A Colheita no Distrito 04

Assunto: A Colheita no Distrito 04 Qui Set 25, 2014 6:24 pm

A Colheita no Distrito 4

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A Colheita então tem seu início. Depois de inscritos, todos os jovens entre 12 e 18 anos se dirigem para seus lugares. Todos os garotos e as garotas do distrito estavam ali. Todos separados por idade. Muitos deles estavam confiantes, alguns até sorriam para as câmeras.

Os vitoriosos do distrito estavam sentados ao lado do Prefeito. Leonel Fallen, Mags Seekelp, Lartius Wellwood e Hammil Heriot.

Depois do discurso do Prefeito, uma representante da Capital chega para dar início ao sorteio. Ela veste roupas estranhas e tem seus cabelos tingidos de uma cor muito artificial. O filme trazido direto da Capital começa a rodar, e quando o mesmo termina, a mulher histérica e de aparência artificial começa seu show.

- Chegou a hora de selecionar os nobres e corajosos tributos que terão a honra de representar o Distrito 4!

Tributo do Distrito 4!

Você deve postar nesse tópico, narrando quando chegou, assistiu ao filme e viu tudo acontecer. Mas atenção! Você irá narrar apenas a sua entrada, o tributo será selecionado por mim, então não deve mencionar que se voluntariou ou foi selecionado, narre apenas que você está presente no local. O que sente.

Assunto: Re: A Colheita no Distrito 04 Qui Jan 08, 2015 5:36 pm

Connor RR

Acordo com as babadas de Kalos no meu rosto.

- Está bem, está bem, já estou levantando. - Digo empurrando sua cabeça gigante com um dos braços.

Sento-me no pé da cama e passo a mão para arrumar o cabelo. Fico olhando pro meu quarto. Há três tridentes pendurados na parede, todos de campeonatos disputados na academia. Meu guarda roupa acoplado a parede, todo revestido de madeira e do lado da porta uma TV, onde eu assistia todo ano os jogos vorazes. Dessa vez serei eu quem vai estar dentro daquela caixinha, Tori e meus irmãos estarão assistindo tudo aqui em casa.

Tomo meu banho de água gelada e corro para ter um último café da manhã com meus irmãos antes de partirmos.

Matt estava sério e não tirava os olhos de mim.

- Diga, Matt, o que houve? - pergunto.

- Eu só estou com um pouco de inveja de você - responde ele -, queria poder estar nos jogos também.

- É a minha vez agora - sorrio. - Daqui alguns anos será a sua. Além do que, você precisa treinar mais um pouquinho, não é mesmo?

Cloe pega seu copo de leite e começa a fazer comentários que nem eu sabia de onde vinha.

- É, Matt, você ainda é baixinho. Precisa aprender a montar no Kalos se quiser ser bom dentro da arena, não é, Connor?

- Isso aí - respondo rindo.

...

Cloe e Matt vem junto comigo para me acompanhar até a colheita, mas antes precisávamos passar buscar Tori. Esse era o último ano de sorteio para ela, e por não ter nenhuma carreirista, isso a preocupava, e muito.

- Olá - ela diz saindo de casa. - Espera, vou me despedir dos meus pais - ela volta para dentro de casa e sai novamente.

- Oi Tori - Diz Cloe dando um abraço nela, enquanto que Matt tenta manter sua imagem de durão e só acena com a cabeça.

Seguro as mãos de minha namorada e seguimos até a colheita.

O clima em casa não tem estado dos melhores esses dias. Desde que me recusei a criar bestantes para meu pai, ele acabou dando um jeito de ferrar legal os tributos na edição passada.

Já faz duas semanas que o Sr. Borton morreu enforcado. Os outros idealizadores e o presidente o mataram por achar que meu pai tinha manipulado os jogos a sua maneira, simplesmente porque o tributo preferido dos idealizadores tinha morrido. Isso não faz o menor sentido, mas Borton bem que mereceu a morte por tantas outras que ele causou.

