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| O Desfile de Tributos | |
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+20Lucio Pharrel Luna Lewis Will Rivera Emily Clarke Adèle Chamberlain Tess Niels Kali Singh Chat'te Clever Garret Lightwood Valentinne Valerious Athena Vandyke Alpha Malloch Alex Bernhardt John Doe Luka Rogers Mona Jenkins Jade Crawford Olivia Moretto Dior Citrine Wallace McQueen 24 participantes | Autor | Mensagem |
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Wallace McQueen Admin
Mensagens : 778 Data de inscrição : 25/09/2014 Localização : Capital Jogador : Állan
| Assunto: O Desfile de Tributos Ter Jan 13, 2015 4:32 pm | |
| O DESFILE DE TRIBUTOS Mal chegaram à Capital e os Tributos são logo levados para salas de preparação onde conhecem a sua equipe de preparação e respectivo estilista pela primeira vez. Estes preparam o Tributo para as câmeras - tratam da depilação, de tratar da pele, cabelo e tudo mais. Muitos Tributos nunca tiveram acesso a este tipo de tratamento em seus Distritos.
Depois de serem arranjados, os Tributos aguardam pelo seu estilista que trará para eles o traje que irão utilizar no desfile, combinado com seu companheiro de Distrito.
Esta será a primeira vez que os Tributos serão apresentados a todo o Panem, pelo que é uma etapa extremamente importante para subir a popularidade dos Tributos e ganhar patrocinadores. Também será a primeira vez que os Tributos conhecerão seus adversários, na sala de espera para o início do desfile.
Nesta etapa você deve postar como foi sua chegada na Capital e como foi o encontro com sua equipe de preparação. Seu traje para o desfile deverá ser PREVIAMENTE COMBINADO com seu companheiro de Distrito, pois estes são sempre bastante semelhantes entre os dois Tributos, e deverá ser bem descrito em seu texto. Também deverá postar como foi seu comportamento durante o desfile. Apenas NÃO descreva como foi a reação dos membros da Capital, porque essa quem decide sou eu. Valendo pontos na tabela de popularidade, dependendo da sua prestação.
OBS.: Interação com outros Tributos e mentores que não o de seu distrito é feita no tópico de interações.
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| | | Dior Citrine
Mensagens : 55 Data de inscrição : 09/12/2014 Localização : Distrito 1 Jogador : Victor Ballagueiro
| Assunto: Re: O Desfile de Tributos Qui Jan 15, 2015 8:11 am | |
| Dior Citrine A viagem não fora tão longa, uma vez que o Distrito Um é o mais próximo da Capital que os outros. O trem para e consigo observar uma legião de pessoas exóticas aplaudindo a nossa chegada, meu coração bate forte, tudo era muito gratificante de se ver. Saio do trem e sou encaminhado para uma sala pequena, toda branca e uma maca.
Três figuras igualmente estranhas entram na sala e me analisam dos pés à cabeça. Duas delas eram magricelas, extremamente iguais, diria que são gêmeas se não fosse o tom de madeixas diferentes, uma num rosa pink extravagante e outra num verde com a mesma exuberância. O outro era um tanto quanto forte, mas seus músculos eram muito artificiais, possíveis de perceber que não foram adquiridos pelo treino forçado. Seus cabelos azuis e unhas grandes prateadas apontam para o meu corpo e a voz grossa e debochada se dirige a mim.
— Tira a roupa bonitão.
Sem hesitar e com medo do que eles poderiam fazer comigo, retiro minha calça, camisa e sapatos, ficando apenas de cueca e esperando alguma iniciativa deles.
— Toda. A. Roupa. Fofinho.
Quando ele fala isso meu corpo congela, sinto como se o ar condicionado daquele lugar fosse até o -10°C. Porém não retruco e contra a minha vontade retiro minha última peça de roupa, ficando completamente nu.
— Esse não vai dar tanto trabalho. - a voz extremamente fina e histérica da garota de cabelos verdes diz sobre o meu corpo. - Quase não tem pelos. Ai como eu adoro preparar os tributos do Distrito Um.
— Ai super verdade mana, muito melhor do que o tributo da edição passada, nos fizeram ficar com o garoto do sete, era super peludo. Mas tinha a pele com a cor legal, quase preta. - comenta a de cabelos rosa.
Pigarreio indicando que eu continuava na sala e tentando mostrar que estar nu na frente deles por tanto tempo não me era tão agradável. O rapaz fixava o olhar no meu corpo, mais precisamente na região incomoda e íntima, coloco a mão na frente discretamente e assim que ele percebe começa a se apresentar.
— Dior, me chamo Loveen e essas drags do meu lado são Jurassa... - ele aponta o polegar dos braços cruzados para a de cabelos rosa. - ...e Assaruj.
— Prazer. - retiro uma de minhas mãos do meu membro e a ofereço para Loveen.
Na mesma hora ele a pega e leva até o nariz, puxando tão forte o ar pra dentro de suas narinas que me faz corar de vermelhidão e recuar rapidamente a mão. Eles dão risadas escandalosas e tentam descontrair o momento.
— Vamos começar. - ele bate palmas e as garotas apertam um botão que revelava todos os materiais num só instante.
A todo momento eles ficam quietos, concentrados no trabalho, eu estava deitado na maca sentindo e expressando cada dor que sentia dos poucos pelos que me restavam na virilha. Minha perna fora completamente depilada e logo após massageada com um creme especial, meu corpo inteiro estava brilhando, vejo aquilo agora em pé e me sinto confiante do trabalho que fariam em mim nesse desfile.
O próximo passo eram minhas axilas e minha barba, eu não a fiz antes de sair de casa e assim sendo eles passam a gilete, com certeza fariam de novo no dia da entrevista já que não demora muito para que os pêlos crescessem novamente. Meu cabelo também estava maior do que o normal, pra eles, me fazem sentar numa cadeira ainda nu e começam os cortes. Reconheço apenas as tesouras, os outros materiais eu nunca tinha visto e sequer sabia o nome. Por fim me dão um banho de banheira com algum produto cheiroso na água e recebo uma massagem como última etapa. Coloco um avental desses parecidos com o de hospital e eles me encaminham para uma outra sala.
Eu estava curioso a respeito dos outros tributos, uma vez que jurava ter ouvido gritos tanto de agonia quanto de frustração, essa deve ser a pior parte em vir aos jogos, quase tão quanto a Arena.
Chegando na sala eles me acenam com um tchauzinho e fecham as portas. Eu pensei estar sozinho por um momento até notar a grande cadeira virar e mostrar a grande mulher sentada nela. Apoiando os braços na mesa ela se levanta com dificuldade, era nítido que estava acima do peso e não fazia o perfil de alguém da Capital.
— Olá Dior! Me chamo Gryzelda Gorewhale.
Aqueles cílios postiços enormes em tom dourado, o vestido super colado no corpo mostrando todas as dobras de seu abdome, os sapatos quase que gritando mostrando os dedos da mulher saltando pra fora, a maquiagem exuberante, bem feita aliás, demarcando todo o rosto e uma peruca púrpura infestada de laquê que mantinha os fios modelados, era essa a minha atual visão, Gryzelda Gorewhale não me parecia ser a estilista perfeita, espero muito estar errado.
— Assaruj tirou as suas medidas e me enviou no exato momento. Estive pensando na sua roupa durante um ano inteiro e esperava alguém do seu porte, só precisei fazer alguns ajustes, você é alto e... esperava um instrumento menor, se é que você me entende.
Sua última olhada fora em direção às minhas partes, o que me deixa bem constrangido e principalmente com medo do que aquela mulher tinha preparado pra mim.
— Você sempre foi tão quietinho assim? - ela pergunta enquanto caminha, ou melhor, arrasta seus pés em direção ao cabide envelopado.
— N-Não. É que é tudo muito novo pra mim e tudo isso me deixa muito constrangido.
— Fica tranquilo querido, terá que se acostumar com isso daqui pra frente. Tira o avental brega.
Não hesito e retiro o meu avental, estava nu novamente e mais uma vez constrangido quando ela se empolga com a minha nudez.
Gryzelda retira o manto que cobria minha vestimenta e eu vejo algo tão simples que começo a procurar mais peças espalhadas pelo lugar.
— Vista isso assim... - ela passa o véu cor de rosa e transparente em meu pescoço. - ...e isto assim.
A sunga me era muito estranha, na verdade não parecia ser uma sunga, uma vez que cobria apenas as minhas partes e a alça caminhava apenas para o lado esquerdo, encaixando a parte de trás no encontro de minhas nádegas e deixando as duas totalmente expostas, já que o véu preso à sunga também era transparente.
— Tá, mas onde está a parte de baixo? - pergunto ansioso.
— É só isso querido, irá descalço para a carruagem, esperava algo mais? - diz enquanto caminha para pegar os últimos adereços.
Eu não ousaria responder, estava incrédulo de que me apresentaria para toda Panem vestindo um traje como esse, tinha receio do que fariam com Jade já que as roupas dos tributos seriam parecidas. Gryzelda coloca um adorno em minha cabeça super chamativo, mas confesso que não tenho certeza o que chamaria mais a atenção em meu traje.
— Está quase pronto, agora só preciso que fique parado para eu colar essas pedras em seu corpo. - ela sacode o saco cheio de pedras azuladas, fazendo com que brilhassem intensamente com seu ato.
Fico completamente imóvel enquanto Gorewhale completa minha vestimenta, usando um produto que nunca vi na vida para colar as pedras em meu braço esquerdo, perna direita e costas por completo. Durou cerca de duas horas até que eu estivesse completamente pronto para o desfile, a maquiagem ao redor dos olhos nas cores pink em baixo e prateada em cima davam um toque especial em meu traje, me olho no espelho e por incrível que pareça começo a gostar do que vejo.
— Não vá se apaixonar. - diz minha estilista debochando de mim.
Foi assim que segui para a sala de espera onde estavam todos os outros tributos, começo uma interação amigável tanto com eles quanto com os cavalos de minha carruagem, os alimento com cubos de açúcar e eles parecem sempre pedir mais. Sapphire também veio conversar comigo, me animara apesar de estar pra baixo com a minha vestimenta. Só espero que a Capital goste.
(https://i.imgur.com/tRQlXmP.png)
Fui relutante com Gryzelda a respeito de minha pedra de citrino, ela deu um encaixe perfeito escondendo a pedra por entre o véu, sem que deixasse ela a mostra e eu pudesse continuar com meu amuleto a todo instante. Encontro os olhos de Jade e conversamos, até ser anunciado que o desfile começaria.
Subo na carruagem ao lado de minha companheira de Distrito e sorrio pra ela, passando confiança, tudo daria certo, só teríamos que fazer o que nossos mentores indicaram: sorrir e acenar.
Os trompetes tocam e o Desfile se inicia, éramos os primeiros a entrar e com certeza isso chamaria a atenção do público. Conforme a carruagem ganhava velocidade, noto o intenso brilho vindo das pedras preciosas. Lapis Lazulli antes foscas agora brilhavam intensamente com o movimento, me lembrei de quando Gryzelda sacudira o saco e elas brilharam na mesma intensidade. Era isso. As pedras reagiam ao movimento e quanto mais rápidos éramos, mais intensamente elas brilhavam.
Eu sorria e acenava para a população da Capital que nos assistia ao vivo, uma hora ou outra mandando beijos e comemorando com os punhos fechados a minha convocação. Em menos de um minuto a carruagem para e agora estamos a frente do presidente, que iniciaria em breve o seu discurso.
Nesse momento as pedras tornam-se foscas novamente e minha expressão de alegre se torna algo mais sério e sensual, teria que entrar no espírito do traje uma hora e para que me notassem mais nitidamente deveria ser parado. Olho para Jade e sorrio, ela tinha sido maravilhosa também e seu estilista caprichado em suas vestimentas. A primeira etapa dos jogos estava acabada, que venham as próximas.
Última edição por Dior Citrine em Qui Jan 15, 2015 8:57 pm, editado 1 vez(es) | |
| | | Olivia Moretto
Mensagens : 22 Data de inscrição : 29/10/2014 Localização : Distrito 3 Jogador : Luiza dos Santos
| Assunto: Chegada a Capital e desfile Qui Jan 15, 2015 1:45 pm | |
| Olivia Moretto
Quando o trem parou na estação da Capital dei graças à Deus. Comi tanto nos últimos dias que só pisando em terra firme para controlar as náuseas. Assim que descemos já fui conduzida a uma sala, sem ter tempo para conversar com John:
-Prazer, eu sou Lucius, seu maquiador e cabeleireiro- Disse simpaticamente um rapaz branquelo com super-cílios cor-de-rosa e roupas alaranjadas -E eu sou Raianée, sua estilista- Continuou uma mulher mais alta do que eu, com cabelo estampado (como alguém conseguia estampar o cabelo?) - Err... Prazer, Olivia. Distrito 3- Digo dando-lhes minha mão. -Lucius, acompanhe nossa vitoriosa para os preparativos, sim?- diz alegremente Raianée. -Por favor, me acompanhe- Diz Lucius oferecendo-me seu braço.
Ele me levou para uma área onde havia uma maca, com chuveirinhos e nas paredes centenas de prateleiras com potes de cremes, palitos, jarras lacradas com líquidos, sombras e pós de rosto... Entrei em um biombo e ele pediu para que eu tirasse minhas vestes e pusesse um roupão de seda:
-Você é realmente muito linda, não terei muito trabalho com você...- Diz ele soltando meus cabelos. -Da última vez que ouvi isso minha vida acabou...- respondo-lhe -Meu anjo, você está nos Jogos, não tem como sua vida estar mais acabada que isso- diz ele ironicamente.
Sento-me na maca e ele levanta o roupão até a altura do fim de minhas coxas: -MISERICÓRDIA!- exclama ele. -O que foi?- digo assustada. -Er... Me desculpe, depois de tantos anos por aqui já devia ter me acostumado com pernas assim... Peludas como de macacos. Como eles podem não oferecer cera no distritos de vocês!- diz ele, indignado. -Cera?- indago eu. -Não, não se preocupe. Estou aqui para dar um jeeeeito em tudo.- Cantarola Lucius
Em pouco tempo descobri o que era cera, e não gostei nem um pouco. Também tomei uns três banhos de imersão (em água, em óleo e depois em gel). Tive meu cabelo lavado, hidratado e secado. E depois do que pareceu horas, Lucius me pôs em uma penteadeira. Com vários grampos, ele prendeu meu cabelo já escovado escondendo metade de seu comprimento. Quando ele terminou, qualquer um pensaria que eu havia cortado meu cabelo estilo channel.
O que demorou mais foi a maquiagem (depois dos banhos, claro). Ele fez tanta coisa: prendeu meus cílios naturais e colocou um postiço feito de microchips de led, o que achei fantástico. Passou uma sombra transparente e mais um milhão de pós, usou variados cremes e loções...
Depois chegou Raianée. Ela dirigiu-me para outra sala, cheia de roupas e tecidos cortados no chão: -Eu tive uma ideia faaantástica para sua produção- Exclama ela muito entusiasmada.
Ela levantou a cortina, e atrás dela, surgiu um manequim com três peças: uma blusa de couro com traçados azuis, uma cinta no mesmo formato e uma legging, também de couro.
-Érrr.. É lindo!- exclamei pra ela para encobrir a minha cara de desgosto. -E não é, mas não para por aqui. Você terá muitas surpresas com essa roupa durante o desfile. "Então tá, né?"-penso eu
Não demoramos mais do que 20 min para que eu estivesse completamente trajada. Assim que me vi no espelho o desgosto passou, essas peças caíram perfeitamente em mim
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Sou levada para sala de espera conjunta, onde estão os outros tributos. Vários lá já conversavam. (interação) Aos poucos, vão nos chamando para entrar em formação. quando chego em nossa biga, fico abismada. Nossos cavalos estão trajados assim como nós, ficou incrível!
E a nossa carruagem, aberta como a de todos os outros, era linda ao meu ver, pois assim como nossa roupa, estava encourada, mas a diferença era que em alguns pontos, o preto do couro resplandecia prateado. Que magnífica ideia da equipe de produção. Pena que é muita atenção para uma biga só. Imagino como Martina desejaria minha morte instantânea ao ver-me em cima dela (a biga).
Entramos nela, eu e John, e em alguns minutos sentimos o tranco dos cavalos se movendo. Começamos a ouvir sons de maquinário, e então, as partes de couro prateado começou a mesclar-se com o couro escuro, fazendo com que parecesse que a biga era iluminada em diferentes pontos.
Então minha pele começou a pinicar, olhei para o telão a frente, e Pasmem, a maquiagem antes transparente agora mudava de cor azul-preto-cinza-laranja-vermelho-preto-azul-verde-branco...Assim como os veios em nossa roupa (traçados) Eu e John nos encaramos maravilhados, nunca vimos algo tão gracioso.
E quanta gente nos olhava! Nunca vi tantas pessoas em um lugar só. Começamos a acenar e sorrir, mas quando nos aproximamos do fim do trajeto, paramos, pois estávamos perto do cara mais poderoso e rude de nosso país.
Mas o melhor foi o final. Quando nossa biga parou em frente ao Presidente, minha cinta caiu, a blusa virou um top, a legging uma bermuda, ambas recobertas por chips de variados tamanhos, a de John também mudou, mas eu só me importava com a minha. Dei um grito de susto quando tudo começou a cair (pensei que ficaria pelada, que vergonha), mas o som foi abafado pelo clamor de todos ali presentes. Eu estava magnífica! Nunca me sentira tão bem desde o incidente com o prefeito. Os chips reluziam como diamantes, assim como minha maquiagem (exceto pelos meus lábios vermelhos).
Com certeza fomos notados! Mas não sei mais dizer se esse ser notado foi bom ou não para nós...
Última edição por Olivia Moretto em Sex Jan 16, 2015 11:22 am, editado 1 vez(es) | |
| | | Jade Crawford
Mensagens : 47 Data de inscrição : 10/01/2015 Localização : Distrito 1 Jogador : Haniel
| Assunto: Re: O Desfile de Tributos Qui Jan 15, 2015 10:42 pm | |
| Jade Crawford Estava tão distraída que só percebo que chegamos quando sinto o tranco do trem ao parar, levo minha mão até a cortina de veludo vermelho e a afasto podendo observar através do vidro uma legião de pessoas tão coloridas que chega a ser incomodo aos olhos, elas vibram ao me verem na janela. Saio do trem junto de Dior, mas logo sou separada dele e levada até uma sala, ela é ampla tem luzes baixas e uma melodia agradável parece vir de algum lugar que não consigo distinguir. No teto bem no centro da sala um lustre enorme de cristal ilumina mais do que as outras partes e logo abaixo dele, posicionada estrategicamente está uma maca acolchoada forrada com um tecido em tom azul celeste.
A porta automática da sala se abre realizando um som mecânico e por ela entram duas mulheres, elas caminham até mim com passos ritmados e em sincronia, me cercam e passam a me analisar enquanto murmuram algo indiscernível e cutucam aerotelas portáteis como se estivessem anotando algo a meu respeito. Eu observo a mulher que está logo a minha frente, ela tem estatura mediana, mas é magricela como um bambu. Suas faces são chupadas, quase como se ela não soubesse o que é comida faz tempo, o que cria um contraste bizarro com sua peruca chanell azul gelo milimetricamente cortada e com o vestido bufante na cor magenta. Me viro e agora consigo observar a mulher que antes estava atrás de mim, a primeira coisa que chama minha atenção é sua altura, beirando os dois metros, levanto cabeça para visualizar melhor seu rosto rechonchudo e avermelhado perfeitamente emoldurado por um longo cabelo escorrido e tingido de um amarelo brilhante. Eu ainda analiso a roupa gritante da criatura rechonchuda quando a outra mulher entra em meu campo de visão, se posiciona ao lado dela e toca seu braço roliço com apenas um dedo.
