26º Edição Anual dos Jogos Vorazes
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 A Entrevista

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MensagemAssunto: A Entrevista   A Entrevista Icon_minitimeQui Jan 29, 2015 4:25 am


A Entrevista

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Cada vez mais os jogos estão mais perto de iniciarem. Mas algumas etapas pré-Arena ainda terão de ser realizadas obrigatoriamente pelos tributos. Uma delas é a entrevista. A sala de treinamento foi fechada e os tributos informados de que hoje será o dia em que eles aparecerão mais uma vez na frente de toda Panem, porém dessa vez eles terão que falar sobre a sua vida. Eles levam o dia inteiro para se arrumar e combinar táticas com seus mentores, para que no final do dia eles se apresentem ao país.

Todos os tributos já estão preparados para a entrevista e aguardam nos bastidores para que o apresentador Julien os chame. Como de costume, Julien chama começando pelo Distrito 1, primeiro o tributo feminino e depois o masculino, assim por diante.

Os tributos, antes de responderem às perguntas, devem mostrar como estão vestidos e o que sentem ao entrar no palco e serem cumprimentados por Julien.

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista Icon_minitimeQui Jan 29, 2015 4:25 am


As Perguntas

A Entrevista Caesar-Flickerman


• Distrito 1

Tributo Feminino:
— Temos alguns nomes conhecidos aqui neste palco! E o seu é um deles, querida. Você poderia nos contar como é ter uma habilidade tão rara quanto a sua?
— Aposto que cada uma das pessoas neste palco já ouviu falar dos produtos maravilhosos que a sua família fabrica. Poderia nos contar qual é o segredo para o sucesso?
— (Elabore uma pergunta sobre as possíveis alianças de Jade)

Tributo Masculino:
— Já ouvimos falar da sua educação e gentileza, Dior. A maioria da Capital já está encantada com o seu humor. Você acha que isso é seu ou é porque você veio do distrito mais glamouroso?
— (Elabore esta próxima pergunta de acordo com a resposta de Dior)
— Bom, já alguns tributos não se dão tão bem quanto outros. Poderia comentar sobre o desempenho dos tributos do seu distrito da edição passada, por favor?


• Distrito 2

Tributo Feminino:
— Uma jovem que parece determinada! Adoramos quando você se voluntariou. Por qual motivo fez isso?
— Na edição passada, o tributo feminino do seu distrito acabou matando o companheiro de distrito. O que você acha disso?
— (Elabore uma pergunta sobre o orgulho que o Distrito 2 sente por seus tributos)

Tributo Masculino:
— Um rapaz digno do distrito que veio! Eu fiz a mesma pergunta para a sua companheira de distrito, mas gostaria de saber de você: Por qual motivo se voluntariou?
— Podemos esperar uma aliança forte este ano?
— (Elabore uma pergunta sobre qual será a maior preocupação de Dorin na arena)


• Distrito 3

Tributo Masculino:
— Está claro que você é um garoto muito inteligente! O que você faz no seu distrito?
— Podemos contar que o Distrito 3 terá um novo vitorioso este ano?
— (Elabore uma pergunta sobre a nota do seu tributo no treinamento)


• Distrito 4

Tributo Feminino:
— Que sorriso lindo! Mas nós sabemos que por trás dele há uma grande tristeza, não é, querida?
— Qual é a sua história com o seu companheiro de distrito?
— (Elabore esta próxima pergunta de acordo com a resposta de Tori)

Tributo Masculino:
— O nosso conquistador! Connor, devemos admitir, ficamos muito tocados quando você se voluntariou. Gostaria de contar um pouco sobre como você se sentiu na hora?
— E sobre o seu pai, Connor, algo a comentar?
— (Elabore esta próxima pergunta de acordo com a resposta de Connor)


• Distrito 5

Tributo Feminino:
— Com certeza uma das mais elegantes entre todas as garotas desta edição! Querida, soubemos que você é bem próxima de seu mentor, Fennel, poderia nos contar como o conheceu?
— E... sobre... Bom, como foi para você se acostumar com a nova aparência dele?
— (Elabore uma pergunta sobre a arena da edição)

Tributo Masculino:
— Um rapaz muito charmoso! Diga-nos, Will, como é ter as garotas ao seus pés?
— (Elabore esta próxima pergunta de acordo com a resposta de Will)
— Bom, mas e sobre a Capital, gostando da estadia e da recepção?


• Distrito 6

Tributo Feminino:
— Opa! O que é isso?! Parece que ela já arrumou um partido! Poderia nos dizer como conseguiu essa marca?
— (Elabore esta próxima pergunta de acordo com a resposta de Athena)
— O que você diria para convencer os patrocinadores a apostarem em você?


Tributo Masculino:
— Este aqui parece ser bem Alpha, não é, pessoal? Mas bom, Alpha, poderia nos dizer como conseguiu aquela nota no treinamento?
— (Elabore esta próxima pergunta de acordo com a resposta de Alpha)
— Qual é o seu palpite para a arena deste ano?


• Distrito 7

Tributo Feminino:
— Uma garota aparentemente fofa, mas será que é tão boazinha assim? E aí, Kali, você é boazinha como parece ou os outros tributos terão com o que se preocupar?
— (Elabore esta próxima pergunta de acordo com a resposta de Kali)
— O que mais gostou aqui na Capital?

Tributo Masculino:
— Wow! Esses músculos te ajudarão tanto na arena como com patrocinadores! Qual a sua função no Distrito 7 para ter músculos tão definidos?
— E a pergunta que não quer calar: Como Phox está reagindo com a sua ida aos Jogos?
— (Elabore esta próxima pergunta de acordo com a resposta de Garret)


• Distrito 8

Tributo Feminino:
— A nossa Primeira-Dama do Distrito 8! Nós sentimos muito ao assistir à Colheita do Distrito 8. Poderia nos contar qual foi o sentimento ao subir ao palco?
— Você tem um filho, não tem, Adèle?
— (Elabore esta próxima pergunta de acordo com a resposta de Adèle)


• Distrito 9

Tributo Feminino:
— Um garota bonita e corajosa! Ficamos muito tocados quando você se voluntariou. Poderíamos ouvir mais sobre isso, por favor?
— (Elabore esta próxima pergunta de acordo com a resposta de Valentinne)
— Normalmente os tributos provenientes do seu distrito se mostram bastante durões. É o seu caso?

Tributo Masculino:
— Um cara boa pinta, podemos claramente ver. Conte-nos, Alex, qual foi o sentimento ao perceber que sua irmã foi sorteada mas que logo alguém se voluntariou para tomar o seu lugar?
— (Elabore esta próxima pergunta sobre a relação entre Alex e sua companheira de distrito)
— Mas vamos mudar de assunto. E sobre a tabela de apostas. O que você fará na arena para atingir o topo?


• Distrito 10

Tributo Feminino:
— Claramente uma garota habilidosa. Mona, conte-nos um pouco de como é a sua vida em seu distrito.
— Você tem alguém especial te esperando quando voltar?
— (Elabore esta próxima pergunta de acordo com a resposta de Mona)

Tributo Masculino:
— Podemos ver que o Distrito 10 está com ótimos representantes este ano! Mas, Luka, o que você fazia no Distrito 10?
— Já há algum inimigo em vista?
— (Elabore esta próxima pergunta de acordo com a resposta de Mona)


• Distrito 11

Tributo Feminino:
— Nossa garota dedicada! Querida, poderia nos dizer qual foi o sentimento ao ver a sua nota sendo anunciada?
— No que você acha que isso lhe ajudará na arena?
— (Elabore esta próxima pergunta de acordo com a resposta de Tess)

Tributo Masculino:
— Seria um novo vitorioso pisando no meu palco? Chat'te, aproxime-se! O que você achou da Capital?
— Mas como era a sua vida em seu distrito?
— (Elabore esta próxima pergunta de acordo com a resposta de Chat'te)


• Distrito 12

Tributo Feminino:
— Claramente uma garota muito meiga. Qual a mensagem que você deixaria para os seus concorrentes tributos?
— (Elabore esta próxima pergunta de acordo com a resposta de Luna)
— Conte-nos, Luna, quais são as vantagens de ser do Distrito 12?

Tributo Masculino:
— Venha até aqui, jovem simpático! Como está sendo esses dias aqui na Capital?
— (Elabore esta próxima pergunta de acordo com a resposta de Lucio)
— O que diria para os patrocinadores que estão te assistindo neste momento?


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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista Icon_minitimeSex Jan 30, 2015 3:03 am


Dior Citrine

A cada hora que passa mais perto do grande dia estou, o dia em que esperei durante minha vida inteira. Retirei o dia todo para pensar em como minha família está em meu Distrito, o que eles estão pensando e sentindo em relação a ter um membro dos Citrines caminhando em direção à morte, ou talvez à vitória, riquezas e luxo que nós jamais poderíamos ter no Distrito Um, se é que isso é possível.

Mal acordo e toda a minha equipe de preparação estava ao meu aguardo, com tesouras, cremes, objetos que nunca vi na vida tudo em mãos, inclusive uma banheira avulsa.

— Hora de preparar o meu bonitão. - diz Gryzelda empolgada. - Agora tire a roupa.

Dessa vez eu olho profundamente em seus olhos, deixando com que a toalha, a única peça que me cobria, caísse no chão, termino sorrindo e entrando na banheira.

— Acho que já me acostumei com isso. - digo sorrindo.

— Bom se acostumar mesmo fofo, não só com a gente mas com Panem inteira. - diz o rapaz de músculos falsos.

Tinha medo do que essas palavras poderiam significar, eu não entendia o real motivo e nem consegui encaixar para tentar desvendar o que ele gostaria de ter dito na real. Entro na banheira e as gêmeas começam a massagear meu corpo por completo, desde os pés até a nuca.

— Nossa Di, sua barba cresce rápido hein. - dizia Assaruj.

Eu ia respondê-la como meu corpo funcionava mas fui abruptamente interrompido por Jurassa.

— Assaruj, nem ouse cogitar essa possibilidade, ele está indo pra Arena. - - ela mergulha a mão que segurava a esponja na região da minha virilha, o que me deixa super constrangido e ter um espasmo de agonia. - Mas estou torcendo pra você Di.

As duas estavam nitidamente dando em cima de mim, mergulho ambas as minhas mãos e protejo minha parte íntima de inconveniencias.

— Vocês duas parem. - diz a voz grossa afeminada. - Vamos trabalhar direito para que Dior arrase nesse desfile.

Sorrio quando ouço a voz do rapaz enquanto ele massageava meus cabelos com um shampoo de cheiro bom, me lembravam uvas.

Tiraram todos os pêlos em meu corpo novamente, mesmo que curtos, arrumam minhas sobrancelhas, me deixam nu na banheira vazia coberto por um creme cor de rosa e depois de aproximadamente duas horas retiram toda a camada cremosa de meu corpo.

— Que pele magnífica, me lembra pêssego. - diz Loveen enquanto passa a mão em meu rosto.

Eu apenas sorrio, não tinha muito o que fazer, nada disso era recíproco uma vez que minha sexualidade não esteja voltada para esse lado, deixando bem claro.

Num súbtio e inesperado momento, Gryzelda bate a porta portando meu traje, parecia simples até eu notar o enorme saco de pedras preciosas em tons dourados.

— Não... - fico pasmo ao olhar as pedras. - ...de novo não, por favor.

Suplico para que não me deixasse pelado novamente, não na entrevista.

— Relaxa garotão, você terá suas calças e sapatos também dessa vez.

Meu corpo se alivia, mas por um lado ainda tinha medo do que Gryzelda gostaria de fazer com aquelas pedras e... SÓ AGORA PERCEBI!! São Citrinos, como amo a minha estilista.

— Fui atrás da sua história Dior, pelo menos parte dela e olha só o que eu encontrei: Pedras de Citrino diretamente do Distrito Um. - ela diz chacoalhando as pedras, mas diferente das Lapis Lazulli, essas tinham um brilho próprio. - Tinha comprado algumas dessas quando comecei a trabalhar como estilista profissional, lá por uns quarenta anos atrás.

Quarenta... f*cking... anos... Agora eu estou a me perguntar quantos anos Gryzelda tem, já que pela aparência eu não daria nem 30 anos. Decido por não falar nada para não magoá-la ou ofendê-la, já que essa não é e nunca será minha intenção com as garotas, apenas continuo a ouvir o que ela tem a dizer.

— Vou colocá-las em sua perna e cobrirei sua parte todinha. Eu disse que tu não precisaria ficar pelado na Entrevista... a menos que você queira.

Era óbvio que eu não queria e isso eu reprovaria até a morte, se bem que acabo por me recordar de um outro detalhe. Sapphire, minha mentora, havia me dito que deveria confiar completamente em minha estilista, que assim como ela, estava querendo salvar minha vida e garantir meu patrocínio lá dentro. Todo mundo sabe que os jogos são manipulados e os mais queridinhos sempre saem na vantagem, pois então será assim que eu sairei. Concordo com a cabeça, para que Gryzelda pudesse continuar o seu trabalho.

As pedras começam a ser coladas desde meu tornozelo até a minha cintura, cobrindo completamente tudo, deixando um espaço entre as pernas mas de maneira alguma expondo o meu pênis. Minha bunda continuava a mostra, Gryzelda dá um tapinha enquanto cola as pedras até finalizar completamente o seu trabalho com elas.

— Nossa Dior, você está magnífico. Pults que pariuzi. - diz as gêmeas de uma maneira estranha.

Por cima das pedras, Gryzelda me entrega uma calça social branca assim como o paletó. O cinto também era feito de Citrino, apenas com a fivela num tom amarronzado para dar o contraste. A camisa também social por debaixo do paletó era bege amarelada, envolvida na gola pela minha gravata de Citrino assim como o cinto e para minha surpresa os sapatos também haviam sido criados a partir da pedra. Eles eram pesados, mas nada que me impedisse de caminhar normalmente.

— Lindo, exbelto e glamuroso. - diz Gryzelda dando pulinhos de alegria.

Loveen termina de arrumar o meu cabelo, colocando-o completamente para trás, quando eu decido finalmente fazer a pergunta.

— Quando eu devo puxar a calça? - digo com uma expressão séria.

— Quando Julien der a brecha perfeita, relaxa que sempre tem um jeito e você vai saber se virar.

Sorrio para Gryzelda e lhe abraço por fim, agradecendo a pessoa maravilhosa e ousada que ela tinha sido comigo durante a minha estadia na Capital.

Me encaminho para os bastidores e consigo ouvir os passos por todos os lados, estilistas correndo pra lá e pra cá tentando ajeitar os últimos detalhes dos tributos enquanto eu e Gryzelda estávamos todos tão calmos. A multidão já se instaurava na platéia e finalmente começariam a Entrevista. Jade era a primeira e estava a minha frente, lhe desejo toda a sorte do mundo dando-lhe um beijo na mão e a piscadela em seguida.

— Confia garota. Vai dar tudo certo.

Sendo assim eu cruzo os braços e fico assistindo como Jade tinha se saído. As perguntas de Julien me confudem no início mas por fim passo a entendê-las melhor, Jade tinha ido bem e assim que ela sai eu sou chamado. Era esse o momento em que Panem inteira escutaria minha voz nitidamente, mais do que um voluntariado simples de apenas uma única palavra. Todos iam me conhecer melhor e com sorte se apaixonar pela minha simpatia, é o que sei fazer de melhor: amigos.

Subo no palco quando me é ordenado, acenando e indo de encontro a Julien, cumprimentando-o com um forte aperto de mão e um sorriso estampado no rosto, sem para sequer um segundo de acenar para a platéia e para as câmeras.

— Ai ai! Dior... - ele suspira quando se senta na cadeira e olha fixamente no meu olho, tenho certeza de que ele saberia reconhecer a mentira apenas com o olhar. - Já ouvimos falar da sua educação e gentileza. A maioria da Capital já está encantada com o seu humor. Você acha que isso é seu ou é porque você veio do distrito mais glamouroso?

— Você diz isso por causa do Desfile? - sugo o ar com os dentes fechados enquanto passo a mão no meu queixo, expressando uma dúvida enorme quanto a isso, sempre descontraído e por fim dando risada. - Brincadeira. Isso é meu mesmo Julien, não são todos do Distrito Um que estão interessados em serem gentis, interagir e principalmente sorrir ao tempo todo. Eu tive uma boa educação, sei que pessoas gostam de gentilezas e sem isso não vamos a lugar algum. Tem uma senhora em meu Distrito que morava próxima à praça principal, ela sempre estava regando uma plantação apenas de verde e bastava alguém pisar em sua calçada que ela molhava a pessoa inteira. Já fui molhado várias vezes. - dou risada até me recompor e voltar à minha rápida pergunta. - Ela murmurava coisas que ninguém conseguia entender, devia ter alguma deficiência na fala. Isso durou até o dia em que eu lhe entreguei uma rosa enooorme e sem nenhum espinho, ela ficou tão encatada que agarrou a flor e parou de me molhar, sempre que passo por lá lhe entrego uma. Hoje o jardim dela deixou de ser apenas mato para um repleto de rosas.

— Uma bela e comovente história Dior. Mas você tocou na Parada de Tributos, mesmo estando tão imponente em cima daquela carruagem, algo lhe incomodava muito antes de começar o Desfile. Nos diga o que era, sei que estão todos muito ansiosos pra saber.

Meu coração gela, encontro os olhos de Gryzelda na platéia, preciso pensar em algo rápido, mas nada seria tão mais rápido que a verdade.

— Eu estava receoso com as minhas vestes. Eu estava semi nu e morrendo de vergonha, estava com medo de vocês não gostarem do meu traje. - expressiono uma cara de tristeza olhando para o público até entender que essa era a hora perfeita. - Mas depois de toda a repercursão que tive agradeço imensamente por Gryzelda ter me ajudado a conquistar e, se me permite Julien... - me levantando da confortável poltrona e me dirijo mais à frente. - ...não me importo que me vejam de novo.

No exato momento eu puxo minhas calças para frente e o zíper desata, deixando à mostra todas as pedras de Citrino coladas em meu corpo. Eu estava me achando magnífico, espetacular, nenhuma resposta poderia me fazer sentir melhor do que eu estava. A brisa do arcondicionado paira sobre minhas pernas desnudas, não paro de sorrir um minuto sequer, faço até umas poses e dou uma voltinha mostrando todas as partes cobertas e não cobertas pelas pedras de citrino. Retorno ao meu lugar e me sento, sorrindo para Julien e aguardando a sua última pergunta.

— Bom, já alguns tributos não se dão tão bem quanto outros. Poderia comentar sobre o desempenho dos tributos do seu distrito da edição passada, por favor?

Essa era uma pergunta que me pegara de jeito, eu assisti aos jogos todo minuto e sabia o que estava acontecendo. Omega e America não haviam sido os melhores já que o rapaz morreu no banho de sangue e a garota traiu sua aliada.

— A vida é feita de escolhas caro Julien. Omega escolheu adentrar ao Banho de Sangue, não deu muito certo. América escolheu trair sua aliada carreirista, acabou com uma flecha atravessada em sua cabeça. Eu diria que os tributos não foram inteligentes na Edição passada, não eram tão atrativos e nem tinham habilidades que os mantessem vivos. Porém vocês aguardem por essa Edição, porque eu e Jade garantiremos um belo show de Jogos Vorazes como vocês nunca ousaram imaginar.

