Tori Miller - Tributo Feminino do Distrito 4

Assunto: Tori Miller - Tributo Feminino do Distrito 4 Seg Nov 17, 2014 2:00 am

Relembrando a primeira mensagem :

Tori Miller

Idade: 17 anos.
Altura: 1,67 m.
Peso: 56 kg.
Distrito: 4.
Destro ou canhoto? Destra.
Ocupação: Arquiteta Naval em Treinamento.

Perícia com: Adaga(70%).

Habilidades: Natação(100%), Armadilhas(100%), Furtividade(50%), Escalada(50%), Identificação de alimentos(50%).

Distribuição dos Atributos:
Agilidade: 9
Precisão: 1
Inteligência: 8
Força: 3
Charme: 4 {Tem um pequeno espaço nos holofotes}
Carisma: 0
Astúcia: 10
Resistência: 8

Fraqueza: Matar.

Photoplayer: Elizabeth Olsen.

Três palavras: Detalhista, delicada e esperta.

Sobre: Desde pequena assistia meu pai projetando e construindo barcos para a pesca do Distrito 4. À noite, no escritório, meu pai me mostrava as plantas de seus futuros projetos. Alguns dias depois, eu olhava para a janela dos fundos da casa, com vista para praia, e o barco estava pronto, exatamente como no desenho. Aquilo era mágica para mim, e eu queria ter esse poder. Logo, comecei a acompanhá-lo no trabalho para aprender suas técnicas, e até mesmo arriscava fazendo minhas próprias plantas.

Aos 17 anos, já sou praticamente profissional em arquitetar e construir barcos. Meu pai tem muito orgulho de mim, me apresenta para todos os influentes na área. Acredito que o que me faz destacar entre os demais seja o meu perfeccionismo, construir um barco já exige muito esforço e horas de trabalho debaixo do sol, mas eu exijo ainda mais de mim mesma e às vezes passo noites trabalhando para que fique exatamente como quero.
Minha mãe já não é ligada à construções, o negócio dela é uma vendinha de peixes. No Distrito 4, é de se esperar que exista muita concorrência nessa área, por isso nem sempre as vendas vão bem e por algum tempo precisei ajuda-la nessa parte. Agora os negócios vão bem, admito que minha mãe tem um dom para vendas e até mesmo me ensinou um pouco sobre isso. Pro meu pai, eu já sou a melhor vendedora do Distrito 4, mas eu acho isso um exagero. Apenas ajudo-o negociando os seus barcos, o que antes era sua maior dificuldade.

O mundo de meus pais gira em torno de mim. Sou filha única e tudo o que eles fazem é pelo meu futuro, mas agora também tenho outra família: a do meu namorado. Connor e eu já estamos juntos há um ano, me apeguei muito à seus irmãos e por saber que seu plano é participar dos Jogos Vorazes, quero poder ajudar a cuidar dos mais novos. Meus pais também já veem Connor como um membro da família, eles dizem que querem ser o apoio familiar que meu namorado não tem. Fico muito feliz por isso porque não vejo meu futuro de outra forma que não seja ao lado dele.

Tori Miller

Com a fraca iluminação da noite, mal era possível ver os bestantes. Quando um deles se aproximou da boca da cornucópia, recuei alguns passos. Se algum deles me visse, eu estaria perdida. Para minha sorte, aqueles bestantes não tinham sentidos aguçados.
O Duende deu um grito para os bestantes e ouvi o barulho deles desaparecendo lentamente. Muito provavelmente estão indo caçar outros tributos, mas quem seria? Distrito 6 ou Distrito 9?

Mesmo não tendo muitas opções, fico feliz que tenham ido embora da cornucópia. Era impossível pregar os olhos, mesmo eu sabendo que descansar seria necessário agora. Me encosto na parede e vou sentando lentamente, afundo minha cabeça entre as pernas e começo a pensar em todos os motivos que tenho para sair daqui.

Não teria mais volta. Eu precisava voltar, e isso não era só por minha causa. Era por meus pais, que provavelmente choravam diante da TV nesse momento; Por Cloe e Matthew, os irmãos de Connor, mais do que nunca eles precisariam de mim, o número de perdas recentemente com certeza afetaria o psicológico de ambos; E por Connor. Esse foi seu último pedido do meu namorado e não tê-lo mais ao meu lado... Não, eu não aguento mais chorar. Preciso sair daqui, primeiro. Depois posso chorar todos os dias por tudo o que aconteceu aqui.

