Adèle Chamberlain - Tributo Feminino do Distrito 8

Sobre: A situação de Adéle e sua família nunca foi boa, seu pai está morto, seu único irmão tem seis anos e sua mãe muito doente, certamente não teria muito tempo de vida.

Com apenas treze anos ja cuidava da casa, de sua mãe e irmão. Só não tinha tempo para a escola, que era um de seus sonhos.

Certo dia, algo inesperado aconteceu, o prefeito estava em sua casa, sentado num banco perto da cama em que sua mãe estava. Ele falava com ela como se fossem amigos de infância.

– Minha antiga amiga... – Como posso te ajudar? – Disse ele num tom sensível.

Adéle tentou ficar atenta em tudo porém não conseguiu ouvir a resposta da mãe. Alguns minutos depois, o prefeito vinha em sua direção, ela sentia sua mão suar.

"O que ele quer aqui?" ela se perguntava enquanto o homem dava passos pesados em sua direção.  

– Sua mãe não terá muito tempo de vida - Ele abriu um sorriso tentando consolar a pequena garota - mas ela me disse que você, Adéle, seria uma ótima empregada. Depois você entendera o que eu quis dizer.

Demorou alguns meses até Adèle compreender o que tal homem havia dito.

Logo depois de sua mãe partir, a garota teve que se mudar junto com o irmão para a casa do prefeito, trabalhando la todos os dias como empregada domestica. O prefeito é muito generoso com Louis, que agora tem sete anos e estuda. Adèle tenta entender essa relação, ás vezes pensa que o prefeito sente como se fosse pai de seu irmão.

Aos quinze anos, ela já havia tornado-se uma mulher com uma beleza incomparável a qualquer outra em seu distrito, até o prefeito tinha ficado admirado com tamanha perfeição  que vivia com ele faz dois anos.

Os lábios dela haviam encontrado com os dele, o homem mais importante do distrito pela sua primeira vez, que ela não soube descrever o que sentia, apenas deixou-se ser conduzida pelo homem a sua frente. O desejo de Adéle aumentava a cada segundo, sua respiração estava acelerada e seu corpo estava sensível,  aquilo não chegava ser comparado a dor, era algo prazeroso que havia sentido no momento e após disto. Aconteceu outras vezes,  no fim do ano algo que nenhum dos dois esperava: um bebê estava prestes a chegar.

A responsabilidade aumentou novamente, e era tão complicado para ambos, então, tomaram a decisão de que iriam se casar. Ela estaria preparada para isto? Era uma resposta óbvia, já que ela havia passado por muita coisa, mas não... Ela seria a mulher do prefeito, uma garota de apenas dezessete anos.  Agora sou uma Chamberlain, mãe e esposa.

Tanto mudou nesses últimos quatro anos, que chego a me perguntar se consigo mudar ainda mais, penso que não... Não há como, já que a vida é tão curta, ainda mais que vivo num país onde crianças são mandadas a morte. Posso não ser uma criança, mas ainda tenho chances de ser mandada pra “Arena”.