- Essa macaca loira aqui é Maurina. - Diz a mulher magricela com uma voz fanha e irritante. - Ela não fala muito, mas eu falo, até demais. - Ela solta uma risadinha estridente expondo seus dentes grandes e exageradamente brancos. - Meu nome é Giroletta e nós duas seremos suas preparadoras, você gostando ou não.
Giroletta então me encara com uma expressão de nojo no rosto como se estivesse esperando que eu falasse algo. Estendo a mão para cumprimentá-la.
- Meu nom...
- Seu nome não importa! - Ela me interrompe antes que eu pudesse terminar de falar, fazendo com que eu dê um salto para trás. - Tire logo as roupas e deite-se naquela maca, quanto antes terminarmos antes poderei ir embora para os braços do meu amorzinho. - Ela dá outra risadinha estérica.
Caminho até a maca e enquanto me dispo penso que ninguém em sã consciência aguentaria ouvir aquela voz todos os dias, quanto mais namorar uma pessoa tão prolixa quanto ela. Sei que eu não aguentaria. O pensamento me faz rir um pouco, o que atrai um olhar de reprovação de Giroletta, como se ninguém mais pudesse rir, além dela, enquanto estivesse ali. Deito-me na maca e ambas as mulheres passam a examinar meu corpo em busca de imperfeições, elas parecem encontrar muitas, pois não param de se movimentar um segundo, caminhando ao meu redor, agarrando aparatos os quais eu nunca havia visto na vida que elas usavam para fazer sei lá o que em mim. Optei por não perguntar o que exatamente estavam fazendo, preferi não ter que ouvir a voz de Giroletta novamente tão cedo.
Horas se passam até permitirem que eu me levante, um espelho é colocado em minha frente, logo de inicio não vejo nenhuma diferença significativa, mas de acordo com que passo a observar melhor os detalhes noto um brilho sutil, como se minha pele estivesse mais lisa e vívida. Elas não são pessoas muito simpáticas, mas devo dar o braço a torcer, haviam feito um ótimo trabalho.
-Se cubra, garota, já terminei meu trabalho. - Giroletta aponta para um gancho na parede onde se encontra um roupão branco.
Vou até lá, agarro o roupão e quando começo a vesti-lo ouço uma voz diferente da de Giroletta. Para minha surpresa o som vinha de Maurina.
- Após vestir o roupão saia da sala, pegue o corredor da direita e entre na ultima porta. Seu estilista te espera. - Sua voz soa grave e ampla, quase masculina.
Termino de vestir o roupão as pressas e saio da sala, pego o corredor da direita exatamente como Maurina havia me indicado. Logo chego ao final e encontro a última porta, ao atravessá-la penso que tipos de bizarrice me aguardam. A primeira coisa que vejo ao entrar no local são tecidos, montanhas e montanhas de tecidos espalhados por todos os cantos, de diversas cores e texturas, depois avisto um vasto cabideiro lotado de cabides vazios e por fim encontro um homem de terno ajoelhado aos pés de um manequim coberto com um vestido rosa, ele parece ajustar a barra da peça com tanto afinco que nem nota minha chegada.
- Com licença... - Digo hesitante.
Imediatamente o olhar do homem se volta para mim, mas suas mãos não param de trabalhar.
- Oh, você já está aqui! - Ele parece sem jeito. - Me desculpe por ainda não estar pronto, acabei de receber suas medidas e estou realizando os ajustes finais. Por favor, sente-se, se quiser pode ler uma revista enquanto espera, eu lhe avisarei quando estiver pronto.
- Tudo bem, leve o tempo que precisar.
Olho ao redor e não encontro lugar algum para sentar, então resolvo pegar uma revista, mas também não encontro nenhuma. Me aproximo do manequim tomando cuidado para não atrapalhar o trabalho do estilista. Observo cada detalhe da peça com cuidado, com certeza um trabalho feito por alguém muito perfeccionista. Estou tão entretida apreciando a obra que levo um susto quando o homem se levanta.
- Oh, que rudeza da minha parte, ainda não me apresentei. - Ele coloca uma mão na barriga e outra nas costas, uma mecha de cabelo negro caí em sua testa ao fazer a reverência. - Sou Zinz Timbíanco, fui designado como seu estilista e sinto-me honrado pela tarefa. - Zinz arruma a mecha rebelde ao voltar para sua postura impecavelmente ereta.
- Olá, Sr. Timbíanco, sou Jade. - Sorrio dizendo as palavras.
Finalmente alguém agradável e com modos por aqui.
- Admito, estava um tanto preocupada com o que encontraria após ter passado por aquelas duas na sala de preparação. - Continuo sem desfazer o sorriso.
- Maurina e Giroletta lhe passaram uma má impressão?
- Mais especificamente Giroletta, quer dizer, Maurina falou apenas uma frase durante todo o tempo em que estive lá. - Digo sem jeito.
- Elas não são fáceis de lidar, mas garanto que ambas possuem um coração de ouro. - Uma expressão esquisita se forma em seu rosto, quase como se nem ele acreditasse nas palavras que acabavam de sair por sua boca.
Deixo escapar uma breve risada de deboche em reação a suas palavras, mas logo me contenho.
- E então, pronta para se vestir? - Ele pergunta e logo em seguida se direciona até o manequim, retira o vestido com cuidado e volta até mim. - Vamos, tire o roupão.
Quando ele me pede para tirar o roupão fico um tanto constrangida, ficar nua aqui é diferente de ficar nua na sala de preparação, lá só havia mulheres. Ele parece perceber meu receio, pois suaviza sua expressão e me fita olhos.
- Querida, não precisa se envergonhar, eu sou extremamente profissional. E além disso... - Ele levanta a mão esquerda e mostra a aliança dourada em seu dedo anelar. - Sou casado e muito apaixonado por minha esposa. - Zinz sorri e aquilo acaba por me passar confiança.
Tiro o roupão, agora muito mais confortável e Zinz me coloca o vestido. Fico surpresa ao perceber que mesmo já com o vestido no corpo ainda estou com os seios desnudos, então dirijo um olhar incrédulo ao estilista que por sua vez se apressa em caminhar até uma pequena cômoda e tirar de dentro de uma das gavetas um saco plástico cheio de fragmentos de uma pedra azul. Ele se aproxima de mim novamente, abre o saco plástico, tira um dos fragmentos de lá e o coloca em minha mão.
- Suponho que você saiba que pedra é esta.
- É claro, isso é um fragmento de Lápis-lazúli, mas o que tem isso? - Digo não entendendo onde ele quer chegar.
- Não é uma Lápis-Lazúli qualquer, estes fragmentos, assim como os que serão utilizados em seu parceiro de distrito foram modificados para adquirirem uma forte luminescência ao entrarem em movimento. Vamos, experimente. - Ele terminou a frase fazendo sinal para que eu jogasse o fragmento para cima.
Jogo o fragmento para cima e ele reluz intensamente, como se acabasse de obter luz própria, até cair em minha mão novamente, opaco, como era antes de ser arremessado .
- Isso é... Incrível. – Fico realmente embasbacada com o efeito da pedra, nunca havia visto nada igual aquilo.
Zinz me leva até uma cabine com paredes espelhadas, lá ele me faz ficar imóvel enquanto cola os fragmentos de Lápis-Lazúli na parte superior do meu tronco de modo que meus seios fossem cobertos por eles. Ele também cobre completamente meu braço esquerdo com as pequenas pedras. O processo é demorado e um tanto desconfortável, mas tudo acaba por valer a pena quando pronto. De acordo com que eu me movimento em frente ao espelho os fragmentos acendem como em um efeito dominó criando um lindo contraste com o tom de rosa do vestido. O estilista então me leva de volta até a sala de antes, ele começa a procurar por algo até parar em frente a uma pilha de tecidos e empurrá-los para trás revelando uma banqueta rústica de madeira onde me sento.
- Aguarde um minuto, querida, vou buscar algo e já volto.
Zinz sai da sala e após alguns minutos retorna com três caixas, duas pretas maiores e uma pequena azulada. Ele se ajoelha em minha frente e abre uma das caixas pretas, de lá retira um par de sapatos de bico fino que combina perfeitamente com o vestido.
- Sabe, eu esperava que você fosse mais alta quando projetei estes sapatos, não que isso seja um problema, para tudo existe uma solução. Qual é a sua altura?
- Eu tenho 1,55cm. – Falo firme, tentando parecer confiante de minha altura.
Zinz balança a cabeça em afirmação, abre a outra caixa preta, remexe um pouco dentro dela e de lá tira duas varetas, ao menos eu pensei que fossem varetas até ele encaixá-las aos saltos de ambos os sapatos, aumentandando-os. Com delicadeza ele os calça em meus pés.
- Agora você mede 1,70. Não é ótimo!? – Ele parece orgulhoso de si mesmo. – Estes saltos ajustáveis vieram mesmo a calhar.
Me levanto da banqueta, definitivamente estou mais alta e também me sinto mais poderosa, dou um giro e o vestido voa ao meu redor, vejo de relance os fragmentos brilharem em resposta ao movimento, então paro de frente para o estilista que observa tudo, é visível em seu rosto o orgulho que sente pela peça.
- Que tal estou? – Pergunto quando coloco a mão esquerda na cintura e finjo uma cara de desdém.
- Magnifica, minha querida! Magnifica! – Ele me analisa dos pés a cabeça alisando o queixo. – Magnifica, porém não completa.
Zinz abre a caixa azulada, a menor das três, e de dentro dela retira um pequeno chapéu com uma pena azul na lateral. Ele se aproxima de mim e prende o chapéu um pouco inclinado em minha cabeça, deixando todo o cabelo solto em seus cachos naturais, então se afasta com os olhos brilhando e junta as mãos.
- Jade, você de longe é minha maior obra, uma amálgama sublime de luxo, sensualidade e sofisticação. Quando subir naquela carruagem você deve manter uma postura impecável, seja luxuosa, sensual e sofisticada. Não apenas vista a roupa, viva-a. Se fizer isso eles estarão a seus pés.
Fico sem palavras com o discurso, ele me acerta como uma injeção de adrenalina. Sinto meu corpo inteiro formigar , meu coração bater mais forte e no final de tudo isso uma onda de determinação indomável toma conta de mim. A única reação que tenho é ir até Zinz e agarrar suas mãos.
- Torça por mim, Zinz Timbíanco. – Eu digo fitando seus olhos.
Ele balança a cabeça em concordância.
- Agora vá, a grandeza espera! – Ele exclama rindo com a voz embargada de felicidade.
Me desvincilho dele e dou as costas, se ficasse um minuto a mais ali não conseguiria mais sair. Nas poucas horas que passei com Zinz acabei me apegando, senti que podia confiar nele, ele era receptivo, emotivo e querido. Transmitia uma sensação familiar de conforto.
Sigo até a sala de espera, lá converso com Onyx, interajo com algumas pessoas e sigo até minha carruagem onde encontro com Dior, conversamos um pouco sobre nossas roupas e impressões até que o inicio do desfile é anunciado. Subimos na carruagem de modo que fico com meu braço esquerdo para fora, livre para realizar quaisquer movimentos. As carruagens são posicionadas por ondem de Distrito, somos os primeiros a entrar.
O som dos trompetes ecoa pelo ar, Dior me oferece um sorriso confiante, eu retribuo com mais confiança ainda, enormes portas de mármore se abrem a nossa frente e o som de uma multidão enlouquecida adentra o ambiente. Os cavalos relincham e começam a trotar nos tirando de dentro da sala de espera direto para a rua onde a população da capital nos aguarda, afoitos por entretenimento. Eu fecho os olhos e me lembro das palavras de Zinz, então ainda de olhos fechados jogo minha cabeça para trás e levo ambas as mãos ao pescoço, sinto a carruagem ganhando velociade e o vento balançando meus cabelos, começo a descer as mãos lentamente até os ombros como se estivesse me deleitando dos gritos de clamor do público. Abro os olhos e com um sorriso caloroso nos lábios encaro o público que se encontrava a minha esquerda enquanto estico o braço coberto de pedras reluzentes como se os convidassem a pegar minha mão para um passeio. As pedras em meu braço e peito acabam por ganhar um brilho tão intenso que um rastro de luminescência ainda permanece tremeluzindo no ar por alguns segundos depois de passarmos. Eu estava tão fascinada com todo aquele glamour que mal percebo o trajeto passar, a carruagem começa a perder velocidade e não demora muito até que pare completamente aos pés de um camarote branco com o simbolo da capital em uma grande bandeira tremulando ao vento.
Apoio as mãos na cintura, adquiro a melhor postura de superioridade, viro meu olhar para o alto e encaro, ainda com um grande e caloroso sorriso, o presidente.
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| | | Mona Jenkins
Mensagens : 27 Data de inscrição : 29/10/2014 Localização : Distrito 10 Jogador : Guilherme Lorenzoni
| Assunto: Re: O Desfile de Tributos Qui Jan 15, 2015 11:50 pm | |
| Mona Jenkins A viagem de trem não foi das mais rápidas, e mesmo nunca tendo andado em um antes, sei que o Distrito 10 é longe da Capital, mas os tipos inacreditáveis de comida me distraíram o suficiente, além de uma conversa com o pessoal, como e Luke e até Carl, quando esse último estava sóbrio o suficiente para conversar.
Chego na Capital, e descendo do trem, minha ainda desconhecida equipe de preparação me aguarda perto de onde desci do trem. Uma mulher de cabelos amarelos começa a falar:
- Olá lindinha! Não temos tempo a perder! Roly, Pifer e Cyrus serão seus melhores amigos por algumas horas! - ela diz apontando para cada um das outras 3 pessoas paradas junto a ela - A propósito, Kyle... Magguie. Quero dizer, Magguie Kyle, me chame do que quiser. - diz Magguie me puxando para um sala mais reservada, junto com a minha recém apresentada equipe.
Quando me dou conta estou numa espécie de cama, Cyrus defilando minhas pernas, Pifer lavando meu cabelo com alguns produtos desconhecidos, e Roly e Magguie conversando entre si sobre o que fazer em mim.
Terminado as tarefas que eles estavam fazendo no meu corpo, Magguie me puxa para perto de uma espécie de armário, mas extremamente grande, e não como os do meu Distrito, e me mostra minha roupa para o desfile. Eu tiro minhas vestes atuais, e ponho a nova criação de Magguie. É um vestido vermelho rubi, cujo deixa meus ombros e braços a mostra,e vai desde os mesmos até os meus pés, os quais estão com um salto alto de cor vinho, era o sapato mais lindo que já tinha visto, apesar de não ser o mais confortável. A cor do vestido não tinha apenas uma tonalidade de vermelho Rubi, mas tinha um cheiro estranho, seguido de outro líquido desconhecido que Cyrus jogou na roupa. Percebo que estou de costas nuas, assim como uma das minhas pernas, que devido a um rasco proposital está deixando uma de minhas coxas a mostra. Eu realmente estou sensual, um adjetivo que nunca pensei que fosse servir em mim.
Em seguida, Pifer me puxa para terminar o trabalho no meu cabelo. Quando me olhei no espelho, fiquei boquiaberta: meu cabelo estava jogado para um dos lados, caindo sobre meus ombros, além de ter uns cachos que foram feitos, de algum jeito que não conheço, por Pifer. Com um brilho característico, percebi que havia espécies de lantejoulas vermelhas também, não, não! É algo muito mais fino que lantejoula, mas não tenho ideia do nome.
Dou um abraço em todos juntos, formando um círculo, acho que precisava descarregar o nervosismo, mas já me recomponho e falo:
- Obrigada pela mudança. Você tem certeza que essa sou eu? - digo rindo.
Vou em direção a sala de espera, e depois de esperar por alguns minutos, Luke chega, igualmente bonito, arrancando-me um longo suspiro. Uau, ele está muito gato. "Meu deus, recomponha-se!", penso. Dou um longo abraço como se já nos conhecêssemos, e partimos em direção a carruagem que, num tom mais brilhante de vermelho rubi, estava nos esperando.
Nós fomos um dos últimos a entrar pela grande porta de mármore, consegui ver a maioria dos tributos em suas respectivas roupas, e elas estavam tão boas quanto as minhas, mas eu estava confiante a respeito desse desfile. O Distrito 10 vai mostrar a sua força. Logo que passamos pela porte, conseguimos ouvir os gritos ensurdecedores das pessoas da Capital, loucos para ver seus novos brinquedos desse ano. Tento sorrir e ser o mais simpática possível, mas esse não é bem o meu forte, e quando estamos na metade do trajeto, pego a mão de Luka, a entrelaço na minha, e levanto-as, com garra e num movimento forte, sorrio junto a ele para o povo da Capital.
Meus sorrisos e acenos continuam, até que decido manter uma postura mais firme, e é quando vejo que, de meu vestido, agora sai uma fumaça, e percebo o material estranho o qual havia tateado na sala: carne. De algum modo, essa carne está assando, e eu sou a grelha viva da situação, mas não sinto nada, seja lá o que Magguie pensou, funcionou, porque não sinto dor alguma. Enquanto isso ocorre, toda a coloração de meu vestido muda, passando de um vermelho mais vivo para um marrom, lembrando carne assada. Carne, o produto que fornecemos a Capital, a mesma carne que assa em mim agora. Na minha cabeça, tudo se liga como uma metáfora: nós servirmos carne a vocês, Capital, assim como nos entregamos agora do mesmo jeito, dando a minha própria carne. Somos suas peças, sua diversão, e gostando ou não, é assim que deve ser.
E estou encharcada de suor, mais pelo psicológico, quando já no final do Desfile, olho dando uma piscada para Luke, nome que lhe apelidei, e vejo que o presidente está prestes a começar seu discurso. | |
| | | Luka Rogers
Mensagens : 34 Data de inscrição : 30/10/2014 Localização : Distrito 10 Jogador : Ruan Santos
| Assunto: Re: O Desfile de Tributos Qui Jan 15, 2015 11:55 pm | |
| Luka Rogers Chegamos a capital pela manhã, após um dia de tédio em quase todos os momentos, sendo os não tediosos quando eu e Mona tínhamos tempo para conversar, mal tivemos tempo para tomar nosso café. Desembargamos do trem e somos levados por Carl até nossos figurinistas, sou levado por uma porta e a Mona por outra. Quando entro fico um pouco impressionado, nunca tinha visto nada parecido.
Sou surpreendido por três mulheres me puxando para uma cadeira, devem ser as assistentes da minha figurinistas, penso isso porque a uma quarta mulher que não se levantou, cabelos ruivos, e um vestido preto curto.
Quando me colocam sentados ela começa a falar:
- Bem Luka.. -Pode me chamar de Luke- A interrompo - Bem Luke, meu nome é Laisa Rech, estas são Mage, a garota com cabelos azuis acena, Kelly, a garota com cabelos rosa acena, e Dayla, a garota com cabelos verdes acena. - Pensei em retradar bem o que o distrito dez faz. – Enquanto ela fala Mage me apreseta um smoking vermelho rubi, com a camisa de dentro branca e com uma gravata borboleta preta. A calça também é vermelha, mas os sapatos são pretos. -Gosto da roupa, mas não sei o que tem a ver com o distrito dez, já em que todos os anos somos vestidos de bois e vacas. Então resolvo falar: - O que isso tem haver com o dez? Ela trás a peça para perto de mim, toco nela e percebo que é um tecido diferente. Tenho mais ou menos uma idéia do que é então decido ver se meu pensamento é certo e falo:
-Isso é feito de ... - Rech põe um dedo no meu lábio assim me interrompendo de concluir meu pensamento. Entendo a mensagem. Fico calado.
Ela me põe de pé e fala:
-Tire a roupa.
Sem pudor nenhum, retiro toda minha roupa.