Me levanto e começo a sorri para todos, acenando tanto que precisarei descansá-lo o resto da noite. Com isso Julien grita pelo meu nome e nos despedimos mais uma vez, eu com a calça nos ombros e saindo do palco como deveria. Nos bastidores encontro Sapphire e a abraço forte.

— Obrigado. Obrigado por tudo Sapphire.

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Chat'te Clever

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista Icon_minitimeSex Jan 30, 2015 5:55 am


Chat'te Clever



E cá estamos nos novamente a ponto de sermos visto por toda Panem, o quase-centro do massacre, o pré-palco das mortes, onde as coisas ainda conseguem ser bonitas. Seria tão bom apenas ser um programa de entrevista para todos da Capital entenderem o que é a vida de verdade, a vida de cada cidadão de cada distrito, com seus trabalhos e vidas, geralmente, miseráveis.

Esses foram meus pensamentos iniciais, entre olhar as roupas elegantes e extravagantes dos tributos, desviava meus olhares a Kali, que estava incrivelmente linda, como em algum momento já imaginara.

Meu terno também não era de se jogar fora, um ótimo corte inglês com caimento Slim, bem justo ao corpo, encorpando-me de uma maneira muito elegante. Sua cor era fruta-cor, mudando de Preto para Verde musgo, com a lapela em preto fosco. A camisa por baixo era de um tom negro mais vivo, um colete cinza escuro também me vestia, porem dificilmente visto com o paletó abotoado. Minha gravata era branca, lisa, slim, perfeita. A calça seguia o mesmo padrão de cores e caimentos, sapatos bem lustrados, tudo estava perfeito. Os estilistas decidiram deixar meu cabelo com toques mais repicados e solto, ao contrario de um padrão comum do cabelo fixado por gel. Isso deixava a coisa de Ex-garoto de rua aparente, o que cairia bem com a historia que possivelmente teria de contar. Em resumo, me senti o mais bem vestido que já estive, os ternos de poucas ocasiões que usei no D11, como disfarce ou para tratar de negócios, nunca chegariam perto da qualidade deste.

***
Quase todos os tributos já haviam sido entrevistados, Tess acabara sua vez, chegando a minha, olho para o lado e vejo os tributos do D12, dou um sorriso e aceno, desejo boa sorte e entro ao palco.
"Hora de brilhar, moleque de rua", pensei comigo mesmo.
Entro ao palco e uma quantidade incontável de pessoas se seguia por metros e metros, era pessoa pra caramba.

Todos com vestimentas muito extravagantes, coisas da Capital. O entrevistador e geralmente, o porta voz dos Jogos, Julien, também estava seguindo o padrão de moda do local, porem ele me parecia aceitável, sempre o achei muito simpático, claro, sua risada era forçada, mas era força do habito de trabalho.

- Seria um novo vitorioso pisando no meu palco? Chat'te, aproxime-se!- Diz Julien estendendo sua mão, sorrindo e envolvendo o publico em seu carisma.
Ele me cumprimenta, apertamos nossas mãos, digo sorrindo sinceramente:

- É um prazer, Julien. - riu - Espero que sim, seguirei a meu modo os passos da grande vitoria de Gabriel, que diga-se de passagem, é tão boa pessoa quanto Vitorioso.

Me sento na cadeira incrivelmente confortável. Que material e composição interessante, muito receptivo, eu me sentia bem para responder qualquer coisa, mesmo com tanta pessoa em volta, não me afligia nenhuma timidez. "Gatuno a noite, Gatuno ao dia. Sobre uma multidão ou a olhos fechados", esse era nosso lema tatico na Casa dos Gatunos.

Julien inicia a entrevista com sua primeira pergunta:

- O que você achou da Capital?

Me ajeito novamente na cadeira para passar maior credibilidade a fala, fazendo-a sair mais limpa.

- Bem, vocês são demasiadamente interessante. A moda, os prédios, suas montanhas, que são lindas, diga-se de passagem, são ótimos cenários e características, porem a Organização é o que me faz ter o pensamento "uau, que lugar!". Gostaria de ao menos ter mais tempo, ou voltar aqui, como pretendo, para conhecer melhor a região, restaurantes e natureza... acho que vi uma arvore na rua do meu andar, mas não tenho certeza HAHAHAHA.

Julien agora se volta para a segunda pergunta:

- Mas como era a sua vida em seu distrito?

É, pergunta difícil da qual disse que a Casa dos Gatunos acabaria sendo citada:

- Bem, não foi das mais fáceis. Inicialmente, minha primeira memoria é de ser jogado de um trem em movimento, caindo no Distrito 11. Não me lembro de mais nada anteriormente, o que é minha grande lacuna, "quem era meus pais? Por que me jogar de um Vagão? Foram eles ou sequestradores?". São perguntas que dificilmente saberia a resposta, mas que objetivei para conseguir ao voltar da Arena.
Por não ter ninguém, um local chamado Casa dos Gatunos acabou por me acolher, diferente de Gabriel não tive a sorte de cair em um orfanato, somos a mesma face de uma moeda, mas ainda assim, não a mesma face, entende?


Ajeito meu terno e prossigo:

- Na Casa, até meus 13 anos fomos apenas ladrõezinhos, roubando pessoas nas ruas e suas casas ao anoitecer. Roubos dos quais consegui grande conhecimentos, uma historia que pode ficar pra depois. Perto dos 14, fiquei no controle do local e mudei tudo, até antes de um grande incidente, A Casa dos Gatunos era uma pequena empresa que tinha suas crianças abandonadas transformadas em micro trabalhadores, fazendo aqueles serviços que ninguém quer fazer por preguiça, eramos habilidosos e com energia, fomos um grande sucesso, o povo adorou ver  a mudança. Porem um grande problema aconteceu, e não faço ideia de como aquele lugar esta, além de possivelmente estar em chamas. Outra coisa que preciso fazer, é explicar ao povo do D11 o que realmente aconteceu e recomeçar decentemente meu projeto. Não consigo ver crianças jogando seus nomes para o sorteio por migalhas de comida, talvez elas não precisem de mim, mas eu sei que precisam aprender a andar sozinhas do modo mais inteligente possível, e eu sei que tenho essa capacidade. Não quero meu povo passando fome, nenhuma criança ou adulto, idoso ou adolescente, somos melhores do que isso.

Eu temia minhas ultimas palavras como uma afronta a Capital, espero que ninguém além de mim visse dessa forma. Por isso dei as ultimas palavras para não sair como um perigo a Ordem de Panem e do Presidente:

- Somos melhores juntos, trabalhando e vivendo juntos. Como o sistema de Distrito se mostra funcional ao progresso.

Me senti mal por ter sido incrivelmente falso com meus próprios ideais. Porem quando se trata de sobrevivência, você as vezes precisa comer até mesmo barro para se enganar e viver mais um dia.

Julien fisgou minhas palavras, e vinha desta vez com pergunta mais pesada:

- Uuuh, então temos aqui um ex-garoto de rua que já roubou para sobreviver e ao se tornar um lider,  reparem pessoas na liderança nata de Chat'te, incrivel - ele volta ao tom e tema da pergunta - você "purifica" a si e seus iguais... interessante, será que essa liderança e poder de - Julien encena as aspas - "purificação" te garantem a vitoria, garoto do D11?

Pigarreio para limpar a garganta e dou minha replica:


- Bem, isso é difícil de determinar, purificar alguém na área e lidera-lo não será tão efetivo, afinal, uma hora será 1 contra 1, logo, nossos reflexos da sobrevivência são mais fortes quando a natureza grita para continuar vivo. Como já sobrevivi de alguns momentos perigosos e até mesmo mortais, posso dizer que na hora da verdade, apenas sobreviver importa, e isso infelizmente, leva a morte de alguém.


Me despeço e cedo o local ao próximo, aceno e sorrio ao publico, agradeço a eles e a Julien pelo tempo e saio do Palco.




Última edição por Chat'te Clever em Sáb Jan 31, 2015 10:52 pm, editado 1 vez(es)
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Alex Bernhardt

Alex Bernhardt


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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista Icon_minitimeSex Jan 30, 2015 6:42 pm


Alex Bernhardt


OK. Chegou o dia da entrevista.
Assim como em todas as outras etapas eu estava nervoso, mas nada que eu não conseguisse esconder.
Saffra me orientou na noite anterior sobre como agir perante a Capital. Só usar meu carisma e claro, dar uma pitada de show para a Capital que daria tudo certo. Acho que consigo.
Com exceção de falar sobre alguns assuntos particulares que doem um pouco ao serem relembrados, acho que é a etapa que poderei me sair melhor por enquanto.

Fico o dia inteiro me preparando juntamente à minha equipe. Fazem mais daquelas sessões de beleza que parecem mais com tortura do que realmente tratamentos e então Miranda chega para mostrar minha roupa da entrevista.

- Aqui está Alex. Você está seguindo o mesmo estilo, mas agora com uma cara mais informal, pois a Capital já ‘te conhece”. Sua simplicidade ainda estará estampada, mas agora com um charme a mais.

E então vejo uma camisa daquele mesmo tom de dourado que ilumina mais dependendo de que ângulo é observado e de uma luz incrível que acaba iluminando mais meu rosto e realçando os meus traços mais fortes. E uma calça marrom terra.
Coloco as duas e Miranda arruma para mim. A Camisa é deixada com alguns botões abertos, o que mostra um pouco do meu peitoral totalmente depilado e brilhante com o óleo que foi passado por cima de meu corpo no peitoral.
A calça tem as barras dobradas, deixando poucos dedos do meu tornozelo à mostra também. Meu sapato acompanha a cor da calça e tem um leve salto de 3 cm. Achei meio estranho, mas é a Capital né.
Agora o detalhe do meu distrito vem no cinto. Parecia uma corda, mas na verdade era uma junção de trigos em uma faixa de couro, envolvendo meus quadris.

- Prontinho Alex. Você está muito charmoso, querido! Muitas garotas irão deseja-lo se juntar seu visual à sua personalidade! E mesmo assim não parece que você é um tributo exibido, e só está indo tomar um café com seu amigo pra ter uma conversa casual!

E ela bate palminhas ao me ver pronto.

- - -

Julien começa pelo distrito 1 como de costume, e eu fico analisando como cada tributo se comporta.
Decidi que não importava o que, eu seria sincero com minhas respostas, com meu jeito conquistador e tudo mais.
E então chega a vez do Distrito 9...

Subo no palco e vejo uma salva de palmas pra mim, até que gosto dessa sensação de me amarem um pouco... Avisto Miranda ao longe e ela me dá um sinal positivo pra continuar como se dizendo “vai fundo, garoto!”.
Julien me cumprimenta, sinto adrenalina correr pelo meu corpo, mas pelo menos dessa vez é uma sensação... divertida!

— Alex Bernhardt! Um cara boa pinta, podemos claramente ver. Conte-nos, Alex, qual foi o sentimento ao perceber que sua irmã foi sorteada mas que logo alguém se voluntariou para tomar o seu lugar?

- Boa noite Julien, bom... Acho que foi a sensação que qualquer irmão teria ao ver sua caçula indo pros jogos. Não consegui acreditar!  - e estava demonstrando em minha expressão para a Capital toda ver, o quanto foi realmente difícil ver Andie naquilo.
Pra falar a verdade não lembro bem como tudo aconteceu, acho que simplesmente travei, deu pane. Ela ser a sorteada era muito menos provável do que muitas pessoas lá. Tenho a sensação do mundo ter parado uns segundos, e quando Valentinne se voluntariou foi como se tudo voltasse a se movimentar. Mas bem... nem tanto porque Valentinne é uma grande amiga de minha irmã também.


- Falando em Valentinne! Quer dizer que ela e sua irmã já se conheciam antes? Acredito então que você também já a conhecia não é mesmo? Como é a relação de vocês?

- Pois é, havíamos nos conhecido poucos dias antes da colheita. Valentinne é durona, mas seu coração é tão puro! Ela é uma mistura de bem e mal que com certeza me encanta! – e olho para ela já fora do palco com um belo sorriso no rosto – Sem contar que é uma gata não é mesmo? – olho para a plateia reagindo com o elogio que dou à minha parceira de distrito - Valentinne e Andie acabaram se tornando grandes amigas devido ao destino. Eu não a via  muito antes da colheita, mas aqui acabamos estreitando nossa amizade também. Ela é uma pessoa incrível que tem muitas chances de ganhar os jogos! Agora entendi o amor e confiança que minha irmã tem por ela! – e solto uma piscadinha em direção à Valentinne

— Mas vamos mudar de assunto. E sobre a tabela de apostas. O que você fará na arena para atingir o topo?

- Mas eu já não estou no topo? – e solto uma gargalhada porque todo mundo sabe que o D9 não é do mais populares – Brincadeirinhas à parte, acho que farei tudo que puder para chegar ao topo (que eu claramente não estou né pessoal haha). Mas posso garantir à vocês muita diversão comigo lá. E acho que surpreenderei alguns dos tributos de uma forma que eles nem esperam! – e dou um riso misterioso, pois eu sei do que sou capaz...

- Em direção ao topo então! Tempo esgotado Alex! Muito obrigado pela sua entrevista! E que você nos divirta muito na Arena! Surpreenda-nos!
- Hahaha Eu é que agradeço Julien! – e saio do palco.

Realmente penso que essa foi uma das etapas menos sofridas de se passar. Eu sou naturalmente educado, sincero, e foquei em tentar me divertir com isso. Já mostrei à Capital do que sou capaz e ganhei a nota 8, agora eu simplesmente tinha que mostrar o que sou e fazê-los torcerem para mim... Espero ter conseguido a simpatia de mais algumas pessoas, mas então me junto à Valentinne e minha equipe em baixo do palco enquanto espero o fim das entrevistas e continuo analisando meus concorrentes.

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Connor RR

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista Icon_minitimeSex Jan 30, 2015 10:39 pm


Connor Seaphox


- Meu, isso dói muito - digo para a depiladora. Já não tinha quase pelos no corpo e ela ainda fazia questão de arrancar o mínimo que restava. - Não gosto de ficar tendo que tirar os pelos o tempo todo, quase não tenho!

A senhora começa a rir.

- Tori reclama menos que você, querido - diz ela. - E o trabalho já está feito, agora vá para o banho. O estilista Palone pensou em algo incrível para você!

Me levanto um pouco envergonhado e sigo em direção ao banho. Havia pedido que me deixassem usar o chuveiro ao invés da banheira. Era bem grande e a velocidade da água que caía era espetacular, me ajudava muito a relaxar. Ainda assim, eu não escapava do banho de perfume que vinha em seguida.

- Queremos deixar você cheirando a oceano - diz a perfumista.

- Mas que cheiro tem oceano? - pergunto fazendo uma careta.

- Esse - diz ela rindo e espirrando um monte de perfume em mim. Se caísse nos meus olhos, lá iria eu fazer a entrevista com os olhos vermelhos.

- Está bem, está bem - digo sorrindo. A perfumista parecia ter aproximadamente uns setenta anos. Era uma senhora muito divertida e sua experiência era ótima para a equipe.

+++

O estilista Palone vem até a sala onde eu estava, ele segurava um traje que eu não conseguia ver por causa da capa preta que cobria tudo. Talvez ele quisesse manter um certo mistério.

- Bom, Connor, passei aqui rapidinho e já vou cuidar da sua amada. Peguei esse traje para você. Vocês chamaram a atenção como eu queria durante o desfile, agora usarão algo que deixará qualquer pessoa apaixonada pela simplicidade, sem deixar de esquecer seu respectivo distrito. - Palone dizia tudo com um olhar sério e calmo. - Serão os pequenos detalhes que farão as pessoas se apaixonarem por vocês - ele da uma piscadela.

- Tudo bem - digo, feliz. - Obrigado mesmo, Sr. Palone.

- Nunca mais me chame de senhor! - diz ele ofendido e em seguida caindo na gargalhada. - Isso é um ultraje, serei sempre jovem!

Sorrio para ele e o vejo estendendo sua mão para que eu apertasse. Dou um passo a frente e abraço Palone. Não apenas pela graça da situação, mas sim, por tudo que ele fez por nós.

- Obrigado, de verdade.

+++

Minha calça era da mesma cor azul esverdeado claro que minha camisa. A calça era skinny e ficava bem justa quando chegava ao calcanhar, deixando um espaço entre a alpargata e a calça, exibindo um pouco da minha pele. A camisa tinha a manga dobrada quase até meu cotovelo, deixando espaços para alguns acessórios. Minha equipe de preparação trouxeram alguns acessórios como uma pulseira de pedras do fundo do oceano. Todas brilhavam e as cores em tons de azul eram realmente surpreendente. Meus olhos se esbugalharam quando vi a pulseira.

- Essas pedras... - Minha voz quase mal saia.

- Essas pedras irão na sua mão esquerda - disse o rapaz que colocava a pulseira em mim. - Já essa outra, é feita de com vários nós de uma corda que tinha a cor do meu traje, e havia um objeto de metal no meio dele, uma especie de anzol. Os detalhes do meu traje. Acabo por sorrir e deixo que o rapaz termine de colocá-las.

Eles abriram cinco botões de minha camisa, me deixando bastante... Exposto? Descolado? Não sabia muito bem o que pensar. O colar era simples e longo, também havia um pingente de anzol nele, só que era maior do que o da pulseira. O colar era um pequeno detalhe, mas que fazia toda diferença quando eu me olhava no espelho. Notei que meu traje era da cor dos meus olhos. Acabo sorrindo, nunca fui de me preocupar com minhas roupas ou coisa parecida. Era um pouco estranho me ver elegante de frente para o espelho.

- Bom, hora de ir embora... Ah, ops, quase me esqueci disso! - pego o objeto que havia separado desde que saímos do distrito 4 e coloco no bolso. - Agora sim...

Encontro Tori e meu queixo cai. Ela estava realmente muito linda. No caminho até a entrevista, aproveito ao máximo para olhar Tori. Ela parecia calma e feliz, isso me deixava muito bem, também.

Chegando lá, vejo Julien conversando com alguns tributos. Suas perguntas eram bem elaboradas e isso me assustava um pouco. Ele chama por Tori e minha namorada caminha sorridente para o palco. Assisto sorrindo sua entrevista e eu também sentia algumas dores com as respostas de Tori. Nós realmente fizemos muitos planos.

Tori termina sua entrevista e agora era a minha vez. Levanto-me e caminho tentando parecer o mais elegante possível. Sorrio e aceno para a plateia e comprimento Julien.
Ele sorria para mim e parecia muito empolgado para nossa entrevista.

— O nosso conquistador! - diz ele abrindo um grande sorriso - Connor, devemos admitir, ficamos muito tocados quando você se voluntariou. Gostaria de contar um pouco sobre como você se sentiu na hora?

Eu imaginava que essa pergunta talvez pudesse ser feita, afinal, foi o momento em que eu e Tori assumimos a todos os distritos, e a Capital, que estávamos apaixonados.

Respiro fundo e dou um sorriso.

- Foi um turbilhão de emoções! - digo me lembrando. - A única coisa que passava pela minha cabeça, era que aquilo não podia estar acontecendo. Quando vi Tori caminhando sozinha em direção ao palco, não pude deixar de me voluntariar no mesmo momento e correr até ela. Eu via todos os nossos planos sendo desfeitos... - paro um momento, era realmente muito difícil de falar sobre isso. - Realmente doeu muito e tudo o que eu sentia era que precisávamos um do outro naquele momento mais do que nunca.