Quando fui chamada para os jogos, meu único pensamento era que eu jamais mataria alguém. Tinha medo de fazer pessoas sofrerem, ainda mais com sangue. Meu medo era evidente. Mas hoje, eu sei que matar é uma necessidade. É de longe um prazer, não chega nem perto de algo que eu tenha vontade que aconteça, mas eu precisaria fazer. E eu faria, caso precisasse.

RESUMO:
- Ficar atenta a qualquer barulho vindo de fora;
- Pensar em todos os motivos que tenho para sair daqui;
- Tentar relaxar o corpo e ver como estão as dores musculares;
- Não largar minha adaga por nada.

Tori Miller - Tributo Feminino do Distrito 4 - Página 4 KzCoRryeQTori

00:xx hrs
10ºC
"It's Final Four."

Tori senta-se no chão e coloca a sua cabeça apoiada em seus joelhos, mas sempre atenta aos barulhos lá fora. Tudo parecia mais calmo agora, de modo que a garota aproveita o momento para pensar nos motivos para fazer de tudo para voltar para casa. Os rostos de seus entes queridos surgem rapidamente em sua mente, mas todos pareciam incrivelmente tristes. Não havia como ter qualquer pensamento feliz naquele momento. UM CANHÃO DISPARA!

A jovem se levanta rapidamente e olha para fora do chifre. Suas mãos tremiam, mas ela ainda segurava com firmeza a sua arma. Nenhum movimento lá fora e nenhum sinal de qualquer tributo. Um arrepio gélido percorre por todo o seu corpo assim que um certo pensamento passa por sua mente: há agora apenas quatro tributos vivos na arena.

Situação:
Saúde (70/100)
Fome (90/100)
Sede (100/100)

Pertences:
- Adaga (mão direita)
- Rede de pesca danificada (mão esquerda)
- Par de luvas de couro (vestido)
- Máscara de gás (vestido)
- Óculos de visão noturna (vestido)

- Casaco branco encharcado (chão)

- Mochila (cintura)
- Faca (mochila)
- Comprimidos para dor (2 unidades) (mochila)
- Pacote com biscoitos (com 4 biscoitos) (mochila)
- 2 Pares de meias brancas encharcada (mochila)
- Cantil com água (100ml) (mochila)
- Pacote com carne seca (com 4 tiras de carne) (mochila)
- Adaga (mochila)

Tori Miller

Ouço um disparo de canhão. Os bestantes provavelmente mataram alguém. Por um segundo sinto aquele peso da morte, mas depois me distraio pensando em como todos os tributos restantes haviam nos prejudicado e colaborado para a morte de Connor: os dois tributos do 9, que realmente haviam nos atacado, e os dois do distrito 6, que nos traíram e nos abandonaram para a morte. Fico imaginando quem havia morrido. Sinto raiva deles como nunca havia sentido por mais ninguém, e isso ajuda para que eu não me sinta mal pelo canhão, ou para que eu me esforce ainda mais para voltar pra casa, fazendo o que for preciso.

Rapidamente, agarro minha adaga e olho para fora do chifre. Não havia nenhum movimento. Percebo então como esse impulso havia sido arriscado. Se tivesse alguém ali fora, teriam percebido minha presença, e é exatamente o que não quero agora. Restam três tributos na arena além de mim, e eu deveria passar desapercebida o máximo possível enquanto eles lutam um contra os outros. Estou protegida aqui.

Voltaria a me encostar na parede ao lado da porta, onde não pudessem me ver. Ficaria quieta e encolhida, para tentar ser invisível. Se eu percebesse movimentos na cornucópia, não me atreveria a ir para a porta novamente, onde pudessem me ver, apenas prestaria atenção nos barulhos e sombras, e ficaria atenta à porta, assim, quando algum tributo ou bestante se atrevesse a entrar por ali, jogaria minha rede e atacaria rapidamente. Eu precisava voltar para casa.