As meninas me colocam novamente sentado, Mage, começa a mecher no meu cabelo, ela pega uma tesoura e começa a corta meu cabelo. E fala:
- Vamos retirar esse topete e fazer um corte estilho surfista. Depois colocarem uma luzes vermelhas.
Fico sem reação, mas sei que os moradores da capital gostam de extravagâncias.Então aceito.
Kelly começa a corta minha unhas e fala que depois irá passar uma base nelas. Já Dayla pega um pano úmido e começa a lavar meu corpo, de cima a baixo.
Após duas horas de preparação estou pronto para vestir o smoking, é extremamente confortável, e foi feito sob medida para mim. Não entendo muito sobre smokings, mas ele está bem justo na cintura e plano nos ombros, creio que nem um ano juntando todo meu salário posso comprar uma peça como esta. Rech chega com a gravata, ela coloca e da um ultimo retoque. Kelly chega com um frasco, ela da para Rech, que abre frasco joga em cima de todo meu smoking que absorve a substância, tenho que falar se não fosse o frasco caro, pensaria que era molho de churrasco. Por último Dayla trás um outro frasco e um tubo. Rech manda eu abrir a boca e abre o tubo, ela passa um batom em mim,de cor salmão, rezo aos deuses que esse batom não seja muito extravagante. Depois ela pega o frasco e joga perfume em cima de mim.
Finalmente estou pronto.
Saio para a sala de espera e encontro com Mona, que está fantástica. Lhe dou um abraço e sinto o calor do seu corpo Conversamos com alguns tributos e depois subimos na nossa carruagem.
Ela é toda vermelha, um vermelho rubi, não acho extravagante, mas gosto assim.
Depois de todos os tributos subirem em suas carruagens as trombetas tocam e o salão se abre. Uma a uma as carruagens saem uma a uma começando pelo Distrito 1 e indo até o 12. Quando estamos desfilando sorrio e mostro ser bastante simpático. Aceno, dou piscadelas para as madames que acho que tem mais dinheiro e podem me patrocinar. Solto beijos para as mais assanhadas.
Sinto que Mona está insegura, ser simpática não é uma de suas melhores qualidades, ela entrelaça sua mão na minha e levanta pra cima, sorrio e laço meu melhor sorriso, para a encoraja-la
Quase perto da mansão presidencial sinto cheiro de carne assando. Percebo que sai fumaça da minha roupa e da de Mona. Agora entendo o porque nossas roupas são feita de carne, elas estão assando, mas não estou sentindo o ardor, e só nossos estilistas sabem o que elas vão se transformar. Após 30 segundos olho para mim. Meu smoking vermelho virou um paletó marrom, quase puxando a cor de carne assada, minha camisa branca está com o botão do colarinho aberto. Minha calça se transforma num jeans, tipo skiner. Meus sapatos ficam da mesma cor do paletó. Estou parecendo um típico vaqueiro do meu distrito.
Chegamos na mansão presidencial e o hino toca. O presidente se apresenta e se prepara para seu discurso
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| | | John Doe
Mensagens : 16 Data de inscrição : 31/10/2014 Localização : Distrito 3 Jogador : Icaro Augusto
| Assunto: Re: O Desfile de Tributos Sex Jan 16, 2015 2:42 am | |
| John Doe Chegamos na Capital e a Olivia já correu pra a porta, ela andou comendo muito na viagem, com certeza querendo compensar a situação no 3. Tentei comer bem e me preparar para o que estar por vir. Ela saiu do trem e nem olhou pra mim, conclui que ela deve estar bastante enjoada com isso tudo. Sou rapidamente dirigido a uma sala onde sou logo recepcionado por um grupo, eles estão preparados para a clássica limpeza que eu ainda desconheço. Quando entro sou abordado por uma garota super eufórica que despeja palavras. - Olá garotão, sou Trivia e este é Somnus, seremos sua equipe de preparação, okay, então tira essa roupa rapidinho pra a gente fazer nosso serviço...Fiquei meio assustado com a naturalidade como ela falou, e vagarosamente fui tirando a roupa, ela sorria o tempo todo e Somnus já prepara algumas gosmas pra fazer algo que ainda n sei. Trivia me senta em uma cadeira e com uma gilete começa a ir raspando minha barba um pouco rala enquanto Somnus passa o creme no meu corpo para (de acordo com ele) preparar para os próximos passos. Domnus então falou. - Meio calado você. O que houve?Era incrível como Somnus era o posto a Trivia, ele era totalmente calmo e falava lentamente, como se a qualquer momento pudesse mudar a frase. - É que ainda não me acostumei com isso tudo, parece tão ... irrealTrivia pareceu cair numa nova realidade. - Aproveite essa irrealidade, logo ela acaba.Senti que o clima pesou e fiquei com medo. Somnus me socorreu. - Não assuste o garoto, Trivia, vá preparar o banho dele.Ela se afastou para buscar algo e ele continuou. - Ela começou a pouco e edição passada se apegou ao garoto que cuidamos, o garoto do 4, mas logo ela se acostuma com tudo aqui.Depois desse momento terrível, resolvi ficar calado e passar pelo processo. Até que a Trivia voltou. - O banho está quase pronto, enquanto isso, tive uma ótima ideia de corte para ele.Fico até com medo, mas não tenho escolha a não ser esperar o que vai sair. Trivia pega diversos objetos com laminas afiadas e começa a "brincadeira", logo que terminam eu percebo que não mudou muito, mas deu um certo ar melhor. - Caramba, ficou muito bom Trivia!Trivia sorri pra mim e volta ao alto astral de antes, isso é bem reconfortante pra mim, então ela me dirige até o banho, e antes de quando estou preste a entrar, me retenho e falo. - Somnus, e esse creme que você passou?Ele olha pra mim sorrindo e depois percebe que estou falando a verdade quando mostro estar em duvida. - Isso é um creme de preparação para a pele, pode deixar sair na água.Tomo meu banho e volto, lá começo a ser maquiado, ou melhor, pintado, Trivia e Somnus começam a passar uma tinta transparente em mim, não sei exatamente o que é aquilo, mas fico de boca calada, quem sabe onde podem despejar a gosma se eu reclamar?! Depois de terminado, eles ficam com secadores secando a gosma e depois recebo um roupão e sou enviado para outra sala. Chegando lá encontra uma loira, incrivelmente bonita e nem um pouco padrão capital de bizarrice, isso realmente me surpreende. - Olá, sou Vênus, sua estilista, tira esse roupão por favor, preciso ver seu corpo pra fazer os ajustes finais da roupa.Okay, a galera aqui é bem soltinha pra variar, tiro ele e a Vênus se aproxima de mim, ela está usando um vestido vermelho de couro superjusto e vai me olhando de cima a baixo e passando a mão e os dedos enquanto analisa todo o meu relevo, fico morrendo de medo de isso tudo acabar fazendo surgir um novo relevo, até que ela se vira e vai em direção a uma porta. - Ufa!quando ela sai de lá está com um monte de peças de roupa, ela vai até a mesa e aperta um botão, a porta atras de mim se abre, entram então dois rapazes em silencio, um de cabelo e roupas vermelho e outro de cabelo e roupas azul, eles começam a pegar as milhares de peça de roupas e a montar sobre mim, me senti como um dos esqueletos de maquinário que vi quando visitei uma das fabricas do distrito 3, eles iam montando todas as peças por cima do aparelho para no fim termos um radio ou coisa do tipo. Quando toda a montagem estava terminada, ela me entregou um aro e me apontou o espelho, eu me dirigi até lá e vejo meu novo visual enquanto escuto as instruções. - Esse disco é a bateria e o controle de suas roupas, deixe ele no piso da biga e quando o desfile começar, pise, a luz branca vai acender, é o sinal que está tudo funcionando. Na hora do Gran Finale, pise de novo, a luz vai ficar azul e o show vai começar, entendido?Alerta a tudo, responde. - Com toda a certeza Vênus.Ela se aproxima de mim e sussurra no meu ouvido. - Até a prova da roupa da entrevista, e te garanto que vai ter muitas outras medidas para tirar.Fico envergonhado com o ataque verbal e saio imediatamente, sinto a roupa incomodando, mas aquele olhar devorador incomoda mais, me dirijo imediatamente para a sala de espera. Após tanto esperar, somos chamados, eu e Olivia subimos na nossa biga, piso no disco e os veios de nossas roupas se iluminam e para minha surpresa, varios veios semelhantes se iluminam no corpo dos cavalos que conduzem nossa biga - UauOlho para o rosto de Olivia e ela também está surpresa, mas dai percebo que aquela biga não tinha rodas, como ser conduzidos por ali? Não tínhamos tempo para pensar, tivemos apenas que confiar que daria certo e entrar. Os cavalos começaram a correr e quando menos esperávamos, senti-me deslizando sobre a terra e não sendo arrastado, olhei para o lado e percebi que a biga era toda encouraçada, assim como nossas roupas, mas tinha alguns flashs iluminados em diferentes pontos, que se alternavam, me lembrando circuitos que enfeitavam diversas partes do D3, e mais abaixo, uma luz, não, rodas, as rodas da biga haviam surgido, mas eram feitas de um material diferente que pareciam feitos totalmente de luz, fico fascinado. Quando levantei a vista, vi aquela multidão, uma voz soou na minha cabeça. Sorria e acene para a multidãoEra James, foi um dos conselhos que consegui tirar dele antes de partir, então senti algo segurando minha mão, virei pra o lado, era Olivia, ela sorriu, pelo visto gostando da brincadeira, então ela puxou minha mão para cima e ficamos de mãos erguidas enquanto terminávamos o percurso. Nesse meio tempo percebi que estávamos brilhando também e um flash me veio a mente, Somnus e Trivia passando aquela tinta gosmenta e invisível, quando finalmente paramos, lembrei da frase de Vênus e pisei no disco. Escutei uns barulhos ao meu lado e quando olhei para Olivia, ela estava com um top e uma bermuda, tudo revestido por chips de vario tamanhos e formas, mas todos brilhando como diamantes, olhei para mim e pude ver minhas mudanças de roupa, aquela roupa colada havia se rasgado quando algo interno a forçou, apesar de a roupa ser tão leve quanto a anterior, eu agora vestia um colete aberto com o tórax exposto e uma bermuda bem folgada nas pernas, tudo revestido por chips idênticos ao da roupa da Olivia, o que me deu uma animação, já que agora eu sabia que podia me mover tranquilamente. Olhei ao redor a euforia dos que estavam nos olhando e parafraseei a Vênus. - O show vai começar!
Última edição por John Doe em Sex Jan 16, 2015 2:44 pm, editado 1 vez(es) | |
| | | Alex Bernhardt
Mensagens : 67 Data de inscrição : 30/10/2014 Localização : Distrito 9 Jogador : Katherine Figlie Macedo
| Assunto: Re: O Desfile de Tributos Sex Jan 16, 2015 5:49 am | |
| Alex Bernhardt Estávamos dentro do trem quando senti a velocidade diminuindo e luzes brilhantes entrarem pela janela. A Capital! Tão exótica como na TV, mas realmente toda aquela produção tinha seu charme quando visto ao vivo! Chegamos ao edifício da Capital e nos levaram diretamente para a sala de preparação, onde iriam nos apresentar a nossos estilistas. - Miranda, prazer em conhecê-lo Alex.Obviamente ela já sabia meu nome. A essa altura Panem toda já tinha ouvido sobre mim. - O prazer é todo meu, Miranda.Eu realmente esperava uma pessoa totalmente diferente. A começar pelo nome: Miranda é muito comum para alguém da Capital, e sem falar em sua aparência. OK, ela removeu completamente as sobrancelhas dando a ela uma expressão diferenciada, e aquela pele totalmente pálida resplandecia em contraste com seu cabelo preto, mas ela não usava maquiagem alguma em seu rosto. Isso era uma novidade! A diferença estava em sua roupa. Ela usava um biquíni tomara que caia feito de folhas (como retratavam Adão e Eva para crianças nos livros de História Antiga) e acima disso um vestido de um tecido completamente transparente. Eu bem que poderia confundi-la com um tributo se eu não soubesse que ela era minha estilista, no desfile. - Antes de mais nada, me conte um pouco mais sobre você. Quais eram seus sonhos, suas ambições e tudo o que você quiser me contar. Tenho muitas ideias na cabeça, desde que vi você na colheita e o modo como olhava para aquela menininha, aquela que foi substituída, creio que sua irmã, não é?!Andie. Eu estava evitando pensar nela desde que saí do D9, mas sabia q era inevitável. Uma dor me passou pelo olhar e sei que Miranda percebeu, mas mesmo assim continuei muito educado e respondi. - Não gostaria de expor minha família se não houver necessidade, prefiro não tocar nesse assunto, mas sim, era minha irmã.E então contei a ela como eu ganhava a vida e o que eu esperava do meu futuro. - Ótimo! Você se encaixa perfeitamente no meu mais novo modelo então! Elegante, clássico e rústico ao mesmo tempo! Adoro a atmosfera do seu distrito garoto!E então Miranda chamou sua equipe de preparação, eles me mandaram tirar a roupa e não tive muitos problemas com isso, afinal eles nem estavam ligando também. Conversavam comigo como se eu estivesse completamente vestido. Mas eu senti um leve desconforto quando ficaram em silencio olhando para o meu corpo. - Hum... Boa estatura, boas proporções, mas sem muita definição não é? – comentou uma das mulheres. - Daremos um jeito.- Seus pelos não crescem muito uniformes também, olhem essas falhas! Sem falar nessa crosta em baixo deles! – comentou a outra. Fui colocado em uma maca onde eles me esfolaram por inteiro. Diziam que era um processo de esfoliação, mas eu encarava como se eu estivesse sendo arrastado pelo chão terroso de meu distrito, preso a algum animal de grande porte. Estava saindo camadas e mais camadas de minha pele! Eu já estava todo vermelho e sensível, quando então decidiram colocar um liquido viscoso e quente em meus pelos. Chamavam isso de depilação e em um segundo arrancaram aquela pasta já endurecida puxando juntamente meu pelos e soltei um grito! Eu realmente não estava esperando por aquilo, mas nas repetições seguintes consegui me segurar e somente lacrimejar sem gritar de dor. Eu não sabia o quanto poderia ser dolorido e fiquei imaginando por todos os processos que o pessoal da Capital se dispunha a passar para ficarem daquele jeito estranho. Eles retiraram todo o resto de barba malfeita que eu tinha com uma navalha, e eu estava imóvel com medo de me machucarem, mas as mãos daqueles preparadores eram muito certeiras no que faziam, e também apararam meus cabelos. Quando uma das mulheres colocou o mesmo liquido viscoso em meu rosto na região da minha sobrancelha eu gelei e achei que iriam fazer o mesmo estilo de minha preparadora! Mas então elas começaram a gargalhar vendo minha expressão e já disseram: - Relaxe, só estamos limpando um pouco seu rosto.E começaram a fazer uma maquiagem, onde na verdade só pintaram certos contornos, deixando meu rosto mais quadrado e másculo. Com bases e corretivos uniformizando as manchas de sol que o D9 havia me proporcionado. E então me vi no espelho, nu, com pele de bebê, cara “limpa” e cortes e formas tão perfeitos para meu formato de rosto que eu parecia ter saído de algum outdoor da Capital! Miranda veio com a minha roupa (que não tinha uma parte transparente e me fez respirar mais aliviado). Eram muitas peças na verdade, mas todas muito elegantes. Me vestiram inicialmente com uma camisa preta social e uma calça combinando. Tão justas e perfeitas que pareciam ter sido moldadas exatamente pro meu corpo. Só com isso eu já estava me sentindo incrível pois nunca tinha usado peças de um tecido tão fino e delicioso ao toque. Meu cinto era marrom, cor da terra e então veio a gravata. De um amarelo alaranjado cravejado de.. grãos e trigos, mas tão perfeitamente mesclados que se olhasse sem atenção só veriam um tecido texturizado. Acima deles um colete. Uma mistura em degradê do marrom terroso do distrito, com um laranja e ao mesmo tempo que vesti, percebi que era o mesmo tom alaranjado do por-do-sol refletido nos campos. E então veio o paletó. Uma peça que misturava simplicidade, com elegância e com... casa! O paletó era de um dourado lindo! O dourado do sol ao meio dia, e em uma das mangas havia detalhes de trigos colados, bem como em uma das partes da frente e costas. Era um traje social que representava o preto da parte urbana do distrito e das fábricas escuras, com a liberdade e rusticidade dos campos de grãos e trigos. Do sol a pino, refletido em nossas plantações. Um traje com uma complexidade de sentimentos e estética simplista e perfeita. Eu estava ligeiramente assustado que Miranda poderia me enfiar em trajes exuberantes demais, exóticos demais (como o dela), mas pela nossa conversa vejo que ela conseguiu captar toda a nossa essência. Isso me reconforta e eu agradeço Miranda com um abraço apertado e um beijo em sua mão. - Ah, quase me esqueço – Miranda fala. – Um último detalhe!Então ela prega em minha lapela quatro raminhos de trigo tão delicados! Assim como na minha gola, duas jóias de trigo, para simbolizar meu distrito e dar um toque luxuoso. - Deseje-me sorte no desfile! Mas se for depender somente da roupa eu já estou no páreo!E dou uma piscadinha pra minha equipe de preparação que me olha com olhares de missão cumprida e gratidão pela minha educação (mesmo nos momentos mais doloridos). * * * Chegamos ao momento tão esperado, e vejo Valentinne vindo em minha direção. O vestido no mesmo tom de dourado caiu tão bem nela. Combinou perfeitamente com sua pele e por um momento fico sem palavras de tão deslumbrante que eu a vejo. Olho de relance para os outros tributos e vejo trajes espalhafatosos em excesso. Me passa um certo receio e falo para Miranda. - Nós não estamos chamando tanta atenção quanto eles não é?Então ela me fala: - É na simplicidade que se encontra a beleza verdadeiro, Alex. A beleza e as qualidades.E percebo que ela está fazendo com que eu seja o verdadeiro Alex, me concentrando em minhas virtudes antes de entrar na Arena. Já que eu sei que tenho inúmeros defeitos. E pode ser essa simplicidade e verdade que atraia os patrocinadores. Elegância e educação definiam o que eu era nesse momento. Eu e Valentinne subimos na carruagem que também estava decorada com grãos e então o hino começa a soar. Somos a nona carruagem, e então quando começamos a andar o tecido de nossas roupas emanam um reflexo tão lindo e tão simples que sim, eles nos notariam! Senti uma enorme salva de palmas, alguns gritos. Ouço “Alex” e sei que os habitantes olharam meu nome para poder torcer por mim, pelo menos nesse momento da competição. Retiro da minha cabeça a maior partes dos pensamentos negativos que tenho e me concentro em minha personalidade. Sempre educado. Beijo a mão de Valentinne e me viro cumprimentando á plateia também. Escuto os gritos aumentando, então sorrio, distribuindo minha “alegria” a todos da Capital! Aceno firmemente e agradeço por ver um close do meu rosto no telão, pois ninguém está focando em minhas pernas completamente trêmulas. Nossa carruagem para e o Presidente começa seu discurso. | |
| | | Alpha Malloch
Mensagens : 140 Data de inscrição : 31/10/2014 Localização : Distrito 6 Jogador : Joana Otero
| Assunto: Re: O Desfile de Tributos Sex Jan 16, 2015 3:35 pm | |
| ALPHA MALLOCH Assim que chegamos na Capital somos recebidos por uma legião de pessoas estranhas e histéricas. Minha primeira reação seria virar as costas e levar a minha mão à cara, mas o olhar torto de Athena me obriga a que cumprimente o público com um sorrisinho. Não sei o que seria pior, continuar fechado neste comboio com esses três mais a irritante da acompanhante da Capital ou sair daqui e entrar noutro tipo de Inferno. Mas não tinha outra opção.