Julien faz uma cara de quem realmente se preocupava conosco, mas ele também sabia que nada poderia ser feito agora. Julien olhou nos meus olhos e mandou sua segunda pergunta.

— E sobre o seu pai, Connor, algo a comentar? - ele mesmo parecia sentir que aquela pergunta era complicada, por isso a fez em um momento propício.

Olho para Julien, eu não precisava dizer o quão assassino e psicotico meu pai era. Todos sabiam disso. Mas o que a Capital não sabia, era sobre o tipo de pai que Borton foi um dia... Ou melhor, não foi.

- Ele nunca foi um pai para nós, Julien - digo. - Nós eramos tão importante para ele, quanto os tributos que ele matava nos jogos. É realmente difícil para mim, ficar dizendo essas coisas, ainda mais com meus irmãos em casa assistindo tudo isso. Sempre tentei mostrar a eles que Borton se preocupava conosco, mas desde que minha mãe veio a faltar, meus irmãos não o viram. Tivemos que nos virar sozinhos e sempre que eu pedia ajuda a ele, eu era tratado como um de seus criados. Infelizmente, nunca tivemos um pai de verdade. - Termino. Não queria que sentissem pena de mim, mas tudo levava a crer que isso aconteceria. Nós não eramos coitados, mas sem dúvidas somos vítimas dessa história toda.

Julien e toda a capital se mantinha em silêncio, então eu dei um sorriso para ele e ele entendeu que deveria mudar de assunto.

- Bom, agora você e sua amada irão juntos para os jogos, e infelizmente sabemos das consequências dessa situação toda, mas se você pudesse dizer qualquer coisa para ela agora, o que você diria? - Julien sabia que eu e Tori ainda passaríamos uma noite juntos, mas ele queria mostrar para toda a Capital o quão estamos apaixonados. E essa era a deixa que eu esperava.

Sorrio para ele, meus olhos mostravam gratidão pela última pergunta.

- Eu olharia nos olhos dela, arrumaria seu cabelo atrás da orelha e sorriria. Diria o que eu estaria do lado dela, independente do que aconteça conosco. Eu diria que tinha algo para ela sempre pensar em mim e que sempre que ela olhasse para aquilo, era para ela pensar em mim. Diria: "Eu te amo". - Pego no meu bolso o objeto que havia pego antes e mostro para toda Capital. Uma aliança de prata para simbolizar nosso compromisso. - Em seguida, Julien, eu colocaria esse anel no dedo dela e daria um beijo na minha namorada.

Julien abre um longo sorriso e parecia animado com a situação. No telão, eu podia ver o rosto de Tori corando. O publico parecia estar enlouquecido. Me levanto e ouço Julien finalizar.

- Connor Seaphox, Distrito Quatro!

Levanto-me ansioso, eu queria muito colocar a aliança nos dedos de Tori já. Meu coração disparava, aceno para todo o público com a aliança em mãos e me retiro dando um sorriso.
Agora tudo o que eu precisava era encontrar Tori e fazer tudo o que havia dito a Julien.


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Valentinne Valerious

Valentinne Valerious


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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista Icon_minitimeSex Jan 30, 2015 11:30 pm


Valentinne Valerious

Chegou o dia da Entrevista, eu ficaria cara-a-cara com a Capital e responderia as perguntas de Julien, mais uma coisa que me preocupa, as perguntas! Depois de assistir as notas da Avaliação, eu e Alex conversamos com Saffra um pouco e fomos para a cama. Coloco um roupão e caminho até a mesa de café da manhã, pego uma maça e me jogo no  sofá. Como a minha maça em silêncio enquanto assisto a TV- estão falando sobre os jogos.

— Até que enfim eu te achei! Levante agora, precisamos te arrumar! — Olho para trás e encontro Nala, ela vem em minha direção e pega em minha mão. — Vamos, querida!

— Okay, só deixa eu jogar isso no lixo. —
Falo mordendo o que resta da maça, para logo jogá-la em um cesto que julgo ser o lixo.

Nala me conduz até o local de preparação e eu sou conduzido novamente para uma maca, me dão banho e nota que o aroma do sabonete é diferente dessa vez, mais doce e suave. Lavam o meu cabelo e eu relaxo, quase pego no sono por conta da massagem em meu couro cabeludo. Colocam um roupão em meu corpo para que ele seque e vejo Magnus entrando com um sorriso nos lábios.

— Agora eu não irei te maquiar, minha Bella. — Ele diz e beija a minha mão. — Vou te ensinar como se portar diante aquele monte de pessoas.

O meu dia passou assim, aprendi como me portar e falar direito diante de toda  Panem. Dei algumas risadas por conta das brigas entre Magnus e Nala, ambos são tão diferentes, mas tão parecidos. Seria interessante vê-los juntos como um casal. Começam a passar cremes com aroma de flores em meu corpo, fecho os olhos e aproveito o tratamento. Depois coloco o roupão e sento na cadeira esperando Magnus. Está na hora da maquiagem! Sinto as cerdas macias dos acessórios em meu rosto, dessa vez ele usa cores fortes em minhas pálpebras e olhos. Há dourado e preto em meus lábios, em meus lábios um tom vinho que os fazem parecer maior. Já em minhas bochechas ele usa um tom pêssego. Sinto suas mãos em meus cachos.

— O que vamos fazer com eles? — Pergunta.

— Gosto de tê-los soltos.

— Então assim será, Valentinne.

Ele passa creme em meu cabelo e começa a moldar os cachos, suas mãos são suaves e delicadas sempre que pega uma mecha. Olho para o espelho e sorrio com o resultado. Ele pega uma caixinha branca e tira um pingente no formato de uma flor de soja, ele é dourado e combina com a sombra em meus olhos.

— É lindo! — Murmuro.

— Ficará mais lindo em seu pescoço. — Ele abre o fecho do pingente. — Posso?

— Mas é claro. —
Levanto o cabelo cuidadosamente e ele o coloca em meu pescoço, prendendo o fecho e olhando para o espelho em seguida. — Obrigada, Magnus.

— Brilhe demais! Brilhe pra caramba! Queime os olhos de todos!

— Eu irei, bastará um olhar meu.


Levanto-me e abraço ele, fico alguns segundos abraçada contra seu peito, depois me afasto e sorrio.

— Boa sorte, minha bela. — Ele diz e parte da sala de preparação.

— Valentinne! — Nala grita correndo com um vestido em mãos. — Você está linda, venha colocar o seu vestido.

Retiro o roupão e caminho até ela, o vestido dessa vez é negro com uma faixa dourada na cintura, roço meus dedos no tecido, sentindo-o em minha mão. Como da última vez levanto meu braços e Nala o passa entre eles, puxando-o da minha cintura até que ele se molde em meu corpo. Sinto algo diferente dessa vez, mais poderosa, talvez. Ela ajusta o vestido em meu corpo  e amarra a faixa dourada, depois coloca um salto alto preto em meus pés. O vestido é de alças e longo, molda as curvas de meu corpo e bate na altura de meus pés, aperta-me um pouco na cintura. Ela toca o meu pingente e da um sorriso.

— Magnus gostou de você e eu também.

— Obrigada, Nala. —
Abraço-a também.

— Você precisa ir agora, mal posso esperar para te ver. — Diz animada. — Vá, minha menina.

***

Alex e eu estamos nos bastidores do programa de Julien, minha cabeça está latejando de tanto pensar em como responder as perguntas. Todos os tributos estão elegantes e belos, devo admitir. O tempo vai passando e Julien começa a entrevistar os tributos, bons minutos se passam e eles chamam o meu nome. Estou tremendo. O que falar? O que fazer? Lembro das dicas que Magnus me deu o subo no palco com um sorriso nos lábios. Dou um giro com o vestido e aceno para a plateia. Sento-me na cadeira e paro de acenar. Olho para Julien e dou um sorriso maior.

— Julien, é um prazer te conhecer!

— Um garota bonita e corajosa! Ficamos muito tocados quando você se voluntariou. Poderíamos ouvir mais sobre isso, por favor?


Oh... Penso sobre Andie e sinto um aperto no coração.

— Claro, é sempre um prazer falar de Andie. Por onde começar? Bom, alguns dias antes da Colheita eu a encontrei no caminho para o trabalho, ela estava chorando e parecia não saber o que fazer. Algo nela me chamou atenção, surgiu um desejo de protegê-la. Conversamos um pouco e eu a acalmei, ela voltou para casa e no dia seguinte apareceu. Andie me contou que estava esperando um filho... — Respiro fundo. — Não posso revelar quem é o pai, não poderei me perdoar se algum mal ocorrer a ela. Ela começou a morar comigo e criamos uma amizade muito forte, ela me fez sorrir como nunca o fiz em anos, Andie é como uma luz. Ela ilumina onde passa e tem uma pequena estrela cadente no ventre. Eu amo ela e o pequeno, e fico feliz por ela ter a chance de o ver crescer. Andie, se estiver vendo isso quero que saiba que eu te amo, cuide bem do pequeno e diga-o que eu o amo. Sei que ele pode ouvir. Foi por isso que eu me voluntariei, eu não suportaria perder duas pessoas importantes em minha vida, eu a amo demais para fazer isso. E bom... — Limpo uma lágrima de meus olhos. — Estou feliz por estar aqui e por ela estar lá.

— Andie parece ser muito importante para você. Você acha que fez uma boa escolha? Faria o mesmo se ela não estivesse grávida?

— Com certeza o faria. E fiz uma boa escolha, há vezes que você precisa de uma razão para lutar, eu encontrei a minha e fico feliz por isso. A vida de Andie é mais importante que a minha, ela é jovem e merece ser feliz. —
Dou um sorriso para ele e levanto a cabeça. [/b]

Eu esqueci completamente das dicas de Magnus e deixei meu coração falar por mim. Aperto uma mão na outra e abro outro sorriso.

— Normalmente os tributos provenientes do seu distrito se mostram bastante durões. É o seu caso?

— Sim, lutarei com unhas e dentes. Vou lutar até que minhas forças acabem e mesmo quando elas acabarem, eu tentarei. Eu não deveria estar dizendo isso, mas... —
Aproximo mais meu rosto de Julien. — Alex é muito durão, você já pode observar. Ele não é encantador?

— Ele com certeza é! Obrigada pelas palavras, Valentinne! Boa sorte na arena.

— Obrigada!


Levanto-me e aceno para as pessoas, me equilibro nos saltos e voltou para os bastidores. Agora é a vez de Alex, dirijo-lhe um sorriso e sussurro boa sorte. Fico perto de Saffra enquanto observo a entrevista de Alex. Tudo lá fluiu tão naturalmente, mas algo aperta meu coração. A Arena... A luta... As mortes...




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Will Rivera

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista Icon_minitimeSáb Jan 31, 2015 12:07 am


Will Rivera

-Sexy. - diz Melanie avaliando-me - Não é exagerado, pois queria fazer algo mais confortável e fofo para você... Mas claro, não poderia faltar algo... Como posso dizer... Algo chamativo, não é? - ela sorri trazendo consigo uma gravata borboleta preta. Faço uma careta e depois lembro-me que Melanie gosta de fazer surpresas.

-Posso saber o que vai acontecer? - pergunto levantando a sobrancelha.

-Algo pequeno, só para te deixar mais charmoso do que é. - ela pisca para mim.

Melanie coloca a gravata em mim e dobra as mangas da minha camisa até os cotovelos. Depois de uns minutos me observando, ela fala para que eu finalmente me veja. Viro-me para o espelho grande e sorrio. Eu uso uma calça xadrez escura e uma camisa social de uma cor azul quase prata com botões brancos. Os finos riscos xadrez da calça combinam com a cor da camisa. Também uso sapato social e suspensório pretos. Meu cabelo, em um topete jogado para o lado, dá um ar de “Bad Boy”. Ella e Pol fizeram um bom trabalho com ele. É uma roupa simples mas bonita, o que me deixou mais confortável e confiante. Sorrio e agradeço a Melanie por fazer isso.

-Bem Will, está na hora! Vamos gatão. - diz ela sorrindo e me puxando pelo braço.

                                                     ***

Entro na fila enquanto Melanie tagarela sobre as pessoas importantes que estarão me assistindo e de como eles vão gostar da mim. Dou um pequeno sorriso. Lembro-me da conversa com minha mentora na noite passada. Ela disse para que eu use meu charme para conquistá-los. Penso que a irritei no vagão, pois eu consigo sentir uma diferença em sua voz quando fala comigo. Não fiz aquilo para criar uma briga, eu apenas acho ridículo que pensem que a beleza é tudo.

Olho para trás, Lúcio sorri com nervosismo e Tess não olha para mim. Viro-me para frente e vejo que já sou o próximo. Suspiro. Será que minha família está vendo isso? E minha irmã? Quem cuida dela de noite quando quem está em seus pesadelos sou eu? Os aplausos me trazem de volta para a realidade.

“Agora não, Will.”

Olho a entrevista em uma tela na minha frente. A garota do 4 levanta da cadeira e se despede do público. Respiro profundamente. É agora.

-Use seu charme, conquiste eles. O palco é todo seu, Will! - sussurra Melanie em meu ouvido.

Balanço a cabeça, afirmando e viro-me para Emily e desejo-a boa sorte.

-Agora... Fiquei sabendo que muitas garotas suspiram ao vê-lo, não é mesmo? - diz o apresentador Julien. Escuto alguns gritinhos femininos e minhas bochechas esquentam. - Conhecido pelo seu charme e simpatia: Will Rivera do distrito 5!

Escuto a euforia da plateia enquanto subo as escadas. As luzes invadem meu rosto, deixando-me cego por um instante, mas sorrio e aceno mesmo assim. Julien me espera mais a frente, de pé e aplaudindo.

Paro no meio do grande palco e começo a acenar para a plateia. Percebo que eles olham e apontam para meu pescoço.

“A gravata!”

Olho para a gravata. Uma cor prateada vai subindo pelo preto e em questão de segundos, o prata toma conta do preto. Dou um grande sorriso e viro-me para Julien, abraçando-o e dando leves batidinhas em suas costas. Palmas, gritos e assobios tomam conta da plateia, me fazendo ficar ainda mais animado.

Com seu sorriso exagerado, Julien se senta convidando-me para me sentar também. Sento na poltrona confortável com um sorriso no rosto. Julien espera o público se acalmar para começar a falar.

-Uau! - exclama ele levantando as sobrancelhas - Um rapaz muito charmoso! Diga-nos, Will, como é ter as garotas aos seus pés?

O rosto de Amélia cruza em minha mente. Meu estômago revira, como responderei sem ter que falar... dela?

-Bem, acho que isso de uma maneira é bom. - sorrio - Mas na verdade, durante toda a minha vida eu só me importei com uma garota. Nunca fui do tipo “mulherengo”. - dou uma risadinha nervosa. Não posso me passar por coitadinho... não posso me expor tanto assim. - Mas sabe, o destino meio que acabou nos separando. - meu peito dói ao dizer isso. Engulo em seco.

-Oh! Que pena! - Julien olha para o palco e depois para mim novamente. - E agora Will, como está seu coração? - ele levanta uma sobrancelha.

“Ferrado, pisoteado, socado e chutado”, penso olhando para o chão.

-Está livre - escuto alguns gritinhos e olho para o palco sorrindo um pouco constrangido. - Mas acho que agora estou meio fora de ar para um relacionamento, se é que me entende. Mas quem sabe dou uma chance quando eu voltar? - olho para o palco, levanto uma sobrancelha e dou uma risadinha.

-Bom, mas e sobre a Capital, gostando da estadia e da recepção?

-Oh, sim! Me receberam muito bem aqui na Capital. Todo mundo é bem querido comigo e eu aprecio isso. Quanto a estadia eu posso dizer que o chuveiro elétrico é incrível! - digo levantando as mãos. Escuto algumas risadinhas. - Eu queria ter bebido um pouco, mas sabe, é proibido então fiquei meio chateado com isso. - faço uma cara triste para Julien, ele ri. - Mas a comida é minha parte preferida! Qual o nome daquele bolo pequenininho com uma cobertura engraçada em cima?

-Cupcake? - diz Julien sorrindo.

-Cupcake, isso! Oh sim, eu amei aquele bolinho! Eu teria que vir aqui mais vezes só para comer as diversidades que vocês oferecem! É tudo realmente muito bacana aqui na Capital!

“Tirando os jogos, esse povo estranho e outras infinidades de coisas”, penso sorrindo para o palco.

-Bem Will, tenho que dizer que nosso tempo acabou! - faço um “ah” junto com a plateia e depois sorrio. - Muito obrigado pela entrevista!

-Eu que agradeço!

-Oh, Will - Julien balança a mão no ar e depois nos levantamos. Sinto um certo desconforto, pois consigo ver algumas garotas cochichando e olhando para mim. Sorrio pelo canto da boca. - Will Rivera! - abro um grande sorriso enquanto a plateia aplaude. Dou um aperto de mão no Julien, agradeço e saio dando tchauzinhos e sorrisos para todos.

Desço as escadas e Melanie me espera com os braços abertos e um grande sorriso estampado no rosto. Solto o ar aliviado e dou um forte abraço nela.

-Fabuloso! Fabuloso! - diz ela me afastando e dando pulinhos - Você estava tão lindo naquele palco! E falava muito bem também! Você é muito bom em palcos, não é tímido! - ela sorri e começa a tagarelar sobre a entrevista.

Olho para o chão enquanto ando e dou sorrisos fracos quando Melanie olha para mim. Sinto minha garganta fechar, meus olhos ficam embaçados. Belisco minha perna e pisco várias vezes para afastar as lágrimas.

“Você tem que superar, ela não vai voltar mais.”


Última edição por Will Rivera em Dom Fev 01, 2015 4:49 am, editado 2 vez(es)
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Tess Niels

Tess Niels


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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista Icon_minitimeSáb Jan 31, 2015 1:57 am


Tess Niels

Me observo no espelho que vai do chão até o teto. Estou pronta para a entrevista. Meu cabelo está solto, com apenas duas mechas frontais puxadas para trás. Kevin fez um traje feminino e delicado, com um toque de meu distrito. O vestido é salmão claro, tão claro que quase parece rosa, com decote em coração. Tem alças que pendem na altura dos ombros. A saia é na altura dos joelhos na frente, e comprida atrás, formando uma pequena cauda.

Da costura da cintura, até descer na diagonal por um lado da saia, estão flores. A linha de flores começa fina, mas vai engrossando à medida que chega ao final, tomando quase toda a lateral esquerda do vestido. São flores de macieira. Olhar para elas me fez lembrar de quando eu e meu pai brincávamos nos pomares na época de primavera. Emito um longo suspiro.

-Algo errado, querida? - pergunta Kevin atrás de mim, me olhando pelo espelho. Nesse curto tempo, eu e Kevin nos tornamos íntimos. Contei de minha vida para ele, e ele, me contou a sua. Ele é o único daqui que sabe o que eu realmente vivia, e o por que de eu precisar voltar. Nem todas as pessoas da Capital são como pensei. Ele percebe que meu olhar está voltado para a saia e arregala os olhos, se aproximando. - Ai meu santo alfinete! Você não gostou das flores não é? - exclama ele. Olho para ele com a expressão confusa, mas logo dou um sorriso divertido. Ele sempre está preocupado se suas obras vão ser aceitas.

