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| A Colheita no Distrito 05 | |
| | Autor | Mensagem |
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Wallace McQueen Admin
Mensagens : 778 Data de inscrição : 25/09/2014 Localização : Capital Jogador : Állan
| Assunto: A Colheita no Distrito 05 Qui Set 25, 2014 6:25 pm | |
| A Colheita no Distrito 5A Colheita então tem seu início. Depois de inscritos, todos os jovens entre 12 e 18 anos se dirigem para seus lugares. Todos os garotos e as garotas do distrito estavam ali. Todos separados por idade. Muitos deles estavam nervosos, alguns até choravam.
A vitoriosa do distrito estava sentada ao lado do Prefeito, Holly Jones., mas nem sinal do outro vitorioso, Fennel Honeyman.
Depois do discurso do Prefeito, um representante da Capital chega para dar início ao sorteio. Ele veste roupas estranhas e tem seus cabelos tingidos de uma cor muito artificial. O filme trazido direto da Capital começa a rodar, e quando o mesmo termina, o homem estranho e de aparência artificial começa seu show.
- Chegou a hora de selecionar os nobres e corajosos tributos que terão a honra de representar o Distrito 5!Tributo do Distrito 5!
Você deve postar nesse tópico, narrando quando chegou, assistiu ao filme e viu tudo acontecer. Mas atenção! Você irá narrar apenas a sua entrada, o tributo será selecionado por mim, então não deve mencionar que se voluntariou ou foi selecionado, narre apenas que você está presente no local. O que sente. | |
| | | Emily Clarke
Mensagens : 20 Data de inscrição : 31/10/2014 Idade : 28 Localização : Distrito 5 Jogador : Matheus Leonardo
| Assunto: Re: A Colheita no Distrito 05 Sex Jan 09, 2015 1:03 am | |
| -Emily Clarke-
Acordo com uma luz na minha cara achando ser Fennel me acordando de madrugada por não conseguir dormir, ele sabe que não gosto de luzes na minha cara, ele sabe que não gosto muito da noite mesmo gostando de ficar acordada com ele até tarde conversando. Assim que levanto vejo que estou perto de onde costumo ficar na floresta e me pergunto o porquê fui pra lá no meio da noite sendo que eu estava deitada na minha cama na casa de Fennel. Vou andando para casa pelos meus esconderijos onde quase ninguém passa por lá e quem passa com certeza nunca iria falar comigo, por me achar “perturbada”. Quando chego à casa de Fennel percebo que ainda está cedo e ele não acordou. Quando entro na casa tudo está arrumado como se ninguém morasse lá, começo a me desesperar gritando por Fennel e só então entendo que ele fugiu do nosso distrito, fugiu da vida que ele tinha, ou tentava ter, fugiu por eu sempre forçar ele a sair de casa, a mostrar que ele continua forte, ele fugiu por culpa minha, eu nunca irei me perdoar por isso. ~~Desmaio~~ Acordo meia hora depois e olho para os lados e tento me lembrar de o que aconteceu, vejo que Fennel realmente fugiu e que agora não existe mais ninguém para me deixar sana quando eu precisar, alguém para entender o que eu passo, vou até a cozinha, onde vejo uma faca, pego ela e olho meu reflexo por ela, minha cara esta amassada e começo a pensar nos últimos dias, tenho desmaiado sempre que me vejo a ponto de estourar, perco a noção da sanidade e fujo para a floresta para esquecer tudo e todos. Quando olho para o relógio vejo que está na hora de me arrumar, tento me arrumar e me maquiar, mas sempre que tento eu choro pensando no Fennel, então decido ir com a cara limpa, afinal não vou perder nada se eu pudesse nem iria nesta bosta. Me visto com a primeira roupa que acho, até que não estou ruim, posso ser olhado por todos como se ainda fosse rica. Vou até a cozinha e abro um champgne e me forço a descer meia garrafa, afinal pode ser a última vez que eu sinta esse doce sabor na minha boca. Sou uma das últimas a chegar à colheita, todos me olham como se fosse um fantasma, todos cochicham, mas eu não me importo, já sabia que isso poderia acontecer. Vejo uma das vitoriosas do nosso distrito no palco e um lugar vazio ao lado dela, não entendo o porquê de se estar vazio e ninguém do palco fala algo sobre, então talvez eles devem ter decido mudar esse ano. ZZZZz por que todo esse ano tem que passar esse filme, sinceramente , estou pouco me ferrando pelo que aconteceu em Panem.