RESUMO:
- Pensar sobre o canhão disparado;
- Voltar para o canto ao lado da porta;
- Ficar encolhida, para não me verem do lado de fora, e o mais invisível possível;
- Continuar atenta aos barulhos e sombras;
- Não me arriscar indo em direção à porta;
- Se algum bestante ou tributo entrar no chifre, jogar minha rede rapidamente e ataca-lo;

02:xx hrs
10ºC
"The crickets sing a song for you.
Don't say a word, don't make a sound."

Tori continua a manter sua estratégia de permanecer escondida no chifre dourado. Os minutos parecem passar lentamente, se tornando uma eternidade. UM CANHÃO DISPARA! Ela olha assustada mais uma vez para fora da Cornucópia, esperando que alguém entrasse ali e a atacasse. Mas mais uma vez, nenhum sinal de vida. O silêncio lá fora começa a perturbar os ouvidos da garota, assim como a falta de informações dos outros dois tributos vivos mexiam com a sua mente. Mais cedo ou mais tarde, eles teriam que se encontrar... Ou Tori teria a sorte de vencer sem precisar encará-los?

Situação:
Saúde (70/100)
Fome (87/100)
Sede (97/100)

Pertences:
- Adaga (mão direita)
- Rede de pesca danificada (mão esquerda)
- Par de luvas de couro (vestido)
- Máscara de gás (vestido)
- Óculos de visão noturna (vestido)

- Casaco branco encharcado (chão)

- Mochila (cintura)
- Faca (mochila)
- Comprimidos para dor (2 unidades) (mochila)
- Pacote com biscoitos (com 4 biscoitos) (mochila)
- 2 Pares de meias brancas encharcada (mochila)
- Cantil com água (100ml) (mochila)
- Pacote com carne seca (com 4 tiras de carne) (mochila)
- Adaga (mochila)

Tori Miller

Mais um disparo. Outra morte. Meu corpo estremece e tento imaginar quem ainda estaria vivo. Será que os dois que morreram eram do mesmo distrito? Nesse caso, eu teria que enfrentar dois tributos de uma vez quando me achassem. Eu torcia para que um de cada distrito tivesse morrido, para que os restantes se enfrentassem antes de vir até mim.

Estar dentro da cornucópia, escondida, era reconfortante, mas ao mesmo tempo, me deixava impaciente. Era dificil ficar parada ali sem saber o que está acontecendo do lado de fora da cornucópia, mas seria o mais seguro por enquanto, e isso era o mais importante, então me mantenho firme encostada à parede.

Sinto um indício de fome, e pego o pacote de bolacha restante para me alimentar. Não fazia mais sentido economizar comida, já que o jogo acabaria a qualquer momento. Continuo quieta, no canto do chifre e o mais invisível possível. O plano de ataque continua o mesmo, mantenho a rede em minha mão e a adaga ao alcance da outra.

Fico repassando em minha mente os motivos para voltar para casa: meus pais, Cloe e Matthew, o último pedido de Connor. Por mais que cada morte me estremecesse, e a ideia de matar alguém me assustava, eu sabia que era isso o que eu precisava fazer para sair dali, e a cada morte, estava mais perto disso acontecer.

RESUMO:
Pensar sobre o canhão disparado;
Ficar no canto ao lado da porta;
Ficar encolhida, para não me verem do lado de fora, e o mais invisível possível;
Continuar atenta aos barulhos e sombras;
Não me arriscar indo em direção à porta;
Comer bolacha;
Se algum bestante ou tributo entrar no chifre, jogar minha rede rapidamente e ataca-lo;

01:xx ~ 06:xx hrs
10ºC
"The crickets sing a song for you.
Don't say a word, don't make a sound."

Tori persiste quieta, escondida e encolhida dentro do chifre dourado. O tempo continua a se arrastar e a garota permanece de vigília, preparada para atacar a qualquer sinal de movimento na entrada da estrutura de metal, entretanto as coisas permanecem tranquilas por algum tempo.

O Leprechaun não se movimentava ou pronunciava uma palavra se quer já havia um bom tempo e o silêncio começava a parecer suspeito e incomodativo. A garota sente a necessidade de trocar de posição e durante o movimento sente uma tontura repentina. Ela se apoia na parede de metal até que o mundo pare de girar, e então volta a sentar no mesmo local, come alguns biscoitos para saciar a fome e retorna a sua tarefa de vigia.

Horas se passam, de forma que a escuridão da noite aos poucos vai cedendo seu lugar para a luz do dia. Um sentimento rançoso de cansaço começa a invadir o corpo de Tori sutilmente, mas a garota dá seu máximo para se manter alerta.