-Não é nada disso Kev... - começo.

-Eu sabia que eu não devia ter feito um vestido muito detalhado! - diz ele me interrompendo, andando de um lado para o outro, com o cenho franzido. - Mas achei que um pouco de destaque seria bom e...

-Kevin. - me viro para trás e seguro seus ombros, para que pare de andar para lá e para cá. - O. Vestido. Está. Maravilhoso. Se acalme. - digo olhando em seus olhos. Ele olha para mim confuso.

-Está? - pergunta ele incerto.

-Sim! - sorrio e solto seus ombros. Ele relaxa e respira fundo, aliviado. Me volto para o espelho. - É que as flores me lembraram de meu pai...

-Ah... Eu tinha me esquecido de que... Oh, me perdoe. - diz ele constrangido. Sorrio para ele.

-Não, tudo bem. - digo tranquilizando-o. - É uma lembrança boa. Me acalma. - digo sorrindo. Ele sorri de volta, mas logo adquire uma expressão “aborrecida”.

-Vamos, vamos, vamos, que a entrevista já vai começar. Não fiz esse ma-ra-vi-lho-so vestido para ficar dentro de um quarto. - ele bate palminhas como se estivesse me apressando, mas se esforça para não rir.

Olho para ele, e solto uma gargalhada, a qual ele me acompanha. Mesmo diante de tudo isso, é bom ter pequenos momentos para rir e sorrir. Isso nos lembra, o quão a vida é preciosa e curta, e o quanto devemos aproveitá-la.

Ele me oferece o braço, ao qual eu aceito.

-Vamos lá, então. - digo sorrindo. Ele olha para mim com um olhar de falso desdém.

-Esse seu “vamos lá”, foi meio batido. - diz ele reclamando. - Fica melhor: Vamos lá desfilar na cara daqueles mal vestidos, que não têm roupas maravilhosas feitas pelo meu estilista gostosão, Kevin! - diz ele gritando como se fosse um grito de guerra, sacudindo o punho no ar. Eu rio.

-Está bem, está bem... - digo sorrindo - Seu “vamos lá” foi bem melhor que o meu. - digo, e ele sorri.

E então saímos.

                                                         ***

Chegamos ao final da fila de tributos. Olho de relance mais para frente, e vejo que todos aparentam estar no mínimo, nervosos.

Vejo Will junto da garota de seu distrito. É... Ele está bonito, considerando que hoje é um dia importante quando se diz a respeito de “aparência”. Ele precisa ganhar seus patrocinadores.

Kevin me conduz para o lado do garoto de meu distrito. Kevin para, me fazendo olhar para ele.

-O que foi? - pergunto confusa.

-Eu esqueci de te avisar... - diz ele olhando a minha saia. - Quando estiver saindo do palco, aperte o miolo dessa flor aqui. - diz ele apontando para a primeira flor em minha cintura, da direita para a esquerda.

-O que aprontou dessa vez? - pergunto curiosa. Ele dá um sorriso enigmático.

-É surpresa. - ele dá uma piscadela. - Detona garota! - diz Kevin com um sorriso, ao qual retribuo, e logo ele se afasta.

Olho para Chat'de, e dou um breve cumprimento com a cabeça, mas isso é tudo. Prefiro não falar com homem nenhum - Kevin é uma exceção, porque bem... Ele com certeza não “olha” para mim  , tendo em vista que, vou no mínimo soltar um comentário sarcástico. E não quero arranjar inimigos justo no último dia. E o único por aqui que realmente merece meus comentários é Rivera. Então, fico quieta, apenas observando.

Em uma tela, podemos ver as entrevistas. O apresentador entra no palco, enquanto a plateia vai à loucura. Ele faz uma pequena introdução, e logo chama o primeiro tributo. Várias entrevistas se passam. Observo cada um dos tributos. Alguns parecem tensos, outros, parecem que nasceram para isso.

Minha vez se aproxima. Tento controlar o tremor em minhas pernas. Minhas mãos suam.

-E agora, a adorável garota do Distrito 11: Tess Niels! - anuncia o apresentador.

Meu coração quase salta pela boca. Começo a andar em direção aos degraus, dando passos firmes, tentando não cair com os saltos que Kevin me fez usar. Subo os degraus hesitante, e logo entro no palco. As luzes quase me deixam cega, mas faço como Kevin disse, e sorrio para a multidão, acenando. Olho em direção ao apresentador quando me aproximo, e ele olha para mim com aquele sorriso exagerado.

-Nossa garota dedicada! - diz ele me estendendo a mão, a qual seguro enquanto me sento na poltrona à sua frente, totalmente tensa. Fico um tanto constrangida com toda aquela atenção. Ele se acomoda, e logo faz a primeira pergunta. - Querida, poderia nos dizer qual foi o sentimento ao ver a sua nota sendo anunciada? - pergunta ele. O.K., essa pergunta foi razoável.

Seja graciosa, e apenas fale o que eles querem ouvir, Tess, penso.

-Bem, fiquei muito satisfeita com a minha nota. - digo, e ele assente com a cabeça para que eu prossiga. Sento melhor na poltrona, tentando aliviar a tensão. - Mas admito que fiquei um tanto surpresa. - ele levanta uma sobrancelha, e logo continuo: - Quer dizer, há muita gente boa aqui, sinceramente pensei que minha nota seria mais baixa. Mas estou feliz, ao ver que estava enganada. - sorrio amigavelmente para ele, e para a plateia

Estou com um sorriso exagerado faz cinco minutos, e parece que meu rosto vai rasgar se eu continuar por mais cinco segundos. Ele assente sorrindo, parecendo satisfeito com a minha resposta.

-Além de adorável é humilde! Poderíamos querer mais pessoal? - ele ri para a plateia, que faz sons ensurdecedores. Ele se volta para mim. - E no que você acha que isso lhe ajudará na arena? - ele pergunta.

Uma nota alta? Bem acho que isso provavelmente fará com que queiram me matar, penso. Dou um sorriso.

-Acho, e espero, que com essa nota eu tenha conseguido conquistar alguns patrocinadores aqui, que poderão me ajudar lá dentro. - olho para a multidão, sorrindo, depois volto-me para Julien. - Acho também que posso conseguir bons aliados. - digo, sorrindo.

-Também esperamos que consiga. Não é, pessoal? - ele fala para a plateia. Ele ri e se volta para mim. - Então me diga, Tess, todos nós, acredito eu, temos algum motivo para viver. - ele olha para mim. - Qual é o seu? - pergunta ele aguardando minha reação.

A pergunta me pega de surpresa. Estava preparada para toda aquela futilidade, mas não para uma pergunta pessoal como essa. Me remexo desconfortável na cadeira. Percebo que meu sorriso não está mais em meu rosto. Meu motivo para ainda viver? Meu motivo para não desistir?

-Meu motivo é minha mãe. - digo. Julien emite um "own", ao qual a plateia acompanha. - Porque ela... - minha voz falha. Um nó se forma em minha garganta. Respiro fundo. - Ela está doente. - digo tentando soar firme. - Ela só tem a mim. E ela precisa de mim. Se eu não voltar eu não... - minha voz falha novamente.

O apresentador olha para mim balançando a cabeça afirmativamente, como se me entendesse.

-Eu te entendo, querida. - diz ele em consolo. - Espero que consiga voltar. - ele sorri, mas agora não é mais aquele sorriso plastificado. Parece quase que... Verdadeiro. Dou um sorriso fraco.

-Eu também. - digo por fim. Ele sorri e se levanta. Me levanto também, e sorrio para a plateia.

-Tess Niels, pessoal! - ele fala animadamente no microfone.

Damos um aperto de mãos, e começo a andar em direção a saída. Estou tão atordoada que quase me esqueço.

Kevin!, me lembro.

Aperto discretamente o botão na saia, e então, olho para a plateia, enquanto ando lentamente, sorrindo. Ouço uma exclamação vinda de toda a plateia. Olho para a saia, e sorrio, surpresa. As flores caem no chão enquanto ando, e outras crescem no lugar, para depois, caírem novamente, formando uma trilha de flores atrás de mim. Julien ri exageradamente.

-E essa é Tess Niels pessoal! - exclama ele. Vou saindo do palco, acenando e sorrindo, enquanto deixo o rastro de flores nele.

Quando estou fora de vista, desço rapidamente as escadas, encontrando Kevin.

-Você. Foi. Ma-ra-vi-lho-sa. - diz ele em um misto de orgulho e animação.

-Você é genial Kevin! - digo e o abraço.

No momento em que o faço, surpreendentemente, começo a chorar. Toda aquela adrenalina cai como um peso sobre mim. Kevin logo percebe e passa as mãos em meus cabelos, me consolando.

-Querida... - diz ele com uma voz - estranhamente - materna.

Escuto a movimentação dos tributos ao redor, mas não ligo. Kevin me abraça por mais um tempo, até que se afasta gentilmente.

-Vamos animar esse rostinho! - diz ele sorrindo. Dou uma fungada. - Eu e Antoérie vamos ir jantar com vocês. Assim podemos relaxar um pouco e aumentar o ânimo. - diz ele ajeitando meu cabelo.

-É pode ser... - digo ainda fungando. Espera. “Eu e Antoérie?”. Arregalo os olhos. - Como assim “você e Antoérie”? - pergunto surpresa. Ele ri. Provavelmente minha mudança repentina de humor deve ter sido cômica.

-Ah não sei... Andamos conversando... - ele dá uma piscadela e um sorriso divertido. Balanço a cabeça sorrindo. - Vamos? - diz ele estendendo o braço. Reviro os olhos.

-E eu tenho escolha? - pergunto forçando desânimo. Ele sorri, e eu aceito seu braço.

E juntos, vamos para a última noite. A última noite, antes de eu ter que lutar, como nunca lutei antes.
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Luna Lewis

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista Icon_minitimeSáb Jan 31, 2015 2:25 am


Luna Lewis

Um turbilhão de pensamentos me tiram a atenção, deixando H, G e F trabalharem sem nem um "ai!" sequer saindo de minha boca. Pelo o que pude perceber, eles tinham me depilado, feito as sobrancelhas e agora, estavam me maquiando. Para minha sorte, eles trabalhavam no maior silêncio, me deixando a sós com meus botões. O que iriam me perguntar? E a minha resposta seria o suficiente, o que eles querem ouvir? Ah, se eu tivesse uma bola de cristal...

Milhões de perguntas e possíveis respostas passaram cuidadosamente sobre minha cabeça. Quando resolvi desistir das adivinhações, percebi que estavam dando os toques finais. Eles bagunçavam alguns fios, e passavam um creme em minha pele exposta. Quando terminaram, deram um grande sorriso no espelho, provavelmente orgulhosos do que tinham feito. Sorri também, admirando o trabalho detalhado deles. Eles tinham o dom de deixar que minha essência ficasse mesmo com toda aquela maquiagem, todo brilho.

Com uma despedida rápida, eles saíram da pequena sala em que me encontrava. Nem um minuto tinha passado, e lá estava Cath. Carregava um plástico transparente, em que um belo vestido dava sua graça. Amei tanto que fui logo dando um abraço em minha estilista.

A Entrevista 2ujky2x

-Parece que você gostou mesmo, hein? - Disse, e eu a libertei do abraço. - Achei a sua cara. É um modelo simples, porém, o degradê faz toda a diferença. Queria que eles soubessem que assim como as cores do vestido, você faz a diferença.

-Muito obrigada!

Cath sorriu e logo disse: -Então chega de blábláblá e vamos vestir isso!

---

Os tributos estavam enfileirados a espera de serem chamados. Fiquei para trás, seguindo a ordem dos distritos e ficando na frente de Lucio. Tive uma sensação parecida com a da apresentação, algo um tanto sufocante. Nome por nome, todos foram chamados. Vendo pela tv, conheci os tributos de outra maneira e cada um tinha algo que me fazia ou amar ou odiar. Pensei, pela primeira vez, em uma aliança mas, logo esqueci da ideia, me lembrando de algumas edições passadas.

Quando faltava apenas um tributo em minha frente, resolvi desejar boa sorte para Lucio, afinal, apesar de toda simpatia que tive com outros tributos, eu queria que o sobrevivente desta edição fosse de meu distrito. Em seguida conversei sobre alguma coisa do meu vestido com Cath, e logo meu nome foi chamado. Minha estilista me incentivou a ir, e logo estava no palco, encarando toda a platéia da Capital.

Era estranho o fato de ter todos os olhares direcionados para mim e não sentir nem um pouco de medo. A Capital era, nos meus conceitos, como cada rosto que eu ajudava no distrito 12. Só que com uma ligeira diferença, agora eu era quem precisava de ajuda. Sorrindo, fui a encontro com Julien, o gracioso apresentador do programa. Ele beijou minha mão, e sentamos.

-Luna é um prazer tê-la aqui conosco. - Ele sorri, e algo me diz que está sendo sincero.

-É uma honra estar no seu programa. - Julien fica um pouco sem jeito, e era bem bizarro ver como ele demonstrava isso para a platéia.

Claramente uma garota muito meiga. - Uma pausa. - Qual a mensagem que você deixaria para os seus concorrentes tributos?

Droga, não tinha pensado nisso. Respiro e tento ser igualmente sincera. - Julien, creio que tenho concorrentes muito fortes e superiores a mim neste quesito. - Olho para ele, que concorda levemente com a cabeça. - Mas, acho que na Arena tudo conta. Seja sorte, força ou inteligencia. Então, o que eu gostaria de dizer, era que não subestimassem os outros tributos.

-Então, o que você quer dizer, é que por trás de toda a sua meiguice, há uma boa candidata a vencedora?

-Talvez. - Dou uma pausa. -Como disse, os Jogos são feitos de tudo o que você aprendeu durante seus anos com uma pitada de sorte. E com a junção disso, temos um sobrevivente, um vencedor. Qualquer um pode vencer. Então, afirmo que por trás de minha meiguice, há uma boa candidata. Mas, não tenho garantias se serei vencedora.

-Uma resposta interessante. - Pausa. - Conte-nos, Luna, quais são as vantagens de ser do Distrito 12?

Mais uma vez teria de usar meu esquema de ser sincera. -Acho que nossa união é a grande vantagem. Tudo o que conseguimos, partilhamos e isso nos mantem bem. É uma questão de estar bem consigo mesmo e de saber que pode contar com outras pessoas ao seu redor. - Pensei em Nicolas, e alguma coisa me fez sentir que ele não se encaixava no que eu dizia. Ele poderia ter se voluntariado...

-Luna? - Julien me chamou.

-Ah, desculpe. Estava olhando para a maravilhosa platéia com suas belas damas e rapazes, acho que me distraí. - Todos, inclusive eu, dão um risinho. Quando tudo volta ao normal, digo: -Bom, a outra vantagem eu vejo no meu distrito é que não tenho pressão para ser a vencedora. Me dá conforto saber que posso dar o meu melhor sem cobranças. E isso não quer dizer que se eu partir eles não vão ligar, pelo contrário, uma parte de todos nós se vai com cada tributo do 12 que perdemos. Isso é algo que não vejo em outros distritos.

-Muito obrigado, Luna. - Julien se levanta e faço o mesmo movimento. Olho para a platéia e encontro Cath, então, como se estivesse num filme antigo, com princesas e tudo mais, levanto um pouco a barra do meu vestido. -Lindo vestido! - O apresentador para e admira a roupa. Se voltando para a população da Capital, ele aponta para mim com uma mão e, dando a sua outra mão a mim, levanta meu braço direito. - Luna Lewis! Distrito 12!

Me despeço e saio do palco. Posso escutar Julien chamando Lucio, e corro para a TV para vê-lo.


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John Doe

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista Icon_minitimeSáb Jan 31, 2015 4:14 am


John Doe


Ao sair da apresentação vou ao meu quarto, não sei ao certo que impressão causei, então tenho que mais uma vez tomar aquele remédio do Kruz para dormir, eu demoro a cair no sono, mas ele chega, acordo no outro dia e não encontro ninguém no quarto (o que já está se tornando rotina), mas na mesa está a comida e um bilhete.
As notas das apresentações sairam, acho bom você se apressar em ver a sua.
- Kruz


Nesse momento eu como qualquer coisa e procuro ver as notas, percebo que tirei 7 e vejo um aviso do horário das entrevistas, nesse momento saio correndo em direção ao ponto onde fui logo após a chegada nesse edifício, a sala de Trivia e Somnus. Logo fui recebido por Trivia.
Olá garotão, não esperava que você viesse assim, mas ajuda bastante o nosso trabalho.

Só então percebo que me encontro da mesma forma que quando vou dormir, apenas com a bermuda, mas isso é irrelevante agora, isso até facilita o trabalho deles ao maquiar algumas manchas que surgiram na ultima semana, manchas essas derivadas de treinos, apresentações e quedas da cama. Somnus então declara.
- O trabalho hoje foi bem rápido, só precisamos fazer você parecer inatingível, assim facilitará sua performance, vulnerabilidade não dá patrocínio, certo?

Pela primeira vez, desde que cheguei aqui, eu dou uma gargalhada sincera.
- Realmente, vulnerabilidade não dá patrocínio e eu acredito que nunca fui vulnerável...

Flashes do meu ultimo ano passam na minha mente agora, eu suspiro e sinto uma coragem me preenchendo, então sussurro pra mim mesmo.
- ... Eu nunca fui vulnerável!

Eu me levanto daquela mesa e saio pela porta decidido a ir até a sala de Vênus, mas assim que a abro encontro o Kruz.

- Aqui está o sorrateiro senhor Doe, nós estamos precisando ter um papo sério sobre como irá se portar na entrevista.

Ele então me desvia do caminho que eu seguia.
- Mas a Vênus...
- Já avisei a ela, ela logo logo levará sua roupa até o apartamento do Distrito 3.

Vamos ao elevador e eu vejo uma garota que eu não vi no pátio do desfile, ela está saindo do elevador e não está sozinha, mas só consigo fixar os olhos nela, ela deve estar indo provar sua roupa, ela tem um olhar cheio personalidade, quem seria ela? Não precisei pensar muito, já que a resposta veio logo em seguida.
Lydia Black, Distrito 2, cuidado para não encarar muito, isso pode causar má impressão da parte dela.

Desviei o olhar, não por medo, mas por que estava absorvendo a informação. Entro no elevador vou direto para o apartamento, procuro por Olivia e mais uma vez Kruz responde o que não perguntei.
- Ela foi visitar a estilista dela.

Eu me viro e o encaro, "eu não sou vulneravel", agora é o momento de eu mostrar que sou capaz de expor isso, não importa qual meu ponto fraco, agora eu preciso apenas descobrir como esconde-lo de um apresentador que vai querer expor ele ao mundo, ou ao menos é o que James sempre me disse que o tal Julian faz, é por isso que ele é tão amado pela capital e os distritos.
- Você sabe que vai ter que esconder alguns fatos sobre sua vida, não sabe?
- Sei.
- Você terá de ser o tributo exemplar e o mais forte, é isso que a capital gosta, força, inteligencia e carisma, como você não é tão dotado de todas, você deve fazer eles acharem que é.
- Certo.
- Hoje você será muito mais do que John Doe, olhe pra mim e responda, por que seus pais lhe deram esse nome?
- Eu...
- John, esse é Caius, ele foi da equipe de preparação do Erik, ele tem alguma experiencia com tudo isso, lembre que o Erik esteve no top 5 da capital enquanto estava vivo. Agora responda a ele a pergunta, não como uma resposta qualquer, mas uma reposta de entrevista.