Chegamos a colheita eu tinha que me separar de meus irmãos, Kalos e Tori. Olho para eles e sorrio.

- Matt, cuide de sua irmã, seja gentil com ela tanto quanto você seria com um dos apresentadores da Capital, está bem? - pergunto e ele sorri em afirmação. - Cloe, esteja sempre perto de Kalos e Matt. E quanto a você, Kalos - abaixo-me e dou um abraço no lobo gigante. - Cuide de todos que são especiais para mim, está bem? - O animal inclinou e me deu uma de suas patas. Era um sinal de que "sim, eu vou cuidar".

Por último, olho para Tori, ela parecia preocupada.

- Tori, não fica preocupada, está bem? - tento dizer. Não sabia se eu era bom ou não com palavras ou em motivar as pessoas a não ficarem tristes, mas não queria vê-la mal. Tentei aproveitar ao máximo do lado dela todos esses dias. Dou um beijo em sua boca e depois um abraço bem apertado. - Torça por mim, namorada.

Sigo em direção aos garotos de dezoito anos e vejo que todos os rapazes pareciam aliviados ao me ver. É claro, eu seria o idiota que iria se voluntariar daqui alguns segundos...

Assunto: Re: A Colheita no Distrito 04 Qui Jan 08, 2015 6:06 pm

Tori Miller

Quando acordei, fiquei enrolando para abrir os olhos, não queria que aquele dia chegasse. Connor acredita que estou mais quieta ultimamente por medo de ser sorteada, mas isso nem se passa pela minha cabeça com freqüência, sei que a probabilidade não é grande assim, o que mais me atormenta é imaginar meu namorado naquela arena.

Desde que nos conhecemos eu sabia que isso aconteceria, mas ignorava e tentava ver como se não fosse nada de demais, como se fosse certa a volta de Connor, seriam só alguns dias longe dele. Com a colheita já próxima, era impossível eu não perceber como estava me enganando por todo esse tempo. Eu estava apavorada e não queria demonstrar para que meu namorado soubesse que eu acredito nele, que ele é capaz de vencer os jogos, o que não deixa de ser verdade.

Respirei fundo e levantei. Enquanto me arrumava, fiz a trança lateral na parte da frente do meu cabelo que Cloe sempre tenta copiar. Cloe. Os irmãozinhos do Connor viriam morar aqui agora, minha mãe também quer cuidar dos dois e não aceitou um “não” como resposta até que deixassem suas malas prontas.

Desci para tomar o café da manhã com os meus pais. Por mais que tentassem disfarçar, dava para perceber o olhar perdido do meu pai enquanto ele misturava o açúcar na bebida, enquanto minha mãe estava com o rosto inchado, provavelmente chorou durante a noite.

Connor chegou com sua família e fomos todos juntos para colheita. Ele segurava minha mão e me olhava a cada 5 segundos, e isso não me fazia sentir melhor, como deveria. Depois de me despedir de todos e passar pela coleta de sangue, fui para o meu lugar tentando esconder meus olhos marejados. Tentei me recuperar durante todo o vídeo da capital, mas ainda assim procurando Connor de tempos em tempos no meio da multidão.

Assunto: Re: A Colheita no Distrito 04 Qui Jan 08, 2015 6:21 pm

O SORTEIO

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- Primeiro as damas!

A mulher então remexe os papeizinhos dentro do globo com seus dedos longos e magros, até que ela retira um deles de lá de dentro. Ela sorri para a platéia e faz um pequeno suspense antes de anunciar o nome do Tributo Feminino do Distrito 4 daquela Edição.

- Tori Miller.

A garota começa a caminhar até o palco, o silêncio era enorme no lugar. A maioria ficou chocada, já que todos ali conheciam a garota. Ninguém se voluntariou ou ao menos esboçou algum sinal de felicidade ou entusiasmo.

A estranha mulher então se dirigi até o globo com os nomes dos garotos e retira um papel. Assim como os das meninas, ela faz um pequeno suspense, mas logo anuncia o nome do Tributo Masculino.

- Leeno Bolli.