— OUCH! - A voz do Duende vibra pelo ar com um tom de surpresa e dor, acompanhada por um silvo parecido com o que soa quando uma gota de água gelada atinge uma superfície quente.

Silêncio. Tori estica o pescoço em um reflexo involuntário para observar discretamente o lado de fora da Cornucópia e percebe que aos poucos, gotas de chuva dispersas começam a molhar a areia.

— É... PARECE QUE EU JÁ CAUSEI PROBLEMAS DE MAIS POR AQUI... - o Leprechaun se pronuncia mais uma vez, porém com o tom carregado de malícia - A SITUAÇÃO ESTÁ PARA FICAR BEM FEIA, APROVEITEM SEUS ÚLTIMOS MOMENTOS DE VIDA, CRIANÇAS.

Tori ouve uma lufada de vento e depois silêncio novamente, a não ser pelo som das gotas de chuva atingindo o teto da Cornucópia. Parecia que, em alguns segundos, começaria a chover.

Situação:
Saúde (70/100)
Fome (80/100)
Sede (84/100)

Pertences:
- Adaga (mão direita)
- Rede de pesca danificada (mão esquerda)
- Par de luvas de couro (vestido)
- Máscara de gás (vestido)
- Óculos de visão noturna (vestido)

- Casaco branco encharcado (chão)

- Mochila (cintura)
- Faca (mochila)
- Comprimidos para dor (2 unidades) (mochila)
- 2 Pares de meias brancas encharcada (mochila)
- Cantil com água (100ml) (mochila)
- Pacote com carne seca (com 4 tiras de carne) (mochila)
- Adaga (mochila)

Tori Miller

Levo um pulo quando a chuva começa a cair. O duende mantinha sua voz mais amena, como se não estivesse tão bravo com tudo, penso que talvez agora fosse uma boa hora para conversar com ele e acusar o distrito 6 por queimar a floresta. Ainda me lembro de tudo o que fizeram a nós. Nada do que aconteceu teria realmente acontecido se eles não tivessem fugido. Por outro lado, talvez eles estejam mortos agora mesmo. Quando me preparo para sair falar com o duende, consigo ver que um vento forte passou pela cornucópia, como se levasse algo. O Duende.

A chuva começa a cair aos poucos e logo penso nos raios. Eu não poderia ficar aqui sem proteção alguma, ainda mais agora que o duende tinha ido embora. Será que Mags me ajudaria?

Olho para uma das câmeras dentro da cornucópia e faço meu pedido. Se os patrocinadores e Mags estivessem do meu lado, acredito que me ajudariam. A princípio não sei muito bem como me colocar diante da câmera, mas tomo coragem e digo tudo de uma só vez.

- Por favor, preciso de ajuda. – Faço uma pausa, respiro fundo e faço meu pedido. – Preciso que me enviem algo para curar a dor e que me ajude a vencer, sem essa dor poderei ajudar ainda mais! E também, acredito que os raios tomarão conta daqui... Assim como evitamos chuvas na praia, preciso evitar também. Me enviem também um sapato de borracha, por favor? Não gostaria de pedir tanto a vocês, mas eu realmente preciso voltar para casa. Por Connor e todo distrito 4.

Quando me dou conta de tudo o que eu disse, recuo novamente e lágrimas surgem em meus olhos. Sentia que não conseguiria fazer isso sozinha. Eu preciso da ajuda deles, preciso que eles me ajudem. Ainda citei Connor em minhas falas, o que me fez lembrar um pouco da perda...

Pego o pacote de carne seca e o cantil com água. Como uma das tiras e bebo toda água do cantil, em seguida, aproveitaria a chuva para reabastecer meu cantil todo quando fosse buscar o que os patrocinadores me enviaram. Tento ser o mais ágil e cautelosa possível durante o caminho. Retornaria rapidamente para dentro da cornucópia, onde eu estaria segurando a rede com uma das mãos e a adaga com a outra.
Apesar de tudo, fico repassando tudo o que disse para a câmera, anteriormente. Eu realmente precisava voltar para casa.