Fecho os olhos e penso em como responder, levanto, olho e respondo.
- Minha mãe morreu no parto e meu pai sofreu um acidente na fabrica em que trabalhava antes de eu nascer, eu era um recém nascido órfão e fui adotado por um de nossos vizinhos, minha mãe morreu sem dizer o meu nome a ninguém, então me tornei um indigente, um John Doe, por isso recebi esse nome e por isso cresci lutando para não ser um indigente, por isso estou lutando para continuar vivo, por que se eu passar por isso tudo deixarei de ser um ninguém e me tornarei não um alguém, mas O alguém, O vitorioso do 26° Jogos Vorazes.
- Esse garoto é inteligente para bolar respostas que cativem o publico, agora vamos ver se Vênus ajuda ele a ser mais chamativo, ele tem uma aparencia muito despojada, talvez nem seja notado.
- Realmente, uma boa resposta, mas ele pensou demais em como embelezar ela antes de falar, se você estiver pensando, faça algum charme para parecer que você está querendo esconder algo, o Julian vai puxar assunto para tentar arrancar esse segredo e é aí que ele vai sair satisfeito com a resposta.

Kruz e Caius estão me dando varias dicas para que eu consiga ser bem sucedido, então alguem abre a porta, era Vênus, ela trazia uma mala com as roupas dentro e vai entrando.
- Olá, demorou um pouco mais eu consegui, aqui está a roupa, corre lá para fazer a troca rapidinho garoto.

Eu pego a mala e vou trocar de roupa, e começo a tentar imaginar o que posso encontrar lá dentro. Tiro de lá uma calça jeans preta, eu realmente não sabia que esse tecido poderia ser usado dessa forma, eu só via ele nos macacões de uso nas fabricas do D3... Um par de sapatos sociais, que eu coloquei sem entender essa combinação... Uma camisa social manga longa branca, vou confiar na capacidade da Vênus... Uma gravata preta de um tecido que acho ser algodão ... Um colete cinza riscado... E então a surpresa, a última peça de roupa da mala é uma jaqueta de couro, eu visto tudo sem reclamar e me olho no espelho, nesse momento me surpreendo com a aparencia que adquiri*, saio ainda surpreso e Vênus começa sua narração.
- Bem, o objetivo dessa roupa é exaltar o lado fino e clássico da entrevista, sem deixar de lado a exposição do lado rude e despojado do nosso garoto, a gente pretende passar a imagem de um tributo com boa aparência mas também cheio de personalidade.
- Vênus, você me surpreendeu esse ano, não pensei que você teria uma ideia tão genial e ao mesmo tempo tão simples, parabéns.

Eu começo a ver tanta animação no rosto do trio que acabo ficando contagiado, acho que realmente, essa entrevista não vai ser tão problemática quanto eu acho.

Mas esse sentimento logo passa quando vejo as entrevistas acontecendo.
— Aposto que cada uma das pessoas neste palco já ouviu falar dos produtos maravilhosos que a sua família fabrica. Poderia nos contar qual é o segredo para o sucesso?
— Bom, já alguns tributos não se dão tão bem quanto outros. Poderia comentar sobre o desempenho dos tributos do seu distrito da edição passada, por favor?
— Na edição passada, o tributo feminino do seu distrito acabou matando o companheiro de distrito. O que você acha disso?
— Podemos esperar uma aliança forte este ano?


Essas perguntas são tão certeiras e ao mesmo tempo tão sem respostas, que o medo começa a me tomar, é nesse momento que sou chamado ao palco. A voz de Kruz volta a minha mente.
É isso que a capital gosta, força, inteligencia e carisma.

Eu entro naquele palco tentando mostrar o máximo dessas três habilidades.

Quando adentro o palco dou meu melhor sorriso, a plateia precisa ver quão divertido é estar ali, mesmo que isso seja totalmente o inverso de divertido. Eu aceno para a plateia e olho para Julien, ele me estende a mão, eu vou levando minha mão até a dele e durante o aperto, sinto um pico de coragem e complemento com um abraço.

Não se ele esperava por isso, mas não demonstrou surpresa e já começou com uma pergunta.
— John, está claro que você é um garoto muito inteligente! O que você faz no seu distrito?

Uma pergunta direta e que eu tinha que transformar numa resposta perfeita, sorri para ele e lembrei "força, inteligencia e carisma".
- Bem Julien, primeiramente é um prazer conhecer você, mesmo em uma situação tão perigosa como a minha...

Dou um tempo para ele rir da minha frase.
- ... Mas sim, não acho que sou tão inteligente como todos dizem, afinal eu não sou muito da parte mental do distrito 3, meu trabalho envolve muito mais força braçal do que mental, afinal o D3 é bem tecnológico mas as maquinas não se deslocam sozinhas ainda. Eu trabalho na área de montagem e conserto do maquinário da fabrica, uma profissão que me faz ser imperceptível no meu distrito, mas que me dá espaço para aprender muito sobre diversas áreas da fabricação dos produtos.

Ele então seguiu para a próxima pergunta.
— Podemos contar que o Distrito 3 terá um novo vitorioso este ano?

Com certeza fui pego numa armadilha, mas preciso me safar dela.
- Julien, preciso ser humilde e dizer que essa edição possui muitos concorrentes cheios de potencial e que o distrito 3 veio com dois grandes potenciais, e digo que sim, o distrito 3 pode ter um vencedor, assim como o 1, o 2, e qualquer outro pode ter um vencedor, mas o que eu posso garantir é que eu vou agir com objetivo de vencer e vou fazer de tudo para não perder a cabeça dentro da arena assim como o Erik.

Mais uma vez as risadas surgiram, e eu percebi que tinha pisado num terreno perigoso e complementei.
- Claro, piadas a parte, eu prometo me dedicar a jogar com todo meu potencial e prometo dar meu máximo para satisfazer o voto de confiança de quem torcer por mim, e claro, o importante é competir mas o que vale de verdade é vencer.

Já estava praticamente confortável com isso tudo, pensava que não poderia vir nada pior, quando ele surge com a pergunta final.
- E quanto a seu treinamento, você pretende dar o melhor de si na arena, mas seu treinamento, que foi uma demonstração da arena, te gerou uma nota satisfatória?

Engoli essa pergunta em seco, eu havia passado o dia anterior pensando exatamente nisso e agora teria de responder isso da forma mais bonita e apresentável possível.
- Julien, todos nos erramos e dos erros tiramos os ensinamentos para as melhorias, eu sinto que errei na apresentação pois mostrei muito do que eu sei e pouco do que eu sou, isso me deixou insatisfeito, mas hoje quando vi a nota fiquei muito orgulhoso pois vi que num olhar rápido sobre mim se conseguiu tirar algo proveitoso, na arena terei muito mais tempo e muito mais espaço para me mostrar, é lá que vou compensar quem me apoiar, é lá que vou mostrar meu potencial.

A entrevista finaliza e Julien se levanta comigo, me cumprimenta de novo, tão animado quanto no inicio, eu dou meu melhor sorriso novamente e aceno para a plateia, quando baixo as mão sinto um volume na calça e o tiro, é um óculos de sol* para completar meu visual, eu o coloco, aceno mais uma vez e saio sem olhar para trás, no meio do caminho vejo a garota do distrito 4 passando pelo corredor e me vou assistir a entrevista dela, vejo que o garoto do 4 está lá na sala de espera, e o cumprimento.
- Bela roupa.

Então sento ao seu lado para ver as outras entrevistas.

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Emily Clarke

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista Icon_minitimeSáb Jan 31, 2015 4:33 pm

Emily Clarke

Depois de uma noite onde eu dormi com a cara toda molhada de tanto chorar, eu precisa me recompor e ir me arrumar com Hanna. Essa será minha ultima roupa "decente" e então irei para a arena, eu precisava aproveitar! Assim como eu Hanna estava eufórica, essa era a chance para ela ficar famosa, ela precisaria da modelo perfeita e eu espero que seja eu, esta noite quero arrasar, quero passar como se estivesse numa passarela e todos me olhassem, como se eu fosse Deus e quem me olha seriam meros mortais.

-Você ficará perfeita com a roupa que eu desenhei para você-Dizia Hanna para mim.

Antes que eu fosse para parte da roupa, teria que passar para a maquiagem, ela é bem simples, com alguns tons de dourado, o que me faz pensar em como será minha roupa, logo chega minha manicure, e ela também pinta minha unha de dourado, logo depois de minha manicure sair minha cabeleireira, ela é diferente de todos, ela usa roupas da capital mas não tão extravagante como os outros, ela sabe ser chique. Meu cabelo é simples porém lindo, é solto começando liso e terminando encaracolado, lindo! Depois de estar pronta é a hora de eu ir me vestir, meu vestido tem que ser de gala e logo entendo que ele é dourado, já que minha maquiagem também é da mesma cor. Quando vejo meu vestido eu fico pasma, ele é lindo parece que minha estilista fez o melhor vestido de gala que eu já vi na vida, ele é longo e todo dourado.
A Entrevista 95pfa1

Quando saio do elevador, sinto a tensão no ar, todos os distritos estão nervosos o que é aceitável, já que todos que estão serão mortos, o mínimo que eles querem é pelo menos conseguir passar uma noite na arena, onde a ajuda de patrocinadores é super importante, o que me deixa nervosa, já que eu tive uma nota péssima na avaliação eu teria que arrasar hoje.

Os 4 primeiros distritos entram e fazem uma conversa de 10 a 15 minutos com a apresentador, onde eles conseguem fazer de 3 a 5 perguntas o que me deixa ainda mais nervosa e então enquanto o distrito masculino do 4 está para entrar, vou conversar com Fennel, eu pergunto o que deveria responder e ele me diz para ser sincero, o que eu não acredito que dá certo já que tirei um 5 e contei praticamente toda minha vida para eles. enquanto Connor do D5 está no palco eu fico abraçada com Fennel e me lembro que essa será minha última noite com ele, eu tenho que aproveitar. Logo chega minha vez e então anunciam meu nome para todos da capital:

Agora a tributo do Distrito 5: Emily Clarke.

Todo aplaudem quando eu entro, me sinto confiante e então chego na poltrona e comprimento o entrevistador. Ele parece mio afobado e começa logo as perguntas:

— Com certeza uma das mais elegantes entre todas as garotas desta edição! Querida, soubemos que você é bem próxima de seu mentor, Fennel, poderia nos contar como o conheceu?

-Hahaha obrigado, mas talvez eu não seja a mais bonita, mas realmente obrigado. Bom quando meus pais morreram eu fiquei muito sozinha, não sabia muito o que fazer, precisava de um trabalho e todos meus amigos tinham sumido, meu dinheiro tinha sumido também, até que um dia eu estava atrás de um trabalho e então passei na frente de onde os vitoriosos moram e Fennel acabou me chamando para ajuda-lo, ela não queria sair, pois tinha vergonha do que os outros fariam quando visse o que sobrou dele, depois de um tempo o ajudando, passei a morar em sua casa, nós viramos amigos e aquela ajuda que ele pediu, foi mais uma ajuda para mim do que para ele- Digo corada e olho para a platéia e vejo Hanna chorando.

Parece que eu conquistei a plateia, eles não tiravam o olho de mim, todos aplaudiam o que eu falava até que o entrevistador me pergunta e todos ficam quetos para prestar atenção:

— E... sobre... Bom, como foi para você se acostumar com a nova aparência dele?

A me pergunta me pega de surpresa e vejo que toda a entrevista será sobre nós dois e então decido abrir meu coração a todos:

- No inicio, nós dois não falávamos muito sobre nossa história, nós estávamos muito quebrados, tanto por dentro quanto por fora, eu não demorei pra me acostumar, assim como ele se acostumou com meu jeito de mandona hahaha. Se eu o conhecesse antes, eu teria me voluntariado no lugar dele, hoje em dia, nós dois somos um só, apenas nós dois nos entendemos, pode parecer estranho,mas nós temos mais que uma amizade, uma ama o outro e se pudesse ficaria passaria cada momento da minha vida com ele, mas pelo visto isso não será possível.

Quando olho pra plateia, estou em prantos, lagrimas caem dos meus olhos, acho que desde que meus pais morreram eu nunca chorei na frente de ninguém, queria mostrar ser forte, mas meus sentimentos era mais fortes no momento, mas precisava me concentrar na próxima pergunta que não era de Fennel.

- Agora me diga: Como você acha que será a arena? Terá aguá, mais tecnologias?mais árvores? acha que conseguira sobreviver independente de como será a arena?

Fico alguns segundos olhando para a plateia, o que eu deveria responder? é obvio que eu não conseguiria sobreviver, pelo menos não sem ajuda, o que me da uma ideia.

-Eu acho que nesta arena terá muitos bestantes, mas será algo mais natural, acho que terá muitas armas, se fosse por mim a arena seria recheada de champagne hahaha. Mas falando sério, eu não sei se irei conseguir sobreviver, tentarei de tudo, mas sem ajuda de patrocinadores, ficará difícil. E então faço uma cara de cachorro pidão para a plateia e dou uma risada no final

Depois de todas as perguntas feitas, o entrevistador me apresenta novamente e eu mando um beijo para eles e saio do palco, dando a vez para meu colega de distrito.
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Athena Vandyke

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista Icon_minitimeSáb Jan 31, 2015 11:10 pm


ATHENA VANDYKE


-Bom dia. Bom dia.  - Ouço a chamar à beira da cama. Abro os olhos devagar para que o brilho de Milena não me cegue logo. - Preparada?

Dou um sorris cansado e um aceno de cabeça. O motivo que me traz aqui é horrível mas aqui é a primeira vez que posso dormir sem ter que acordar às 5 da manhã. Não é que permita dormir muito mais que isso, mas essas duas ou três horas são preciosas.

Sou levada para a sala de preparação onde Lavon me iria oferecer as roupas para a entrevista.

-Oh minha querida. Hoje vamos manter as coisas simples. - Diz me mostrando as roupas. - Achamos que o vosso charme natural pode ser mais efetivo que roupas deslumbrantes.

Simples realmente era o que era. Um gajo vestido branco,  totalmente Branco, sem alças e comprimento até aos joelhos. Milena trata de meu cabelo, faz uma trancinha amorosa com uma fita também branca a segurando.

Eles me desejam sorte e logo me junto ao resto do pessoal, Oliver, Otillie e o Sr. Amoroso. Ele ri torto para mim, e só depois lembro porquê.  Essa marca no meu pescoço não disfarçada..enquanto que a dele já estava afundada na gola da camisa.

Falando de camisa.  Isto de nos ter aos dois vestidos de branco lembra em muito os casamentos lá no Seis. Que nojo, nojento. Que fui eu recordar.

Não falo com ele um bom tempo e espero pacientemente nas escadas da entrada quando o tributo masculino do Cinco saí.

Julien chama meu nome e eu subo ao palco me sentindo tão pequenina perante aquelas luzes e aquela multidão,  que podia desaparecer a qualquer momento. Avanço meio aos tropeções até ao palco apesar dos sapatos serem rasteiros.  Mal chego à cadeira a primeira pergunta logo me traz à realidade.

— Opa! O que é isso?! Parece que ela já arrumou um partido! Poderia nos dizer como conseguiu essa marca?

Vá morrer longe Malloch. Penso olhando o cara rindo torto lá na escada de acesso ao palco. Julien tosse levemente para chamar minha atenção de novo.

- Não se pode bem dizer que seja um pretendente.  - Digo fingindo embaraço.  - Foi só um momento.  De certo que há imagens disso algures aí. Foi no primeiro ou segundo dia de treinamento.  - digo forçando a recordar o acontecimento para me forçar a corar.

—Não pude deixar de notar que olhou em pânico para seu companheiro de distrito!  - ele repara animado- Foi ele o culpado?  Rola aí alguma coisa?

- Sim, foi. -Digo engolindo em seco. O que pareceu animar mais o apresentador.  Olho para a plateia e vejo Oliver bufando. Que bosta. - Mas não posso dizer que haja algo entre nós. Talvez se tivesse dado tempo lá no Distrito Seis... - digo vagamente para deixar a ideia em aberto. Termino com um suspiro e olhando para Malloch de novo.

Finalmente Julien faz a última pergunta:
— O que viria para convencer os patrocinadores a apostarem em você?

- Eu acho devem apostar com o coração.  - Digo docemente. - Na pessoa que acham que merece vencer não só pela sua força mas pelo carinho que transmite aos seus expectadores. E posso dizer que eu já os adoro. Apostem em mim e não vos irei desiludir.  - Digo por fim mais seriamente.

Julien repete meu nome e eu faço uma vênia.  Já estou bem mais à vontade então não tropeço no caminho de volta.

Vejo um camara-man filmando a entrada dos tributos e fico plantada esperando que Alpha suba. Ele não parece muito surpreso com a minha atitude e parece entender o que tem que fazer e me beija na bochecha antes de subir para o palco.


A Entrevista Tumblr_lvtzitW3aq1r7fsido1_500


Fico com os estilistas esperando que ele volte. Acabe soltando meu cabelo no período de espera. Ele chega me encarando com cara de "temos que conversar" mas eu logo levanto a mão lhe tirando a palavra.

-Pense o que quiser.  Acabei de nos comprar mais tempo na arena.- e saio antes que me responda e eu lhe vá à cara.



I can't stand it any longer
I need the fuel to make my
fire bright
So don't fight it any longer
Come to me again in the cold cold night




Última edição por Athena Vandyke em Ter Fev 03, 2015 5:23 pm, editado 1 vez(es)
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Alpha Malloch

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista Icon_minitimeDom Fev 01, 2015 1:52 am


ALPHA MALLOCH


Acordo demasiado cedo na manhã seguinte. Tinha tido um sonho estranho em que não só Ahena estava na Arena comigo, mas também Otillie. Não fazia ideia do porquê de ter sonhado com tal coisa, mas me havia deixado algo desconfortável.

Tomo um banho longo para descomprimir e aceitar a realidade que se apróxima. Não a Arena propriamente, mas o meu último desafio antes dela - a entrevista. A conversa com Otillie na noite anterior me tinha ajudado um pouco, mas pela primeira vez na minha vida não me sentia nem um pouco confiante de mim mesmo.

Desco para a sala onde encontro minha mentora, Athena, Oliver e Gigi. Parecia que eu tinha sido o último a acordar dessa vez. Decido apenas comer e não dizer uma única palavra. Queria relembrar a Athena para não fazer merda, mas não estava com disposição para isso agora. Sentia uma enorme onda de constragimento pairando naquela mesa, mas apenas me concentrei em comer e ir embora. É Mirka que encontro já no corredor para o elevador, esperando para me conduzir até à sala de preparação.

- Preparado para a entrevista? - ela fala, com um sorriso meigo. Eu apenas olho para ela com um olhar irritado, me recostando à parede do elevador. - Sabe que para causar alguma impressão lá vai ter que falar, né.

Reviro os olhos. - Melhor guardar as poucas palavras bem educadas que tenho para dizer então.
Mirka ri e nesse momento chegamos na sala. Ela fala que me veria mais tarde e me deixa na sala com a minha equipe de preparação.