Última edição por Emily Clarke em Sex Jan 09, 2015 11:24 pm, editado 1 vez(es) | |
| | | Will Rivera
Mensagens : 14 Data de inscrição : 29/10/2014 Idade : 28 Localização : Distrito 5 Jogador : Rafaela Delabona
| Assunto: Re: A Colheita no Distrito 05 Sex Jan 09, 2015 1:28 am | |
| Will Rivera O cheiro de cozido de carne invade a sala de estar. Sento na cadeira pegando um prato enquanto minha mãe chama meus irmãos para jantar. Em poucos minutos todos estão sentados. Meu pai está com uma expressão preocupada, minha mãe parece tensa, Louis se diverte com seu cozido e minha irmã não tocou em sua comida até agora. A colheita os deixam tensos e quietos, principalmente porque é o primeiro ano de minha irmã.
-Esse cozido está ótimo mãe - digo quebrando o silêncio. - Não é a toa que é a comida favorita de Marie. Não é? - olho para minha irmã, ela estuda seu prato.
-Não estou com fome - diz ela.
-Mas se você não comer vai ficar fraquinha, você não queria ficar forte para me ganhar na queda de braço?
Marie começa a comer em pequenas quantidades. Olho de relance para minha mãe, ela me agradece com seu olhar solidário. Eu sei exatamente o que passa na cabeça de minha irmã. O medo e a insegurança nos toma nessa época, mas com o tempo aprendi a reverter esses sentimentos em raiva, e agora tudo o que sinto é repugnância desses jogos.
***
Os pensamentos não me deixam dormir. Amanhã é a minha última vez na colheita, sinto o peso da opressão saindo de minhas costas, mas não totalmente.
-Will? - a voz doce de minha irmã me tira do torpor. Ela entra no meu quarto trazendo seu travesseiro em seus braços.
-Também não consegue dormir? - ela afirma com a cabeça. - Vem aqui.
-Eu não quero ir para a arena, Will... Eu não quero que eles me arrastem como os monstros dos meus sonhos, eu tenho medo. - fala ela deitando do meu lado.
-Você não vai, eles não farão nada com você, eu prometo.
-Mas e se você for escolhido? - sua voz treme.
-É meu último ano e as chances não são lá muito grandes.
Um silêncio se passa, nós dois sabemos que eu posso ser escolhido mesmo assim.
-Você é corajosa, Marie. Nunca deixe que essa coragem acabe, okay? - ela balança a cabeça e fecha os olhos.
***
O sol quente bate em meu rosto. Seguro a mão suada de minha irmã para que ela se sinta segura.
“Estou com um mau pressentimento... proteja sua irmã e se cuide, filho.”, foi tudo o que meu pai me disse antes de eu ir para a colheita.
Chegamos na praça. Marie foi para uma outra fila, o que a deixou um pouco nervosa. Uma mulher coleta o meu sangue e caminho para onde os garotos estão. Olho para o outro lado, a procura de Marie no meio da multidão de meninas enquanto o homem da capital começa a falar.
-Procurando a namorada, Rivera? - diz uma voz masculina atrás de mim.
-Daniel... - digo virando-me para trás. Daniel é o amigo mais próximo que tenho. Ele tem a minha mesma idade, porém alguns centímetros mais baixo. - belo dia, não é? Esse sol me torra e esse cheiro... - inspiro o ar - de spray para cabelo, é magnífico. - digo sorrindo e olhando para o homem com cabelos berrantes.
-Ele é uma criatura bizarra. - debocha Daniel, rindo.
Olho em volta enquanto o filme passa. Todos estão tensos e alguns até choram. De repente me dou conta de que estou com medo e sinto minhas mãos suarem. Olho para as garotas, era ali que ela ficava... Eu passava todo ano com medo de Amélia ser escolhida e estava sempre disposto a me voluntariar caso ela fosse sorteada, só para protegê-la dentro da arena. Naquela época eu não tinha ideia de que eu estava apaixonado por ela, e talvez, se eu não tivesse sido tão orgulhoso, ela estaria aqui. Balanço a cabeça, afastando esse pensamento.
-Chegou a hora de selecionar os nobres e corajosos tributos que terão a honra de representar o distrito 5! - fala o homem no palco.
-Uau! Que demais! Mal posso esperar para morrer! - ironiza Daniel.
-Esse cara fala como se fosse a coisa mais esplêndida que poderia acontecer com alguém. - bufo de frustração.
Volto-me para as meninas, acho minha irmã no meio de umas garotas mais altas. Se escondendo, claro. Percebo que ela balança a perna, nervosa e tensa. Ela está sozinha lá, o que a deixa mais insegura.
