou bem. Dorin brinca falando que os nossos aliados estão caçando crianças ou voltando pra cá e depois pergunta-me se estou com sede ou fome. Balanço a cabeça em sinal negativo e sorrio.

— Não, muito obrigada.

Sento-me como de costume e aperto a foice em minhas mãos, a noite está ficando cada vez mais fria e isso me causa arrepios. Fecho os olhos e os abro, ficando em alerta já que ainda é meu turno. Dorin começa a cantarolar algo e depois fala-me que vai dar uma volta no chifre como de costume, faço um sinal positivo e volto minha atenção ao horizonte.



Resumo:
— Estar em alerta para qualquer perigo.
— Ir até Alex para que ele converse comigo, olhando para os lados para me certificar que estamos bem.
— Tomar cuidado para que Dorin não nos ouça.
— Encerrar a conversa com Alex e voltar para perto de Dorin, para me certificar que ele está bem.
— Sentar e ficar de vigia.

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MensagemAssunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9   Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Icon_minitimeSáb Fev 21, 2015 4:16 am


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Conversamos um pouco e sempre olhamos ao redor para nos certificamos se tudo está bem. Alex para de repente e indica uma tempestade se formando bem acima de nós, ele nos informa que precisamos ser cautelosos. Eu concordo e fico preparada para o pior. Horas se passam e nada acontece. Não há tempestade e nem sinal de outros tributos. Fico aliviada.

Mais tempo se passa e eu estou praticamente dolorida de ficar sentada. Levanto-me ainda com a foice em mãos. Caminho um pouco aliviando a tensão de minhas pernas. Ouço o barulho de um raio e automaticamente coloco as mãos nas orelhas. O barulho me assusta e aos poucos recupero os meus batimentos normais. Os meninos dizem que veio do Leste. Nós três corremos para dentro do chifre para nos abrigarmos, meus braços e lábio tremem um pouco, mas é suportável. Observo as chamas da fogueira se cessarem até não restar nada. Nem fumaça.

— Por essa não esperava, e agora o que fazemos? — Dorin diz.

— Bom, podemos tentar nos aquecer. — Falo enquanto aliso os meus braços.

Meu companheiro de Distrito mostra os meios que temos para nos aquecer. Aqui tem praticamente tudo. Dorin pega cobertores e entrega para mim e Alex. Eu agradeço e envolvo o cobertor sobre o meu corpo, já sentindo o calor se formar em meus braços. Deslizo uma parte dele sobre as minhas bochechas, sentindo sua maciez, o que eu daria para ter um igualzinho em casa. É um pouco difícil segurar o cobertor e a foice ao mesmo tempo, porém eu consigo.

— Peguem isso e se esquentem, e quanto aos outros? Será que eles irão aguentar essa chuva e esse frio? — Dorin pergunta.

— Talvez. Tudo depende do que eles estão vestindo e de suas resistências. — Começo a andar pelo chifre para o meu sangue circular.

Dorin deita no chão e se cobre até o pescoço, eu me sento no chão e aperto a foice em mãos. Não me sinto segura aqui. Nem um pouco. Alex senta-se no baú e parece estar pensativo. Ele espera que nossos aliados estejam bem e achem um abrigo, comenta também que nunca viu uma dessa tempestade no D9. Paro para pensar e concordo.

— Nunca vi nenhuma dessas no D9, então acho que pode ser coisa dos idealizadores, e ela vai durar o quanto for interessante pra eles... — Alex fala.

— Eles podem estar tentando afastar algo, já imaginou se desde o início o foco principal seria nos colocar para dento do chifre?

O carreirista senta-se me olhando, para logo em seguida me perguntar por que eles nos colocariam aqui dentro. Dorin confessa que espera que Dior esteja bem, depois deseja o mesmo para os outros.

— Há muitas coisas na arena que não podemos matar com simples armas, já vi em várias edições. — Suspiro e olho para Alex. — Alex, você quer descansar um pouco? Posso tomar conta enquanto você tira uma soneca.

Nem Alex e Dorin querem dormir. O carreirista se oferece para ficar de guarda caso eu queira dormir, mas eu recuso. Alex então pergunta se o moreno quer dormir, se ela assim o quiser, eu e ele ficaremos de guarda.

— Também não sinto sono. Dorin, tem certeza que não quer dormir? — Pergunto para ele. Levanto-me e sento ao lado de Alex, apoiando a cabeça em seu ombro.

— Bom vou tentar descansar um pouco, se precisarem de algo me acordem. — Dorin cede e se prepara para dormir.

Alex divide seu cobertor comigo e assim ambos ficamos enrolados nos mesmo, posso sentir meu braço roçando no seu e a sensação é boa. Já não tenho tanto frio como antes. Ele deita sua cabeça na minha e faz carinho em meus ombros com a mão que colocou o cobertor. Eu fecho os olhos e aproveito a sensação.