- Olha quem chegou, o nosso grande Alpha! - Nova falava com entusiasmo, mas sempre com aquela expressão franzina. - Para alguém tão carrancudo, até se está saíndo bastante bem por aqui, hein? - os três riem, o que só me deixa mais irritado.

- Me poupem... - comento secamente, revirando os olhos.

- Opa! Alguém não está de bom humor hoje. - Davu dá uma risadinha. - Escolheu um mau dia, fofo. Agora é o tudo ou nada.

- Hoje e nunca, - a outra acrescenta, com uma risadinha.

É, já sei que sim. Pelo amor, apenas se despachem com isso...

Eles fazem comigo basicamente tudo o que fizeram no dia do desfile. Desta vez passo pelas mãos dos três sem reclamar, precisava de me manter o mais livre de raiva possível...

- ...PORRA! - passo a minha mão pela lateral do meu queixo várias vezes. - Sério que com tanta tecnologia aqui na Capital não têm uma maneira menos agressiva de retirar os pelos a alguém!? - Nova ri com a minha pergunta, e precisa de uns segundos para se recompôr. - Sinto um pequeno sorriso genuíno se

formar na ponta dos meus lábios, vendo a mulher baixinha se rir assim. Parecia um pequeno ratinho, coitada.
- Então, Alphie, a dor falou mais forte? Para um garoto tão durão como você, não esperava isso. Quanto menos se queixar, mais depressa sai daqui. - Nova fala e os três riem de novo.

Reviro os olhos e ignoro a pergunta. Ela continua o seu trabalho e em questão de minutos já estou pronto para ser reencaminhado para Mirka.

*

- Alpha, falou com a sua mentora sobre a entrevista? - a mulher parecia genuínamente preocupada e eu apenas aceno que sim com a cabeça. - Ótimo. Esta etapa é bem importante e pode decidir o seu rumo na Arena, mas tenho a certeza que Otillie saberá o que é melhor para ti. - eu não tinha tanta a certeza disso, mas estava numa etapa em que não tinha outra opção que não confiar nessas duas mulheres.
Ela vai buscar a roupa ao manequim e regressa em pouco tempo.

- Uma roupa mais simples para a entrevista, mas que fiz questão que mostrasse você bem, dentro dos limites. - rio com o que Mirka pudesse estar a querer mencionar, mas não digo nada.

O fato consistia em umas calças pretas com uma faixa branca dividida nas laterais, imitando as estradas. A peça superior era uma simples camisa formal branca, mas justa o suficiente para mostrar bem a minha forma, talvez bem demais, com uma gravata preta como as calças. As mangas eram ligeiramente arregaçadas e acabavam em preto também. Um cinto elegante separava a camisa das calças, feito em cabedal e com a peça em forma de roda dentada no centro, semelhante à utilizada no Desfile, mas muito menor. Apesar de elegante, o fato captava bem o nosso perfil de trabalhador do Distrito Seis.

Mirka sorri ao ver-me vestido na sua criação. Eu tento forçar um sorriso de volta, mas nem quero imaginar o quão falhado ele tenha sido. Ela tapa o riso com a mão e passa para o corredor da sala ao lado, chamando pela minha equipa de preparação.

– Oh, Alphie! Como você está lindo! – Nova leva as mãos à cara, suspirando. – Vamos é ter que tratar desse machucado em seu pescoço, não é verdade.

Davu traz um banco para perto de mim e Nova se coloca lá em cima, chegando os seus braços curtos e gordos perto do meu pescoço. Ela passa uns pózinhos irritantes em minha pele e faz uma dobra na gola da camisa, de forma a tapar ainda melhor a marca de vingança de Athena.

Nova volta a descer do banco e olha para mim, com os olhos brilhando. – A gente confia em você, rapaz. Não nos desiluda agora, hein?  

Reviro os olhos. – Tá, – respondo secamente. Davu se aproxima de mim e passa um gel em meu cabelo, colocando-o preso para trás em vez de o deixar despenteado como ele geralmente está.  Aquela coisa era estremamente pegajosa e ao fim de um minuto já me sentia desconfortável com a sensação de aquilo no meu cabelo, mas enfim.

Eles me indicam o elevador para a sala de espera direto e não hesito muito para seguir o meu rumo. Quando me volto para trás, elas se despedem com um sorriso e Davu com um sinal aprovativo com a mão.


*


Impressionante como mais uma vez vou ter que ficar à espera que metade dos tributos se apresentem antes de chegar a minha vez. Pior agora que eu teria de os observar, ao contrário de no treinamento. É da forma que me obrigo a estudar os meus adversários...

Começa com a conversa fiada das princezinhas do Um e do Dois. Nossa, me fartei rápido dessa vez. Eu estava tentando ao máximo me concentrar nas palavras dos meus concorrentes, mas quase me dava vontade de vomitar com tantos sorrisinhos e simpatias. Até os do Três...! E os do Quatro nem vou falar nada.

A garota do Cinco entra e não diz coisa com coisa. Passo as entrevistas todas mandando comentários tontos sobre os concorrentes para Athena, até notar que ela parecia estar se divertindo. Não era essa a atenção. O garoto antes de Athena é chamado – há algo sobre esse garoto que me faz sentir desconfiado – e consigo notar o nervosismo ascendente vindo de Athena. A coitada ia sofrer graças a essa marquinha linda que lhe deixei, tinha a certeza.

Oiço o apresentador chamar por ela e lhe dou um toquezinho com o joelho na barriga das pernas, só para a atrapalhar. Ela me lança um olhar irritado antes de subir as escadas para o palco. Retribuo o olhar, até perceber que o apresentador não havia parado para respirar sequer... ele já lhe estava perguntando sobre a marca! Tapo a minha boca para evitar rir muito alto. Queria só ver como ela se ia safar dessa...

Athena tenta fingir o embaraço, o que me estava divertindo imenso. Infelizmente, ela consegue fugir da pergunta a tempo sem entrar em muitos pormenores. Se não fosse esse apresentador um cuscovilheiro... Droga! Sério que ela acabou de dizer isso!? Se tivesse dado tempo no Seis, eu tinha tratado da saúde dela e não seria nem um pouco gentil! Se não tivesse aparecido Otillie naquele dia...

A graxista, aproveitadora dessa mulher que é Athena ia ver. Ela não podia fazer eu parecer tão submisso ao ponto de haver alguma hipótese de eu ter ficado junto com ela se ainda tivessemos no Seis... o apresentador despede a garota da platéia, e me anuncia a mim como próximo. Respiro fundo antes de subir as escadas, durante as quais mantenho a cabeça erguida e a minha melhor postura. Quando me cruzo com Athena no caminho, me inclino para ela e lhe dou um “beijo” na bochecha, susurrando: - você vai pagar bem caro por essa, garotinha. E sigo o meu caminho sem olhar mais para ela.

“— Este aqui parece ser bem Alpha, não é, pessoal?”
Mas o que... não curti nem um pouco da maneira como esse Julien me havia apresentado, mas mantenho a minha postura ao sentar-me no cadeirão em frente dele e cumprimentando-o com um aperto de mão. Poderoso e educado... fora exatamente a estratégia que Otillie havia decidido ser a melhor para mim. Viro a minha atenção para o público e aceno com a mão, notando pela primeira vez como essa platéia era literalmente infinita. Pela sala de espera era impossível ter noção do cumprimento dessa sala adjacente. Era surreal.

“Mas bom, Alpha, poderia nos dizer como conseguiu aquela nota no treinamento?”
Meu primeiro instinto é franzir o sobrolho, mas consigo forçar um sorrisinho no último instante. - Temo que não lhe poderei relevar exatamente o que me fez ter tal nota, caro Julien. - Talvez uma abordagem mais misteriosa ajudasse a manter eles interessados em mim. - Mas posso garantir que sei dar bom uso às habilidades que o meu Distrito me proporcionou. Foi durante os três dias de treinamento que soube exatamente o que iria fazer na avaliação. E se tiver essa oportunidade, já amanhã na Arena me poderão ver em ação. Também dependerá de vocês. - Olho para o público com o meu típico sorriso no canto dos lábios. Talvez a curiosidade deles será exatamente o que me manterá vivo durante os primeiros tempos. Isso seria ótimo. - Não vos desiludirei, isso prometo.

- Disso não duvidamos, Alpha! - O apresentador continua, com aquele entusiasmo que me parece impossível de manter. Esse povo deve estar inteiramente alterado, só pode. - A verdade é que a realidade em alguns Distritos é capaz de ser ser bem diferente do que cá, pelo que não duvido que a sua vida o tenha moldado com habilidades que lhe poderão vir a ser úteis agora. Quer nos contar um pouco sobre a sua vida lá no Seis?

Pois claro. Tinha que vir aquela pergunta que eu estava mesmo à espera e mesmo assim rezava para que ele não me perguntasse. A última coisa que me apetecia falar aqui era sobre a minha vida no Seis.

- Sou filho de pais separados – respondo, sem enrolar muito. - Separados e bem problemáticos. Meu pai deixou a minha mãe quando descobriu que ela estava grávida de mim, mas quando eu nasci ameaçou ela caso não lhe mo entregasse a ele. Cresci vendo meu pai... - hesito. Talvez fosse informação demais, mas o público parecia estar preso na minha história. Não podia parar agora. Meus olhos encontram os de Otillie no público, que me afirma com a cabeça. - Vendo meu pai abusando de outras mulheres, então assim que vi que podia, comecei a fugir para a casa da minha mãe durante a tarde. Na altura tinha dito ao meu pai que tinha arranjado um emprego, mas não deixava de ser castigado sempre que regressava a casa. E acreditem que era preferível para mim isso que ver o que ele fazia a outras pessoas. - Termino assim a minha resposta, para não encher demasiado o saco do homem. O facto de o meu pai estar provavelmente a ouvir isto em direto lá no Seis me deixava extremamente satisfeito, apesar de ter contado a história o mais seriamente que consegui, como se fosse algo que já não me afetava. Quando isso era uma completa mentira.

 Quando o público se acalma das emoções fortes, Julien aproveita para continuar.

“— E então, qual é o seu palpite para a arena deste ano?” Okay, ele havia mudado de assunto demasiado bruscamente. Talvez  o meu tempo tivesse terminando. Ele não tinha feito uma pergunta semelhante à garota do Cinco? Quase estrago a minha máscara séria ao me lembrar da resposta da garota.

- Certamente não a imagino recheada de champanhe, - comento, revirando os olhos como se nada fosse comigo. - Na verdade, Julien, eu não acho que tenha algum palpite. Nem acho que seja isso o que os Idealizadores queiram, não é verdade? Tão imprevisíveis e creativos que vocês da Capital são, eu sinceramente espero de tudo vindo de vocês. Só espero não ser surpreendido pela negativa, mas isso não está a meu alcance. De qualquer forma, eu espero e pretendo superar o que quer que metam em meu caminho. Escrevam as minhas palavras. - E é assim que parece terminar a minha entrevista. Julien se levanta comigo e ergue o meu braço no ar, relembrando o meu nome ao público. Esquecendo-me que estava rodeado por uma cambada de idiotas, isto já não foi tão difícil como eu esperava ser.


*


Regresso para a sala de espera, me cruzando com a garota do Sete à qual nem me dou ao trabalho de olhar nos olhos. Ao chegar, procuro por Otillie, mas ela provavelmente vai ter que ficar assistindo as entrevistas até ao final. E eu deveria fazer o mesmo...

Acabo por encontrar Athena. Ótimo, tinha contas a ajustar com ela – porém, ela me interrompe primeiro, admitindo algo que não faz o menor sentido.

- Se acabei de ganhar algum tempo extra na Arena, foi pelo meu próprio mérito. Nem pense que o seu teatrinho me vai fazer gostar mais um pouco de você. - a olho com desdém, e acabo por virar as costas também. A minha equipa de preparação estava ali especada olhando para mim, esperando algum tipo de iniciativa.

- Você esteve fantástico, Alpha! Nem parecia você. - Nova fala, com o seu sorriso.

- Verdade, acho que até gosto mais do Alpha da entrevista que este. Podemos ficar com o outro? -
Davu brinca. Eu respondo revirando os olhos, como se a sua brincadeira tivesse tido alguma piada. Me poupem, vocês também...

- Bem, a verdade é que você está fazendo progressos, sim. Com certeza a sua mentora estará orgulhosa também. -
Mirka fala, serena como sempre. Essa mulher tinha o mesmo efeito calmante em mim que Otillie tinha, talvez na maneira calma e paciente de como falavam. Mas a verdade é que se não fosse por essas duas, eu já teria cometido alguma loucura.

Deixo os quatro se calarem entre eles antes de voltar a minha atenção para o telão que estava mostrando as entrevistas. Estava na hora de sacar mais algumas informações preciosas...

it doesn't matter cause my eyes are lying
and they don't have
E M O T I O N
don't wanna be social, can't take it when they hate me
but I know there's nothing I can do
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Dorin Lemon

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista Icon_minitimeDom Fev 01, 2015 2:37 am


Dorin Lemon



Não faltava muito para chegar a tão esperada hora da arena, hoje era a noite da entrevista, era a noite que o povo da  Capital iria conhecer seus queridos tributos desse ano.
Eu vestia uma roupa normal, um terno nada fora do normal.

A Entrevista Eimans

Lydia foi a primeira a ser chamada para a entrevista, após ter passado um período um pouco longo eu escuto meu nome ser chamado, um cara da Capital me chama e me leva ate o palco.
A população vibrava com a minha presenta, a sensação era muito boa.

Sou convidado  a me sentar por Julien numa poltrona próximo a do entrevistador .
Então sem mais delongas vamos começar a nossa entrevista.

— Um rapaz digno do distrito que veio! Eu fiz a mesma pergunta para a sua companheira de distrito, mas gostaria de saber de você: Por qual motivo se voluntariou?

Respiro fundo, já estava cansado de ouvir essa pergunta novamente.
-Bom,como eu sempre digo para todos que me perguntam essa pergunta, eu respondo que eu preferia tomar o lugar de uma criança mais nova que eu para salvar-la, pois ela provavelmente morreria na arena.

Poderia ouvir algumas pessoas murmurando entre sí.

— Podemos esperar uma aliança forte este ano? a resposta sai logo em seguida que termino de responder.

-Podem esperar sim, já tenho meus aliados em mentes e tenho certeza que eu os escolhi pela suas personalidades e pelo seu desempenho nos treinamentos.

—E qual seria a sua maior preocupação na arena?

-Bom, a minha maior preocupação seria ser traído pela pessoa que eu mais confio naquela arena, só essa é a minha maior preocupação.

Após ter terminado a entrevista, o publico vibra com a minha saída, agradeço Julien pela entrevista e saio pelo mesmo lugar que eu entrei.



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Mona Jenkins

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista Icon_minitimeDom Fev 01, 2015 7:53 am


Mona Jenkins



Cada dia que passa, tudo só parece cada vez mais real, amedrontador. Não que eu não tenha percebido antes, mas você saber que no dia seguinte todos nós, os 24 tributos, iremos para a Arena tentar sobreviver e lutar pela vida, até mesmo contra aqueles que chegamos a conversar, é no mínimo aterrorizante, e eu duvido muito que exista algum dentre esses tributos que esteja 100% confiante ou sossegado em relação a isso, mesmo entre os mais corajosos dos carreiristas.

Jogo os pensamentos de lado, quando entro na sala em que Magguie me espera com toda a equipe, e vejo que vou levar mais um banho de produtos para a grande entrevista, a última aparição pública e que fará diferença gigantesca na hora da Arena. Não me importo com o que Magguie faz em mim, não é incomodo nenhum, eu me acostumei mesmo nunca tendo feito nada parecido no distrito.

— Nervosa? - Magguie pergunta.

— É a última parte em que eu posso mostrar que mereço, sabe? Dá uma sensação de que tenho que fazer certo, tudo certo. — sinto que com Magguie posso falar tudo, sinto que ela não tem câmeras, como tudo nesse lugar.

— Você vai brilhar novamente lindinha! Mas do seu jeito especial. Você não precisa só de um vestido brilhante ou peças secretas na roupa. Nós fizemos o melhor com você, e você está PER-FEI-TA! - ela diz, soletrando a última palavra — Se entregue, essa é a magia, entende? — ela pega um último bordado do vestido para colocar na alça, e com Pifer a ajudando, minha roupa está completamente pronta. Magguie me dá dois beijos no rosto, assim como toda a equipe, logo em seguida.

Me distancio da equipe enquanto vou de frente ao espelho, olhar meu visual por completo, e não poderia desejar outra coisa para vestir a não ser o vestido que uso agora. Meu vestido era um "Tomara que caia" branco, curto e com uma faixa preto no meio, tinha também bordados de animais na lateral direita, que iam desde a única alça no ombro direito, até o fim do vestido na parte direita, se estreitam até chegar apenas com uns poucos pontos no meio direito, se assemelhando a um pequeno triângulo, não tão chamativo, mas não apagado da roupa, era apenas isso, sem segredos, e me sinto mais confiante vestindo isso do que a roupa do desfile, para falar a verdade. Meu cabelo foi jogado para o lado, com ele ondulado e com uns leves cachos, a tonalidade mais clara, puxando um loiro em poucos deles, só contribuem para deixar meu penteado mais perfeito. Um brinco prata com uma pedra preta da qual não lembro o nome, finaliza o trabalho de me deixar mais linda, junto com um salto alto preto, nada chamativo, mas elegante. Sinto que está tudo como deveria estar.


A Entrevista Jjuruu


Vejo Luka finalizando os últimos detalhes, até que ouço sou chamada, e nesse momento eu não fico nervosa, porque Magguie estava totalmente certa, em cada palavra: eu tenho que me entregar nessa entrevista, ser parte da Capital. A arena está mais perto do que nunca, e eu preciso descarregar tudo agora, na entrevista, com classe, como eles gostam, mas sendo o mais ligada a eles possível.

Chegando no palco, Julien e eu nos cumprimentamos com um beijo no rosto, e logo em seguida, aceno para o público e sento na cadeira ao lado da de Julien, pronta para começar a entrevista. Enquanto que este parecendo entusiamado, começa:

— Temos aqui uma garota claramente habilidosa. Mona, conte-nos um pouco de como é a sua vida em seu distrito.

Eu sempre achei que merecia algo melhor do que a vida no 10, e a pergunta me deixa um pouco confusa sobre a resposta que devo oferecer o público, mas afasto o pensamento e mentalizo as coisas boas de lá, já me sentindo a vontade com Julien.

— É incrível! Bom, nós sabemos que todos os distritos são especiais, cada um com sua função principal para oferecer, e no 10 não é diferente. Apesar da vida lá ser bem mais calma, tem muitas pessoas carinhosas e gentis espalhadas dentre o distrito, e eu não tenho do que reclamar, admito! Além de conhecer pessoas como essas, eu adoro meu trabalho lá! Acredite ou não, ser açougueira pode não ser do jeito que se imagina, é questão de costume e de prática, me alivia muito trabalhar quando estou lá. Se quiser alguma ajuda para trabalhar num dos açougues, só me avisar e visitar, ok? Tarde demais, trato feito! - digo rindo, e me acomodando melhor na cadeira.