O garoto alto e forte começa a caminhar até o palco, com uma expressão de vitória, até uma voz que vinha do meio da multidão se voluntariar. O nome do voluntário era Connor RR. O silêncio permanece.

- Se cumprimentem e bom Jogos Vorazes!

Então a Colheita se encerra.

Tributos do Distrito 4!
Descrevam qual foi o seu sentimento ao ser sorteado/se voluntariar e o que sentiu no palco.

Assunto: Re: A Colheita no Distrito 04 Qui Jan 08, 2015 6:34 pm

Connor Seaphox

Não, não, não, não, não, não.

Isso não podia estar acontecendo...

Quando ouço a mulher chamando por Tori a minha vontade era gritar, correr até lá e fazer o sorteio novamente. Tantas mulheres nesse inferno de distrito e o nome chamado tinha que ser o da minha namorada?

- Tori... - digo, mas ela já estava longe. Caminhando em direção ao palco.

Ouço a voz da mulher da Capital novamente, não consigo ouvir quem ela havia chamado. Apenas vou correndo em direção ao palco com a mão direita levantada.

- Eu me voluntario! - grito e o silêncio tomava conta de todo distrito 4.

Tori já estava prestes a subir as escadas e esbugalha os olhos quando vê que eu ainda assim me voluntariei. Nunca tinha visto Tori chorar, agora eu podia ver que seus olhos estavam manchados de lágrimas.

Corro em direção à Tori. O único barulho que eu ouvia era o choro de Cloe, ela não conseguia chorar baixinho.

Subo as escadas e ouço a mulher dizendo:

- Se cumprimentem e bom... - Eu abracei Tori no mesmo momento.

Se as pessoas ainda tinham uma visão de que os carreiristas eram maus, eu havia quebrado ali e agora na frente de toda população do Distrito 4. Meus olhos estavam mergulhados em água e o rosto de Tori em meu peito, para que ninguém pudesse ver que lágrimas caiam de seus olhos.

- Eu vou te proteger - digo como um sussurro em seu ouvido.

Assunto: Re: A Colheita no Distrito 04 Qui Jan 08, 2015 6:52 pm

Tori Miller

Quando chamaram o meu nome, parecia que tudo tinha se congelado. Eu estava em choque e não conseguia entender o que tinha acabado de acontecer. Não sei como, mas quando me dei conta já tinha caminhado até a beirada da escada que levava ao palco. Tentava recuperar a minha respiração e desfazer o nó que estava na minha cabeça. Isso não tinha acontecido. Meu nome não havia sido sorteado. Mas contradizer não adiantava.

A mulher da capital continuou o sorteio e pronunciou o nome de um garoto que eu conhecia de vista. Comecei a subir os degraus ainda tentando controlar a respiração, quando ouvi Connor gritando que se voluntariava e não consegui mais segurar a situação.

Tenho certeza que eu teria caído caso meu namorado não tivesse me abraçado. Me dei conta que estava chorando desesperadamente e podia ouvir Cloe fazendo o mesmo ao fundo. Eu odiava chorar em público, mas naquele momento, nada importava. Não queria acreditar que Connor não tinha desistido de se voluntariar mesmo depois que eu fui sorteada. E todos os planos que tínhamos juntos? E seus irmãos? Agora eu tinha a certeza que não teríamos um futuro juntos. Todos as vezes em que sonhei acordada sobre o nosso casamento, ou a casinha que planejávamos construir perto da praia, nada disso aconteceria.

- Eu vou te proteger- sussurrou Connor, com a voz estremecida.

Eu não conseguia pronunciar nada em meio ao choro, apenas o abracei mais forte para que soubesse que também estaria ao seu lado.

Assunto: Re: A Colheita no Distrito 04 Qui Jan 08, 2015 7:27 pm

A DESPEDIDA

Depois de se cumprimentarem, os tributos são levados para dentro do Edifício da Justiça.
Dentro do prédio, eles são separados e colocados em cômodos, onde esperam para se despedirem de seus familiares e conhecidos.

