A Colheita no Distrito 01

Assunto: A Colheita no Distrito 01 Qui Set 25, 2014 6:22 pm

A Colheita no Distrito 1

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A Colheita então tem seu início. Depois de inscritos, todos os jovens entre 12 e 18 anos se dirigem para seus lugares. Todos os garotos e as garotas do distrito estavam ali. Todos separados por idade. Muitos deles estavam confiantes, alguns até sorriam para as câmeras.

Os vitoriosos do distrito estavam sentados ao lado do Prefeito. Jasper Shockness, Onyx McLean, Sapphire Spensgaius e Pearl Valyrian.

Depois do discurso do Prefeito, uma representante da Capital chega para dar início ao sorteio. Ela veste roupas estranhas e tem seus cabelos tingidos de uma cor muito artificial. O filme trazido direto da Capital começa a rodar, e quando o mesmo termina, a mulher histérica e de aparência artificial começa seu show.

- Chegou a hora de selecionar os nobres e corajosos tributos que terão a honra de representar o Distrito 1!

Tributo do Distrito 1!

Você deve postar nesse tópico, narrando quando chegou, assistiu ao filme e viu tudo acontecer. Mas atenção! Você irá narrar apenas a sua entrada, o tributo será selecionado por mim, então não deve mencionar que se voluntariou ou foi selecionado, narre apenas que você está presente no local. O que sente.

Assunto: Re: A Colheita no Distrito 01 Qui Jan 08, 2015 4:54 pm

Dior Citrine

Esse é o dia em que o meu futuro deixa de ser incerto, foram anos pensando nesses jogos e trazer toda aquela fortuna para minha família seria uma honra, porém mais do que arriscada. Me descubro dos leves lençóis de seda dourada e sigo em direção ao banheiro, nu como de costume. Dormir com roupas era extremamente desconfortável e poderia estar no pior inverno de todos, continuaria dormindo despido. No banheiro ligo o chuveiro imediatamente, todas as coisas que aconteceram em minha vida vem à tona, era como se eu estivesse fazendo a escolha errada e alguém quisesse me alertar.

Meu banho dura cerca de trinta minutos, a água quente é agradável demais para que me encurtasse o tempo que tinha debaixo d'água. O café da manhã estava na mesa, agora vestido com uma camisa bege de seda, calças pouco mais escura que a camisa e num tom mais opaco, decorada com finíssimas linhas amarronzadas e sapatos da cor da veste de cima. O relógio que papai me deu quando completei quinze anos de idade não sairia de meu traje, o cabelo sempre arrumado como sempre faço, eu estava elegante e mostraria respeito e beleza à todos da Capital.

Dou um beijo em meus irmãos mais novos e em meus pais, eles têm conhecimento de minha escolha e ficam felizes por isso. Me sento e começo a me servir do café, enquanto minha mãe por alguns segundos expressa sua emoção.

— Dior, você é um ótimo filho. - então ela começa a chorar. - Me promete que vai voltar pra casa, custe o que custar.

— Oh mãe! - tento consolá-la e me aproximo de sua cadeira, segurando o seu braço lhe passando confiança. - Te prometo que farei o possível e impossível pra vencer os jogos. - digo confiante.

Sendo assim toda a minha família me abraça. Sammuel, o loirinho como eu de apenas doze anos, se aproxima de mim e me abraça forte. Era o seu primeiro dia na Colheita e ele sempre me disse que queria ser igual a mim, queria vencer os jogos e ser um vencedor do meu lado. Ele já está na Academia Carreirista e sei que se esforça bastante para dominar suas habilidades, será um bom concorrente no futuro.

— Di... - ele me encara com os olhinhos super felizes. - ...fiz uma coisa pra você.

— Fez? Onde está? - pergunto animado e dando atenção ao pequeno, como sempre faço.

Ele então corre e sobe as escadas de casa, feliz. Enquanto isso meu pai dirige as palavras com cautela, quase que murmurando para que Sam não ouvisse.

— Fui com ele até a joalheria, contei toda a história de nossa família, você vai gostar. - diz meu pai com seriedade.