RESUMO:
- Pedir para os patrocinadores um remédio bom para curar minhas dores e um sapato de borracha, para não correr o risco de levar choques;
- Comer uma tira de carne e toda água do cantil;
- Reabastecer a água do cantil quando buscar o que os patrocinadores enviaram;
- Me manter atenta e cautelosa a tudo, sempre procurando qualquer sinal de perigo;
- Voltar para dentro da cornucópia o mais rápido possível;
- Manter minha rede e minha adaga em mãos para caso seja necessário.

06:xx hrs
10ºC
"You can't break me!
I'm trying to survivor. I'm not ready to die!"

Tori procura uma das câmeras dentro da Cornucópia e pede patrocínio. Ela olha para fora do chifre, mas nada parece pousar ali. A garota abre a sua bolsa para tirar alguns suprimentos, mas para assim que algo adentra ao chifre dourado. Ela agarra com firmeza a sua rede de pesca e sua adaga, dando passos para trás e se afastando de perto da entrada.

Alpha se encosta na parede da Cornucópia, respirando com dificuldade e com sua vestimenta com pequenas corrosões. Partes de sua pele estavam vermelhas e irritadas, além de um ferimento improvisado com curativo em uma de suas pernas. O garoto segura uma kusarigama negra da lâmina dourada com as mãos. Logo após o garoto entrar, Athena também aparece. Ela também tinha sua pele avermelhada e seus trajes danificados, mas não parecia sofrer tanto quanto Alpha. A garota estava monida de uma faca. Os tributos se encaram.

A chuva continua caindo lá fora, aumentando a sua intensidade a cada segundo.

Situação:
Saúde (70/100)
Fome (80/100)
Sede (84/100)

Pertences:
- Adaga (mão direita)
- Rede de pesca danificada (mão esquerda)
- Par de luvas de couro (vestido)
- Máscara de gás (vestido)
- Óculos de visão noturna (vestido)

- Mochila (cintura)
- Faca (mochila)
- Comprimidos para dor (2 unidades) (mochila)
- 2 Pares de meias brancas encharcada (mochila)
- Cantil com água (100ml) (mochila)
- Pacote com carne seca (com 4 tiras de carne) (mochila)
- Adaga (mochila)

Tori Miller

A decepção nos meus olhos ao ver que os patrocinadores não tinham me enviado nada era evidente. Fico na esperança de que realmente eles me enviassem algo que pudesse me ajudar, e acabo me perguntando inúmeras vezes: será que sou popular mesmo?
Desde que Adèle e Dior foram mortos por causa de coisas que eu fiz, achava que minha popularidade perante a Capital tinha aumentado, mas infelizmente eles não me ajudaram, de novo.

Dou alguns passos para trás, o barulho da chuva aumentava fora da Cornucópia e seguro novamente minha rede. Fico pensando nos tributos sobreviventes, em uma tempestade dessas eles poderiam... Sinto meu corpo enrijecer quando vejo Alpha na entrada da cornucópia segurando aquela mesma arma negra que tinha ganhado quando fizemos uma aliança. Ele parecia completamente exausto e acabado. Mantinha sua kusarigama nas duas mãos e sua pele estava toda avermelhada. Vejo um ferimento rápido em uma de suas pernas, o que provavelmente o faria perder agilidade caso tentasse me atacar. Tentasse não. Eles iriam. Alpha era extremamente perigoso, ainda mais com uma arma daquelas.

Vejo Athena entrando logo em seguida. Ela não parecia tão mal quanto Alpha, mas ainda assim, parecia um pouco cansada e sua pele também estava irritada. Sinto meu corpo tremer um pouco, eu estava em desvantagem, mas Athena nunca pareceu querer ferir alguém, até mesmo quando eu havia aceitado seguir em direção aos kits, ela queria ficar porque se sentia um peso morto. Será que ela ainda se sentia assim?
Eu tinha confiado nela. Confiado em Alpha. Sinto meu rosto esquentar, a raiva que sentia deles dois era muito grande. Meus pais sempre haviam me ensinado a nunca sentir algo ruim pelas outras pessoas, mas como era possível não odiar aqueles que nos abandonaram? Se eles tivessem nos ajudado, Connor ainda estaria aqui.