— O que você acha que podem ser aqueles cubos?

Abro os olhos e observo os cubos pretos que estão juto da pilha de objetos. Penso um pouco antes de falar.

— Tomara que seja algo que nos ajude, pode ser injeções de adrenalina ou algo que ajude na hora da batalho. Ou... — Faço uma pausa. — Algo que nos prejudique.

— Eu acho que podem ser algum tipo de chave. Não sei o que nos espera dentro das florestas, mas imagino que se formos sair daqui seria bom leva-los juntos. E se for pra prejudicar... Bom, já fomos prejudicados demais quando nos colocaram aqui dentro.

— É uma pena que o tenham feito, eu adoraria ter te conhecido antes dos jogos. Você parece ser o tipo de amigo que todo mundo precisa ter, alguém que se importa e é sincero. —
Coloco a foice na mão esquerda e com a direita afago os cabelos de Alex.

Ele da uma risada sem jeito e eu sorrio ao ouvi-la.

— Também adoraria ter te conhecido antes dos jogos... E antes de quase te estapear quando a encontrei com Andie — Ele solta uma leve gargalhada. — Desculpe por aquilo, novamente.

— Você não precisa se desculpar por aquilo, Alex. — Digo tranquilizando-o. — Obrigada por tudo, Conquistador.

Ele olha nos meus olhos e eu desvio o olhar, corando um pouco, depois volto a olhá-lo. É incrível como me apeguei a ele nesse pouco tempo de convivência. Imagino as coisas que ele passou e eu tenho vontade de abraçá-lo e dizer que tudo acabará bem. Horas se passam e eu e Alex continuamos ali, fazendo carinho um no outro em silêncio, apreciando-o cada vez mais. Porém mesmo assim continuamos alerta para qualquer perigo.

Resumo:
— Ficar atenta com o aviso de Alex.
— Depois do raio cair no sul me abrigar junto com os meninos no chifre.
— Aceitar o cobertor de Dorin.
— Conversar um pouco sobre nossos aliados e possíveis motivos para a tempestade.
— Oferecer guarda para quem quiser dormir.
— Conversar com Alex.
— Ficar em silêncio com ele e prestar atenção caso alguma ameaça apareça.





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MensagemAssunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9   Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Icon_minitimeSeg Fev 23, 2015 11:46 pm


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Estou com a cabeça no ombro de Alex quando vejo um clarão. Meu corpo inteiro se arrepia e eu grito, apertando-me a Alex, para logo em seguida sentir um baque gigante. Estou no chão. Todo o meu corpo dói e meus ouvidos zunem fazendo-me contorcer-me. Minha visão está turva e eu me desespero. Alex! Alex! Quero gritar pelo seu nome, mas não consigo! Não consigo! Ouço um barulho de um canhão e me desespero, tento tatear o chão a procura do meu Companheiro de Distrito, contudo meu corpo não obedece meus comandos. Que não seja ele... Que não seja ele... O Alex não! Aos poucos minha visão vai melhorando e vejo sombras do seu peito subindo e descendo, está respirando, sinto vontade de chorar de alegria. Completamente dolorida, tento me arrastar até ele mas é em vão também. Maldito Jogos!

Rosnados chamam minha atenção e eu olho pra frente. Dorin está no chão desacordado, acho que algo o atingiu, contenho um grito. Um bando de lobos adentram a Cornucópia e começam a carregar o Garoto do Distrito 2 para fora, sinto um pânico invadir meu corpo novamente e tento não olhar a cena. Dorin! A garra do aerodeslizador desce e eu fecho os olhos para não ver aquela cena. Outro canhão dispara e eu fecho os olhos com força. Os lobos podem voltar... Os lobos podem voltar... Os lobos podem voltar. Eu e Alex precisamos sair daqui! Agora! Penso em Dior, Jade e Lydia. Será que estão bem? Será que vão nos acusar pela morte de Dorin? Tento mexer meu braço e aos pouco eu vou conseguindo, com muito esforço me rastejo até Alex e acaricio o seu rosto com certa dificuldade.

— Alex, você está vivo! — Uma lágrima escapa pelos meus olhos. — Dorin está morto. Precisamos sair daqui, você consegue se mexer? — Minha voz está rouca por conta da dor.

Alex inicialmente não consegue falar, mas depois de um tempo me aperta e eu fico aliviada.

— Eu o vi sendo levado! Temos que sair daqui mesmo! — A voz de meu aliado está fraca.

Ele tenta levantar, mas cai pela fraqueza! Como é teimoso! Sento-me no chão e minha cabeça dói um pouco, mas aos poucos reúno forças para levantar.