— Não esquecerei Mona, mas me deixe pensar melhor! — ele diz rindo num tom acima do meu, enquanto que sinaliza para todos que rejeita o trabalho, com os dedos e uma expressão de assustado, e finalmente para para rir novamente da brincadeira. — Então, você tem alguém especial te esperando quando voltar?

— Meus pais nunca muito presentes Julien, mas Alice, minha melhor amiga, foi quem sempre me colocou na linha. - dou um sorriso mais discreto desta vez, mais focado - Eu não tinha muitos amigos e amigas no distrito, mas essa que eu tinha com certeza valia por no mínimo 10! Nunca vi alguém com um coração tão grande, e que me aguentasse tanto quando estivesse surtando por qualquer coisa. Se tem alguém lá com que eu me importo e voltaria só para dar um abraço, seria Alice, porque os amigos são a família que nos permitimos escolher, não é?

— Claro! Claro! Linda amizade! Mas mate nossa curiosidade Mona, você agora nos disse de sua amiga, mas tem alguém que conquistou seu coração por lá? Ou quem sabe até mesmo aqui, na Capital? - ele indaga com um olhar fixo de curiosidade.

— Eu nunca tive muitos romances, ainda mais lá no 10. Eu nunca fui muito de puxar conversa com as pessoas, e acho que das que tentei buscando arranjar alguém que eu achasse bonito, acabou não dando em nada. Mas tem muitos tributos bonitos esse ano, e realmente alguns me chamaram a atenção. - com a mão sinalizo para Julien chegar perto de mim, e com a outra fingindo "tapar" a conversa, eu digo no mesmo tom que mantive toda a conversa, talvez um pouco mais alto — Entre nós, vamos combinar que o Luka é um gato, — e rio com Julien quando percebo que disse isso em voz alta, ficando corada e envergonhada — ele tem um jeito tão... desnibido, cheio de si, mas ao mesmo tempo tão galã e fofo — paro por um segundo e sinto ficar mais vermelha — que penso que se eu estivesse numa situação diferente, eu adoraria conhecê-lo mais profundamente, de verdade. - a última parte sai mais séria, mas era confusa até para mim. Um silêncio fica por poucos segundos, quando me dou conta e termino — Mas todos ainda temos uma noite para falarmos mais sobre nossas vidas e conversas, ele é realmente incrível. — e uma última pausa é feita antes de eu finalizar — Enquanto terminamos de provar essas delícias desconhecidas que a Capital nos alimenta. Se importa que eu leve alguns na mala para mostrar ao restante do pessoal no 10, Julien?

— Leve quantos quiser! - ele dá mais uma risada alta demais - Essa foi Mona Jenkins, do Distrito 10!

E vou acenando e sorrindo do jeito mais espontâneo possível para o público, até sair do palco. Me senti mais leve do que o esperado durante a entrevista, e apesar da última pergunta tem me deixado um pouco envergonhada, acho que fiz meu melhor.

Chego e mal tenho tempo de desejar boa-sorte a Luka, que já está se preparando para ir ao palco, mas lhe desejo uma boa entrevista, e descanso enquanto espero as entrevistas acabarem.



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Luka Rogers

Luka Rogers


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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista Icon_minitimeDom Fev 01, 2015 8:16 am


Luka Rogers


Escuto batidas na porta, não quero me levantar, minha cama está tão macia, mas a insistência é tanta que levanto, pergunto quem é e a voz de Carl me responde:

- Vamos logo Luka, temos um longo dia pela frente.

Me arrumo e saiu do meu quarto, encontro todos na mesa tomando café, sento de frente a Mona.

Carl começa a falar algo, mas não presto atenção, estava pensando que a essa hora amanhã estaria na arena.

Sou acordado do meu pensamento com Carl falando:

- Então Luka, em cinco minutos eu e você na sala de estar.

-Okay. - Respondo sem deixar de lança um sorriso confuso a Mona.

Após o café me encontro com Carl na sala de estar, passamos até a hora do almoço conversando de como seria minha entrevista, de como eu teria que impressionar os patrocinadores.

Tenho um pouco da tarde de folga, até a hora em que Rech chega e me leva para a sala de preparação.  

Assim que entro encontro as outras três integrantes da minha equipe de preparação, Mage, Kelly e Dayla.

Elas pedem pra eu retirar minha roupa, e quando fico nu Dayla não perde a oportunidade de comentar:

-Até que ganhou um pouco de massa desde a última vez que nos vimos em.

-Eu me esforço. -Respondo sarcasticamente.

Kelly me leva para o banheiro e me pede para entrar na banheira. Mage lava meus cabelos, enquanto Dayla limpa minhas unhas e Kelly começa a lavar meu corpo.

Após meia hora de higiene, sou levado a presença de Rech, ela me apresenta minha roupa, um lindo smoking roxo, de cor que lembrava muito uma amora, a camisa de dentro era branca, a diferença era um colete roxo de tom mais claro, assim como a gravata borboleta.  

A Entrevista 2w49rn4


Após minha preparação me coloco em frente ao espelho e olho para mim com um olhar duvidoso, acho que pela primeira vez desde que cheguei a capital estava com medo.
Rech percebe isso e fala:

-Luka você está incrível. Na verdade, você é incrível.

Ela me lança um sorriso, recupero toda minha confiança e me  dirijo ao palco.

Todos os tributos estão lá, desde o distrito um ao doze, as meninas serão as primeiras a responder por isso a ordem são uma menina e um menino.

Cada distrito responde as perguntas, mas eu presto atenção mesmo na de Mona e do jeito que ela respondeu a segunda pergunta.

Chega a minha vez. Sou convidado ao palco, aperto a mão de Julien e não deixo de soltar meu sorriso mais galanteador. Julien me convida a sentar. E as perguntas começam.

— Podemos ver que o Distrito 10 está com ótimos representantes este ano! Mas, Luka, o que você fazia no Distrito 10?

Mordo o lábio inferior em um sorriso que dou para a população, deixo um pouco de suspense no ar e finalmente respondo:

- Bem, primeiramente boa noite Julien, boa noite Panem.- Sorrio e acena para as pessoas. -Minha vida sempre foi bem pacata, até eu vim para os jogos, mas nunca me deixe ficar sem fazer nada, sempre busquei estudar bastante, para que no futuro de uma vida boa a minha mãe que toda vida me deu o melhor, mas o que eu fazia diariamente era patricar judô, as vezes conseguia um bom dinheiro dando aulas.

Julien olha para mim e me faz a segunda pergunta.

- Já há algum inimigo a vista?

- Bom Julien, é complicado. Todos nós chegamos aqui atordoados por sabermos que iriamos aos jogos, e mesmo quando conversei com alguns tributos no treinamento, não era como se já os conhecesses e fossemos íntimos sabe? Eram pessoas novas num ambiente novo, acho que tirando Mona, todos podem ser considerados inimigos, estamos aqui para fazer o máximo, certo?!

- Interessante Luka. Agora saímos de inimigos, e vamos para amores: alguma garota te conquistou aqui? Falando nisso, sua companheira de distrito acabou de sair daqui falando que te achava um gato algo nessa história que devemos saber?

Não deixo de rir um pouco da pergunta de Julien, dou uma olhada para Mona que está sentada com os outros tributos e falo:

- A Mona só estava sendo gentil. - sorriu - Na verdade ela é uma das poucas amigas que já tive, acho muito ruim o fato de nos conhecermos a beira da morte. E vamos e convenhamos, a verdade gata aqui é ela, com todo o seu jeito tímido, fofo e as vezes chegando até ser um pouco meigo, ela é realmente incrível. Acharia uma honra conhece-la em outra ocasião, mas como isso não vai ser possível, irei fazer de tudo lhe deixar segura na arena.

- Tenho certeza que essa foi um das melhores entrevistas que Panem já ouviu, muito comovente. E Luka, viva a vida. Senhoras e senhores, esse foi Luka Rogers, Distrito 10.

- Obrigado Julien, foi um prazer.

Aceno e sorrio para a multidão.  Voltou para o meu lugar, e só então compreendo o que Julien quis falar com viva a vida, e eu decidi aceitar. A partir de amanhã eu viveria Mona Jekins





Última edição por Luka Rogers em Dom Fev 01, 2015 4:04 pm, editado 1 vez(es)
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Lydia Black

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista Icon_minitimeDom Fev 01, 2015 11:00 am


Lydia Black


Finalmente o dia da entrevista, estava nervosa pois ia estar à frente de muita gente, gente elegante, bem cheirosa, esquisita, pessoas que não estava muito interessada a agradar, mas infelizmente precisava de agradar a todos para que me ajudem futuramente na arena! Levantei-me cedo, e fui-me preparar, meu estilista ainda nem estava à minha espera, e fui adiantado trabalho mesmo sem ter ou saber qual iria ser meu vestido. Desta vez não estava com medo com a escolha do vestido, pois apesar do estilista ser esquisito, sabia que ele tinha bom gosto pois já o tinha feito uma vez no desfile, não me iria desiludir agora na entrevista. Passado algum tempo o estilista chegou e finalmente me preparei. Era totalmente diferente ver o vestido sem nada dentro e quando finalmente me vi ao espelho, realmente meu corpo perfeito e as minhas curvas singelas, minha beleza natural e outras coisas me faziam ficar esplendidamente bela. Senti-me uma deusa, nunca me vi tão linda, podia-me habituar a estes dias, mas o que era bom acabava rápido e logo, logo estarei na arena, por isso vou aproveitar a entrevista. Meu vestido era longo e negro como uma noite escura, cheio de transparências e detalhes em renda e tule. Tinha um decote ousado, que me dava um toque sensual e fantástico. O seu desenho era o mais lindo de todos os tempos.

– Uma jovem determinada! Adorámos quando você se voluntariou. Por qual motivo se voluntariou?

– Humm, essa pergunta é meio complicada! Foi por muitos motivos, mas rapidamente e resumindo eu digo isto! Eu vim não para dar orgulho ao meu distrito, mas sim para mostrar o quanto eu sou poderosa e diferente de todas as outras carreiristas. Tentar ultrapassar alguns limites meus e pelo conquistar de alguns objetivos meus! - pisquei o olho para o apresentador no final.

– Na edição passada o tributo feminino do seu distrito, acabou matando seu companheiro de distrito. O que você acha disto?

– Achei muito bem! - dei uma risadinha. - Eu faria o mesmo, não podemos ter peso morto atrás de nós, que só nos iria atrasar! Estamos ali para matar e sair vivos da arena, o rapaz já estava morto, mais vale sermos misericordiosos!

– Vejo que grandes coisas tu irás fazer na arena com essa tua determinação e muito possivelmente poderás ser uma vitoriosa! O que pretende fazer se por acaso for a vitoriosa dessa edição? Grande orgulho terão em você!
— Bem essa pergunta é muito complicada! - disse eu sorrindo olhando para todo o público. - Eu não estou interessada nas riquezas que irei ganhar, estou muito mais interessada no título e em trazer orgulho à minha família e ao distrito, mas o principal de tudo é trazer paz a minha irmã, ela é o principal!
No final das perguntas senti-me aliviada, cumprimentei novamente o apresentador e levantei-me muito mais leve, saindo dali acenando para todos na sala, mandando alguns beijos para todos. Fiz uma pequena vénia e assim saí mostrando toda a minha elegância e determinação! Espero ter mostrado a todos o que sempre quis, a minha força!!!



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Tori Miller

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista Icon_minitimeDom Fev 01, 2015 3:05 pm


Tori Miller



O estilista Palone mais uma vez se superou, criando um traje maravilhoso para eu usar durante a entrevista. Seguindo a ideia das conchas do meu vestido anterior, este era feito de madrepérola, que cintilava e refletia em várias cores e se estendiam até o chão. Meu cabelo estava meio preso com uma estrela-do-mar seca como enfeite.

A preparação havia sido intensa. Mais uma vez, arrancaram todos os pêlos do meu corpo, fora as sobrancelhas e meus cabelos, claro. Falando em sobrancelhas, quase tingiram-as de azul turquesa, mas ainda bem que desistiram da ideia. Além de me perfumarem, pintaram minhas unhas com desenhos de pequenas ondas e hidrataram a minha pele. A parte desse processo que eu mais gostava era quando me maquiavam. Achei engraçado que até as marquinhas de farpa em minhas mãos, de quando eu construía barcos, eles escondiam. Depois de todas as etapas, eu parecia uma pessoa da capital, o que era bem divertido.

Por incrível que pareça, dessa vez eu não estava nervosa. Nem eu mesma conseguia entender como estava tão calma. Acho que é porque eu só precisava ser sincera durante a entrevista e mostrar quem realmente sou. Sem grandes recomendações, esforços ou encenações.

Esperei com Connor até que me chamassem. Dessa vez eu iria primeiro do que ele.

Entrei sorrindo, cumprimentando a platéia e Julien, o qual sempre via na tv. Era quase surreal vê-lo pessoalmente.
O apresentador fez sinal para que eu me sentasse e eu obedeci.

- Que sorriso lindo! - exclamou Julien enquanto eu observava a cor exótica de seu cabelo. Sua expressão fácil entristeceu, me dando uma prévia do que estava por vir. - Mas sabemos que por trás dele há uma grande tristeza, não é mesmo, querida?

Respirei fundo e me preparei para a resposta. Era só ser sincera, relembrei.

- Sim, Julien. Está sendo muito difícil participar dos Jogos Vorazes junto com o amor da minha vida. Como sabemos, e por mais que eu queira evitar pensar nisso, apenas um pode sair vivo da arena, e isso elimina todos os sonhos que tínhamos para o futuro. Sempre quisemos construir uma família e ter uma casinha na beira da praia, agora sabemos que isso nunca irá acontecer. - respondi com lágrimas nos olhos. Era muito difícil falar sobre esse assunto, mas eu sabia que no momento era preciso.

- Qual é a sua história com seu companheiro de distrito? - Julien perguntou, parecendo realmente curioso sobre o assunto.

- Nossas mães sempre foram amigas, então nos conhecíamos desde pequenos, mas eu realmente não dava muita atenção para ele. Até porque quando pequena, eu tive aquela fase de achar garotos nojentos. - Arranquei alguma risadas, o que me ajudou a continuar a entrevista confiante. - Durante a adolescência, estudamos na mesma escola, mas nunca fomos do mesmo grupo de amigos. Foi quando a mãe de Connor faleceu que nos aproximamos. Minha família queria mostrar suporte a ele e seus irmãos, e acabamos virando melhores amigos. Depois de um tempo, Connor se declarou para mim e eu não resisti àqueles olhos, para a felicidade não só minha, mas também de minha família, que o ama. Já estamos juntos há dois anos. Às vezes me pergunto como não percebemos que fomos feitos um para o outro antes, quando ainda nem sabíamos ler. Parece tão óbvio agora.

- Diga-me, Tori. Depois de tanto tempo criando expectativas e planos nesse relacionamento, qual é o sonho que mais dói para você deixar para trás?

Essa foi de longe a pergunta mais difícil da entrevista. Todas as outras perguntas não exigiam que eu pensasse muito para responder. Tive que analisar tudo aquilo que esperávamos fazer juntos no futuro, o que também me machucava muito.

- Não ter filhos, não criar nossa própria família. Connor e eu sempre brincamos imaginando como gostaríamos que nossos filhos fossem. Com o maxilar definido e os olhos dele, o meu sorriso e o nariz mais delicado. Seria como ter uma mistura de nós dois em um só ser, que cuidaríamos e educaríamos juntos da melhor maneira possível. Tenho certeza que Connor seria um pai incrível, mesmo sem um grande exemplo dentro de casa, porque o mais importante ele tem: um coração enorme.

- Tenho certeza que sim, querida. - o apresentador segurou a minha mão como se me confortasse. Finalizou agradecendo pela conversa e me apresentando mais uma vez para o público. Tentei sorrir da maneira mais simpática possível e saí do centro do palco, me direcionando para onde assistiria a entrevista de Connor.

Ele estava lindo e exalando toda a sua simpatia, não tinha como o público não gostar dele. Mesmo com perguntas complicadas, ele não se deixou perder em nenhum momento e respondeu tudo com calma. No final da entrevista, ele ainda me surpreendeu com uma declaração pública. Meu coração dava marteladas em meu peito. Connor exibiu uma aliança de prata que mais tarde estaria em meu dedo, simbolizando todos os nossos sentimentos um pelo outro. Se tem uma coisa pela qual eu sou feliz, é por saber o que é amor.

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Adèle Chamberlain

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista Icon_minitimeDom Fev 01, 2015 3:55 pm



Adèle Chamberlain



- Bom Dia, princesa guerreira. - Ouço a voz de Elise e a de Morgana. – Acorda! Ouvia-os de longe, como se eles estivessem muito distante.

Passaram-se alguns minutos e eu ainda ouvia a voz deles, e também os sentia mexer em meus braços tentando fazer com que eu acordasse. A única coisa que eu conseguia vislumbrar era uma luz muito clara e que parecia estar em minha frente. Abro meus olhos, dando fim ao sonho e os vejo com cara de espanto, pelo jeito fiquei adormecida, aparentemente “morta” por minutos.

- Bom dia. – Digo tentando acalmá-los. – Desculpas, eu não conseguia controlar, foi tão repentino aquele sonho estranho...

O clima de espanto ainda percorria pelo meu quarto até que me levanto e dou um abraço em todos eles.

- Está tudo bem. – Digo sorrindo. – Sério mesmo.

Levanto-me da cama rapidamente e visto o roupão, não me sinto confortável com eles me vendo com roupas intimas. Elise e Morgana, igual no desfile estavam muito animadas, saiam diversas palavras de suas bocas, algumas do tipo:

- Ela vai brilhar mais do que já brilha.

Reviro os meus olhos e solto uma risada, elas realmente sabem me fazer rir, mesmo depois do que havia acontecido. Com certeza elas já estão em algum lugar do meu coração, penso em Caio, o garoto quieto e misterioso que era o meu estilista. Ele também está em meu coração por ser uma boa pessoa, pena que não nos conhecemos bem o bastante e amanhã me despirei de todos eles.

Tomo um banho rápido e me olho no espelho, mesmo sem maquiagem eu estava bonita... Fazia um tempo que eu não admitia isso, a última vez foi dias antes da colheita, quando John disse que eu era linda e eu tive que admitir. Sorrio e saio do banheiro, eu estava feliz apesar de tudo, este será um desafio e eu não irei desistir. Elise começa com a maquiagem, peço algo leve, por fim, passo um gloss leve para dar brilho em meus lábios; Morgana demora algum tempo pra fazer meu cabelo, mas no fim ficou magnifico e põe uns brincos da cor do meu cabelo.

Eu queria poder me ver no espelho, mas elas não queriam me deixar.

- Agora não, querida. – Diziam elas.

Caio parecia estar na frente do vestido, que deve estar tão lindo quanto o do desfile, imaginei. Penso em meus primeiros vestidos que eram bem simples e que eram de segunda mão, uma dor atinge meu peito... Era o tempo em que minha mãe era saudável e viva, mesmo não podendo dar algo bonito, aquilo era muito valioso para mim. Sinto que agora não é hora para chorar e sim para agir e que o momento seria único, o meu último aqui e serei forte, tenho certeza.

O vestido era todo vermelho e tão longo que tampava os saltos, possuía um laço com um formato de flor um pouco acima do umbigo, e o que segurava o vestido (pescoço) era feito de joias brancas e vermelhas brilhantes. E com isso o vestido ganhava um tom mais exuberante. Eu, definitivamente parecia uma estrela.