“Fique calma... seja corajosa, está tudo bem.”, digo mentalmente para ela, mas acho que talvez eu esteja tentando acalmar a mim mesmo.
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| | | Wallace McQueen Admin
Mensagens : 778 Data de inscrição : 25/09/2014 Localização : Capital Jogador : Állan
| Assunto: Re: A Colheita no Distrito 05 Sex Jan 09, 2015 3:15 am | |
| O SORTEIO- Primeiro as damas!
O homem então remexe os papeizinhos dentro do globo com seus dedos curtos, até que ele retira um deles de lá de dentro. Ele sorri para a platéia e faz um pequeno suspense antes de anunciar o nome do Tributo Feminino do Distrito 5 daquela Edição.
- Emily Clarke.
Todas as garotas respiram aliviadas, menos uma. Os Pacificadores a acompanham até o palco. O estranho homem então se dirigi até o globo com os nomes dos garotos e retira um papel. Assim como os das meninas, ele faz um pequeno suspense, mas logo anuncia o nome do Tributo Masculino.
- Will Rivera.
Os Pacificadores o levam até o palco. Uma vez que seu nome foi chamado e ninguém tomou seu lugar, não há como voltar atrás.
- Se cumprimentem e bom Jogos Vorazes! Então a Colheita se encerra.
Tributos do Distrito 5! Descrevam qual foi o seu sentimento ao ouvir seu nome e o que sentiu no palco. | |
| | | Emily Clarke
Mensagens : 20 Data de inscrição : 31/10/2014 Idade : 28 Localização : Distrito 5 Jogador : Matheus Leonardo
| Assunto: Re: A Colheita no Distrito 05 Sex Jan 09, 2015 11:25 pm | |
| -Emily Clarke-
- Primeiro as damas! Dizia o homem
Parecia que quanto mais eu queria que isso acabasse, mais demorava, como se tudo estivesse parado e apenas eu me mexesse. Até o momento em que meu nome sai da voz grossa do apresentador.
- Emily Clarke. Ele dizia
Eu estava pronto pra sumir daquele lugar, fugir e ir atrás de Fennel, até que a realidade veio a tona, eu estava indo para a morte, eu não estava preparada para isso, no momento era como se eu fosse claustrofóbica e aquelas pessoas me olhando me fazia sentir medo e querer sumir dali, mas precisava permanecer forte e mostrar que nada podia me afetar e que eu ainda “governaria” aquele distrito Quando chego ao palco, uma gota quer sair do meu corpo e mostrar como eu era fraca para eles, mas me mantenho forte. Quando chamam o menino Will Rivera. Comprimento ele com desdém para mostrar que eu sou forte e melhor que ele.
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| | | Will Rivera
Mensagens : 14 Data de inscrição : 29/10/2014 Idade : 28 Localização : Distrito 5 Jogador : Rafaela Delabona
| Assunto: Re: A Colheita no Distrito 05 Sáb Jan 10, 2015 7:20 pm | |
| Will Rivera -Primeiro as damas! - o homem da capital fala com entusiasmo.
Ele se dirige ao globo e pega um papelzinho, e em um súbito, olho para minha irmã. Seus olhos encontram com os meus. O medo está claramente visível em seu rosto.
-Emily Clarke. - minha irmã solta um pequeno sorriso mas não tira os olhos de mim.
Uma garota loira se dirige ao palco e o homem pega o papel do outro globo.
“Meu último ano... Mal posso esperar para me livrar dessa porcaria de uma vez.”
Olho novamente para minha irmã. Ela ainda sorri.
-Will Rivera. - a voz do homem bizarro me atinge como um soco no estômago.
“Não, não, devo ter escutado errado... Não é possível.”
O sorriso de minha irmã desaparece dando lugar ao olhar de pânico novamente. Minhas pernas tremem. Foi isso mesmo que eu escutei? Viro-me para Daniel, seu rosto tem uma expressão atônita.
“Sim... Eu fui escolhido”
Não sei o que fazer. Quero correr dali, quero gritar, mas não posso fazer nada. Começo a andar em direção ao palco, olhos me seguem, porém não me sinto desconfortável, nunca fui de ser tímido. Tudo parece ocorrer lentamente e minhas pernas parecem serem feitas de chumbo. Minha irmã grita meu nome mas não consigo mais ouvi-la. O pacificador ao meu lado fica atento para que ela não saia correndo atrás de mim. Vejo lágrimas percorrendo pelo seu rosto e o desespero invade mais forte em meu corpo. Como irei protegê-la se eu mesmo não consigo me proteger? Subo as escadas com o coração palpitando, mal consigo respirar direito. Paro ao lado do representante da capital. Meu estômago revira e começo a transpirar. Algumas garotas olham diretamente para mim, mas não me importo. Observo minha irmã, ela abraça uma garota que deve ser sua amiga. Minha mãe, que está no fundo, tenta conter as lágrimas e meu pai continua com sua mesma feição carrancuda, porém seus ombros estão caídos, ele sabia que algo de ruim aconteceria. E por fim, olho para Daniel que me encara com os olhos vazios e abatidos. Estou com medo... Medo de ter que deixá-los, medo de ter que pensar que eles estão sofrendo, medo de estar nos pesadelos deles. Mas eu voltarei, por eles.