Felizmente, a nossa acompanhante rapidamente nos leva até às salas de preparação, pelo que não tenho que aguentar muito tempo perto desses loucos. Ou de Athena. Finalmente, um tempinho de descanso para mim...
* - Olá! - Oi, Alpha! - Bem vindo à Capital! *
Ou talvez eu estivesse bem enganado.
Assim que a porta atrás de mim se fecha, sou abordado por três criaturas. Certo, a minha equipa de preparação...
Retribuo o cumprimento com um revirar de olhos. A garota do meio solta uma risadinha que esconde com a mão, antes de olhar para o homem à sua direita com as suas pestanas extremamente longas. A mulher era pequena, demasiado pequena, tal que se tornava engraçado ver ela olhando assim para o rapaz. - Ele é mesmo como nos disseram que ele era, - ela comenta, dando outra risadinha. - Hey! O que é que quer dizer com isso? - me queixo, quando o homem e a mulher que rodeavam a baixinha me seguram pelos braços e me fazem sentar numa maca.
A pequena segue os outros dois e trás um banquinho com ela, no qual ela se mete em cima para me analisar em cima da maca.
- Escuta rapaz, não vale a pena ficar de mau humor connosco. Só estamos aqui para ajudar. - Ela comenta, com um instrumento estranho na mão. Quase lhe dava um ar ameaçador. - Agora tira a roupa.
Fico olhando ela pasmado, mas automaticamente obedeço. Estava vestindo uma camisa branca e umas calças escuras com suspensórios, que me atrapalho um pouco a tentar retirá-los. Não me sentia nada à vontade com isso, pior quando a minorca me empurra para trás fazendo me deitar na maca, antes de me começar a depilar.
- Porra! Não tem como ser mais gentil!? - exclamo.
- A vida não é para ser gentil, meu rapaz - ela responde, sem perder o foco. - Até a beleza tem o seu preço.
Oiço o homem dando uma risadinha tão estranha que tenho que me conter para não me rir na cara dele.
- Ah, verdade - a baixinha continua - esse aí é o Davu, a outra é a Avra, e o meu nome é Nova. Prazer.
- Tá bom. - respondo, sem entusiasmo. Nomes estranhos para condizer com as personalidades e aspetos estranhos. Nada que não esperasse.
- Vá, se levante. Upa! Agora o Davu vai dar um banho em você. - ela diz, com uma risadinha.
- Porquê ele!? - exclamo. - Quer dizer, porquê alguém? Sei muito bem tomar banho sozinho, obrigado. - Retiro a toalha da mão de Nova, quando Davu se mete à minha frente, com aquele sorrisinho idiota.
- Querido, você não faz ideia de como os banhos na Capital funcionam. - Ele pisca o olho, liderando o caminho. - Acho que nem quero saber. - contesto.
- Não tem outra opção. - O olhar de Davu vira sério por um segundo, antes de ele me virar as costas e começar a pressionar uma combinação de botões com uma precisão espantosa. - Para dentro.
Olho para ele com ódio em meus olhos antes de entrar para dentro da banheira, uma perna de cada vez. - Substimando os banhos da Capital... tsk tsk. - Ele abana a cabeça de um lado para o outro, enquanto me esfregava o cabelo. - Costuma ser das coisas que os Tributos mais gostam por cá. Você não deve ser muito feliz não.
- Pudera, meu sonho sempre foi participar nos Jogos Vorazes! - Falo com sarcasmo, quando sinto um pouco do produto entrando no meu olho. Juraria que fosse de propósito.
*
Assim que Davu acaba o seu trabalho, Avra me enrola em uma toalha enquanto que Nova observa de longe, com aquele olhar atrevido de criancinha.
- Agora Davu o levará para conhecer Mirka, a sua estilista pessoal. - Avra fala, me analisando de cima a baixo. - Nos vemos muito em breve, Alphie! - Nova comenta, com um aceno de mão. As suas palavras me dão um aperto no coração. Só a minha mãe me chamava isso.
*
Davu me conduz por um longo corredor e não se cala por um segundo. Ele fala que sonha em que um dia ele próprio seja um estilista profissional, e que aprende muito com Mirka. Eu já não podia com esse moço à minha frente, e o facto de ter apenas uma toalha me tapando me deixa extremamente desconfortável.
- Aqui estamos! - Fala Davu, com a sua longa franja tocando nos seus lábios. Ele quase que engole alguns cabelos e se atrapalha.
- Prazer, Alpha. Já ouvi falar muito de si. - Mirka fala com uma voz serena. Ela era quase mais alta que eu, com os cabelos loiros demasiado compridos e algumas madeixas púrpuras, combinando com a cor estranha dos seus olhos.
- É, eu também, graças aqui ao artista - reviro os olhos, apontando para Davu. Ele dá uma risadinha histérica, que me faz voltar a atenção para Mirka. Reparo que ela tem uma cinta em volta ao pescoço, com uma roda típica do Seis como adorno. Reparo em muitas peças semelhantes espalhadas pelo chão da sala.
- Pode ir agora, Davu. - Ela fala, fazendo Davu fazer um grunhido de descontentamento antes de sair da sala. - Então, Alpha... vamos ao trabalho? - Ela vira as costas, se dirigindo a um compartimento da sala. - Já percebi que você não está muito contente com isto tudo. Eles fazem uma festa que faz parecer isto ser algo agradável, não é? - ela ri, ao voltar a atenção para mim já com o meu traje na mão.
- Droga. - Comento, ao olhar para aquela aberração. Nem morto iria vestir essa coisa.
- Alpha, aqui na Capital eles dão muita importância para a aparência e personalidade de um Tributo. Parece ridículo, mas é tão importante como manejar bem uma arma... E para te ser sincera, se continuar assim, você não vai muito longe.
Mas porque todos me falam isso!? Minha vida já era uma merda antes de vir para aqui, e agora que estou à beira da morte eles esperam de mim sorrisinhos e simpatia!?
- Então, vai cooperar ou não? Só estou aqui para ajudar você...
- ...Tá. - Respondo, virando a cara para o outro lado.
*
O traje era extremamente elaborado e... pesado. Demasiado pesado. Minha mente questiona como alguém tão fraquinha que nem a Athena ia aguentar vestir uma coisa dessas. A camisola principal e as calças eram extremamente grossas, feitas com o material com os quais fazemos os pneus lá no Seis. Por dentro estava revestido em licra, o que o tornava mais agradável de vestir, mas não ajudava nada com o peso. Entre os cotovelos, duas peças de metal dourado encaixavam, prendendo uma roda da mesma cor e material aos braços. Por dentro do torso, duas abas saiam para fora, numa primeira camada feita de cabedal preto que prendia mais duas rodas douradas aos ombros e com uma camada superior imitando o asfalto das estradas. Ao redor da cintura me colocaram um cinto castanho, cheio de bolsas como as que usamos para guardar ferramentas. No centro do cinto, uma roda enorme servia como fivela. Sentia o peso aumentando cada vez mais, à medida de Mirka trazia mais e mais peças que complementavam o traje. As botas eram também imitando asfalto, com acabamentos feitos com o metal dourado. Nas laterais estavam duas rodas conectadas uma à outra, que rodavam e tudo. Ao trabalho que estes se dão...
Mirka coloca uns óculos de aviador ao redor do meu pescoço, feito com o metal dourado, e um lenço castanho do mesmo tecido que o cinto. Depois, uma capa preta e pesada, que me caí pelos ombros. Essa mulher queria dar cabo de mim, só pode. Ela volta mais uma vez para o compartimento, trazendo um chapéu e umas luvas, ambos do mesmo castanho que o cinto e o lenço. As luvas estavam adornadas com umas setas apontando as direções, imitando uma bússola, também no material dourado. O chapéu tinha as mesmas flechas, para além de também ter duas rodas ligadas completamente funcionais.
- Prontinho - ela fala, com um sorriso. - Veja só como você está lindo. Custou muito, senhor mal disposto?
Reviro os olhos. - Bem que o material poderia ser mais leve, né. - comento.- O... obrigado. - hesito, olhando para ela. Não podia ignorar o bom trabalho que ela fez, apesar de continuar achando isso tudo uma grande palhaçada. - Vai lá. E não se esqueça de sorrir para o público.
*
Athena vestia um fato bastante semelhante ao meu, mas designado para uma garota. Ela ficava com um ar engraçado dentro de uma coisa tão pesada.
- Vê lá se não sufocas. - provoco. Vejo Otillie do outro lado da sala de espera, e sinto que lhe devia dizer algo. Que parvoísse, Alpha! Ela parecia algo triste... mas ah, não é da minha conta. Hesito um pouco antes de olhar de novo para ela, acenando com a cabeça em sinal de aprovação. Ela não parecia ter muita fé em mim, mas eu iria acabar por lhe provar o contrário.
Subo para a carruagem depois de Athena. Com fatos tão pesados, não era uma missão muito confortável, principalmente tendo em conta que teríamos que ficar em pé o tempo todo.
A nossa carruagem parte logo a seguir à do '5. Somos recebidos por tipo, a minha equipa de preparação multiplicada por milhares. Um pesadelo, portanto. "Não se esqueça de sorrir para o público", oiço a voz de Mirka em minha cabeça. Você não vai muito longe.", "Você não vai passar do seu prato de metal assim, "não admira que os mentores estejam investindo em mim visto que você é tão chato."
Quase levo as minhas mãos à cabeça, se o peso do chapéu não mo impedisse. Eu precisava fazer boa figura... sinto os meus dentes ranger, ao tentar sorrir para o público. Eu nunca conseguia sorrir decentemente, sempre parecia um sorriso matreiro ou torto. Talvez eles fiquem com a ideia que eu sou mesmo assim...
Tento não olhar diretamente para Athena. Ela era boa com o público, minha tendência seria para imitar os gestos dela. Mas sem dar nas vistas, era impossível. Ergo minha mão para cima, acenando para o público com o meu sorriso torto estampado. Consigo ver minha imagem passando num dos ecrãs erguidos nos postes. Nossa, como eu era terrível nisto...
Mantenho a postura - costas direitas, sorrindo e acenando para o público, não me mostrando submissivo. Eu não posso fingir que sou fofo e adorável porque não sou. Talvez seja mesmo uma pessoa detestável. Mas detestável o suficiente para perceberem que não deixarei qualquer um tirar a minha vida assim. Quando vejo que a carruagem está parando, me inclino para Athena delicadamente, com os olhos fechados, beijando a delicada pele atrás da sua orelha. Volto a me endireitar, ignorando a reação dela, fingindo prestar atenção no que o Presidente tem a dizer.
it doesn't matter cause my eyes are lying and they don't have E M O T I O N don't wanna be social, can't take it when they hate me but I know there's nothing I can do | |
| | | Athena Vandyke
Mensagens : 111 Data de inscrição : 29/10/2014 Localização : Distrito 6 Jogador : Joana Vaz-Rato
| Assunto: Re: O Desfile de Tributos Sex Jan 16, 2015 8:05 pm | |
| ATHENA VANDYKE Quando chegamos na capital somos recebidos por uma comitiva de gente estranha. Já tinha visto as pessoas da Capital na televisão mas assim de perto ganham uma estranheza nova. Vejo a cara de emburrado do Sr. Sorrisinhos e não consigo evitar lhe mandar um olhar torto. Eu aceno para as pessoas e reparo depois que Alpha começou a fazer o mesmo. Finalmente entendeu?
Pouco depois somos separados e três novas pessoas estranhas. Duas mulheres e um homem. Todos com roupas berrantes.
-Ora viva. - Digo com um sorriso de falsa timidez.
-Olá, querida. - Responde uma das mulheres. - Meu nome é Hanoko, ela é a Milena, e ele é o Vance e nós vamos fazer você brilhar. -Ela completa num tom dramático.
-Muito bem. .. muito obrigada. - respondo me sentando na maca. À ordem de Vance para eu tirar a roupa hesito um pouco.
-Temos que começar o processo de embelezamento. -ele explica num tom leve.
Eu obedeço e deixo eles fazerem o que têm a fazer. Mesmo que seja um nadinha doloroso. Apesar de estranhos eles são carinhosos o que torna a situação mais leve e até suportável. Depois de um banho meticuloso dado por Milena sou levada para outra sala onde conheço meu estilista. Lavon. Ele me olha de cima a baixo o que me incomoda bastante. Mesmo sendo um olhar clínico é desconfortável.
-Você não tem nada com que se preocupar, seu fato vai lhe acentar como uma luva.
O fato era lindo mas para além de complicado e pesado era super apertado. Começou por um corpete para manter meu peito firme e levantado. Estava apertado e quase não dava para respirar. Por cima colocaram uma camisa do mesmo material que são fabricados os pneus, com uma roda dentada dourada em cada cotovelo, preso com duas peças da mesma cor que enrolavam à volta do braço, bem como duas rodas também no lugar das ombreiras. A camisa tinha uma gola aberta até meio do peito que fechava com três peças douradas que mal davam para esconder meu peito. À cintura tínhamos um cinto feito cinto de ferramentas com uma roda dentada na vez de fivela. Tinha depois uma espécie de saia do mesmo material que a camisa que era aberto à frente, desde o cinto e deixava minha perna direita exposta. Pouco acima do joelho tinha outra roldana e na perna coberta também, mais na zona da coxa, parecia ser mais um acessório provocante que outra coisa. Para completar, umas botas quase até ao joelho, de salto alto, com um mecanismo da frente do pé ao calcanhar. Tudo para meu conforto...
Falando de conforto, ainda tinha um chapéu com uns mecanismos iguais aos do resto do fato, e tal como esses também mexiam.Tudo bonito mas tudo pesado. E horrível de usar.
Após uma conversa "animada" com Alpha vamos para as carruagens. Os cavalos são lindos e fazem um ótimo trabalho. Aceno para a plateia com o meu melhor sorriso. Que me adorem. Que me amem e que não me queiram morta.
Antes dos cavalos pararem Alpha me da um beijo atrás da orelha. Então ele já entendeu mesmo! Agora o garoto do 6 está jogando. Sorriso matreiramente e lembro aquele acessório largado na minha perna que ninguém vê. Parecia estar preso com íman então solto rapidamente e ponho no bolso do cinto dele. Vamos brincar, Malloch?
Última edição por Athena Vandyke em Dom Jan 18, 2015 7:54 pm, editado 1 vez(es) | |
| | | Valentinne Valerious
Mensagens : 74 Data de inscrição : 30/10/2014 Localização : Distrito 9 Jogador : Beatriz Cerone
| Assunto: Re: O Desfile de Tributos Sáb Jan 17, 2015 10:31 pm | |
| Valentinne Valerious Estou deitada no sofá quando sinto o trem parar, meu corpo começa a tremer e eu me levanto olhando pela janela. Há tantas pessoas ali que eu mal consigo contar, vários tipos de cabelos, vários tipos de roupas e penteados estranhos. Uma mulher parecia uma salame amarrado, mas um salame colorido e luxuoso. Nos levam para o edifício da Capital e uma mulher de cabelos roxos me puxa pela mão, me oferecendo um sorriso amigável, eu retribuo.
— Olá, Valentinne! — Ela diz animada. — Eu serei estilista, meu nome é Nala. Venha, vamos para a sala de preparação, eu mal posso esperar para trabalhar em você!
— Tudo bem. — Respondo um pouco confusa. Nala é tão animada que acho que isso pode se tornar um pouco divertido. — Vamos lá.
Assim que chegamos na sala de preparação três pessoas ficam na minha frente, me analisando sem dizer uma única palavra. Fico um pouco constrangida e aperto uma mão na outra.
— Pessoal, vamos nos concentrar! — A voz doce de Nala parece chamar a atenção. — Lavem-na e façam todo o o procedimento.
Estou um pouco entretida com as coisas e me assusto um pouco com o que minha estilista fala. Ela parece notar e pega na minha mão, alisando-a com o polegar.
— Fique calma, Valentinne. Ninguém aqui irá causar nenhum mal a você, queremos apenas deixá-la mais bonita para que impressione a Capital. Você já é uma pessoa boa, com as roupas e maquiagem certas irá se tornar perfeita. Não se acanhe, vou pedir para que apenas Faye cuide de seu banho. — Ela estende a mão para uma ruiva e a mesma se aproxima. — Tome conta dela, depois de limpa traga-a para mim.
Faye me conduz até uma maca, na qual me sento e a fico olhando.
— Preciso que se dispa para eu lhe dar um banho. Seu tom é calmo e não me sinto tão envergonhada. Balaço minha cabeça em sinal afirmativo e faço o que ela manda, logo me deito, sei que a maca é especial para banhos pois bem ao seu lado encontra-se vários sabonetes, hidratantes, shampoo, condicionador e outras coisas estranhas. Ela pega um chuveirinho com o fio longo e fecho os olhos sentindo a água quente escorrer pelo meu corpo. A sensação é tão maravilhosa que todos os meus músculos relaxam. Sinto suas mãos em meus cabelos, massageando-os cuidadosamente.
— Eu agora irei te depilar nas pernas e em outros lugares que prefiro não citar, você pode ficar de olhos fechados se quiser...
— Eu quero, por favor.
A sensação é realmente estranha e, tem vezes que chega a doer, mas para a minha felicidade tudo acaba e Faye pede para eu levantar. Ela seca meu corpo e me entrega um roupão branco, eu o coloco e lhe dirijo um sorriso.
— Obrigada, Faye.
— Você vai ficar magnifica, Valentinne.
A ruiva me conduz até Nala novamente, a estilista dá um sorriso e bate palmas alegremente. Ela vem até mim e desliza a mão pelo meu rosto, pega meu queixo de maneira amável e vira um pouco meu rosto, deixando-me de perfil.
— Magnus, olhe para ela. Faça algo que combine com o meu magnifico trabalho. Realce os olhos e os lábios. Já dos cabelos, acho que você entende melhor.
O homem que julgo ser Magnus se aproxima e sorri. Ele tem cabelos pretos e olhos castanhos. O maquiador pega no meu queixo e eu coro um pouco com o ato, mas não deixo que meu rosto esboce nenhuma reação. Depois ele desliza a mão para o meu cabelo, enrolando um cacho em seu dedo indicador.
— Calada, Nala. Você é responsável pelo vestido e eu pela maquiagem e cabelo. Vou fazer aquilo que eu julgar ser bom, agora vá terminar os últimos detalhes e me deixe trabalhar.
— Como queira, Limãozinho.
Magnus me guia até uma cadeira e começa o seu trabalho. Primeiramente ele seca o meu cabelo e depois passa algo cremoso que eu julgo ser um tipo de modelador, após isso começa a moldar cachos definidos em meu cabelo, noto que ele tem toda a paciência do mundo. Depois pega um apetrecho de cabelo com três penas douradas, o tom me lembra um pouco o trigo, só que mais brilhante. Coloca-o em minha cabeça e ajeita os cachos um pouco amassados pelo processo.
— Vou começar a maquiagem. — Anuncia.
Acessórios com cerdas macias tocam o meu rosto delicadamente, alguns chegam a fazer cócegas de tão finos. Reparo que o rosto de Magnus é bem fino e seus olhos são grandes, seus cílios então, é melhor nem comentar. Ele passa uma sombra dourada em minhas pálpebras deixando meus olhos mais chamativos. Sinto algo molhado deslizar pelo meu rosto, porém mantenho meus olhos fechados para ajudá-lo no processo.
— Pode abrir os olhos, Valentinne.
Sigo o seu comando e abro os olhos, há contornos dourados em meu rosto, não tão exagerados para a minha felicidade. Viro o rosto olhando o outro lado e sorrio para Magnus.
— Ficou perfeito! — Exclamo.
— Quero uma coisa graciosa, você ficará perfeita com o vestido que Nala criou. Logo logo ela estará aqui. — Ele começa a recolher as ferramentas. — Boa sorte, Valentinne.
— Obrigada por tudo, Magnus.