Sinto meu corpo e mente sendo tomados pela adrenalina. Eu não gostaria de matar ninguém, não queria matar. Nunca fui um dos meus propósitos, mas era necessário. Tento desviar do ataque de Alpha ou Athena, sem dar ouvido a nenhum dos dois, caso tentem falar comigo, e rapidamente jogo minha rede em cima de Alpha. Talvez a rede não o segurasse por muito tempo, então tomei a atitude de ser ainda mais rápida, fazendo os movimentos necessários para me aproximar e achar uma brecha. Aproveitaria do seu cansaço para me aproximar ainda mais de Alpha, sempre mantendo uma distância de sua arma, em seguida, me vejo próxima a sua cabeça. Nunca desejei fazer nada do tipo, sinto que nunca iria me perdoar pelo que eu faria em seguida, mas precisava ser feito. Connor me pediu para voltar. Eu precisava voltar, por Connor, por meus pais. Vejo minha adaga entrar na cabeça de Alpha, e rapidamente sair. O choque da morte seria muito grande para mim, mas estaria disposta a mata-lo. Ou era eu, ou eles, e ainda não estou pronta para morrer.

Ao me afastar, tentaria me proteger de qualquer ataque de Athena usando o corpo de Alpha, jogando-o para cima dela se puder. Consigo ver a dor nos olhos dela, talvez a mesma que eu tinha sentido quando meu namorado tinha partido.

- Vocês nos traíram! – grito. – O Connor morreu e vocês também são culpados!

Me inclino rapidamente, e com um impulso, me lanço para acertar Athena antes que ela mesma pudesse fazer isso. A dor era muito grande, a traição era muito grande e eu me sentia assim. Sentia que não poderia me quebrar mais, porque talvez fosse possível juntar e colar todos os cacos quebrados que os Jogos Vorazes tinham me causado.

RESUMO:
- Ficar triste por não receber patrocínio;
- Observar e analisar o movimento de Alpha e Athena;
- Desviar de qualquer ataque deles e qualquer coisa que viessem a dizer, procurando fazer o primeiro movimento;
- Jogar minha rede para distrair Alpha e me aproximar mais de seu corpo, sempre desviando de qualquer tentativa de ataque;
- Mesmo com a hesitação, lembrar que era eu, ou eles. Acertar a cabeça de Alpha com a adaga e empurrar seu corpo para cima de Athena;
- Gritar com Athena e me lembrar dos motivos para voltar para casa;
- Lembrar do que Connor havia me pedido;
- Procurar me lançar sobre Athena e mata-la antes que ela pudesse me acertar;
- Evitar o máximo ser acertada, e sempre procurar brechas para mata-los;

Tori Miller - Tributo Feminino do Distrito 4 - Página 4 Arenaxxxx

06:xx hrs
10ºC
"When he comes to me I am ready,
I wash his feet with my hair if he needs.
Forgive him when his tongue lies through his brain,
even after three times he betrays me.
I'll bring him DOWN! Bring him DOWN, DOWN!"

Logo a confusão se instala no interior da Cornucópia. Tori não tira os olhos de Alpha e Athena. A garota segura com firmeza a sua rede de pesca e observa atentamente os movimentos de seus adversários. Athena tenta pedir calma para Tori, o que a irrita mais, pois o Tributo Feminino do Distrito 4 acaba se lembrando do que os Tributos do Distrito 6 fizeram. Tori arremessa a rede em cima de Alpha.

Ainda com a rede no ar, Alpha dá um golpe na armadilha cortando parte dela, mas ainda ficando um pouco atrapalhado com a mesma quando ela cai em cima dele. Tori toma impulso para acabar com a vida do garoto, mas acaba percebendo com o canto do olho que Athena também avança para cima dela. Ela para em modo defensivo e desvia do golpe de faca de Athena, cravando a sua adaga em seguida no abdome da jovem. Tori era bem mais astuta e rápida que sua adversária. Athena dá alguns passos para trás e cai sentada, gemendo de dor. Da arma do Tributo Feminino do Distrito 4 escorria o sangue de Athena.

Algo se enrola na mão de Tori (a que segura a adaga) e a puxa em direção a Alpha. É a corrente dourada de sua arma. O garoto está livre da rede e olhava fixamente para a jovem. Ele parece assustado. Tori tira a sua máscara de gás e os óculos de visão noturna e os joga no chão. Alpha não dá sequer um passo em direção a ela. E eles ficam ali, se encarando.

— Vocês nos traíram! Connor morreu e vocês também são culpados! - grita Tori.