Em poucos minutos Sammuel volta, ele tinha ficado bastante tempo lá em cima, procurando e gritando para mamãe, perguntando onde estava o presente que ele mesmo tinha feito. Com a pedra brilhante em mãos e um cordão ele faz sinal para que eu abaixasse e assim que faço ele coloca a jóia em meu pescoço.

— Isso é uma pedra de citrino Dior. - diz Sammuel. - O nome dela é o mesmo que o da nossa família, você vê que ela é amarela e vívida, linda e esbelta, mas se você dar uns toquezinhos nela... - ele bate na pedra com suas mãozinhas. toc toc. - ...ele é muito dura e resistente. Ela é que nem você Di, bonito e forte, sei que vai conseguir sair ileso desses jogos, sem um arranhãozinho sequer.

As palavras do meu irmãozinho me enchem de alegria, apesar de terem sidos ensinadas por papai, sei que ele falou com a mais pura verdade e confiança que tem sobre mim. Me ponho de joelhos e abraço forte o garotinho.

— Obrigado Sam. Ela vai estar sempre comigo. - seguro um pouco para não derramar as lágrimas e me levanto, sorrindo para todos. - Então, vamos?

Era hora da colheita, me dirijo junto de meus irmãos até o Edifício da Justiça onde seria realizado o sorteio dos tributos. Abraço papai e mamãe brevemente, eles, assim como meus irmãos, sabem que em breve poderemos nos abraçar novamente, mesmo que por poucos tempo. Sammuel e Kaliburr vão na frente, oferecem o dedo para a picada e coleta do sangue para logo em seguida assistir ao filme. Faço o mesmo processo que eles e em pouco tempo estou na ala dos garotos de minha idade, apenas esperando o filme acabar.

Tudo é bem monótono, todos os distritos sabem o que realmente aconteceu com o Distrito Treze, pelo menos parte das populações sabe a verdadeira história, mas quem ousaria desafiar a Capital? Eles estavam no poder, nós não estamos tão distante, uma vez que somos o Distrito mais rico de toda Panem. "Os jogos vorazes são um castigo para toda a população que se rebelou contra a Capital". Isso dizem os mais ignorantes, uma vez que os Jogos trazem riquezas, admiração e junto disso a felicidade, vencer os jogos é como ganhar na loteria, porém sorte não é o fator mais importante lá dentro. O filme finalmente acaba juntamente do hino, logo haveria o sorteio dos tributos, primeiro as garotas e logo em seguida os meninos. Sem hesitar, principalmente se um dos meus irmãos for sorteado, darei meu nome como voluntariado.

Assunto: Re: A Colheita no Distrito 01 Qui Jan 08, 2015 5:32 pm

O SORTEIO

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- Primeiro as damas!

A mulher então remexe os papeizinhos dentro do globo com seus dedos longos e magros, até que ela retira um deles de lá de dentro. Ela sorri para a platéia e faz um pequeno suspense antes de anunciar o nome do Tributo Feminino do Distrito 1 daquela Edição.

- Jade Crawford.

A garota timidamente começa a caminhar até o palco, ela parecia estar nervosa. Todos a recebem com calorosas palmas. Nenhuma garota parecia interessada em se voluntariar.

A estranha mulher então se dirigi até o globo com os nomes dos garotos e retira um papel. Assim como os das meninas, ela faz um pequeno suspense, mas logo anuncia o nome do Tributo Masculino.

- Lion Chartreux.

O garoto timidamente começa a caminhar até o palco, até uma voz que vinha do meio da multidão se voluntariar. O nome do voluntário era Dior Citrine. Todos o recebem com calorosas palmas.

- Se cumprimentem e bom Jogos Vorazes!

Então a Colheita se encerra.

Tributos do Distrito 1!
Descrevam qual foi o sentimento de vocês ao se voluntariar e o que sentiram no palco.

Assunto: Re: A Colheita no Distrito 01 Qui Jan 08, 2015 6:10 pm

Dior Citrine

A representando de madeixas exóticas não aguarda muito tempo para começar a realizar o sorteio, sendo assim ela se dirige para o globo de vidro onde estavam os nomes das meninas e sorteia o tributo do sexo feminino.