— Acho que preciso me recuperar ainda. — O moreno murmura.

Alex rasteja até a pilha de alimentos e pega uma banana e depois comenta que teremos que levar alguns suprimentos se formos fugir.

— Valentinne, vamos encher nossas mochilas com o máximo que conseguirmos carregar! Comidas, mas principalmente recursos!

— Tenho Identificação de Alimentos, acho que podemos levar pouca coisa, mas Alex... — Olho para baixo e suspiro. — Será que Dior, Jade e Lydia vão nos culpar pela morte de Dorin?

Alex cita Lydia, a Companheira de Distrito de Dorin. Diz que podemos demonstrar que fomos atacados usando um pouco de sangue e roupas rasgadas. Meio receosa acabo concordando. Já não sei se Dior, Jade e Lydia são nossos aliados. Tudo muda com a morte de Dorin. Posso sentir. Começo a andar um pouco sobre o chifre, firmando meus passos cada vez mais, me acostumando com um pouco da dor. Olho para Alex e respiro fundo, penso em Andie e junto forças para continuar. Vou protegê-lo mesmo que custe a minha vida.

Pego uma mochila alaranjada e coloco uma capa de chuva, uma lanterna, um par de luvas de couro, três caixinhas de fósforo- enrolo-os na capa de chuva para caso chova-, dois pacotinhos de carvão e um cobertor. Encaixo tudo ainda deixando espaço livre. Alex pede para que eu coloque os dois cubos pretos em minha mochila e eu obedeço, depois pede para que eu encha os cantis com a água do galão. Assim eu o faço, pegando cuidadosamente o galão e enchendo os cantis aos poucos. Coloco-os na mochila. Após fazer isso fico em frente a ele e sorrio.

— Mais alguma coisa?

Alex me estende uma lanterna, três pilhas- enrolo-as na capa de chuva também, dois kits de primeiros socorros, uma garrafinha de álcool, seu par de luvas e a capa que pegou, eu pego tudo e coloco em minha mochila, encaixado-os com as outras coisas. A mochila está cheia. Olho para Alex e suspiro, será que ele está melhor? Ele me olha como se estivesse me motivando e eu concordo. Me sinto um pouco triste por partir e fazer o que é preciso, mas não há outro saída. Não nos Jogos Vorazes. Infelizmente.

Conteúdo da mochila:

— 2 Capas de Chuva.
— 2 Lanternas.
— 2 Pares de Luvas de Couro.
— 2 Cubos pretos.
— 3 Caixinhas de Fósforo.
— 2 Pacotinhos de Carvão.
— 1 Cobertor.
— 3 pilhas.
— 4 Cantis.
— 2 Kits de Primeiros Socorros.
— 1 Garrafinha de álcool.


Resumo:

— Sentir o baque e cair no chão, ficando imóvel.
— Tentar se mexer, porém não conseguir por conta dor.
— Observar Dorin ser levado pelos lobos e o aerodeslizador pegando seu corpo.
— Sentir os movimentos voltando aos poucos ao meu corpo.
— E rastejar até Alex para ver se ele está bem.
— Discutir com ele para ver o que faremos.
— Pegar a mochila, coletar alguns itens para enchê-la- itens acima, encher os cantis e colocá-los junto com os meus outros itens.
— Ver se Alex quer mais alguma coisa e colocar alguns objetos dele em minha mochila.
— Após fazer isso olhar para meu Companheiro de Distrito.



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MensagemAssunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9   Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Icon_minitimeQui Fev 26, 2015 4:23 am


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Noto que a tempestade se foi e o escuro começa a surgir, fico um pouco receosa pois no escuro muitas coias surgem, trazendo nossos piores medos a tona. Calculo o peso da mochila e fico feliz por saber que conseguirei aguentá-la, faço a menção de colocá-la nas costas, mas paro ao ouvir uivos. A imagem do corpo de Dorin sendo arrastado vem em minha mente e eu lembro dos dentes e olhos demoníacos de cada um dos lobos. Poderia ter sido eu. Poderia ter sido Alex. Ou ambos. O rosto de John também aparece em minha mente e ele parece dizer que era para ser eu no lugar de Dorin, que eu deveria estar morta.  Balanço a cabeça e olho para Alex tentando ignorar a sensação ruim em meu peito.

— O que você pretende fazer agora? — Pergunto.

Alex acha que os uivos estão vindo do Sul e que logo estarão aqui. Ele indica o Oeste como melhor lugar por conta do aroma das flores. Lembro-me da reação dos tributos ao sentirem o aroma delas.