Nala aparece assim que o maquiador deixa o local, ela sorri ao me ver e pega nas minhas mãos. Isso está se tornando uma mania.
— Você está uma gata, aposto que muitos irão te dar patrocínio, se você estiver com o meu vestido, é claro. — Sua expressão fica séria. — Está pronta para ver minha obra prima?
— Quando você quiser. — Murmuro.
Ela chama um homem e uma mulher, em suas mãos está o meu vestido. Abro a boca em um perfeito "o", fico ansiosa para sentir o seu tecido em minhas mãos e corpo, Nala parece perceber isso e pede que eles tenham pressa.
— Tire o roupão que iremos ajudar a colocá-lo no corpo.
Faço isso e eles pedem que eu estenda os braços para cima, aproximam-se e sinto o vestido deslizar em seu corpo. É muito macio e suave. Após a veste entrar eles começam a arrumá-la cuidadosamente. Nala apenas observa com os olhos marejados. Quando eles param caminho até o espelho em passos lentos, minhas mãos tremem ao ver meu reflexo no espelho. O vestido é de alças com um pequeno decote nos seios, o tecido gruda um pouco na minha cintura, mas solta-se logo abaixo, formando um caimento perfeito. Ele é dourado com detalhes em linha reta na cor preta, há uma pequena cauda para o lado esquerdo. Sorrio e giro o meu corpo observando o movimento do vestido.
— Acho que alguém gostou da minha obra prima! — Ouço a voz de Nala atrás de mim.
— Eu simplesmente amei!
— Feche os olhos, falta um detalhe.
Faço o que ela pede e sinto algo pinicar levemente minha pele, depois algo rodear a minha cintura e quadril, para logo ir para baixo. Sinto algo gelado se fechar em meu pulso esquerdo.
— Pode abrir os olhos, Valentinne.
Abro-os e encontro um caminho de grãos pelo meu corpo, todos unidos desde um pouco acima do meu braço até o fim da calda do vestido. Olho para Nala sorrio.
— Está perfeito. — Digo sinceramente. — Fico feliz em usar sua obra prima, espero que as pessoas apreciem o seu trabalho assim como eu o faço. Obrigada, Nala.
— Nhaaaaaaaaw! — Ela praticamente mia. — Isso foi lindo! Agora só falta você calçar os sapatos e ir arrasar. Tragam os sapatos!
O homem e a mulher voltam com uma caixa reluzente, um deles pega o meu pé e o outro puxa o sapato. Uau. Tem um salto nisso! O sapato é dourado e um pouco aberto na lateral, há tiras que imitam flores de soja, só que na cor dourada. Mantenho o equilíbrio quando os colocam em meus pés e fico feliz com o resultado. Levanto um pouco o vestido observando o salto.
— Você está pronta, Valentinne. — Fico nervosa com essas palavras porque daqui a pouco estarei em frente a Capital.
Respiro fundo e concordo.
*** Depois de falar com dois tributos anunciam que está na hora do desfile começar. Por ordem de distritos os tributos começam a entrar na carruagem, Alex aparece e eu fico um pouco aliava com isso, até que enfim um rosto conhecido que me lembra um pouco de casa. Subimos na carruagem com cuidado para não amassar nossas roupas, enquanto não nos movemos observo a reação de cada tributo. Sorrisos nervosos estão presente nos lábios de alguns, assim como nos meus. Somos a nona carruagem e depois de um tempo ela começa a se mover. Seguro na carruagem e apenas sorrio primeiramente, depois começo a acenar e me divertir com a quantidade de pessoas. Alex pega em minha mão inesperadamente e a beija, eu ruborizo com tal ação e fico olhando-o por alguns segundos. Viro-me e volto a acenar para o público. Nossas carruagens param e o Presidente aparece para dar o seu discurso.
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| | | Garret Lightwood
Mensagens : 24 Data de inscrição : 29/10/2014 Localização : Distrito 7 Jogador : Guilherme Shinji
| Assunto: Re: O Desfile de Tributos Seg Jan 19, 2015 1:13 am | |
| Garret Lightwood Ogilbee
Cheguei a Capital e ouvi os gritos vindos das pessoas coloridas. Não deu tempo pra ter uma reação, pois logo os estilistas chegaram. Acenei para Kali e fomos designados para quartos separados.
- Aqui vamos preparar você para o desfile. Tire a roupa.
Não entendi no começo, mas tirei a roupa do mesmo jeito, mesmo não querendo. É algo vergonhoso ficar nesse estado em frente de pessoas desconhecidas. Prometi a mim mesmo que faria de tudo para voltar para casa e cooperar é uma delas.
Não demorou muito para eu conseguir me vestir. Obviamente era algo que eu não uso frequentemente, mas era algo que Tess gostaria de ver. O estilista disse que posso ser o que quiser no Distrito 7, mas que o visual de um cavaleiro era o melhor em mim. Fiquei perdido na conversa entre o estilista e os ajudantes.
Vesti-me rápido para evitar o excesso de olhar dos estilistas. É uma camisa verde, como se fosse as folhas numa arvore, sem manga rasgadas aonde deveria estar as mangas e a calça marrom com suspensório, ambas com textura de casca da arvore, uma bota de couro, colarinho justo ao pescoço de couro, luva sem as pontas do dedo do meio, indicativo, dedão e por fim uma coroa de folha de louro.
Os cavalos começaram a andar e em poucos segundos estávamos no centro da atenção da Capital.
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| | | Chat'te Clever
Mensagens : 37 Data de inscrição : 03/11/2014 Localização : Distrito 11 Jogador : Caio Silva Cordeiro
| Assunto: Re: O Desfile de Tributos Seg Jan 19, 2015 4:27 am | |
| Chat'te Clever
Os estilistas tinham caprichado em nossas roupas, realmente muito bem captado a essência do nosso distrito, porem parecia meio triste. Tudo parecia meio sombrio e morto. Os detalhes em raiz e vinhas estavam com ar de velhos. Minha roupa parecia um antigo traje de batalha, se não me engano, de um povo chamados "Druidas", algo que encontrei num livro aos meus 13 anos, um livro sobre povos e costumes, estava muito bem cuidado, era um dos meus prediletos, gostaria que eles nao houvessem sidos queimados junto a Casa... adoraria passar aquele conhecimento a frente, agora, não sei mais se poderei... Voltando a pensar na roupa, eu possuía um capuz verde-musgo que também cobria os ombros, ao centro do peito, uma folha seca, com vinhas e raízes que se distribuíam até as costas. Em tom mais escuro ainda, a camisa colada, seguido de uma proteção de couro negro para toda a área do abdômen. Um cinto verde-escuro possuía uma capa na parte traseira e um pano de seus 20 centímetros ao centro do cinto que pendia até meus pés, assim como o povo mencionado antes. Havia também dois braceletes que chegavam a quase meu cotovelo, todo em couro negro. Um luva também me foi dada, em tom verde-musgo, assim como o capuz. Detalhes com vinhas e raízes também saiam a frente do cinto, correndo pelas pernas e parando apenas ao encontrar as botas iniciadas aos joelhos. Eu me sentia a lenda Garret, sempre contada pelos garotos mais velhos da Casa.
Após toda aquela movimentação, conversas, chegou nossa vez, agora poderíamos ser melhor apresentados a todos da Capital. Por mais que ainda houvesse um lado meu gritando contra conta a barbárie que são os Jogos, esses poucos instantes de Cultura ainda existente eram o suficiente para me distrair, não ficar tão tenso e sair do pensamento de possibilidade de morrer na arena... morrer... tão finito... Somos apressados a subir a carruagem, estendo minha mão para ajudar Tess a subir, afinal com seu vestido longo, poderia fazer cair ou algo do tipo, porem ela nem repara no meu ato e sobe sozinha, ok, ela preferia se virar sozinha, isso é bom. Pergunto: - Hey, pronta para brilhar?... bem, brilhar não, isso não é coisa do nosso distrito, mas você entendeu - dou uma risada leve de "que piada ruim, Sr. Clever". Ela responde com um sorriso, o que vi como um motivo para sorrir também. O trompete soa, agora as carruagens vão saindo do patio onde esperávamos. O som das rodas atritando com o chão, o cheiro de cavalo que me era familiar, e num instante, a luz do lado de fora que me fez fechar levemente os olhos, após abrir, vejo uma enorme população da Capital sentados, nos ovacionando e aplaudindo. Eu nunca me senti o mais carismático do mundo, mas sabia ao menos ser simpático, e assim o fiz com o povo nos observando, acenei a eles, era infelizmente emocionante estar ali, mas algo no meu coração me espremia e queria fugir, fugir para viver mais algum tempo, talvez na Capital eu conseguiria alguma resposta sobre meus pais... péssima hora para lembrar disso, Sr. Clever. Olho ao meu lado e ali estava Tess, incrivelmente elegante e bonita, queria elogia-la, mas guardo para mim, ela parecia num misto de surpresa e emoção, até que o momento de nosso efeito especial chega, ela olha para o botão e o aperta, espera por alguma reação, e então, acontece. O vestido da garota tem suas vinhas mortas transbordadas por folhas de uvas, cheias de vida, seu vestido aumenta em proporção as folhas, lindos e suculentos cachos de uvas nascem, e ao atingir seu esplendor, explodem levemente soltando uma linda fumaça vermelha em tom de vinho, eu podia até mesmo sentir esse aroma adorável, que saudade de um bom vinho. Esses efeitos acontecem também a minha roupa, a ombreira do capuz aumenta, se tornando uma capa enorme de vinhas, folhas e uvas. Minha roupa se deteriora novamente, sementes caem ao chão, formando um caminho com novas vinhas vivas, agora eu estava mais leve, o traje de batalha escondido por baixo aparecia por completo, uma roupa negra que se modificava para verde bem escuro, com proteções estratégicas em couro-negro. Eu me sentia pronto para enfrentar qualquer coisa, era o que eu também podia ver no rosto de Tess, um momento inspirador me deu essa coragem de enfrentar o mundo, os jogos, a morte. Eu só precisava guardar essa energia e torna-la infinita.
Todas as bigas chegam a frente do Presidente da Capital, onde iriamos ouvir seu discurso. Os jogos logo vão começar. "Sobreviva" eu me dizia. "Sobreviva, Chat!"
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| | | Kali Singh
Mensagens : 13 Data de inscrição : 29/10/2014 Localização : Distrito 7 Jogador : Pedro Costa
| Assunto: Re: O Desfile de Tributos Seg Jan 19, 2015 4:51 am | |
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KALI SINGH
Hoje é o dia do desfile. Não estou nervosa, nem um pouco....tenho um certo charme e espero chamar a atenção dos patrocinadores.
Minha estilista me leva a uma sala onde há um vestido verde com uma fita marrom, tambem visto lindas motas de couro parecidas com as que tinha lá em casa, porém menos surradas. Minha esquipe de preparação demora horas para fazer meu cabelo. Eles fazem cachos em meus cabelos inteiros e ganho uma mecha verde também.
Quando vejo como estou, já maquiada e tudo mais, chego a me impressionar. Não me sentia realmente bonita há anos, e agora me sinto realmente uma garota de atitude acima de tudo.
O hino começa a tocar e subo em minha carruagem com meu parceiro de distrito. É então que o nervosismo começa, entro na passarela e vejo toda a platéia, jogando rosas e outras coisas para nós tributos. Começo a mandar beijo para eles e sorrir também, mesmo com certa vontade de matá-los. Sinto que os convenci, e então olho para o Presidente Snow, o homem olha para o nada, como se estivesse hipnotizado, e um medo frio se apossa de mim, continuo a mandar beijos para a platéia.
As carruagens param e o hino também. Snow faz seu discurso, todos aplaudem, e logo depois voltamos para o edifício no Centro de Treinamento. Sinto-me enjoada e tensa com o próximo passo. A entrevista.
And so they say lord, for everything a reason For every ending a new beginning Oh so they say baby, for everything a reason And so they say baby, for everything a reason
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| | | Tess Niels
Mensagens : 14 Data de inscrição : 29/10/2014 Localização : Distrito 11 Jogador : Mah
| Assunto: Re: O Desfile de Tributos Seg Jan 19, 2015 5:29 pm | |
| Tess Niels Caminhamos por um corredor de paredes cinzas, cheia de luzes artificiais. Uma mulher extravagante da Capital anda na minha frente. Para onde raios estão me levando agora?
-Am... para onde está me levando? - pergunto, andando rapidamente, tentando acompanhá-la.
-Para a sala de preparação, queridinha. - diz ela sem se virar para mim.
-Para a sala de... - começo, mas logo entramos em uma sala ampla, cheia de camas, cortinas, e vários objetos estranhos. Estaco, perplexa. Bem, não mais estranhos que as pessoas dentro dela. Um homem magro e jovem, de pele meio esverdeada e cabelos amarelos, dá um sorriso animado. Uma mulher alta, branca como uma folha de papel e cabelos curtos prateados, joga água (acho), em um tipo de banheira. E por fim, uma mulher mais rechonchuda, com a pele morena e longos cabelos roxos, mantém a expressão fechada, e mexe em coisas que parecem ser pincéis em uma mesa.
-Antoérie! - exclama a mulher que me acompanhava, indo em direção ao homem de cabelos amarelos.
-Olá, queridinha! - ele cumprimenta, ambos dando beijinhos nas bochechas. Ele vem em minha direção. Estranhamente não me sinto nervosa. Talvez por logo de cara eu ter percebido que o jeito dele é um tanto... diferente. - E você, amorzinho, deve ser a Tess.
-Sim, prazer... - digo estendendo a mão. Ele ignora e aponta com a cabeça em direção às mulheres.
-Aquelas são Zöe e Carmilyah. - ele dá um sorrisinho. - Zöe! - ele grita de repente, me fazendo dar um pulo. A mulher com os cabelos prateados vem em nossa direção. - Zöe cuidará da depilação e tratamentos para a pele. Eu dos cabelos e Carmilyah da preparação de seu rostinho. - diz ele animado.
-D-depilação?! - pergunto horrorizada.
-Só dói um pouquinho, querida. - diz ele soltando uma risadinha. Zöe chega, e para atrás de Antoérie. - Essa é a Tess, Zözö. - diz ele, sorrindo amigavelmente para mim. A mulher me avalia de cima para baixo. Me retraio.
-É... já vi piores. - diz ela com um ar de desdém.
-Certo. Pode levá-la. - diz Antoérie, fazendo um gesto em direção à uma área onde se encontra uma banheira com água quente. Depois de muita resistência, e ter tirado Antoérie da sala, Zöe conseguiu tirar minhas roupas e me enfiar na banheira. O banho foi bom. Até que chegou a hora da depilação.
-Vai doer? -minha voz soa como a de uma criança. Estou deitada, e Zöe esfrega uma espécie de folha entre suas mãos, e se senta em uma cadeira, ficando de frente para a minha perna. Ela tira uma das folhas, deixando à amostra uma espécie de... grude. Ela gruda aquilo em minha canela.
-Só um pouquinho, querida. - ela diz, e então puxa a folha. Meu grito ecoa na sala.
***
Estou sentada na ponta de uma cama. Balanço minhas pernas - agora sem qualquer tipo de pelo, graças a adorável Zöe - , esperando - com sorte -, minha estilista. Tirando a depilação, o resto ocorreu bem. Antoérie deu um trato com vários cremes em meu cabelo, enquanto me contava sobre penteados “fora de moda”, que já teve de fazer. E Carmilyah foi um amor, tirava minhas sobrancelhas com cuidado e me contava sobre os outros preparadores que ela tinha conhecido e achado atraentes. Eu só ria.
Sou tirada de meus pensamentos quando escuto passos vindos do corredor. Pulo da cama e fico parada, aguardando. Um homem de aparência jovem entra no quarto. Tem uma barba castanha espessa e profundos olhos verdes. Ele pareceria uma pessoa normal, se não fossem suas unhas pintadas de verde metálico. Um homem. Cerro os punhos. Respire.
-Estava me esperando todo esse tempo de pé, garota? - ele pergunta casualmente, parando no meio do quarto, levantando uma sobrancelha.
-Eu acabei de levantar. E se eu tivesse, teria algum problema? - pergunto secamente.
-Calma menina. Eu só quis saber. - diz ele levantando as mãos em defesa. Ele vai em direção a um manequim coberto com uma capa, que só agora percebo que estava ali. Ele retira cuidadosamente a capa, fazendo com que um vestido verde escuro apareça. Arquejo. - Tess Niels, esse será seu traje no Desfile.
É lindo, penso, e sem pensar, dou passos hesitantes em sua direção.
O vestido verde-musgo é feito de um tecido leve, e tem grandes alças que caem nos ombros, partindo de uma pedra roxa no meio do decote. Olho mais para baixo e arquejo. A saia é coberta por raízes. Tão detalhadas, que parecem reais. As raízes também percorrem toda a parte de trás do vestido. Onde há um corte em "v" deixando as costas expostas, as raízes o preenchem, fazendo com que ao usar vestido, a pele fique exposta, coberta por elas. Presa na parte de trás, na altura dos ombros, está uma capa, em um verde mais claro e brilhante, que parece uma fina folha de cristal. Tão fina, que tenho medo de rasgá-la. Ela tem pequenos brilhos, e raízes mais finas e delicadas, que percorrem até o topo, onde a capa fica conectada às raízes do corte nas costas. Ela também tem delicadas correntes de pedras brilhantes nas laterais, para serem colocadas uma em cada mão, no dedo anelar.
Voltando à parte do tronco, as raízes das costas avançam até as laterais, deixando a parte da frente exposta. Já a saia, é toda rodeada por elas atrás, que avançam na região mais baixa de cintura, e vão se tornando mais finas ao chegar no corte na frente no vestido, deixando as pernas expostas, porém, com um tipo de calça por baixo que deve ficar mais colada ao corpo. Os sapatos são botas marrons até os joelhos, dando um contraste forte ao traje. Olho maravilhada para aquilo. Quando me volto para o estilista, percebo que estou de boca aberta e rapidamente a fecho, fazendo-o dar uma risadinha.
-É magnífico eu... - fico sem palavras, e suspiro, admirada.
-Fico contente que tenha gostado. - diz ele orgulhoso, com um sorriso torto no rosto. - Então venha, vou te ajudar a vesti-lo. - diz ele indo tirar o vestido do manequim. O comentário me traz de volta. O sorriso desaparece de meu rosto.
-M-Me vestir? - pergunto atônita.
-Sim. - ele diz sem olhar para mim, tentando tirar o vestido. - Pode ir tirando a roupa. - diz ele, como se não fosse nada demais. O gosto de bile invade minha boca. Toda a pouca simpatia que eu estava me forçando a criar por ele vai por água a baixo. Estamos sozinhos. Estou vulnerável, de novo. A raiva explode e eu disparo.
-Acha mesmo que eu vou tirar a roupa para você, imbecil?! -grito, fazendo-o se virar para mim, com o vestido na mão, surpreso. - E ai o que vem depois?! Você vem “amigavelmente”, - faço o sinal de aspas violentamente no ar. Minha voz é um misto de sarcasmo e raiva. - E se aproveita de mim?! Fique sabendo que eu nã...
-Não é nada disso!! - ele me interrompe, com o rosto vermelho como um pimentão. - S-Se você não sabe, aqui na Capital, nós estilistas, temos o hábito de ajudar nossos clientes a se vestir. - diz ele envergonhado. - Além do mais... Eu não costumo prestar atenção em... - ele pigarreia. - garotas. -diz ele por fim, fitando o chão. Minha raiva se esvai.
-Oh... Me desculpe... Eu... - começo, envergonhada.
-Não, tudo bem. - ele diz já em sua cor normal. - Você não é a primeira que reage assim. - ele sorri para mim. - Então vamos? - ele pergunta sacudindo o vestido na minha frente. Toda tensão se vai. -Am... se não se importar... Gostaria de me vestir sozinha. - digo olhando para ele que levanta uma sobrancelha, me fazendo rir. - Só até eu me enfiar no vestido, ai depois te chamo para fechar os botões. Ele me avalia com um olhar crítico. - Prometo. - digo sorrindo.