Jade Crawford. Não me recordo de ter ouvido esse nome antes, a garota então se põe a caminha de maneira tímida até o palco, não parecia estar feliz com o sorteio. Sinto muito por não ter voluntárias para competir esse ano, jurava que Leona Chartreux iria dar o seu nome e concorrer à vitória. A representante caminha para o lado oposto, agora na direção do globo dos garotos, retirando um papel e olhando para a população esboçando um enorme sorriso no rosto.

Eu não sei como isso aconteceu, mas o nome do irmão heterocromático fora anunciado para concorrer aos jogos, Lion era um rapaz mais do que tímido, me lembro de tê-lo visto trabalhando na pelaria de seus pais. Sua aparência era um pouco que inusitada e por instantes eu pensava que estava na Capital, observando aqueles olhos de coloração engraçada. Porém não me deixo distrair e logo anuncio o meu voluntariado, levantando a minha mão e me oferecendo como tributo.

Lion parece me encarar com gratidão, ele não gostaria de ir aos jogos, não estava preparado, era um rapaz normal, de vida normal no Distrito Um. Subo as escadas que me levam até o palco do Edifício da Justiça e cumprimento Jade, dando-lhe um beijo no dorso de sua mão, logo em seguida murmurando algumas palavras.

— Boa Sorte! - então desato minha reverência e me levanto, elevando minha mão agarrada à da garota para os céus e mostrando à todos que nessa edição o Distrito Um trará um vencedor de volta.

Assunto: Re: A Colheita no Distrito 01 Qui Jan 08, 2015 8:18 pm

A DESPEDIDA

Depois de se cumprimentarem, os tributos são levados para dentro do Edifício da Justiça.
Dentro do prédio, eles são separados e colocados em cômodos, onde esperam para se despedirem de seus familiares e conhecidos.

Tributo do Distrito 1!
Faça uma breve despedida com sua família e/ou amigos.

Assunto: Re: A Colheita no Distrito 01 Sáb Jan 10, 2015 4:36 am

Jade Crawford

A saleta de pedras brancas dentro Edifício da Justiça estava gelada se comparada à temperatura da rua, pelo duto de ar do cômodo corria uma leve brisa, provavelmente causada pelo ar condicionado. Uma mosca voa ao redor da minha cabeça irritando meus ouvidos com um zunido agudo e então pousa na mesa a minha frente, eu levanto a mão direita, mas quando estou prestes a acertá-la a porta se abre com um baque surdo e me faz errar.

- Jade! - Exclama uma voz masculina atrás de mim. - Aí está você.

Eu me viro rapidamente já reconhecendo a sonoridade da voz, era Matien.

- Matien, não quero estender isso mais do que o necessário. - Me aproximo dele o máximo que consigo, mas não o toco. - Papai e mamãe cumpriram sem relutar a promessa que me fizeram?

Ele piscou forte os olhos e soltou um longo suspiro.

- Óbvio que não, Jade. Quando eles concordaram em não vir se despedir caso você fosse selecionada não acreditavam que iria acontecer de verdade. - Ele coçou a cabeça e se direcionou até uma cadeira no fundo da sala, onde sentou-se. - E aquele seu teatrinho de garota tímida e assutada não ajudou a amenizar a reação deles, mas depois de algum tempo consegui fazer com que eles cumprissem a promessa. Prometi levar noticias logo após que saísse daqui.

- Então as pessoas caíram? Realmente acreditaram que eu estivesse nervosa e com medo quando fui selecionada?! - Senti meu coração bater mais forte de excitação.

- É bem provável, eu teria acreditado se já não soubesse que era tudo fingimento. Você planejou tudo mesmo, não é? - Um sorrisinho nervoso lhe escapou pelos lábios.

- Sim! Eu planejei a minha vida inteira e agora está realmente acontecendo, não é incrível? - A essa altura eu já deixava toda a excitação transparecer em um sorriso.

- Para você talvez, mas não para quem vai ficar longe, assistindo a tudo. - Uma expressão de desânimo era aparente em seu rosto.

Eu caminhei em sua direção e coloquei a mão direita em seu ombro esquerdo, sentado ali naquela cadeira e de cabeça baixa ele parecia tão fraco que me fez sentir remorso por estar indo para os jogos.