— Eu concordo, só de ouvir os uivos já me arrepio toda. O oeste é uma boa opção!
— Paro pensar um pouco sobre o local. Não é o dos melhores para nos escondermos, mas acho que bastará. Não quero estar aqui quando Dior, Jade e Lydia chegarem.

— Ótimo! Vamos jogar essas tralhas fora então?

 Alex começa a juntar a coisas para jogar no mar. Me sinto muito mal em relação a isso, mas o faço. Sei que preciso, mesmo que não queira. Deixo minha mochila e foice no chão, pego um cobertor e vou juntando as coisas que sobraram, faço isso com cuidado para que tudo caiba no cobertor quando eu enrolá-lo. Meu coração se aperta aos poucos imaginando a reação de nossos aliados. Reúno 3 tábuas de madeira, 2 lanternas, 2 kits de primeiros socorros, 5 kits de camuflagem, 3 tubos de ensaio líquido laranja, 2 tubos de ensaio liquido lilás, 2 tubos de ensaio líquido marrom, 2 garrafinhas de álcool, 1 rede de pesca, 2 barras de ferro, 1 rolo grande com fio de cobre e uma pedra afiada. Com muita dificuldade sigo com Alex até o mar do oeste, ele joga as coisas primeiro e depois eu o faço da maneira mais rápida possível, sempre atenta para qualquer acontecimento. Assim que me levanto pego o cobertor e olho para Alex. Ele segue para o chifre e eu vou atrás.

Ele explica o que terei que fazer com as minas roupas e o corte em meu supercílio. Eu concordo e pego a faca que ele me estende. Rasgo pedaços da minha camiseta e faço o mesmo com a calça, e logo os entrego para Alex. Aproximo-me dele e toco em seu rosto, para logo encostar a faca em seu supercílio, aos poucos coloco certa força na lâmina fazendo um pequeno corte. Afasto-me assim que termino. Viro-me de lado e encosto a ponta da faca em meu supercílio também. Movo-a em minha carne e mordo o lábio para ignorar a dor que não é tanta. Com cuidado afasto a faca para que o sangue não pingue no cão. Olho para meu companheiro de Distrito e sinto forças para seguir em frete.

— E agora?

— Espalhe um pouco do seu sangue nos pedaços de roupa que você arrancou... E pode deixar uns pingos caírem no chão sim. Farei o mesmo, e cuido desse corte quando estivermos fora daqui. —
Alex me instrui no que fazer.

Eu concordo e começo a passar sangue sobre os pedaços de roupas que eu cortei, deixo manchas de sangue grande e passo novamente a faca em meu supercílio, para dessa vez deixar que o chão fique com sangue. Termino que faço e pego as minhas coisas assim como ele pediu. Coloco a mochila- que está um pouco pesada- em minhas costas e deixo a foice em minha mão.

— Estou pronta, você pode me guiar se quiser. — Murmuro sorrindo de canto.

Alex vem em minha direção e eu sinto seus lábios tocando meu supercílio recém cortado, seus lábios transmitem carinho e proteção. Essa sensação me faz sentir... Viva. Coro e o abraço. Ele faz uma brincadeira e eu dou risada. Caminhos até a ponte do noroeste, a única livre. Olhamos para o lado nos certificando que tudo está limpo e assim atravessamos a ponte, usando o que nos resta de energia. Corremos em direção ao oeste com o máximo de esforço possível, todas aquelas árvores coloridas e perfumes delicados. Alguma coisa muito ruim deve estar lá! Alex precisa enterrar a mochila e faz isso na areia entre a floresta rosa e a laranja, ambos tomamos cuidado com a armadilha do norte. Vigio ao redor enquanto Alex esconde a mochila, minha mão dói de tanto que aperto a minha foice. Se algum lobo vier, não terei medo de usá-la.


Resumo.

— Tentar ignorar os uivos e os rostos de Dorin e John em minha mente.
— Seguir o comando de Ale e juntar as armas para jogar ao mar do oeste, assim fazê-lo e voltar ao Chifre com o cobertor em mãos.
— Rasgar minhas roupas, o supercílio de Alex e o meu para que pareça que fomos atacados.
— Colocar minha mochila em costas e ficar com minha foice em mãos para assim partir da Cornucópia.
— Atravessar a ponte do noroeste e observar para ver se não há nenhum tributo.
— Vigiar ao redor para que Alex possa enterrar a mochila.