-Tudo bem garota. Mas se você rasgar minha capa, te mato. - diz ele com seriedade, mas há um tom brincalhão em sua voz.
-Certo. - sorrio, e um pensamento cruza minha mente. - Esqueci de perguntar seu nome. - digo, olhando para ele. Ele dá o vestido em minhas mãos.
-Kevin. - diz ele usando charme. Solto uma risada e ele sai da sala, como se estivesse desfilando. E então começo a me vestir.
***
-Está linda! - exclama Carmilyah ao meu lado batendo palminhas.
-Magnífica! - exclama Antoérie.
-É... Ficou bom. - diz Zöe reprimindo um sorriso. Kevin apenas me observa pelo espelho com um sorriso satisfeito. Me sinto desconfortável com tanta atenção. Me observo no espelho de boca aberta. Estou irreconhecível. Minha maquiagem é escura, mas delicada. A sombra varia entre vários tons de verde e marrom. Minha boca foi pintada com um rosa claro, "para dar uma quebrada", como disse Carmilyah. Longos cílios postiços foram postos em meus olhos castanhos mel. Meu cabelo castanho avermelhado está preso em uma delicada trança, trançada com alguns fios prateados e roxo metálicos e no final, com um pequeno cacho de uva presa nela. Quanto ao traje... Ficou magnífico. A corrente de pedrinhas brilhantes presas na capa - e em meu dedo -, encosta, fria, em meu braço. E quando movimento as mãos, a capa vai junto. O decote não é nem muito conservador, nem muito revelador, o que me deixou confortável. O vestido em si é maravilhoso. A saia arrasta de leve no chão, e mesmo eu estando com uma calça colada ao corpo da mesma cor por baixo e botas, não deixa de mostrar uma linda delicadeza.
-Obrigada, pessoal. - digo com sinceridade, me virando para eles. Todos sorriem e então meu mentor chega.
Eu estranhamente me sinto à vontade com ele. O pouco que convivemos me fez confiar um pouco nele. Mas há uma fina linha de confiança. Mesmo assim, faço uma pose exagerada quando ele se aproxima:
-Estou dentro dos padrões dos patrocinadores? - digo sarcasticamente, piscando os olhos várias vezes. Ele me acompanha até o lugar onde estão as carroças dos cavalos. Todos os tributos estão lá. Alguns conversando entre si e outros apenas observando tudo ao redor.
Não surte, não surte...
***
Ok. Vou surtar. É nossa vez de entrar no desfile. Me aproximo da carruagem para subir. O garoto de meu distrito já está nela, e estende uma mão para me ajudar a subir. Não gosto do jeito que ele me observa, como se sentisse pena de mim. Quase como se eu fosse um tipo de dama em apuros. Não gosto disso. Rejeito a mão, e me seguro na borda da carruagem para subir. Quando me posiciono, percebo que ele me observa. Me viro em sua direção.
Qual é o problema dos homens?, penso. Ele pigarreia.
-Hey, pronta para brilhar?... Bem, brilhar não, isso não é coisa do nosso distrito, mas você entendeu. - ele dá uma risada fraca. Os cavalos começam a se mover. Não sei se é por causa do nervosismo mas acabo dando um sorriso tenso em sua direção. Tento controlar minha respiração. Seguro firme a espécie de controle que Kevin deixou em minha mão.
Aperte isso na metade do caminho. Vai lá e arrasa, garota!, disse ele com uma piscadela.
Antes eu estava me sentindo até confiante, mostrar para todos que estou bem. Mostrar para aquele monstro que eu estou - ou tentando me manter, - forte. Mas agora, sinto vontade de sair correndo para dentro. Minha mão sua. Olho de relance para o garoto de meu distrito, e logo a luz dos holofotes quase me cega. O som é ensurdecedor. Olho ao redor, pasma. Milhares de pessoas gritam para seus tributos favoritos e acenam. Meu coração quase salta pela boca. Quero cavar um buraco no chão e desaparecer. Mas me mantenho firme, e com o “olhar penetrante” que Kevin disse, alegando dar mais impacto.
O meio do caminho se aproxima. Quase lá... Quase lá... Agora!
Aperto o botão. Nada acontece instantaneamente, mas então percebo que minha saia está aumentando. Na verdade, minha capa parece mais pesada. Folhas. Várias folhas crescem dos galhos secos. Olho maravilhada para aquilo. Logo está tudo coberto por elas. Quando achei que tinha acabado, alguns pequenos cachos de uva crescem.
São parreiras!, penso maravilhada.
Quando os cachos estão maduros, as uvas se abrem, soltando um líquido vermelho. Fumaça começa a sair dos trajes. O mesmo acontece com o traje do garoto ao meu lado. De repente o traje dele muda, olho confusa para aquilo. Então, sinto como se estivesse mais leve. Olho para baixo. Arquejo. Meu traje mudou.
Estou vestida com um... Com um... Traje de batalha! Esse era o porquê das botas! O traje se transformava! Depois de um tempo a carruagem para. E logo depois a do Distrito 12 também. Suspiro, aliviada.
Kevin, você é um gênio!
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| | | Adèle Chamberlain
Mensagens : 49 Data de inscrição : 31/10/2014 Idade : 27 Localização : Distrito 8 Jogador : Vinii
| Assunto: Re: O Desfile de Tributos Ter Jan 20, 2015 12:11 am | |
| Adèle Chamberlain Pensei que a viagem fosse um pouco melhor do que isto porque fiquei a maior parte olhando para as paisagens que desapareciam tão rapidamente quanto o meu humor. Já não pensava em casa tanto quanto antes, mas ainda sim era algo que me deixava infeliz e solitária, apesar de ter a companhia de Woof que parecia me dar toda a atenção que eu precisava naquele tempo.
O trem para e percebo que cheguei ao meu destino final e dou uma breve olhada á janela, o que vejo me deixa perplexa, devido ao grande número de pessoas que havia ali... Pareciam que éramos celebridades, o que éramos por breves dias. E isso não me deixa muito contente, nem um pouco... Alguns até devem gostar de apreciar o seu momento de fama, mas a minha opinião é totalmente contrária. O que me surpreende mesmo são a beleza e a tecnologia da enorme Capital, que era mágico e encantador... Queria que a vida fosse assim a todos os distritos e que nenhum precisasse mandar crianças a esses jogos.
Os meus breves pensamentos se vão, assim como o vento que açoitava meus cabelos quando sou levada a uma sala que no momento permanecia vazia até a chegada de duas garotas muito estranhas e um garoto. Uma breve apresentação acontece, Morgana era a cabelereira, Elise, a maquiadora e Caio, o estilista.
- Sou Adèle e sou do distrito oito, muito prazer... – Digo tentar ficar um pouco animada.
As duas mulheres me abraçam tão forte que por um momento perco o ar de meu peito, mas o que... O garoto ainda parecia na dele, só tinha se apresentado. Por um momento o acho um pouco familiar, mas esqueço disto por hora.
- Ouvimos falar de você, querida... – Você é fantástica!!! – Comentou Morgana.
Ambas pareciam muito animadas, seguiram-se comentários enquanto tiravam minhas medidas, alguns pelinhos, etc. O pior dos comentários fora “Ela é perfeita.”, não esperava aquilo, mas do jeito que elas são estranhas eu poderia esperar tudo mesmo. Não me sentia nenhuma pouco constrangida de ficar quase nua na frente deles, mas queria que terminassem logo...
- Prontinho! A maquiagem e o cabelo estão prontos... Agora você segue com Caio, que ele te dará o vestirá e algumas dicas. – Até mais!
As duas saíram e fico a sos com Caio que parecia meio abatido com algo, encosto minha mão em seu ombro e ele se assusta por um breve momento. O que teria acontecido com ele? Ficou um pouco preocupada com a reação dele.
- Eu não quero lhe assustar, mas você tem que terminar... – Digo sorrindo.
Algo nele me chama atenção, só ainda não percebi o que era... Ele aponta para o manequim, e um magnífico traje chama minha atenção, era perfeito. Em poucos segundos eu já estava admirada e queria vesti-lo o mais rápido possível... Coloco-o em mim, aparentava ser feito de muitos tecidos e era todo branco, até as grandes botas de salto alto(15cm). As ombreiras eram feitas de um tecido mto forte e grosso e estava cheio de agulhas.
Estava quase na hora, me despeço de Caio com um abraço e um beijo na bochecha. Ele não foi de muitas palavras, mas entendi o que tudo significava, apesar de que tenho curiosidade sobre ele.
- Obrigada.
Meu coração batia forte, eu estava animada e sentia que sou capaz de fazer todas as coisas em que um dia pensei que nunca fui. Sentia-me forte de alguma maneira, capaz de demonstrar a minha beleza a Capital e também de compara-la a todos, mostra que sou PODEROSA. Vou mostrar quem realmente sou uma mulher forte e determinada e totalmente diferente de todos os outros que estão aqui.
Chego quase atrasada, Atlas oferece a mão e me puxa para a nossa carruagem. A roupa dele era quase igual a minha, ombreiras com agulhas, pescoço nu, salto alto... A diferença é que ele usava um colete que ficava aberto (braços nus) e ia até o seu short, isso o fazia ficar sexy... E também mostrava a sua força com seus músculos. Ele era tão seco quando criança, agora tá um verdadeiro homem e parece que estamos nos dando bem igual antigamente... Isso me deixa feliz, e pela segunda vez, animada para arrasar. Ops, eu pensei nisso? Com certeza irei esbanjar meu charme pela Capital toda, serei a diva que todos querem copiar. Atlas e eu costumávamos ser uma dupla em competições na infância, sempre aceitávamos os desafios que apareciam á frente! Saudades disso e agora estamos aqui para um novo desafio...
A carruagem começa a se mover e eu estava feliz e sorridente, algo me dizia que tudo ia ocorrer bem, minha simples intuição era de se jogar fora e no momento nem eu deveria. Ela não aparecera ainda e isso me deixa um pouco nervosa, mas nos breves segundos esqueci-me de tudo. Seria o meu momento, o nosso... Viro-me para Atlas e sorrio, pego sua mão. Velho amigo... A carruagem do distrito sete estava a nossa frente, eles estavam fofos, mas eu estou Perfeita, apenas. Duas coisas estavam em minha mente: momento certo e perfeição.
Minhas mãos ainda estavam com as de Atlas, por um momento pensei que aquilo era só um sonho, e que eu era uma estrela e que a minha família estava comigo, tudo brilhava como ouro. Era praticamente o que estava acontecendo agora, mas minha família não se encontrava em nenhum lugar, só Atlas... Mesmo assim, sorrio de começo e olho para os lados, apreciando a beleza daquele local fazendo com que a minha mão e a de Atlas fique ao alto, em seguida baixamos e solto a minha mão da dele.
Eu lançava beijos para á Capital toda e esbanjava toda a minha beleza e sorria seguidamente. Olho para Atlas por um segundo, ele não parecia tão contente com aquilo tudo, só acenava. E decido que estava na hora. Hora de brilhar e muito, penso... Ah, eu acho que esse look me deixou um pouco fora do normal. Cutuco Atlas, faço um sinal e ele se vira ficando totalmente de frente para mim, olhamos um para o outro... O sorriso confirmou a resposta, fico um pouco nervosa por ter medo de machucar, mas ele disse só que sentiria uma pressão de leve. Então fazemos, tinha que ser com as duas mãos (ambos), cada um teria que pressionar as agulhas das ombreiras um do outro para elas penetrarem no tecido. Estava feito e por um segundo penso que nada aconteceria, mas percebo que estava errada...
O traje todo parecia um líquido vermelho que escorria pelo corpo todo, parecia como sangue e que aos poucos descia rapidamente, mas ficava no traje(escorria no corpo). Era lindo, todo o traje estava vermelho com uma coloração de sangue e era como se estivesse vivo por que ainda escorria sem tocar o chão ou derramar.
Percebo que aqueles tecidos eram especiais e que poderiam mudar de cor facilmente dependendo do líquido posto nas agulhas especiais... Era algo muito raro, mas os estilistas mais ricos do distrito oito possuíam isto. Aquilo era incrível e nunca tinha experimentado, que maravilhoso. Sinto que estou uma diva um pouco má... Com certeza vou conquista o coração das pessoas daqui. Estou sorrindo ainda mais agora, pena que estava chegando quase ao fim, mas continuo fazendo minha performance para o gigantesco público. Tanto eu quanto Atlas estávamos lindos, ousados e parecíamos bravos. Eu ainda não liberei a raiva que senti quando fui sorteada... Apenas sei que ainda vou chamar muita atenção das pessoas que assistirão aos jogos, e esperando ser beneficiada por isso. Sinto que estou no meu momento de glória, mais ousada e bonita do que nunca.
Por fim, paramos e o Presidente Snow conversa conosco lá de cima, anunciando o inicio dos jogos. Algo me atingiu, mas fingo estar admirada com as palavras daquele homem que eu já sentia tanto desprezo e raiva.
~Obrigada, Caio, agradeço mentalmente pela ajuda de meu estilista.
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| | | Emily Clarke
Mensagens : 20 Data de inscrição : 31/10/2014 Idade : 28 Localização : Distrito 5 Jogador : Matheus Leonardo
| Assunto: Re: O Desfile de Tributos Ter Jan 20, 2015 1:25 am | |
| Emily Clarke Nossa viagem para a Capital foi super tranquila, nínguem se incomodou comigo e Fennel, mesmo achando estranho nossa amizade.
Do distrito 5 nós fomos para o 4 onde eu vi um rio, mais parecido com um mar, depois fomos para o distrito 3 onde dava pra ver de longe que a tecnologia de lá era avançada, nós passamos pelo distrito 2 onde o ensinamento dos pacificadores era severo, porem era muito bonito, um lugar bom para se morar, depois fomos para o Distrito 1, onde o trilho só faltava ser de ouro, um puro luxo! Eu adoraria morar aqui! Depois de todos os distritos estarem no trem, nós vamos para a Capital, onde tudo que vi nos 5 distritos que passei em um lugar só.
Quando chegamos na capital Fennel diz que temos que nos despedir, o que é difícil, porém ele promete que nos veremos novamente.
Depois de todos se despedirem dos seus mentores, eles nos levam para os nossos estilistas. Minha estilista se chama Hanna e seu dois ajudantes Mona e Lucas, todos são extravagantes, porém bem arrumados. Lucas e Mona me levam a uma parte onde nínguem pode entrar, apenas meus estilistas e ajudantes, eles pedem para retirar a minha roupa, para que eles tirem meus pelo e cortem minhas unhas, mas se surpreendem já que no Distrito 5 eu era muito bem arrumada, então eles simplismente resolvem pular para que meu corpo tenha uma nova pele. Eles me colocam num lugar chamado ofuro onde me deixa totalmente relaxada. Depois eles me deixam com uma ajudante que coloca agulhas em mim, no inicio eu sou relutante mas ai eles me explicam que isso deixará minha pele mais delicada. Quando todo o meu corpo é hidratado com cremes e mais cremes, chega uma mulher que cuidara das minhas unhas e pés até eu entrar na arena, ela diz que o esmalte que ela vai passar é novo e se funcionar todos da capital irão comprar para sai na noite, quando ela passa nos meus dedos eu sinto leves choques, mas ela me responde dizendo que isso será recompensado depois na arena com muitos patriocinadores. Eles me dão meia hora para que eu descanse e coma algo, antes que eu coloque minha roupa e arrumem meu cabelo.
Depois de desansada e alimentada eles me levam em um setor onde existem muitos laques para cabelos diferentes, um deixa ele maior, outro faz ele mudar de cor varia vezes ao dia e um faz com que meu cabelo vire algo da capital, porém totalmente simples, eles pintam meu cabelo de branco e então prendem com um raio prateado da cor do meu esmalte, que também fara parte do show
Eu estava amando tudo que estavam fazendo em mim, é como se eu fosse rica novamente, poderia passar todos os meus dias na capital, porém eu estava anciosa para ver o que meu vestido faria, essa era sempre a parte que eu mais gostava quando eu assistia os jogos. Hanna pede pra que eu espere enquanto minha roupa fique pronta, eu não aguento esperar, até que então ela me mostra e eu antes de vestir pergunto como funciona, ela fala que sera uma surpresa.
Minha Roupa: https://imgur.com/NSCRTTh
--- Quando chegamos na carruagem, vejo um cópia de mim só que masculina, é meu parceiro de Distrito, Will. Ele sorri para mim e eu retribuo e então o silêncio paira no ar, até que minha estilista quebra ele.
-Hanna, estilista da Emily- diz ela para Will
-Oh, certo! Vocês dois, prestem bem atenção no que vou falar! - diz Melanie com entusiasmo - Quando as câmeras focarem em vocês, quero que ergam isso aqui - ela entrega para nós, duas partes de um raio. - e as juntem! Ah, não se esqueçam de fecharem os olhos antes de fazerem isso! O que vira depois é uma surpresa.
-Mas o que faremos depois de juntarmos as metades? - pergunta Will.
-Conquiste-os. - fala Hanna piscando para nós e em seguida sai as pressas junto com Melanie.
As duas saem de perto, para que ficassemos sozinhos terminado de nos aprontarmos e então Will começa uma conversa:
"-V-Você está bonita - gaguejo para Emily." Eu eu respondo:
-Obrigada... você também está digo sorrindo.
-Eu já volto aqui, preciso de ar - diz ele. Quando Will sai eu fico sozinha com nossa carruagem então eu começo a reparar as semalhanças da carruagem para meu vestido: ambos pretos com pratas, ambos com raios em volta dele, ambos com o número 5, embora o meu seja na capa, porém ainda sim, tudo parece estar conectado.
Minutos depois, Will volta e então a hora, ele me oferece ajuda para subir na carruagem e eu agradeço com a cabeça, estava tão nervosa que se eu falasse acabaria desmaiando.
Quando entramos, logo observamos o público e vemos que eles são tao extravagantes quanto nossas estilistas são. Olho para os telões em nossas cabeças e sinto uma vontade enorme de correr dali, porém preciso mostrar ser forte, minha vida esta em jogo, a minha e a de Will. Ele me olha com um olhar de "é agora" e então nós fechamos os olhos e juntamod nosso raio. Sinto algo, como se alguém me fizesse cosquinhas, e então abro meus olhos e vejo que tudo em minha volta solta explosões de energia, assim como eu Will está maravilhado com nossa roupa, é uma emoção tanto para plateia quanto para nós dois. Eu então olho para nossas capas enquanto Will olha para nossa carruagem, nosso 5 em nossas capas brilham! E então eu "troco de lugar" com Will e começo a olhar para nossa carruagem, a cada cavalgada que os cavalos dão, ela e nossas roupas explodem de energia.
No momento eu sinto como se fosse o Distrito, eu sinto que sou a Energia, eu sinto que eu e Will e nossa carruagem estivesse juntos como um só e tenho a plena certeza que Will sente o mesmo.
Quando chegamos na carruagem, vejo um cópia de mim só que masculina, é meu parceiro de Distrito, Will. Ele sorri para mim e eu retribuo e então o silêncio paira no ar, até que minha estilista quebra ele.
-Hanna, estilista da Emily- diz ela para Will
-Oh, certo! Vocês dois, prestem bem atenção no que vou falar! - diz Melanie com entusiasmo - Quando as câmeras focarem em vocês, quero que ergam isso aqui - ela entrega para nós, duas partes de um raio. - e as juntem! Ah, não se esqueçam de fecharem os olhos antes de fazerem isso! O que vira depois é uma surpresa.
-Mas o que faremos depois de juntarmos as metades? - pergunta Will.