-Se cumprimentem e bom Jogos Vorazes! - diz o homem com um sorriso em seu rosto.
Olho para a garota ao meu lado. Sinto uma certa estranheza em mim. Ela estende o braço, hesito observando suas mãos. Por que me sinto assim?
“Só aperte a porcaria da mão, Will!”
Meu braço treme ao estica-lo. Aperto gentilmente a mão fria e sem ânimo da garota. Esse toque faz um frio percorrer em minha espinha, logo a solto. Minha garganta fecha, olho para o céu azul tentando não chorar, e por alguma razão, lembro-me da garota do distrito nove da edição passada.
“Tenha coragem... Só desta vez.”
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| | | Wallace McQueen Admin
Mensagens : 778 Data de inscrição : 25/09/2014 Localização : Capital Jogador : Állan
| Assunto: Re: A Colheita no Distrito 05 Sáb Jan 10, 2015 9:09 pm | |
| A DESPEDIDADepois de se cumprimentarem, os tributos são levados para dentro do Edifício da Justiça. Dentro do prédio, eles são separados e colocados em cômodos, onde esperam para se despedirem de seus familiares e conhecidos.
Tributos do Distrito 5! Façam uma breve despedida com sua família e/ou amigos.
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| | | Will Rivera
Mensagens : 14 Data de inscrição : 29/10/2014 Idade : 28 Localização : Distrito 5 Jogador : Rafaela Delabona
| Assunto: Re: A Colheita no Distrito 05 Sáb Jan 10, 2015 11:48 pm | |
| Will Rivera Eu não lembro nada a não ser borrões após nos levarem para dentro do edifício da justiça. Eles nos deixaram em cômodos diferentes, e aqui estou, encarando a porta de madeira escura. Não penso em nada, apenas deixo que o silêncio tome conta. Alguém abre a porta, levanto rapidamente. Minha irmã entra correndo e pula em meus braços.
-Will... por favor, não vá. Eu preciso de você, por favor!
-Ei, está tudo bem... vai ficar tudo bem. Eu não posso fazer mais nada. - digo acariciando seus cabelos.
-Por que você?! - pergunta ela chorando.
-São os jogos, querida... - coloco-a no chão e fico de joelhos. - Ei, olhe para mim - seguro seu rosto com as duas mãos e olho dentro de seus olhos. - Preciso que você seja forte, está bem? - minha garganta dói. - Está vendo isso aqui? - Tiro meu colar de couro com uma porca de parafuso embutida que ganhei de aniversário de 14 anos. Amélia havia me dado esse colar. - Isso aqui vai te proteger enquanto eu não estiver aqui... Quero que você a use, pois sempre que sentir minha falta, um pedaço de mim vai estar contigo. - Ela afirma com a cabeça. Coloco o colar em suas mãos e beijo sua testa, sinto uma lágrima morna percorrer em minha bochecha.
-Eu sei que você vai voltar - diz ela sorrindo. - você é corajoso, apenas não percebeu ainda. Mas eu sei que, alguma hora, você vai descobrir. - ela coloca a mão em meu peito. - Fique bem, Will... eu te amo.
Damos um abraço longo. O colar que a dei tinha muito significado para mim, e agora, tem outro significado para ela.
-Eu também te amo - digo.
Olho com a visão embaçada para alguém perto da porta. Minha mãe. Afasto gentilmente Marie e levanto. Pisco várias vezes para que eu possa ver melhor. Ela leva a mão na boca e balança a cabeça. Abraço-a sem pensar. Com certeza a dor que ela sente é muito maior que a minha. Ver um filho ir para a morte deve ser a pior coisa do mundo.
-Filho... - sua voz falha.
-Shii, eu sei, eu sei.
Ficamos em silêncio por um tempo, apenas consigo escutar o nosso choro. Alguém abre a porta rudemente.