A Entrevista Party-Dresses-Pics-2015-For-Valentine%E2%80%99s-Day-2-683x1024

- Dessa vez esse não faz nenhum truque, não é? – Pergunto a Caio. – Sorrio animada.

- O único truque é você, Adèle. – Diz ele. – Você está perfeita.
   
Fico um pouco corada com a resposta dele e em seguida abraço-o. Ele me conduz até a porta   e me abraça, está quase na hora.

***

Percebo que as maiorias dos tributos já estavam ali, inclusive Atlas que estava um verdadeiro galã. Olho para os outros tributos, todos estavam encantadores... Menos Alpha, aquele estupido, solto umas risadas e não percebo que meu braço está junto com o de Atlas. Uma dama e um cavalheiro lembram-me do primeiro baile no distrito oito com John, fora inesquecível. O tempo passava e eu estava confiante, não estava nervosa e sentia que eu iria ganhar o coração de toda a Panem.

- E agora, nossa celebridade do distrito oito: Adèle Chamberlain! – anuncia Julien.

Começo a andar em direção ao palco, ele ao menos poderia ter me chamado de Adèle apenas, porque celebridade? No momento nada importava, eu faria isso pela minha família, pelo meu distrito e por mim mesma. Sempre olhando á frente, parecendo uma verdadeira dama da Capital com o olhar focado apenas na frente.

Julien se levanta da poltrona em que estava sentado e me dá um abraço e me convida para sentar, então faço. Sempre confiante e com um sorriso no rosto, esbanjando minha beleza para a plateia e para todos que estavam me assistindo.

- Você é muito mais bonita pessoalmente. – Diz ele e sorri.

- Ah, não. – Digo sorrindo. Você é que está sendo generoso demais, Julien.

Ele sorri exageradamente enquanto eu esperava pela primeira pergunta, espero que não seja tão exagerada quando o seu carisma falsificado. Eu tento não exagerar muito e sorrir da minha maneira.

— A nossa Primeira-Dama do Distrito 8! Nós sentimos muito ao assistir à Colheita do Distrito 8. Poderia nos contar qual foi o sentimento ao subir ao palco?

Uh... Isso foi como uma faca em meu peito e me deixa um pouco triste, mas não posso desanimar justo agora.

- Senti como se o meu coração parasse de bater e como se não houvesse mais ar para eu poder respirar. – Digo com uma expressão triste, como se ousasse chorar. – Ainda não me recuperei do choque. – Julien parece emocionado e põe a mão em meu ombro. Em seguida diz que sentia muito por mim. – Realmente muito emocionante!

Eu já havia superado um pouco do que já havia passado, então não havia motivo para continuar com a dor que estava em num lugar: em meu coração. Só acabaria quando ele não fosse mais bater. Olho para ele e em seguida para a plateia e solto um sorriso de tristeza, vejo que alguns estavam com lenços e limpavam os rostos, então a segunda pergunta:

— Você tem um filho, não tem Adèle?

A mesma dor que senti na hora da despedida me atinge, e por segundo parece que a dor era tão insuportável que eu não conseguia mexer nenhum músculo. Por que uma pergunta tão íntima? Por que sobre meu filho? A capital realmente sabe como destruir com o psicológico de alguém.

- Tenho. – Digo sorrindo. Apesar de ter uma lágrima escorrendo em meu rosto. – O nome dele é Sebastian, um ano e cinco meses. Ele é meu pequeno GRANDE tesouro. – Julien secava as lágrimas em um lenço. Muito comovente! – Será que você poderia me emprestar o seu lenço, Julien? – Pergunto por fim.

Seco as lágrimas de meu rosto, não agia para satisfazer a Capital, mas sim porque aquilo realmente estava acontecendo. Lembrar-se de alguém e não ter saudades é impossível, quem dizer que é possível, certamente está mentindo.

—Minha jovem, Adèle, o que você faria para ver o seu filho novamente, não só seu filho, mas o amor de sua vida?

Demoro alguns segundos para responder. Ajusto minha postura na poltrona e fico com um olhar sério, em seguida olho de Julien para á Plateia. Neste momento queria que isso fosse um pesadelo, e que eu poderia acordar a qualquer momento e estar em casa, feliz. Mas infelizmente não era, e aqui estou no momento demonstrar que sou forte.

- Para voltar a vê-los eu faria de tudo, tudo mesmo. – Repito séria, porém infeliz. – Eu irei fazer o meu melhor para conseguir.

Julien secou as lágrimas e olhou para mim, em seguida para a plateia.

- E essa é Adèle Chamberlain. – Diz ele me apresentando de novo. – Estou comovido com essa história tão linda igual a ela.

Damos um aperto de mão, e começo a ir em direção a saída. Fico um pouco mais tranquila e aliviada de ter acabado, não sei se aguentaria responder alguma pergunta a mais. Agora só me resta esperar por amanhã. Amanhã irei lutar pela sobrevivência com outras vinte e três pessoas, e isso não me deixa nada feliz.


I know I'm acting a bit crazy
Strung out, a little bit hazy
Hand over heart, I'm praying
That I'm gonna make it out alive
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Jade Crawford

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista Icon_minitimeDom Fev 01, 2015 8:16 pm


Jade Crawford


Por mais incrível que pareça, não me sinto nem um pouco nervosa com essa entrevista. De algum modo, saber que sou a primeira entrevistada, me acalma. Estou em pé nos bastidores com Zinz caminhando ao meu redor, analisando meu vestido e sussurrando coisas que não consigo entender. Ele tem uma expressão estranha no rosto.

- Zinz, eu agradeceria se você parasse de arregalar os olhos, isso está me deixando inquieta. - Solto uma risadinha e ele me acompanha.

Ele se aproxima e segura minhas mãos.

- Oh, Jade. Me desculpe, mas é que eu sempre fico estressado em excesso nessa etapa. Na minha humilde opinião, é a parte mais importante das etapas pré-arena. É aqui que toda a Panem vai te conhecer de verdade, no desfile você foi apenas exibida. Aqui é onde irá literalmente conversar com eles. Tudo que você fizer ficará marcado.

- Eu não estava nervosa, mas agora estou a ponto de pirar. - Digo com a voz trêmula. - Alguma dica de como agir lá em cima?

- Julien é muito galante e refinado, mas não se deixe levar por isso. Ele fará de tudo para te expor através daquelas perguntas, sempre preste muita atenção e pense duas vezes antes de responder. Seja esperta. - Ele me dirige uma piscadela. - Agora tenho que ir para a plateia, você já está perfeita. Boa sorte.

Zinz se despede com dois beijos em cada bochecha e segue na direção da plateia. Eu esfrego uma mão na outra e me viro em direção ao espelho. Estou com um vestido comprido de calda, apesar de parecer pesado, seu tecido verde escuro é leve e me sinto totalmente livre. Não é nada comparado ao vestido que usei no desfile, mas ainda assim é lindo.


A Entrevista XNGNBL


Uma mulher usando um ponto eletrônico no ouvido se aproxima de mim, segura meu braço e me arrasta para muito próximo do palco.

- Você tem dez segundos, quando ouvir seu nome é só subir no palco. - Ela me encara. - Entendido?

- Entendido. - Respiro fundo.

Preparo minha postura mais ereta e elegante, armo um caloroso sorriso no rosto e ao ouvir Julien chamar meu nome, caminho graciosamente até o palco. A plateia me recebe com uma salva de palmas avassaladora. Eu sinto algo totalmente diferente do que imaginava que sentiria, sinto prazer em estar ali, sendo recebida daquela forma.

Julien me espera com um enorme sorriso nos lábios, segura minha mão direita e faz uma reverência para beija-la. Logo ele se levanta e me guia até a poltrona.

- Temos alguns nomes conhecidos aqui neste palco! E o seu é um deles, querida. Você poderia nos contar como é ter uma habilidade tão rara quanto a sua?

- Oh, é muita gentileza sua, Julien. - Cruzo as pernas e rio suavemente. - Não posso mentir, é incrível. Me sinto muito agradecida por esse maravilhoso dom, sem ele eu nunca teria evoluído tanto os negócios da minha família e nem chegado tão perto quanto estou de realizar meu maior sonho. Nem pense em perguntar qual é, quando eu conseguir, vocês ouvirão falar. - Dirijo uma piscadela para a platéia e rio com graciosidade.

Julien acompanha minha risada, mas logo se recompõe e passa para a próxima pergunta.

- Aposto que cada uma das pessoas neste palco já ouviu falar dos produtos maravilhosos que a sua família fabrica. Poderia nos contar qual é o segredo para o sucesso?

- Creio que não existam segredos. - Fito os olhos de Julien tentando passar confiança nas minhas palavras. - Quando você ama o que faz, acaba por se dedicar e se esforçar naturalmente, faz isso pela satisfação própria. O sucesso vem como uma feliz consequência de sua paixão. É nisso que eu acredito.

- Gostei de você, Jade. Tem ideais formados e é bastante segura de si, isso será de grande ajuda na arena. - Julien fala olhando para a plateia, que confirma suas palavras em um murmúrio.

Aquilo me faz pensar no quanto ele está me observando desde que cheguei aqui, deve ter muitas informações sobre mim entregues à ele pela capital, mas sinto como se apenas ouvindo minhas palavras e estudando meus movimentos, ele pudesse criar todo um perfil sobre a minha vida.

- Mas mudando drasticamente de assunto, minha querida. - Ele se volta para mim e me encara de uma maneira séria. - Presumo que, naturalmente, você e Dior já se considerem aliados, mas e quanto a outras alianças? Poderia saber se você tem alguém mais em vista?

Passo a mão no cabelo, troco as pernas de posição e respondo sem hesitar.

- Dior com certeza é maravilhoso, acho incrível tê-lo como meu parceiro de distrito e não tenho dúvidas quanto a ele. - Descanso as mãos no joelho antes de continuar. - E certamente tenho outros tributos em vista, mas terão que esperar até a arena para descobrir. Não quero estragar a surpresa.

Rio um pouco junto com Julien e a plateia, logo nos levantamos. O apresentador performa outra reverência e beija minha mão antes de se virar para o público.

- Jade Crawford, pessoal! Uma salva de palmas!

Me despeço de Julien e saio do palco ao som estrondoso de palmas as minhas costas.  

       


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Kali Singh

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista Icon_minitimeDom Fev 01, 2015 9:07 pm

KALI SINGH


    Vou para e entrevista, meus estilistas me preparam da forma mais demorada possível, mas o resultado compensa. Uso um lindo vestido e uma coroa na cabeça (posto a foto no facebook por que não consegui colocar aqui).

    Demora um bom tempo para chamarem o meu nome enquanto fico esperando em uma fila com os outros tributos. Quando Caesar anuncia, vou até o palco e a platéia me aplaude. Começa a enxurrada de perguntas:

    — Uma garota aparentemente fofa, mas será que é tão boazinha assim? E aí, Kali, você é boazinha como parece ou os outros tributos terão com o que se preocupar? - tenho que responder da forma mais suave possível.


    - Olha Caesar, tenho que te dizer que de fofa eu não tenho nada - começo a rir - no máximo a aparência, mas também não sou uma pessoa perigosa, apenas mau humorada, mas aqui na Capital ando me sentindo muito melhor. - mentira, tudo mentira. Sou mesmo mau humorada, mas a Capital só piora tudo, falei isso para o povo da Capital gostar mais de mim, e parece que funcionou, pois eles todos fizeram um som que aprovasse minha resposta.

    Agora é hora da segunda pergunta. Fico esperando que seja como a anterior. Algo simples de responder.

    - Kali, a senhorita acha que conseguirá ir longe na competição, ou acha que seu carisma pode acabar atrapalhando isso?

    - Bom, na verdade não crio muitas expectativas de vencer o jogo, mas se estou aqui tenho que tentar, certo? Vou tentar superar meus limites lá dentro, tentar chegar aonde nunca antes cheguei. E espero pelo menos ter uma morte rápida caso aconteça.

    A platéia aplaude, e eu não sei mais o que dizer, mas Ceasar realmente me ajuda nesse momento, conversando comigo sobre outras coisas:

    — O que mais gostou aqui na Capital? - esta é a última pergunta que o apresentador faz.

    - Bom, digamos que aqui é muito mais confortável, mas a coisa que mais gosto aqui é a segurança. A segurança que nunca tive lá no 7 - Ceasar me pergunta o porque desta insegurança e é então que respondo do jeito mais sem graça possível.

    - Há quatro anos, quando estava voltando da escola no 7 eu.....bem......um Pacificador me abordou e me arrastou para um beco. - faço uma pause de cerca de cinco segundos para saber se realmente quero falar isso. - sim....eu fui estuprada. - Mas alg que não esperava acontece. Começo a chorar. Chorar muito, a ponto de não conseguir falar, apenas soluçar. A platéia faz um som de piedade, e apenas me escondo com minhas mãos na cara enquanto choro. Ceasar põe a mão no meu ombro e diz que tudo ficará bem, mas não sei se ficará mesmo, na verdade tenho certeza de que não ficará.

    Minha hora de entrevista chega ao fim, com a Capital e sua piedade e Ceasar com seus conselhos que por algum motivo me fazem sentir-me mais segura. Agora tenho que ir para a Arena e ignorar a zombação dos outros tributos. Que a sorte esteja ao meu favor.


    And so they say lord, for everything a reason
    For every ending a new beginning
    Oh so they say baby, for everything a reason
    And so they say baby, for everything a reason




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Lucio Pharrel

Lucio Pharrel


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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista Icon_minitimeSeg Fev 02, 2015 1:41 am

Lucio Pharrel

- Ai!
Solto sem querer ao sentir uma agulhada na parte interior da coxa. A costureira faz uma careta para mim e continua o seu trabalho, enquanto outras pessoas ficam em volta de mim, trabalhando rápido e continuadamente em minha roupa para a entrevista. Deixo minha mente vagar, esperando que elas terminassem logo com isso, não importasse quantas agulhadas eu levaria. Começo a me lembrar de que há algumas semanas atrás eu era apenas um estudante e trabalhador, com uma mãe bem protetora, um pai meticuloso, uma irmã muito inteligente e uma namorada ultra ciumenta a quem eu confiava a minha vida. A vida que agora esta nas mãos de pessoas que eu não conheço. Pessoas que gostariam muito de me ver despedaçado na Arena, logo no banho de sangue da Cornucópia. Haha.
Volto à realidade e vejo que estou quase pronto. Mais alguns ajustes aqui e ali, alguns apetrechos muito exagerados, e BOOM! Desço do banco e vou direto ao espelho que tem na sala, e me vejo de corpo inteiro, me sentindo estranho, mas estranhamente belo. Elegante. Estou trajado com um terno camurça preto com corte duplo, que combina com a calça de camurça preta com riscas azuis e um sapato de couro preto.  Logo noto que a camisa que uso por baixo é branca e que estou com um colete azul brilhante por baixo do terno. Meu cabelo está penteado para trás e com um topete alto, percebo que eles usaram um gel com glitter. A cara da Capital. Extravagância em excesso.  Estou praticamente pronto.

***

Sinto-me como um pequeno peixe dentro de um enorme aquário, com outros peixes mais brilhantes e maiores do que eu. Estou no back stage do maior programa de entrevista da Capital, esperando chegar a minha vez. Infelizmente, sou o ultimo, o que me deixa mais nervoso e preocupado com as perguntas que sobrariam para mim. Caesar costuma deixar os convidados bem confortáveis, mas assim mesmo, não tenho em mente nenhuma base de perguntas que ele fara para mim, e sendo assim, não tenho a minha base de respostas também. Ouço aplausos fervorosos e Tess aparece no back stage. Sua entrevista havia terminado. Vejo que Luna está olhando a um ponto fixo à nossa direita, então olho para a mesma direção. O garoto do D11, Chat’te Clever, esta esperando ser chamado. Ele se vira para nós e nos lança um breve aceno, sorri e nos deseja boa sorte, logo depois seu nome é anunciado e ele entra no palco. Novamente Luna e eu ficamos sozinhos. E ficamos em silencio durante todo o tempo em que Chat’te fica no palco. Assim que ele volta, não demora muito e o nome de Luna é chamado. Então ela se vira para mim, sorri de um modo que achei triste e me deseja boa sorte. E se vai. Estou sozinho. Agora minhas pernas começam a bambear. Começo a sentir o medo de apresentações se proliferarem por todo o meu corpo. Apenas aguardo, de olhos fechados. Ouço muitos aplausos e Luna passa por mim depressa. Ouço a risada de Caesar e então, o meu nome ecoa pelo salão. Respiro fundo e vou em direção ao palco.

Luzes coloridas quase me cegam assim que entro. Tento não olhar para a estranha e imensa plateia da Capital e logo sigo em direção à Caesar.


- Venha até aqui, jovem simpático! Como está sendo esses dias aqui na Capital?

Cumprimentamo-nos e sentamos. Tento focar o rosto dele para conseguir a resposta do melhor modo possível, sem temer.
- Olá Caesar. – Começo um pouco tímido. Limpo a garganta e deixo fluir. – Os dias na Capital não poderiam ser melhores. Quero dizer, comida farta, banhos quentes e uma cama macia nunca são demais. O tratamento que recebemos aqui também é muito bom. E claro, gasto muito menos energia nos treinamentos que no meu Distrito, onde tenho que trabalhar quase o dia inteiro por um mínimo conforto. Sabe, a vida no meu distrito não é muito aproveitável, porém é boa.

- Ah sim, entendo, Lucio. E do que mais sente falta no seu distrito?

- Ahm... Sinto muita falta de casa. Sei que talvez não seja o que você, ou qualquer um quer ouvir, mas a vida simples é boa para mim. Eu anseio a vida que vocês levam aqui, mas no distrito 12 é tudo pelo trabalho. É uma vida simples que levamos. As crianças são sustentadas por trabalhos como o meu, que exige esforço físico e mental. Trabalhar embaixo de chuva e sol não é fácil. Mas eu sei que depois de cada dia de trabalho, posso voltar para a minha casa e lá encontrar a minha família. Minha mãe, cozinhando algo para comermos. Meu pai, lendo o noticiário que alguém deu para ele e minha irmã fazendo a lição da escola. Sei que no fim de tarde, antes da hora de recolher, posso me encontrar com a mulher em quem eu confio a minha vida. Charlotte. Minha professora e a mulher por quem sou apaixonado.

Sinto o impacto do que acabo de dizer nas pessoas da Capital. Ouço murmúrios vindos de toda parte, mas continuo sem olhar diretamente para a plateia. Minha atenção continua fixa em Caesar. Ele sorri e me olha fixamente.

- O que diria para os patrocinadores que estão te assistindo neste momento?

Pergunta forte. Tento ser tudo, menos eu mesmo. Porém com a certeza de uma promessa. E a resposta sai.
- Bem, eu diria que... se estão pensando em comprar novas costuras, digo então para guardarem este dinheiro e o apostarem em mim, pois tenho pelo o que voltar. E eu vou voltar.

A plateia aplaude fervorosamente pelo maior impacto que as minhas ultimas palavras surtiram.

- Claro que vai. Senhoras e senhores, Lucio Pharrel, Distrito 12!

- Obrigado! - Damos um breve aperto de mãos e acaba a entrevista.
Sinto-me bem. E faminto
!
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