-Conquiste-os. - fala Hanna piscando para nós e em seguida sai as pressas junto com Melanie.
As duas saem de perto, para que ficassemos sozinhos terminado de nos aprontarmos e então Will começa uma conversa:
"-V-Você está bonita" - gagueja Will Eu eu respondo:
-Obrigada... você também está digo sorrindo.
-Eu já volto aqui, preciso de ar - diz ele. Quando Will sai eu fico sozinha com nossa carruagem então eu começo a reparar as semalhanças da carruagem para meu vestido: ambos pretos com pratas, ambos com raios em volta dele, ambos com o número 5, embora o meu seja na capa, porém ainda sim, tudo parece estar conectado.
Minutos depois, Will volta e então a hora, ele me oferece ajuda para subir na carruagem e eu agradeço com a cabeça, estava tão nervosa que se eu falasse acabaria desmaiando.
Quando entramos, logo observamos o público e vemos que eles são tao extravagantes quanto nossas estilistas são. Olho para os telões em nossas cabeças e sinto uma vontade enorme de correr dali, porém preciso mostrar ser forte, minha vida esta em jogo, a minha e a de Will. Ele me olha com um olhar de "é agora" e então nós fechamos os olhos e juntamos nossos raios. Sinto algo, como se alguém me fizesse cosquinhas, e então abro meus olhos e vejo que tudo em minha volta solta explosões de energia, assim como eu Will está maravilhado com nossa roupa, é uma emoção tanto para plateia quanto para nós dois. Eu então olho para nossas capas finas como seda, enquanto Will olha para nossa carruagem, nosso 5 em nossas capas brilham! E então eu "troco de lugar" com Will e começo a olhar para nossa carruagem, a cada cavalgada que os cavalos dão, ela e nossas roupas explodem de energia. No momento eu sinto como se fosse o Distrito, eu sinto que sou a Energia, eu sinto que eu e Will e nossa carruagem estivesse juntos como um só e tenho a plena certeza que Will sente o mesmo.
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| | | Will Rivera
Mensagens : 14 Data de inscrição : 29/10/2014 Idade : 28 Localização : Distrito 5 Jogador : Rafaela Delabona
| Assunto: Re: O Desfile de Tributos Ter Jan 20, 2015 1:54 am | |
| Will Rivera -Chegamos! - exclama o representante da Capital enquanto o trem vai diminuindo a velocidade. Olho através da janela do vagão. Há sorrisos, acenos e cores exuberantes por todo o lado. Sorrio e aceno de volta, pois um deles poderá me ajudar na Arena, então, por mais que eu ache eles estranhos e fúteis, tento ser mais simpático e sorridente com todos. *** -Sou a Ella - diz a mulher sorridente. Estendo meu braço e a cumprimento. Não sinto nervosismo ao apertar sua mão esquelética e fria, deve ser por causa do cabelo azul forte que chama minha atenção mais do que outras coisas. Mas também reparo em seu rosto. Ele tem a cor da neve, tão branco que brilha com a forte luz do Centro de Transformação. Seus cílios são azuis como o cabelo e sua boca tem um tom de um vermelho bem forte. -Pol - diz a garota ao lado de Ella. Seu braço é coberto de tatuagens e seu cabelo é vermelho intenso. - Cuidaremos de você hoje. Então, deixe-nos ver você. - Não entendo o sentido da palavra “ver”, então dou um breve giro. -Não, querido - Ella dá uma pequena risadinha e levanta levemente o braço esquerdo – precisamos ver você inteirinho. Tire a roupa. -T-Tire... o que? - engulo em seco e balanço a cabeça com nervosismo. -A roupa! - dizem as garotas, juntamente. Um arrepio percorre pelo meu corpo. Sinto tanta vergonha que tenho vontade de correr, mas minhas pernas não saem do lugar. Fico imaginando o que aquelas duas garotas poderiam fazer se eu fugisse, então me obrigo a tirar a roupa. -An... está bem... - tiro a camisa, a calça e por fim a cueca. - por que tenho que fazer isso? - pergunto escondendo com a mão direita a minha parte íntima. -Pare de bobagem! É o nosso trabalho, precisamos ver quais métodos você terá que passar! Tire sua mão daí - diz Pol balançando a mão. Franzo a testa, nervoso. E aos poucos vou tirando a minha mão de minha parte íntima. Pol levanta as sobrancelhas e sinto minhas bochechas pegarem fogo e olho para o teto enquanto as duas garotas me olham de cima para baixo, avaliando-me. Duas garotas?! Não poderia ser pelo menos uma? -Você não vai sofrer tanto! - exclama Ella com entusiasmo. - você já é lindo assim! Seus músculos são definidos, você tem uma pele bronzeada e... - ela leva a mão na boca, contendo um sorriso. Escondo novamente minha parte íntima com as mãos. Ótimo, tudo o que eu precisava era de duas garotas bizarras olhando para minhas bolas. -Está bem... Melanie, sua estilista, pediu para que tirássemos suas medidas com você nu. Não entendi muito bem o porquê... mas acho que você vai usar algo colado no corpo. - diz Pol - Depois cuidaremos de você! Elas pegam uma fita métrica e começam a me medir. Em seguida me deitam em uma maca e começam seu trabalho: me lavam, depilam minha virilha e minhas pernas, arrumam e usam algum tipo de spray no meu cabelo, mexem com minhas mãos e pés. -An... vocês não vão pintar meus dedos, né? Pode até ser moda aqui na Capital, mas... -Não se preocupe querido, isso não vai ser preciso. - solto o ar aliviado e Ella sorri. Depois de terminarem o seu trabalho, elas me levantam da maca e me olham novamente. Não sinto tanta vergonha como antes, acho que elas me assustam mais do que me deixam constrangido. -Perfeito! Você nem deu tanto trabalho assim. - diz Ella me vestindo com um roupão e me puxando pelo braço para fora da sala. - Agora, você vai conhecer sua estilista! Ela é tão querida e talentosa! Espero que você goste dela. -Espera... você disse “ela”?! - exclamo - Só tem mulher aqui? - Ella e Pol soltam uma risadinha. Elas me empurram até a porta de uma sala e pedem para que eu bata antes de entrar, e em seguida elas saem correndo e cochichando. Bato na porta e a abro, coloco minha cabeça para dentro da sala. Mas não vejo ninguém ali. -Olá? - digo entrando na sala fria. Olho ao redor, tecidos e outros utensílios que não reconheço estão esparramados pelo chão e pela bancada ao meu lado. Um espelho e uma grande janela se encontram no final da sala, fora isso, não há mais nada aqui. Caminho até a janela, olho para fora. Será que isso não é apenas um pesadelo? Um longo e terrível pesadelo? Um barulho atrás de mim me faz virar rapidamente. Uma mulher alta, de cabelos loiros de um lado e pretos do outro, ela usa um óculos de grau redondo e um pircing dourado no nariz entra na sala, trazendo consigo uma sacola grande. -Oh, olá! - sua voz é aguda - Meu nome é Melanie, sua etilista. -Will Rivera - pigarreio. -Me perdoe a bagunça, estava uma correria! - observo-a enquanto fala, sua maquiagem não é bizarra, ela usa apenas um batom vermelho e um risco preto na pálpebra dos dois olhos. Apenas o cabelo e o pircing a deixa diferente. - Apesar de Pol ter me dado suas medidas, preciso ver se você é ideal para esta roupa. Por favor, tire o roupão. “De novo não...” Tiro meu roupão, envergonhado. Ela me observa sem me tocar e balança a cabeça. -Você tem um corpo lindo! Perfeito para essa roupa - minhas bochechas coram - Como seu distrito é a que oferece energia... - ela pega a roupa da sacola e a estica para que eu possa ver também - pensei fazer algo que realmente mostrasse o poder do seu distrito. Edição passada os dois irmãos também foram queridinhos da Capital... você e sua companheira de distrito podem chamar muita atenção... se souberem o que fazer. Por favor, coloque-a. Coloco a roupa com certa dificuldade. Ela cola em meu corpo e piora um pouco a minha movimentação, mas parece caber bem em mim. Coloco a bota e em seguida Melanie me ajuda colocar a capa e uma espécie de armadura. Olho-me no espelho. A roupa é bem colada no corpo, mostrando meus músculos. As botas, calça e a capa são pretas com alguns detalhes prateadas. O peitoral e os braços parecem ter milhares de raios roxos desenhados, dando impressão de que elas são verdadeiras. No peitoral há algumas bolas, não entendo o por quê delas, já que parecem inúteis. Viro-me de costas, olhando a capa preta de tecido fino. Nela há um “5” no meio de um círculo preto. E meu cabelo jogado para cima como um topete combina com tudo. Dou um pequeno sorriso, o figurino é demais! -Você está ótimo, a roupa e o cabelo caíram muito bem em você! - diz ela dando leve batidinhas em minhas costas - Vamos lá! Anime-se! Fiquei sabendo que você não é quietinho. -É que isso aqui é tudo muito... novo e estranho... - digo abaixando a cabeça. -Ah, levante essa cabeça. Você vai dar um show daqui a pouco então vai se aquecendo e... - ela olha no relógio de pulso - Oh, já está quase na hora! Vamos Will! Explicarei melhor o que você fará lá na carruagem. “Eles não querem saber pelo que você passa, só querem ver seu showzinho. Não seja estúpido, Will. Você está sozinho nessa.” *** Nossa carruagem é preta assim como os cavalos, porém, ela também tem alguns raios iguais aos da roupa. Pergunto-me como vamos chamar tanta atenção com coisas simples. Acaricio a crina dos cavalos enquanto dou uma olhada em cada tributo, estudando-os. A tensão no ar é nítida. Todos dão uma última arrumada nos trajes e outros já até conversam entre si. Vejo Emily e uma mulher, que deve ser sua estilista, mais a frente. Seu traje também é preto com prateado, com uma capa e raios. Sorrio. Ela é a versão feminina minha. -Hanna, estilista da Emily - diz a mulher loira de olhos claros apertando minha mão. -Oh, certo! Vocês dois, prestem bem atenção no que vou falar! - diz Melanie com entusiasmo - Quando as câmeras focarem em vocês, quero que ergam isto aqui - ela entrega para nós, duas partes de um raio. - e as juntem! Ah, não se esqueçam de fecharem os olhos antes de fazerem isso! O que vira depois é uma surpresa. -Mas o que faremos depois de juntarmos as metades? - pergunto. -Conquiste-os. - fala Hanna piscando para nós e em seguida sai as pressas junto com Melanie. -V-Você está bonita - gaguejo para Emily. Essa foi a primeira vez em que puxei assunto com ela. -Obrigada... você também está - ela fala. Sorrio gentilmente. -Eu já volto aqui, preciso de ar - digo. Ando por aí, vendo como os outros tributos estão. Alguns tem um olhar tão arrogante que chega dar vontade de rir das caretas que fazem para intimidar os outros, mas eu realmente não me importo com isso. Esbarrei com uma garota - arrogante - na hora em que eu voltava para a carruagem. Mas como tinham anunciado o começo do desfile, nem lembrei mais do acontecido. Subo na carruagem e ofereço ajuda para Emily. E logo, as carruagens da frente começam a andar, e em seguida a nossa. “Certo... Will, não seja idiota.” Escuto gritos, risadas e palmas ao entrar. Olho para o publico, tantas pessoas exóticas que nem consigo saber quem é pior. Apesar de não ser tímido, sinto um frio na barriga. Sorrio e aceno para todos. Olho para o telão, vejo nossos rostos nele. Olho para Emily e afirmo com a cabeça. Levantamos as metades e observo a reação da plateia: alguns olham com um olhar curioso e outros parecem estarem confusos. E então fecho os olhos e junto o raio com Emily. Sinto um tremor nas mãos e uma explosão acontecer e então abro os olhos. A princípio, só consigo ver uma intensa luz a nossa volta. Quando começo achar que tudo deu errado minha visão se estabiliza. E minha boca abre. Olho-me no telão, os desenhos de raios em minha roupa parecem ter ganhado vida; o roxo delas brilham intensamente. As bolotas que antes pareciam inúteis, soltam raios de energia para fora, como se eu estivesse no meio de uma tempestade de relâmpagos, mas elas não me machucam. O “5” da capa brilha em um branco muito forte. A carruagem também muda: as rédeas brilham com uma luz forte e os raios ganham vida como os da roupa. Olho para Emily, sua roupa também solta raios e brilha intensamente. Ela chega mais perto de mim, sinto uma estranheza mas continuo ali. Solto o meu melhor sorriso, ergo o braço livre e fecho a mão, mostrando o poder do meu distrito e o que ele pode fazer. A eletricidade corre em minhas veias. | |
| | | Luna Lewis
Mensagens : 31 Data de inscrição : 29/10/2014 Localização : Distrito 12 Jogador : Natalia
| Assunto: Re: O Desfile de Tributos Ter Jan 20, 2015 2:54 am | |
| Luna Lewis Passei o restante da viagem pensando nas palavras de David Green, principalmente em um certo trecho. Aquilo ecoou em minha mente, me despertando um instinto de começar a notar as coisas de uma forma, digamos, ofensiva. Porém, chegando ao destino, eu e Lucio pudemos ver toda aquela gente da Capital, que em meio de gritos e palmas, nos esperavam com ansiedade e isso mudou novamente minha forma de ver as coisas. A minha reação foi de dar um tímido aceno, da qual gerou um barulho maior do que o anterior. Era uma sensação boa e resolvi, naquele instante, de que ia aproveitar tudo aquilo antes do 'abate'.Em poucos minutos, estava em uma pequena sala que parecia até um hospital moderno à primeira vista. Mas, se você olhasse com cuidado, iria ver os frascos coloridos de todas as cores possíveis preenchendo alguns armários. Era a preparação. Iria se tornar impecável para a Capital. E o que me estranhava era pensar que desde que vi aquele povo, que eu julgava sem piedade, consegui aceitar melhor a ideia de estar nos Jogos. Aceitar a ideia de mor.. Três pessoas passam pela porta e impedem de concluir meus pensamentos. Seus cabelos combinavam e na ordem em que estavam, formavam um degradê de um tom azul. Eles disseram seus nomes porém, eu não entendi nada além da letra inicial. Então, a menina com longos cílios era a G, o garoto com a maquiagem mais pesada dos três era F, e a outra garota, que mais me simpatizei, era H. Logo tudo estava pronto. Algumas partes de meu corpo doíam muito, era como se tivessem arrancado toda a minha pele naquela cera. Sem nenhuma palavra, o trio me deixou sozinha outra vez. E não foi por muito tempo. A porta foi aberta e uma moça, decorada da cabeça aos pés com desenhos ondulados brilhantes, entrou. -Olá, eu sou sua estilista. - Deu um sorriso confiante porém mudou de expressão, parecia que tinha esquecido de algo. - Ah, me chame de Cath, está bem? - Fiz que sim com a cabeça e ela prosseguiu, não me dando tempo de me apresentar. - Hoje é a sua primeira grande noite, é uma bela oportunidade. Ninguém te conhece direito, os patrocinadores estão loucos para dar suas primeiras apostas e a Capital está ansiosa. Se virando, Cath pegou um plástico e tirou dele um macacão simples. Era lindo, porém pensei que não o suficiente para impressionar. Como se adivinhasse meus pensamentos, ela fez um sinal que eu esperasse um pouco. Coloquei a roupa e a estilista, enquanto ajustava a vestimenta em meu corpo, foi explicando a ideia. -O distrito 12 é quem fornece o carvão. E que convínhamos, é algo bem chato. Mas em uma de nossas pesquisas, encontramos um tipo de carvão que, quando exposto ao calor, libera pequenas faíscas de cor turquesa, como se fossem fogos de artifício. Então, a equipe decidiu que iríamos dar um jeito de transformar isso em um lindo modelito. E querida, você vai surpreender. Descemos até chegar a carruagem do 12. Lucio já se encontrava nela, e depois que entrei, ambos estilistas ligaram os tais botões. Senti uma forte onda de calor e ao olhar para baixo, vi algo lindo. A parte de cima se transformou em, grande parte, turquesa e espalhava fagulhas da mesma cor. Meu parceiro de distrito estava deslumbrante, repleto de fogo azul-esverdeado em sua volta. O mesmo fogo que estava no final de minha roupa. Cath tinha razão, era surpreendente. Por sugestão do estilista do Lucio, desligamos a roupa. De repente, senti um puxão da carruagem. Já era a hora de encarar a Capital. Meus lábios formaram um sorriso e a confiança me dominou. Olhei para Lucio e desejei boa sorte. O distrito 11 já tinha uma certa distância de nós e seguimos logo atrás. O som aumentou e me deixei levar. Assim, acenei, mandei beijos e sorri muito, contaminada pela aquela sensação de felicidade. Em um momento que todos já tinham visto o qual simples era nossa roupa, apertamos os botões e o calor nos transformou numa explosão turquesa. Foi mágico, mesmo da segunda vez. O corredor a se percorrer era longo, porém, em poucos segundos já estávamos lá e o Presidente deu início a cerimônia. | |
| | | Lucio Pharrel
Mensagens : 11 Data de inscrição : 26/11/2014 Localização : Distrito 12 Jogador : Jessie
| Assunto: Re: O Desfile de Tributos Ter Jan 20, 2015 3:03 am | |
| Lucio Pharrel A viagem até a Capital fora um tanto quanto cansativa, porém nunca havia comido tanto quanto nos últimos dias. Descansei em um vagão diferente da minha companheira de distrito, então só a vi durante os almoços e jantares no primeiro vagão com a estranha representante da Capital e o nosso mentor, David Green. Ambos eram bem simpáticos, mas as conversas eram estranhas. Fiquei mais tranquilo em saber que David vai me ajudar com o meu fracasso em lutas, pois sei que vou precisar muito. Quando o trem para, Luna aparece ao meu lado e as portas do vagão principal se abrem. Havia muitas pessoas esquisitas ali, como eu havia visto na TV durante todos esses anos. Me senti incomodado com todos os olhares, mas sei que não estão só em mim. A beleza jovial de Luna chamava atenção. E, como os Avox haviam trocados nossas vestimentas, estávamos simples, porém dignos de pisar na Capital. Limpos. Claros. Fomos conduzidos para umas salas amplas e muito coloridas, com pessoas muito coloridas. Como nos foi passado, aquelas são as pessoas que iriam nos tornar belos. Cabelo, pelos, sujeira, no nosso caso, fuligem acumulada, tudo seria eliminado e seriamos entregue à Capital com um novo estilo e de cara nova. Exuberantes, como ouvi alguém dizer. Duas mulheres me pegam pelo braço e novamente sou separado de Luna, que vai para o outro lado da sala. Me deito em uma maca de ferro e gelada, e fecho os olhos. Tiro um cochilo breve, e quando abro os meus olhos, sinto que estou um pouco diferente, mas não consigo ficar muito tempo parado admirando o serviço que as moças haviam feito. Fui levado à outra sala, e o responsável por me deixar impressionante "vestido" estava lá, com os materiais em mão e um belo sorriso no rosto. Estou um pouco zonzo para ver o que exatamente ele tem em mãos, então me deixo ser conduzido à dança da moda.
Assim que ele termina, visualizo-me no espelho. Era um macacão. De um negro com reflexos de verde azulado, o pano muito bem distribuido pelo corpo. Havia algumas pérolas também distribuídas pela roupa.
- Quando estiver pronto, aperte isso.