- Matien, agora eu preciso que você seja forte. Eu fui selecionada e não há mais como voltar atrás, você é o único que sabe do meu plano e de todas as minhas tramoias. - Um leve riso escorregou pela minha garganta, parecia ridículo falar daquela maneira. - Somos melhores amigos desde que posso me lembrar, eu sei que posso confiar em você. Agora levante e vá, torça por mim.

Ele deu um salto ao sair da cadeira, como se tivessem espetado um garfo em seu traseiro, correu até a porta e ao abri-la se virou para trás com brilho de determinação nos olhos.

- E seus pais, o que devo dizer a eles?

- O mesmo que você dirá a todo mundo, que estou morrendo de nervosismo e desolada. Preciso que todos pensem que não sou ameaça, quero que minha vitória seja uma grande surpresa.

Com as ultimas palavras, Matien atravessou a porta me deixando novamente sozinha na sala gelada de paredes brancas, onde permaneci de pé vislumbrando em minha mente o grandioso futuro que me aguardava.

Assunto: Re: A Colheita no Distrito 01 Sáb Jan 10, 2015 10:54 am

Dior Citrine

A multidão lá fora gritava nossos nomes, Citrine e Crawford agora eram a esperança do Distrito. Conseguia observar através da janela uma série de pessoas, rostos conhecidos, amigos, todo mundo estava ali. Ouço o barulho da maçaneta que faz a enorme estrutura de carvalho de abrir, lá estavam papai e Kaliburr, meu sorriso se fecha juntamente com a porta e sigo até lá furioso, porém sou impedido pelas mãos firmes de meu pai.

— Onde está mamãe? E Sam? Eles não querem se despedir de mim? - estou aflito, tudo que queria ouvir no momento seria a concordância.

Por sorte Kaliburr se aproxima, o garoto tem seus quinze anos e já é inteligente pra caramba.

— Não Zé Mané, achamos que se viéssemos separados nos dariam mais tempo. São poucos minutos sabe... - ele dá um soco não intenso em meu braço, tentando descontrair o momento.

Não havia mais o que falar, toda nossa despedida havia sido feita em casa. Nos abraçamos forte, os três homens da família Citrine juntos e compartilhando um momento de alegria, tristeza, coragem e esperança. Sinto as pesadas mãos de meu pai sobrepondo ambos os lados de meu rosto, fazendo com que meu olhar se encontre com o dele e não seja possível desviá-lo.

— Cuidado filho... - ele sela a despedida com um beijo em minha testa. - ...cuidado.

O pacificador indica o fim do tempo para meu pai e meu irmão, os dois vão saindo da sala e eu, propositalmente coloco meu pé de surpresa na frente dos passos de Kaliburr, quase que o fazendo cair. Ele olha feio pra mim, mas o sorriso era mais forte, ele acena e eu retribuo com um incomodo no fundo de meu coração.

Eles mal saem e mamãe junto de Sammuel correm eufóricos em minha direção, abraçando quase que da mesma maneira que papai e Kaliburr.

— Calma, coufgh!! - tusso com a súbita mudança de pressão em meus pulmões devido ao aperto. - Desse jeito vão acabar disparando meu canhão.

Nós três acabamos que rindo com a distração, mamãe começa a arrumar meu traje enquanto me orienta.

— Nosso Distrito está ganhando um rapaz maravilhoso, lindo, corajoso, leal. - ela termina com a gola de minha camisa já alinhada ao corpo. - Faça Panem inteira gostar de você Dior, exija de seu estilista, seja destaque na entrevista e no desfile, tire doze no treinamento. Seja quem você é e conseguirá cativar o continente todo.

— SEJA O DIORZILLA. ROOOOOOOOARRWRWROOOOR!!!- Sam imitava o monstrão da tela, levantando os braços e rugindo feito uma fera. - Acabe com todos eles Di.

Ele estica seus braços o máximo que pode e subitamente os fecha me abraçando mais uma vez. Dessa vez não posso negar os olhos enchendo d'água, meu irmãozinho confia muito em mim e acredita na minha vitória. Retribuo o abraço de forma calorosa e bagunço seus cabelos.

— ROOOAR!!! Pode deixar Sam. - sorrio para o pequeno.

A despedida havia acabado e pela provável última vez eu vejo o rosto de minha família indo embora, ou melhor, ficando e me ver partir.

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