Tributos do Distrito 4!
Façam uma breve despedida com sua família e/ou amigos.

Assunto: Re: A Colheita no Distrito 04 Qui Jan 08, 2015 7:49 pm

Connor RR

Fico ao lado de Tori até a hora da despedida, depois disso me obrigam a ficar em um comodo diferente do dela.

Acabo sentando no chão com a cabeça encostada nos joelhos.

- Porque isso tinha que acontecer agora? Eu ia voltar pra ela, eu falei que ia. - Digo limpando o que ainda restava de lágrimas. Eu nunca havia chorado tanto desde a morte de minha mãe.

Um minuto depois entram Cloe e Matt. Cloe corre para me abraçar. Ela chorava mais do que nunca, seu cabelo sempre tentando ser o mais parecido possivel com o de Tori estava um pouco armado demais. Cloe estava realmente nervosa. Deixo ela ficar chorando no meu peito enquanto Matt começa a falar. Até meu irmão parecia nervoso.

- Como vai ser agora? - pergunta Matt.

Seguro Cloe pelos braços e olho nos olhos dela.

- Vá ver Tori, ela quer que você abrace ela também - digo e beijo a testa de minha irmãzinha. - Vocês ainda poderão me ver, na TV, fique tranquila, está bem? A mãe de Tori vai cuidar de vocês, tenho certeza. Agora vá vê-la... - Com isso Cloe me da um último beijo no rosto e sai correndo da sala.

- Matt... - começo a dizer, mas logo ele me interrompe.

- Você é um carreirista, vai vencer. - Ele responde.

- Não é assim que funciona, carinha. Infelizmente não. Venha cá, me ajude a levantar - estendo as mãos para ele e Matt me ajuda a ficar de pé. - Aconteça o que acontecer comigo, você vai cuidar da sua irmã e ter paciência com ela, está bem? - pergunto.

- Sim, mas Connor... - Vejo seus olhos ficando um pouco merejados também.

- Prometa! - digo a ele.

- Eu prometo, irmão.

- Ótimo. Kalos vai te ensinar muita coisa sobre como ser um carreirista, cuide dele também. Foi a única coisa que o Borton fez por nós.

- Ok...

Vejo dois pacificadores entrando na porta e a mãe de Tori saindo.

- Connor, eu vou cuidar deles, eu prometo! - diz ela enquanto era levada para fora.

- Eu sei que sim, sogra - tento sorrir, mas meu rosto estava um pouco inchado.

Os pacificadores seguram meu irmão também, Cloe já esperava fora da sala. Matt olha para mim, uma única lágrima escorre dos olhos do meu irmãozinho durão.

"Amo você, Connor" dizia ele.

E então a porta se fechou e novamente eu estava sozinho.

Assunto: Re: A Colheita no Distrito 04 Qui Jan 08, 2015 8:46 pm

Tori Miller

Depois da colheita me levaram para uma sala separada. Sentei no chão e me abracei, até que senti uma mão em meu ombro. Era meu pai. Ao seu lado, minha mãe tentava esconder o rosto com as mãos enquanto chorava.

- Minha menina, não vou aguentar ficar sem você. - algumas lágrimas escorriam pelo rosto do meu pai, acho que nunca tinha visto ele chorando antes.

Levantei e abracei os dois ao mesmo tempo.

- Você é mais forte do que acredita, minha filha. Nunca desista. Estaremos aqui te esperando com a Cloe e o Matt. Te amamos muito. - disse minha mãe enquanto limpava meu rosto.

- Eu também amo muito vocês.

A porta se abriu novamente, achei que seriam os pacificadores e dei um passo para trás, mas uma menininha veio correndo e agarrou minhas pernas.

- Cloe! Fique bem, minha pequena. Meus pais cuidarão de você, não se esqueça que vocês também são a nossa família.

Cloe nem conseguiu me responder, os pacificadores realmente chegaram dessa vez e levaram-os para fora da sala, deixando-me sozinha mais uma vez.

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