26º Edição Anual dos Jogos Vorazes
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 Ficha de Inscrição Will Rivera

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AutorMensagem
Will Rivera

Will Rivera


Mensagens : 14
Data de inscrição : 29/10/2014
Idade : 28
Localização : Distrito 5
Jogador : Rafaela Delabona

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MensagemAssunto: Ficha de Inscrição Will Rivera   Ficha de Inscrição Will Rivera Icon_minitimeQui Nov 20, 2014 10:59 pm


Will Rivera

Ficha de Inscrição Will Rivera Tumblr_m77y1pEYq11rrwfldo1_500
 
Nome Completo: Will Rivera.
Idade: 18 anos.
Altura: 1,77 m.
Peso: 68 kg.
Distrito: 5.
Destro ou canhoto? Canhoto.
Ocupação: Eletricista.

Perícia: -

Habilidade: Hab. de Manusear fogo.

Distribuição dos Atributos:

Agilidade: 5
Precisão: 5 (+1)
Inteligência: 5 (+2)
Força: 6
Charme: 5
Carisma: 0
Astúcia: 2 (+ 3)
Resistência: 7 (+ 1)

Fraqueza: Sua irmã, garotas (dificuldade em se relacionar/conversar).

O tributo em três palavras: Sarcástico, fechado (emocionalmente), honesto.

Photoplayer: Drew Roy.

Sobre:
  “Estou parado no meio de meu quarto. Em minhas mãos uma faca e a minha frente um alvo. Meus irmãos e meu pai estão rindo descontroladamente ao meu lado.
  Concentro-me em acertar a bolinha amarela no centro do alvo enquanto meu irmão e irmã gritam sem parar, rindo.
-Vai Will! Não deixe as mãos tremerem. - sussurra meu pai ao meu lado.
-Will! Will! Will! - gritam todos juntos.
  Me importo em acertar o centro, por isso tento me concentrar ao máximo, respirando lentamente.
-Filho, posso falar com você um minuto? - diz minha mãe entrando no meu quarto.
-Pode falar. Ah, Louis sai da frente se não acabo acertando você! - digo rindo.
-É em particular… - ela fala como se quisesse chorar. - é sobre a Amélia.
  Minha respiração para, arremesso a faca e acerto no meio. Meus irmãos gritam e começam a rir enquanto eu fico parado, congelado. Minhas mãos suam e sinto meu coração bater descontroladamente.
-Cla… Claro, mãe – gaguejo. – Marie e Louis devolvam a faca para a mamãe, ela vai precisar usar ele depois.
  Não podemos ter armas no distrito, mas minha mãe tem uma faca pois é a curandeira daqui e foi um presente da capital por ter salvado a vida de um pacificador baleado. Ela percebeu que eu estava muito mal por Amélia e então pediu para o meu pai me “distraísse”, e ele teve essa grande ideia de me ensinar a como usar uma faca arremessando-a. Minha mãe não gostou no começo, mas ai ela viu que estava dando certo, e eu realmente estava gostando daquilo. Mas ela impôs limites, para que eu não saia atirando na cabeça de alguém só por raiva.
  Meus irmãos e meu pai saem e ficamos apenas minha mãe e eu no quarto. Já sei o que me aguarda, sinto minhas pernas tremerem e a visão ficar embaçada por causa das lágrimas que não caiam.
-Will, por favor, sente-se. - sento-me na cadeira da minha escrivaninha. - Amélia, não.... não...
-Não o que mãe? - sinto a raiva e a dor subirem.
-Ela...
-ELA O QUE MÃE? - berro com as lágrimas já caindo.
-…não aguentou filho. Amélia se foi.
    A raiva sobe, a dor invade-me. Sinto como se o meu coração estivesse sendo esmagado por um caminhão. Bato com força na mesa, levanto rapidamente e começo a andar para fora do quarto.
-Will, por favor. - ela tenta me abraçar mas eu desvio.
-Só me deixe sozinho, está bem?! - falo chorando.
  Caminho para fora de casa, sem rumo. Quero ficar sozinho, o mais longe de todos o possível.
“Amélia se fora”
  Entro em um bosque e caio de joelhos, derrotado pela dor. Seguro a grama com força.
-NÃO, NÃO! - grito arrancando a grama do chão.
“Amélia, ela se fora” repito abaixando a cabeça.”

     
                                                ***
 
   Acordo com a minha irmã gritando no quarto ao lado. Corro para vê-la.
-Me… me deixem… por favor… - ela gagueja.
-Shiu, está tudo bem. Estou aqui – deito em sua cama, abraçando-a – foi apenas um sonho…
  Marie tem pesadelos com esses “monstros” tentando pegá-la quase todas as noites, sou o único que consegue acalmá-la.
-Eles.. Eles querem me levar para lá… eu não quero Will…
-Não vão te levar para lugar nenhum – acaricio seus cabelos – eu estou aqui, lembre-se disso, está bem?
   Ela concorda com a cabeça e logo volta a dormir. Fico lá um tempo, olhando pela janela, vendo a chuva cair. Lembro-me do meu sonho. Por mais que eu tente esconder… esquecer… ela está lá.
   Amélia Haves foi uma grande amiga minha, bem, isso é o que todo mundo achava. Ela foi a única menina em que me interessei realmente, mas nunca contei isso para ninguém, nem para ela. Quando Amélia morreu de uma doença muito grave, comecei a me fechar para esses sentimentos, com medo de me apaixonar novamente, escondendo a dor com o sarcasmo. As vezes me pergunto o que há de errado comigo, eu nunca fui assim, eu sou conhecido como o “garoto prodígio”, mas eu sinto um vazio que Amélia poderia preencher.
   Me pego lembrando de seus olhos cor de mel, seus cabelos castanhos claros e de seus lábios vermelhos e carnudos. Sorrio, foi assim que ela queria que as pessoas se lembrassem dela, sorrindo.
   Caio no sono, ali mesmo, com a minha irmã em meus braços.


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