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MensagemAssunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9   Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Icon_minitimeSeg Mar 02, 2015 1:04 am


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A escuridão toma conta do céu e aos poucos meus olhos vão se acostumando com a falta de claridade. Corremos com toda a nossa força para sobreviver, ainda estamos fracos e precisamos ser cautelosos. Assim que passamos ao lado da ponte norte, Alex mostra-me a armadilha que criou, a mesma está bem visível e já não me parece muito boa. Ele comenta que as outras não devem estar muito diferentes. Corremos mais um pouco e só paramos até chegar no limite da praia com a floresta colorida. O garoto acha que o lugar é um bom esconderijo para a mochila e que se eu der cobertura ele fará um trabalho mais rápido. Com a voz arfante ele fala que não sabe o que nos aguarda e que não conseguirá carregar as coisas se continuarmos correndo do mesmo jeito.

— É claro que eu te dou cobertura, Alex. Assim que conseguirmos um abrigo você vai dormir, precisa de descanso e recuperação. — Digo ajustando o tamanho da minha mochila para que ela fique mais leve, depois aperto o cabo da foice. Fico olhando para frente por algun segundos.

Alex ainda está trabalhando no buraco para enterrar a mochila, seus olhos fixos e mãos hábeis trabalham rapidamente para que tudo dê certo. Aperto a foice em minha mão e dou alguns passos para frente, checando os lados para ver se estamos seguros. Penso em tudo que já me aconteceu, sinto-me triste por não ter conhecido Alex e Andie antes de... Tudo isso. Respiro fundo e volto para perto de meu companheiro de distrito, fico atenta para qualquer barulho ou movimento estranho. Penso em tudo que já passei; todas as dificuldades, a solidão, a fome e a angustia. Nenhuma dessas coisas importam agora, fazem parte de algo que já acabou e não merece tanta atenção. As vezes tudo que precisamos é parar de reclamar e aproveitar as coisas que a vida nos dá, mesmo que seja por pouco tempo. Somo todas as coisas que fiz e deixei de fazer, todas as minhas escolhas me trouxeram para cá. Aprendi a amar, aprendi a errar, aprendi a aceitar meus erros e o mais importante de tudo: aprendi como é me sentir viva. Você sabe que está realmente viva quando acha algo pelo qual se deve lutar, por algo que sempre lhe faz sorrir e ver o mundo de outra forma. Hoje, eu vejo os jogos. Amanhã, posso viver meu sonhos. Não importa onde e nem como, apenas sei que vou vivê-los.

Viro-me e noto que Alex já terminou seu trabalho. Sorrio para ele e em silêncio adentramos a floresta. O aroma é agradável, mas não me cativa tanto. Adentramos a mata mais ainda e caminhamos cuidado. Uso minha furtividade para não fazer barulho. Após alguns minutos de busca achamos um canto afastado. Olho ao redor e noto que algumas árvores ocultam o local. Alex e eu começos a nos instalar, ele retira um kit de primeiro socorros e analisa seu conteúdo, para depois cuidar de nossos macucados para evitar possíveis infecções. Eu o observo fazendo isso. Respiro fundo e trago minha foice para perto de mim, caso algum tributo resolva fazer parte do nosso pequeno acampamento.


Resumo:

— Correr com Alex até achar um bom local para esconder a mochila, assim que achar, aceitar seu pedido para ficar de guarda enquanto ele trabalha no esconderijo.
— Observar Alex fazendo o esconderijo da mochila, dar uns passos para frente e observar os lados para ter certeza de que estamos seguros e livres de outro tributos.
— Ficar sempre atenta a qualquer barulho e movimentação.
— Continuar montando guarda até que Alex termine de esconder a mochila.
— Assim que ele o fizer adentrar a floresta.
— Procurar um bom lugar para passar a noite.
— Instalar-me ali junto a ele e deixar que cuide do corte em meu supercílio.
— Puxar minha foice e ficar alerta a qualquer ameaça.



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MensagemAssunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9   Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Icon_minitimeSeg Mar 02, 2015 8:31 pm

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8:xx hrs
20ºC
A escuridão toma conta de tudo.


Valentinne dá cobertura para Alex enquanto o garoto cava a areia. Ela não consegue enxergar nada ao redor, confiando então apenas em seus ouvidos. Quando Alex termina o serviço, eles escutam barulho de uivos ao longe, vindo do sul.

Os tributos do '9 adentram a vegetação colorida, tateando tudo ao redor. O aroma enjoativo dá uma leve tontura em Valentinne, mas a garota não se importa muito com ela. Eles se sentam ali perto, de mãos dadas.