Situação:
Saúde (70/100)
Fome (80/100)
Sede (84/100)

Pertences:
- Adaga (mão direita)
- Par de luvas de couro (vestido)

- Mochila (cintura)
- Faca (mochila)
- Comprimidos para dor (2 unidades) (mochila)
- 2 Pares de meias brancas encharcada (mochila)
- Cantil com água (100ml) (mochila)
- Pacote com carne seca (com 4 tiras de carne) (mochila)
- Adaga (mochila)

Tori Miller

Em um movimento rápido, vejo Athena tentando me atacar, aquela mesma Athena que parecia totalmente indefesa e se sentia um nada quando todos nós corríamos em direção a Cornucópia. Tomada pela raiva, vejo minha adaga se encontrando com o abdome de Athena, e só então entendo a situação. Athena tinha tentado me matar, essa era a intenção dela. Me apunhalar pelas costas, mais uma vez. Ela nunca foi sincera conosco, e eu tinha sido honesta com ela, todas as vezes. Agora ela está no chão, gemendo de dor e minha adaga banhada com seu sangue.

Alpha me surpreende com a corrente de sua kusarigama, agora presa em meus braços. Minha rede estava no chão, ainda mais danificada, e Alpha parecia totalmente inseguro do que estava fazendo. Nossos olhares se encontram. Eu sabia que era ele quem tinha feito todo o trabalho pela dupla até agora, e minha raiva não diminuiu nem um pouco por isso. Alpha também nos traiu. Jogo minha máscara de gás e meu óculos de visão noturna no chão e grito com os dois.

Rapidamente, meu próximo movimento teria que ser um ataque rápido e surpresa. Alpha era mais forte que eu e provavelmente me puxaria em sua direção, então aproveito da minha agilidade, inteligência e astúcia para pega-lo de desprevenido sem ser acertada pela parte afiada de sua arma. Pego minha adaga da mochila, que estava presa na minha cintura, rapidamente com a mão esquerda e quando Alpha tentasse me puxar, empunharia a adaga em seu coração, o mesmo faria se pudesse usar a outra mão. A pressão em minha consciência era muito grande e eu já não via mais o por que de não matá-los, afinal, ou era eu, ou eles.

Connor tinha me feito um pedido, minha família precisava de mim e os irmãos de meu namorado, também. Eu queria viver, mas para isso, eu precisava derrubar Alpha primeiro. E eu iria derrubá-lo.

RESUMO:
- Usar a Inteligencia para tentar me ver livre da corrente de Alpha;
- Em um movimento rápido, sacar minha segunda adaga com minha outra mão e acertar Alpha no coração;
- Usar a astúcia para não ser pega pela lâmina afiada da Kusarigama;
- Ter consciência de que agora era eu ou eles. Não hesitar para atacar;
- Matar Alpha com todas minhas forças.

06:xx hrs
10ºC
"This is the part when I break free,
'cause I can't resist it no more."

Tori pensa rapidamente em um plano para derrubar o seu adversário. A garota coloca sua mão esquerda dentro de sua bolsa, procurando sua segunda adaga, até que o puxão de Alpha a puxa para baixo, fazendo-a perder o equilíbrio e cair de joelhos no chão. Por causa do incidente com a eletricidade de sua própria rede de pesca especial, a garota havia danificado parte de seu equilíbrio. O garoto era realmente muito forte.

O Tributo Feminino do Distrito 4 segura com firmeza a sua arma e parte para atacar Alpha, percebendo que o garoto não hesitaria em matá-la. Ela mira a barriga do rapaz, mas por causa de sua precisão ela acerta a virilha do Tributo Masculino do Distrito 6. Ele grita com o golpe, dando alguns passos para trás. Tori tenta se levantar para encará-lo, mas acaba recebendo um golpe direito da arma do jovem em sua barriga enquanto tentava se por em pé. Ela cai de costas no chão, sentindo a imensa dor, quando o garoto retira a lâmina dourada.

Tudo de repente é tomado por uma luz branca e Tori não sente mais a dor alguma. No meio da luz, Connor surge, oferecendo-lhe sua mão. A garota gentilmente a pega, confusa com tudo o que está acontecendo. É então que o último suspiro deixa o seu corpo.

O CANHÃO DE TORI DISPARA!

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