-O tempo acabou. - diz o pacificador entrando na sala
-Seu pai vai trazer o Louis daqui a pouco. Se cuide, filho e por favor, seja forte. Eu te amo. - ela se desvencilha dos meus braços e passa a mão em minhas bochechas, secando-as. Ela dá um sorriso e sai. Marie me dá um abraço breve e sai do aposento olhando para mim. Logo o pacificador fecha a porta e fico sozinho com as lágrimas caindo.
"Mas que merda.", penso levando a mão na cabeça.
Depois de alguns minutos, meu pai entra com meu irmão no colo. Pego Louis e o abraço. Fecho os olhos enquanto o aperto fortemente.
-Você vai embora Will? - ele ainda é pequeno, não tem tanta noção do que está acontecendo. - Você vai voltar, né? - abro meus olhos, meu pai me encara com seus olhos tristes.
-Vou sim, pequeno... Prometo que vou tentar voltar.
-Papai disse que você vai pra um lugar perigoso. Não se machuque, ta? - sorrio, uma lágrima cai com esse movimento.
-Está bem. - deixo-o no chão e olho para o meu pai.
-Filho, ensinei coisas para você que podem ser úteis enquanto estiver lá dentro. Haverá sangue... - ele abaixa o tom da voz para que meu irmão não ouça. - ...mas lembre-se, a sabedoria não pode ser esquecida. Seja esperto. Cada escolha poderá te trazer uma...
-Consequência - falo afirmando com a cabeça - Eu sei pai, você fala isso desde dos meus doze anos - sorrio. Ele olha para o chão e eu o abraço. Ele pode parecer forte por fora, mas por dentro é outra pessoa.
-Eu te amo, meu filho.
-Eu também te amo, pai.
O pacificador abre a porta. Nosso tempo acabou. Meu pai pega Louis no colo. Passo a mão no cabelo de meu irmão e balanço a cabeça para meu pai. E então, sou deixado sozinho novamente.
***
Quando penso que as visitas acabaram, a porta se abre novamente. Daniel entra no aposento com um rosto abatido.
-Cara, mas que merda, ein... - diz ele dando um sorriso desanimado.
-Obrigado por vir - pigarreio. - Você foi a primeira pessoa que conheci na escola, você é um amigo importante.
-Ah... - ele balança a cabeça. - Como foi que isso aconteceu? Estava tudo ótimo, e do nada, pow... - ele imita um arma com a mão e a coloca sobre o peito.
-Eu não sei... eu ainda não consegui engolir essa história. Foi tudo tão rápido.
-Cara, sabe o que você faz? Chega lá e da um jeito em todos eles, não da mole. Você sempre dá um jeito, não é? Então, dá uma de super herói. - ele diz sorrindo.
-O super Rivera. - rio.
Um silêncio desconfortável se segue depois disso.
-Vamos nos abraçar de uma vez - diz ele por fim.
Solto uma risada e o abraço dando leves batidas em suas costas, e ele faz o mesmo. Ele se afasta e o pacificador abre a porta e Daniel começa a sair.
-Vou sentir saudades. - digo.
-E eu de você, docinho!
Começo a rir, mas logo a felicidade vai se esvaindo.
"Talvez eu nunca mais os veja novamente."
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| | | Emily Clarke
Mensagens : 20 Data de inscrição : 31/10/2014 Idade : 28 Localização : Distrito 5 Jogador : Matheus Leonardo
| Assunto: Re: A Colheita no Distrito 05 Dom Jan 11, 2015 6:42 pm | |
| -Emily Clarke-
"Despedida" parece até que fazem pra que eu fiquei pior do que já estou, nem Fennel está aqui para me despedir, assim pelo menos não tenho ninguém que me prenda aqui, diferente daquele Will que parece que tem uma família que o ama até demais, o invejo de ele ter isso. Aproveito o momento que estou sozinha e choro tudo que preciso, pelo visto não terei mais privacidade, sinto meu estomago doer, sinto calafrios, sinto falta de respiração e sinto vontade de vomitar, começo a coçar meu braço até o momento que ele fica vermelho e eu desmaio. Me sinto como se ainda estivesse na cadeira sentada chorando, na minha cabeça, meus pais aparecem e desaparecem, fennel festejando comigo, eu bebendo até o momento em que eu vejo minha mãe morta na cozinha e um chão cheio de sangue, vejo meu pai trabalhando e morrendo, vejo meu prefeito rindo de mim. Me sinto consciente, mas sei que desmaie, sinto que um dos pacificadores me testanto pra ver se estou mentindo para tentar fugir ou se eu estou morta até o momento que um dos pacificadores me pega no colo e me leva até o trem, eu sinto tudo que está acontecendo em volta, mas não consigo acordar. Acordo no trem. Com uma surpresa.
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