Situação:
Saúde (90/100)
Fome (98/100)
Sede (98/100)

Pertences:
- Foice (mão)
- Mochila laranja (costas)
- 2 Capas de chuva (mochila)
- 2 Lanternas (mochila)
- 2 Pares de luvas de couro (mochila)
- 2 Cubos pretos (mochila)
- 3 Caixinhas de fósforos (mochila)
- 2 Pacotinhos de carvão (mochila)
- Cobertor (mochila)
- 3 Pilhas (mochila)
- 4 Cantis com água (500 ml cada) (mochila)
- 2 Kits de primeiros socorros (mochila)
- Garrafinha com álcool (mochila)


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MensagemAssunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9   Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Icon_minitimeQua Mar 04, 2015 3:10 pm


Valentinne Valerious

Ainda pode-se ouvir uivos distantes vindos do sul e o aroma enjoativo que está presente em minhas narinas. Minha cabeça gira um pouco, mas eu controlo isso rapidamente usando um pouco de minha resistência. Alex está cansado e precisa dormir para recuperar suas energias. Noto os sinais de seu corpo que indicam que ele não está nada bem, precisa de cuidados. Maldita Cornucópia! Alex senta em uma árvore, o suor já está bem visível em seu corpo, sento junto a ele e o mesmo segura minha mão, fico massageando-a com o meu polegar. Analiso seu rosto e corpo, procurando qualquer machucado visível. É incrível como um pouco de adrenalina ainda está presente em meu sangue, não desejo dormir, muito pelo contrário, não quero fazer isso tão cedo. Se eu fechar os olhos verei morte, sangue e dor. Não há cena pior do que a de uma pessoa morrendo, a luz deixando seus olhos aos poucos até desaparecer completamente. Sem rastros de vida. Volto minha atenção a Alex.

— Não estou conseguindo... Quero vomitar mas... Comida... — Sua voz está fraca, bem fraca. Isso me desespera. — Precisamos voltar!

Olho para o moreno a minha frente e balanço a cabeça em sinal afirmativo.

— Vamos voltar! Você precisa de cuidados, Alex. — Levanto-me e estendo minha mão para que ele a pegue novamente. — Venha, eu te ajudo.

Ele se desculpa e diz que pode continuar andando, eu obviamente não acredito. Em seguida respira fundo e fala que precisa da máscara de gás que enterrou. Eu concordo.

— Deixe-me te ajudar, não seja teimoso! Se aceitar minha ajuda vamos chegar mais rápido e logo estaremos de volta. — Minha mão ainda está estendida e ele a segura firme, porém cambaleia um pouco ao se levantar. Meu aliado abre a mochila e pego o óculos de visão noturno, colocando-o no rosto.

Ele parece se animar e diz que precisa me guiar até a mochila, para assim pegarmos a máscara de gás. Alex sabe exatamente onde deixou, só irá precisar que eu empunhe minha foice e aguce meus ouvidos e me avisará se algo for suspeito.

— Tudo bem!— Murmuro séria e empunho a foice, segurando firmemente em seu cabo, relaxo a mente para que meus ouvidos captem melhor o som.

Noto que ele está bem fraco e por isso não pode andar muito rápido, dou-lhe apoio e fico atenta para que não caia. Andamos por alguns minutos e reconheço poucas coisas do local. Alex olha para mim e coloca o dedo sobre os lábios, indicando que devemos fazer silêncio. Olha para os lados e depois marca um X na areia com o pé. Aquele deve ser o lugar em que enterrou a mochila.

Aproxima-se de mim sussurra em meu ouvido:

— Você pode cavar pra mim? Acho que se eu fizer esforço maior, vou botar tudo pra fora, e estou tentando evitar isso...

— Claro, Alex. Apoie-se em algo enquanto faço isso. —
Ele escolhe sentar-se no chão, olhando tudo ao redor. Aos poucos vou cavando com as mãos no lugar em que ele marcou, minhas unhas ficam cheias de terra contudo não ligo. Continuo fazendo isso tomando longas respirações para não me cansar logo. Meus dedos doem um pouco mas continuo. Vejo a mochila e afasto mais terra, para depois puxá-la para perto de mim. Meu aliado vem para o meu lado e logo abre-a para pegar a máscara, colocando-a no rosto. Noto que sua respiração melhora.

Sorrio para ele.

Fecho a mochila e coloco-a no buraco novamente, enchendo-o de terra novamente. O trabalho não é lá o dos melhores por isso Alex cobre os rastros que não consegui e finaliza o trabalho. Enquanto isso pego minha foice do chão. Voltamos para a floresta com mais confiança, como está com o óculos é mais fácil para ele se localizar. Piso apenas no que ele pisa e pego a sua mão ocasionalmente.

Os minutos passam e finalmente chegamos na árvore que abandonamos a poucos minutos. Alex desaba no chão de tanto cansaço e pede-me água. Vou em minha mochilha e pego um cantil, entregando a ele.

— Agora você precisa descansar, Alex. Durma um pouco que eu ficarei de guarda. — Falo ajeitando as coisas e trazendo minha foice para perto de mim novamente.

— Tem certeza? — Pergunta enquanto tira o saco da mochila.

Concordo e ele me entrega o óculos de visão noturna, enrolando-se no saco logo em seguida. Poucos minutos depois ele dorme e eu fico aliviada. Tomara que ele melhore logo. Ando um pouco checando tudo para que nada de ruim aconteço, meu campo de visão nunca deixa Alex. Fico alerta e sento-me um pouco para descansar as pernas. Passam-se bons minutos e eu volto a fazer as mesmas coisas. Estou apoiada em uma árvore, olhando ao redor quando meu aliado vem em minha direção, abraçando-me.

— Obrigada por cuidar de mim, agora deixe-me cuidar de você também.

Sei que ele está falando do corte em meu supercílio e concordo, mesmo que não esteja nem doendo. Alex pega o kit de primeiros socorros e parece avaliar o seu conteúdo. Ele usa um pouquinho de álcool para lipar o ferimento em meu supercílio, arde um pouco, mas chega até a ser refrescante, ele finaliza com um curativo. Beija minha testa e faz o mesmo em si.

— Obrigada, Alex. Por tudo.


Resumo:  

— Caminhar com Alex até um lugar seguro.
— Sentar-me junto com ele e massagear sua mão, avaliando seu estado.
— Concordar em voltar para pegar a máscara, oferecendo ajuda para andar.
— Andar junto a ele, ,tomando cuidado para ajudá-lo se ele cambalear.
— Aceitar cavar o buraco para pegar a máscara.
— Cavar o buraco o mais rápido que posso.
— Vê-lo pegar a máscara e colocar a mochila lá novamente.
— Deixar que Alex cubra as partes que não consegui.
— Voltar para a floresta pisando nos mesmos lugares que Alex.
— Me oferecer para ficar de guarda e pegar um cantil para que ele beba água.
— Vigiar tudo para que Alex durma tranquilamente.
— Estar sempre em alerta.
— Deixar que ele cuide do corte em meu supercílio.
— Agradecer e voltar a olhar para os lados.



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MensagemAssunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9   Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Icon_minitimeSex Mar 06, 2015 1:44 am

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9:xx hrs
20ºC
A escuridão toma conta de tudo.


O casal do Distrito 9 decidem voltar para buscar a mochila que haviam enterrado mais cedo na areia da praia. Valentinne ajuda o debilitado Alex até alcançarem a praia, sendo o garoto a guiá-la, já que ele tinha um óculos de visão noturna e ela, não. Assim que chegam ao local, Alex indica onde a mochila está enterrada e sua aliada começa o trabalho pesado.

Ela começa a cavar, até que latidos chamam a atenção dos dois. Alex diz que algo está acontecendo muito próximo, ali na Cornucópia, e que talvez os lobos estivessem voltado. Alex também cogita a possibilidade de seus aliados estarem na ilha lutando contra os animais. Valentinne tira a mochila do buraco e pega a máscara de gás, entregando-a em seguida para seu companheiro de distrito. UM CANHÃO DISPARA!

Situação:
Saúde (90/100)
Fome (98/100)
Sede (98/100)

Pertences:
- Foice (mão)
- Mochila laranja (costas)
- 2 Capas de chuva (mochila)
- 2 Lanternas (mochila)
- 2 Pares de luvas de couro (mochila)
- 2 Cubos pretos (mochila)
- 3 Caixinhas de fósforos (mochila)
- 2 Pacotinhos de carvão (mochila)
- Cobertor (mochila)
- 3 Pilhas (mochila)
- 4 Cantis com água (500 ml cada) (mochila)
- 2 Kits de primeiros socorros (mochila)
- Garrafinha com álcool (mochila)


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MensagemAssunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9   Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Icon_minitimeSáb Mar 07, 2015 4:40 am


Valentinne Valerious

Cavo o buraco com o máximo de agilidade que consigo, há terra entre as minhas unhas e posso sentir a umidade da terra. Cavo mesmo assim, sem me importar. Estou quase no fim quando ouço latidos. Meu corpo inteiro se arrepia com isso, o barulho parece estar muito próximo e isso me apavora! Alex diz que algo está acontecendo ali na Cornucópia, e que talvez os lobos estivesse voltando. Ele também cogita a possibilidade de Dior, Jade e Lydia estarem lutando com os animais.

— Vamos Tinne! Não temos muito tempo! Já encontrou a mochila?!

Concordo e volto a cavar com mais rapidez, para logo puxar a mochila do buraco e pegar máscara de gás, entrego-a a Alex para que ele possa respirar melhor, já que ainda está ferido do acontecido na Cornucópia. Um canhão dispara! Olho para Alex, tentando buscar algo em seus olhos.

— Alex, será que foi algum dos nossos aliados? — Pergunto.

O meu companheiro de distrito respira mais fundo dessa vez, pois agora tem ar puro e não precisará mais se incomodar com o aroma da floresta. Ele parece aproveitar a sensação por alguns segundos, mas logo em seguida volta a realidade. Alex diz que estamos correndo perigo e precisamos ir rápido. Concordo e recoloco a mochila no buraco, jogando areia sobre a mesma até cobrir o buraco. O moreno cubre as imperfeições que eu deixei, enquanto isso pego a minha foice do chão, atenta para qualquer barulho. Alex e eu caminhamos alguns passos em direção ao oeste, mas ele para e volta-se para mim.

Ele diz que precisamos de um descanso decente e eu tenho que concordar com isso. Fala também que o norte é uma boa opção para nós, pois temos apenas uma máscara e caso eu enjoe, não teremos chances.

— Concordo com você. Sem falar nos uivos que ouvimos agora pouco, eles estão bem perto. — Respondo tomando uma respiração longa após terminar.

Alex pega em minha mão, coloca o óculos na face e nos guia para o norte. Sempre sigo os seus passos e permaneço atenta a qualquer barulho, meus pés doem um pouco, mas decido ignorar a dor. Minutos se passam até acharmos um local seguro e escondido. Alex senta ao lado de uma árvore e revira a mochila até pegar um pão, ele o divide comigo. Como-o aos poucos para não ter tanta sede. Depois pega um gole do cantil de água que estava comigo. Observo o garoto por alguns segundos e arqueio um pouco o meu corpo, para depois depositar um beijo em sua testa.

— Agora você precisa descansar um pouco. Deite-se enquanto fico de guarda.


Ele me entrega o óculos de visão noturna, enrolando-se no saco logo em seguida. Poucos minutos depois ele dorme e eu fico aliviada. Tomara que ele melhore logo. Ando um pouco checando tudo para que nada de ruim aconteço, meu campo de visão nunca deixa Alex. Fico alerta e sento-me um pouco para descansar as pernas. Passam-se bons minutos e eu volto a fazer as mesmas coisas. Estou apoiada em uma árvore, olhando ao redor quando meu aliado vem em minha direção, abraçando-me.

— Obrigada por cuidar de mim, agora deixe-me cuidar de você também.


Sei que ele está falando do corte em meu supercílio e concordo, mesmo que não esteja nem doendo. Alex pega o kit de primeiros socorros e parece avaliar o seu conteúdo. Ele usa um pouquinho de álcool para lipar o ferimento em meu supercílio, arde um pouco, mas chega até a ser refrescante, ele finaliza com um curativo. Beija minha testa e faz o mesmo em si.

— Obrigada, Alex. Por tudo.  


Resumo:

- Cavar o buraco mais rápido ao ouvir os uivos e entregar a mascará para Alex.
- Cobrir o buraco assim que entregar a máscara para Alex e deixá-lo cobrir as imperfeições.
- Pegar minha foice e ficar alerta.
- Concordar com Alex e caminhar para o norte.
- Achar um local seguro e escondido para que ele possa descansar.
- Comer metade de um pão e propor que ele descanse enquanto fico de guarda.
- Ficar de guarda e permanecer atenta enquanto Alex dorme.
- Depois que ele acordar, deixá-lo cuidar do corte em meu supercílio.
- Agradecer a ele e voltar minha atenção para qualquer barulho estranho.



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MensagemAssunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9   Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Icon_minitimeDom Mar 08, 2015 11:22 pm

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10:xx hrs
20ºC
A luz do Sol volta aos poucos.


Valentinne coloca a mochila rapidamente no buraco e a enterra. A garota então pede para seu aliado para arrumar as imperfeições. Assim que terminam tudo ali, eles decidem ir para a floresta do norte. Assim que se aproximam do limite da floresta, escutam um grito feminino vindo de longe. UM CANHÃO DISPARA!

Eles olham um para o outro e imaginam que o grito poderia ser de Jade ou de Lydia e que uma das duas poderia estar morta agora. O casal entra na floresta do norte.

Situação:
Saúde (90/100)
Fome (98/100)
Sede (96/100)

Pertences:
- Foice (mão)
- Mochila laranja (costas)
- 2 Capas de chuva (mochila)
- 2 Lanternas (mochila)
- 2 Pares de luvas de couro (mochila)
- 2 Cubos pretos (mochila)
- 3 Caixinhas de fósforos (mochila)
- 2 Pacotinhos de carvão (mochila)
- Cobertor (mochila)
- 3 Pilhas (mochila)
- 4 Cantis com água (500 ml cada) (mochila)
- 2 Kits de primeiros socorros (mochila)
- Garrafinha com álcool (mochila)


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MensagemAssunto: Re: Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9   Valentinne Valerious - Tributo Feminino do Distrito 9 Icon_minitime

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