Ele me entrega um controle e sai de perto. Outras pessoas me conduzem até um local cheio de carruagens, com os outros tributos. Não consegui ver o que eles vestiam, mas vi que o traje de Luna estava bem parecido com o meu, exceto pelas partes das pernas. Ela também tinha em sua mão um controle. Subimos em nossas carruagens e distrito por distrito e em ordem, as carruagens começam a sair so salão, indo para o claro do dia. Ouço muitas vozes. Mas abafadas. Estava ansioso pelo o que viria. Nossa carruagem começa a andar. Quando saímos do salão, espero uns minutos e aperto o botão. Luna faz o mesmo. Não consigo ver por completo o que ocorre com a minha roupa quando aperto o botão do pequeno controle remoto, mas vejo os efeitos em Luna. A roupa começa a chapiscar, soltar faíscas, e de repente as perolas começas a explodir em pequenas chamas alucinógenas. Uma coisa muito linda estava ocorrendo ali. Ela esta estonteante. Ou estamos. Entendo a ideia. Somos do distrito 12, ora. Somos mineiros. Mina, carvão, pedras preciosas e fogo.
Chegamos em frente à mansão presidencial e o hino toca. Ao final, o presidente aparece para nos agraciar com seu discurso. [/color] | |
| | | Dorin Lemon
Mensagens : 27 Data de inscrição : 31/10/2014 Localização : Distrito 2 Jogador : Lucas Bergamaschi
| Assunto: Re: O Desfile de Tributos Qua Jan 21, 2015 3:10 am | |
| Dorin Lemon Após de algum tempo chegamos na Capital, o povo vestia cada roupa estranha e mais colorida que a outra, mas eram muitos simpáticos e alegres. Gritavam e gritavam por ver a gente, me senti uma pessoa importante naquela hora. Me separam da Lydia e do meu mentor e me levam para uma sala aonde havia três pessoas ''estranhas''. A pele deles pareciam muito brancas e pareciam que estavam pálidas. Um deles veio em minha direção dizendo.
-Oi garoto, vamos te deixar pelado e te lavar bem. -Oi? ta de sacanagem né? digo
-Não se preocupe, isso faz parte da equipe de preparação, e temos que lhe dar um banho. disse o cara da equipe de preparação num tom serio.
-Só irei ficar de cueca, se não gostou só lamento!
Tiro a minha roupa e me deito em uma especie de mesa e começam a me lavar com chuveirinhos,a água estava muito boa, dava vontade de descansar um pouco ali mesmo.
-Agora você essa prontinho para te levarmos para seu estilista. disse a garota.
Estava sentado na sala,esperando o meu estilista e quando de repente a porta se abre
-Então você e o garoto voluntario do 2,eu gostei muito da sua atitude, achei incrivel e um grande ato de coragem, como se sente? tenho uma roupa incrível para você.
-Estou bem, é o que eu sempre digo pras pessoas que me perguntam isso, eu pelo menos salvei uma vida mais nova. digo
Ele sai da sala sem dizer nada, aonde sera que pode ter ido? Não leva nem dez minutos e ele entra na sala com um saco preto e diz. -Aqui esta sua roupa. ele diz abrindo o saco.
Após ter tirado a roupa que pelo sinal era incrível. Então o estilista começou dizendo.
-Eu fiz ela numa armadura como a dos pacificadores,mas transformei a armadura de forma a ficar mais ao estilo da Capital, com desenhos a prata imitando o metal das armas. Coloquei as luvas acabando em forma de faca e nas costas os dois machados cruzados formando um X que seguia o feitio da armadura, deixando os ombros e uma parte do tronco do tributo revelado
Então saio da sala e a encontro Lydia. Ela estava incrível! Então subimos na nossa carruagem e os cavalos começaram a andar. A sensação era incrível, esse momento fazia todos os tributos se sentirem especial, a medida ia avançando e olhava para panem sentia meu corpo a ficar mais leve quando dei por mim partes da minha armadura se desfazia e formava uma diferente por baixo. A medida que ia desaparecendo rasto de pó brilhante prata subiam no ar que nos iluminava e tornava nossa carruagem em algo mais brilhante e chamativo.
E enquanto o pó brilhante se desfazia, decido segurar a mão de Lydia, e ambos e levantamos abrimos um sorriso para toda Panem, para mostrarmos que temos orgulho de estar aqui representando todos os carreiristas e todos os voluntários que o Distrito 2 já teve. Após o pó brilhante chegar ao fim, uma armadura nova surgiu em seu lugar, não havia muita diferença nela, só havia se transformado numa cor mais nítida, uma cor mais clara e visível ao nosso corpo.
Gostava desse momento, a nossa roupa acaba de chegar no ponto mais especial dela, não bastava ela ser uma representação perfeita do meu distrito, ela se transformou em algo mais inesperado, uma chuva de pó metálico. Quando olho para trás, eu reparo que o pó havia caido no chão e com ele trazendo um rastro atras da nossa carruagem.
E por fim os cavalos param formando um meio circulo, e de frente para os tributos, o presidente decide dar suas boas vindas a Panem.
Última edição por Dorin Lemon em Qua Jan 21, 2015 3:56 pm, editado 2 vez(es) | |
| | | Connor RR
Mensagens : 57 Data de inscrição : 30/10/2014 Localização : Distrito 4 Jogador : Alison Iared
| Assunto: Re: O Desfile de Tributos Qua Jan 21, 2015 4:17 am | |
| Connor RR
Acordo com um "toc toc" na porta e tudo o que respondo é com um resmungo.
— Agora não, Kalos. Mais 5 minutos! — Digo e então abro os olhos abruptamente. Eu não estava mais em casa.
— E aí, garoto — diz Lartius sorrindo. — Seu café da manha não vai na cama — ele diz sorrindo e então fecha a porta.
Rapidamente coloco um shorts e uma regata e sigo para o café da manhã. Lá estava Tori, Mags e Lartius. Mags sorria muito simpatica para mim e conversava com Tori. Lartius tomava seu café da manhã como se a comida fosse acabar. Não pude deixar de sorrir e me sentar na mesa, olhar para ele e comer muito. A comida da capital era a melhor de todas!
Depois passei um tempo com Tori. Gostava de mexer em sua trança, me lembrava muito Cloe. Grande parte do meu dia eu me perguntava como é que eles estavam. Então olhava para Tori e minha preocupação tomava outro rumo. Ainda podia ouvir as palavras de Lartius martelando em minha cabeça. Eu precisava me preparar.
Passo a maior parte do tempo junto com Tori e tento contar ao máximo como funcionavam as coisas na Capital. Felizmente antes eu era considerado apenas uma visita. Agora sou tipo um anfitrião. São tratamentos muito diferentes, com certeza já tem muito tributo mal acostumado. Nosso estilista se chamava Palone. Ele ficava analisando demais Tori, ainda bem que era apenas para o desfile, e bem... Ele não parecia olhar para minha namorada com outros olhos. Não pude deixar de rir após ouvir a voz dele. Era muito divertida.
—Connor, soube que você tem um cachorrinho em casa. - Ele diz imitando Kalos, o lobo gigante. - E também tem algumas cicatrizes... Podemos usar isso a nosso favor.
—Como? — pergunto, um pouco curioso.
— Algo bem selvagem, mas nada que saia dos conformes em relação a sua amada — ele responde e sai andando todo feliz.
Sigo com Tori para a preparação. Depilaram todo o pelo do meu peito com cera, e confesso que ver Tori rindo com minhas caretas me fez ficar mais aliviado. Estou tentando sempre deixá-la feliz, elogiando até mesmo quando tiram a sobrancelha dela. Nossos criados acham muito bonito nossa relação. Mas sinto que eles tem pena de nós. Fica evidente na forma como eles abaixam o olhar depois de lembrar onde estamos.
Lartius sempre vem me aconselhando sobre o que devo fazer e como foi quando ele participou. Tenho muito orgulho dele, mesmo sabendo que quase todas as palavras sérias ele guarda para si próprio.
— Connor, Tori, hora do desfile! — diz Palone ansioso.
Seguro na mão de Tori e caminho em direção ao nosso momento de fama. Ela fica perguntando se as pessoas vão gostar dela. Eu sorria toda vez que ela dizia isso, porque era óbvio que sim. Palone a chama para uma sala ao lado, fazendo um grande mistério com o traje de Tori, e volta rapidinho para me contar como seria minha preparação.
— Coloquei um colete de conchas para você, como aqueles coletes de ferro, medievais, lembra? — Ele da um risinho após ver minha cara —, só que feito com conchas — diz Palone. — Essa luva é para dar uma impressão selvagem, colocamos barbatanas de tubarão nela e acredito que ficará perfeito para você, Connor. Agora as meninas colocarão uma rede rasgada por cima da calça, feita com colunas de ossos de peixes. Queremos deixá-lo a forma reversa de Tori, só que com os mesmos detalhes em relação aos traços.
E realmente minha roupa ficara perfeita no corpo. Toda vez que um vento batia em mim, a rede rasgada era jogada para o lado, de forma com que aparecia bem os detalhes dos peixes combinados com a barbatana dos braços.
Depois de um tempo Tori apareceu para mim e notei que a surpresa que eu havia sentido ao me ver arrumado não se comparava ao vê-la em seu vestido de peixes. Era impressão minha ou eles estavam nadando em volta dela?
— Você está linda, namorada. — Digo segurando em sua mão. Vejo ela dar uma checada na minha roupa e soltar um risinho.
— Hmm, que selvagem. — Ela responde.
O vestido de Tori tinha traços como o meu. Meu colete de conchas combinava perfeitamente com seu maiô. Sua trança jogada para o lado do cabelo agora estava perfeitamente arrumada e nossas diferenças estavam nos detalhes debaixo da cintura. O vestido de Tori tinha peixes vivos e nadando ao redor dela, era absurdamente lindo de se ver, enquanto os meus mostrava o outro lado mais mortal da coisa.
Subimos em nossa biga e quando atravessávamos a multidão, eu sorria e acenava para a capital. Tori estava tremendo e um pouco insegura. Segurei sua mão e em pleno movimento da biga, aproximei-a de mim e dei um longo beijo. Tori mantinha seus olhos nos meus, segurei sua mão com força e dei um sorriso.
— Estamos indo bem - digo para ela e mostro toda aquela multidão. - Sorria e acene para eles, é o nosso momento.
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| | | Tori Miller
Mensagens : 51 Data de inscrição : 30/10/2014 Localização : Distrito 4 Jogador : Malu Sâmia
| Assunto: Re: O Desfile de Tributos Qua Jan 21, 2015 4:25 am | |
| Tori Miller
A Capital não era muito diferente do que eu imaginava pelo o que Connor me contava. Era realmente um mundo diferente do que vivíamos, tudo extremamente exagerado e abundante.
O quarto em que me hospedaram não fugia muito disso. Havia luz e brilho em todos os cantos, o que provavelmente tornaria a missão de dormir ainda mais difícil. Outra coisa diferente para mim era ter empregados à minha disposição o tempo inteiro, além é claro, do estilista, Palone, que ficava me observando dizendo que queria captar minha essência para inserir nos meus trajes. Para o desfile, que era o modelito mais importante, ele procurava uma maneira de combinar o meu jeito mais delicado com o ar guerreiro de Connor.
Meu namorado fazia o máximo para ficar constantemente do lado. Acho que ele desenvolveu uma mania um tanto quanto fofa de ficar brincando com a trancinha no meu cabelo, talvez o lembrasse a irmã. Ele também tentava se mostrar positivo e me motivar de algum jeito, como por exemplo, me elogiando quando fizeram minhas sobrancelhas, ou em qualquer outra transformação.
Mais tarde, Palone me levou para uma sala separada de Connor para me vestir para o desfile, ele queria que meu namorado se surpreendesse ao me ver totalmente pronta. Se não fosse a situação atual, eu estaria adotando toda essa produção.
- Tori, preparei um vestido digno de princesa para você, mas um pouco mais ousado. Tenho certeza que ele te trará beleza e vida... Até porque realmente há vida nele.
Quando vi o figurino, entendi o que Palone quis dizer. A saia rodada era uma espécie de aquário com animais marítimos vivos, nadando por ali. Era incrível. O modista continuou mostrando cada detalhe. O maiô que completava o look era feito de conchas, e para as alças, cordas.
O conjunto era delicado, feminino, mas marcava muito a presença. Realmente perfeito. Também achei interessante como a saia ignorava as leis de refração, não deformando a imagem do meu corpo através da água.
- Como penteado, faremos uma versão mais arrumada do que usa no dia-a-dia. Acredito que aquela trancinha pode virar tendência, e eu adoraria assina-la. Só precisamos criar algumas ondas domadas no estilo praiano para finalizar. - Palone discursava enquanto uma cabeleireira já rodeava emaranhando as mechas do meu cabelo.
Quando fiquei pronta, quase não me reconhecia no espelho. Parecia uma versão minha feita para a TV, e realmente era isso. Fui ao encontro de Connor, que ficou boquiaberto. Minha reação ao vê-lo não foi diferente. A roupa fazia seus músculos parecerem ainda maiores, e os rasgados combinados às espinhas de peixe deixavam-o com um ar rebelde que descobri que me atraía.
- Você está linda, namorada. - Connor passou a mão por minha trança, acho que inconscientemente. Sua outra mão já segurava a minha, como sempre deveria ser.
- Hmm, que selvagem! - eu brinco, contornando com os dedos um rasgo em sua manga.
O desfile logo começou. Toda aquela exposição me assustava um pouco, sem contar os próprios tributos que encaravam e mediam nossos trajes. Tentava disfarçar a insegurança e acenar para as arquibancadas, mas claro que nada passa desapercebido para Connor. Ele levantou o meu queixo e me beijou, ignorando que estávamos no meio do desfile. Senti os músculos do meu corpo relaxarem um pouco e sorri. Agora estava mais preparada para continuar o show.
| |
| | | Lydia Black
Mensagens : 15 Data de inscrição : 31/10/2014 Localização : Distrito 2 Jogador : João Barros
| Assunto: Re: O Desfile de Tributos Qua Jan 21, 2015 11:56 pm | |
| Lydia Black A viagem para a Capital chegou por fim para meu animo, passei grande tempo a falar com o meu mentor e companheiro de distrito, mas nem isso me fez perder as belas vistas que passavam enquanto o comboio se dirigia ao seu destino. Muita foi a conversa e muito eu aprendi e ficai a pensar muito nisso, concelhos muito bons que me poderiam ajudar a chegar longe, e assim ganhar. Quando assim chegou uma multidão se via gritando numa excitação tremenda, as pessoas da capital estavam famintas para verem de perto os tributos de cada distrito, caras risonhas, gritos muito altos se ouviam, palmas tudo e mais alguma coisa, uma poluição sonora para os meus lindos ouvidos.
Fui levada então para uma salinha junto com o meu companheiro e la esperamos algum tempo até que chegaram algumas pessoas. Essas pessoas estavam muito bem vestidas e bem cheirosas, não que eu não fosse, mas eles exageravam, muito pintados, pálidos com os cremes, magríssimos, penteados pindéricos, e cheiro muito intenso. Capital era uma zona que eu não gostava mesmo de viver assim pensava eu, e foi quando essas pessoas nos levaram para salas separadas que me assustei.
Três pessoas, um estilista e dois ajudantes, nem quis saber o nome deles mas como era de prever sabiam o meu, eram rápidos a falar mas isso não me assustava, o que me assustava era como eles me iriam fazer, transformar…
–Nos estamos aqui para te por a garota mais bela de todos os distritos, tu és deslumbrante e mais uns toques e vais arrasar. – Falou o estilista com tiques esquisitos.
–HUUMM, desde que não me tornem numa palhaça…
–Nada disso… mas antes de começarmos temos de te dar um banho, maquilhar e ainda vestir-te. – Continuou ele disfarçando que não ficou chateado com meu comentário. – Vais ficar DI-VI-NAAL… Que medo, ainda ame vai transformar numa galinha chanfrada, que horror. Mas não posso pensar nisso agora preciso confiar no trabalho deles, acho que nunca vi uns jogos com pessoas mal vestidas, não podia ser agora que eu entro. Assim parei de matutar minha cabeça com como eu ia ficar e assim segui as ordens deles.
Fui me arranjar, lavaram-me e não foi preciso muito eu já era muito a ciada, cortaram um pelinhos para ficar com a pele lisa mas havia alguns problemas no meu corpo, manchas e marcas dos treinos que eu tinha sofrido, nada de mais e assim eles também trataram daquilo para ficar linda. No final arranjaram-me o cabelo, maquilharam-me e até me fizeram sentir a mulher mais bela do mundo, a assim olhei-me ao espelho, eu era mesmo linda, abanei meu cabelo mirei-me e assim passei ao próximo passo. Já me tinham feito o vestido e avisaram que era o melhor feito ate agora o que me alegrou, fiquei meio assustada porque não queria parecer estranha, queria parecer eu, eu linda e poderosa.
Mais ou menos assim
Vesti-me e estava deslumbrante mas vestida a rigor fazendo muito sentido ao que era o distrito 2 o que eu não estava a gostar muito por ser uma armadura baseada na armadura dos pacificadores, que são treinados e formados no Distrito 2, e eu não gostava muito dessas pessoas, são rudes, mal falam e tem a mania que mandam em tudo… Cada peça da armadura tem acabamentos em prata que formam desenhos, tornando-a mais apelativa e ao gosto da Capital. As luvas acabam em forma de facas afiadas e dois machados são presos nas costas formando um X que é contornado com a peça do corpo da armadura, deixando as laterais do meu corpo à vista que me davam pequenos arrepios quando haviam brisas no ar.
Assim já vestida prossegui em direcção ao local onde ia ser o desfile, poderosa, orgulhosa e de cabeça erguida segui mostrando a quem me olha-se o quanto era bela, e sem mostrar muito para onde olhava dava uma pequena olhadela por cada tributo que eu encontrava pela frente, muito tributo bonito mas eu vou arrasar. Meu parceiro já pareci ter chegado e já estava na carruagem, que falta de educação, mas na boa, nem vou dizer nada, apenas espero que me ajude a subir. Nosso estilista já estava la também e mal cheguei perto ele falou muito feliz e orgulhoso pelo seu trabalho bem feito, do qual eu também estava, mas confesso que não estava a espera que ficasse tão bem.
– Tu estas deslumbrante, todos te olham ou fazem que não olham minha beldade. – Fala o estilista muito emocionado.
Obrigado, não pensei que ia sair assim tão bem para ser franca consigo. – Mas agora bora la arrasar isto. – Agradeci eu…
– De nada estamos aqui pelo nosso distrito..
– Mas eu não. – Disse eu olhando para Dorin, erguendo a mão para subir e muito delicadamente ele me tocou e ajudou a subir.
– Obrigado, pensava que não havia ai cavalheirismo.
Assim já em cima da carruagem e em pé pronta que começasse o desfile ouvi o estilista a chamar a nossa atenção e já pouco faltava para começar.
-Esqueci-me de vos dizer, quando começarem a andar vão ver algo surpreendente, as luzes vão se virar para vocês e vão brilhar nesta pista. – Disse ele rindo emocionantemente.
Após ele falar fiquei sem perceber o que ele queria dizer, olhei para o meu companheiro e reparo que ele também não percebeu nada, mas logo depois tivemos que avançar e começar o desfile. A carruagem começou a andar e ganhou a velocidade ideal para todos nos verem e algo se começou a libertar de algumas partes da armadura, um pó de prato de libertou e começaram a pairar no ar uma espécie de diamantes muito pequeninos que brilhavam ainda mais com os holofotes os desenhos começaram a brilhar também e a nossa volta durante o caminho parecia haver agora brilhantes muito lindos que tornavam-nos muito mais esplêndidos. Estava a achar aquilo tudo muito belo, algo que nunca tinha visto, olho para trás e vejo meu cabelo leve e sedoso a esvoaçar no ar enquanto andávamos, os brilhantes também caiam no chão e com ele trazendo um rastro atras da nossa carruagem.
Olhei para Dorin e ele também estava a olhar para aquilo tudo e por momentos vi o quanto ele também era lindo, agarramos nossas mãos e erguemos para mostrar nossa força e assim mostrar o quanto estávamos confiantes para arrasar na arena. E por fim, sem eu mesma perceber, os cavalos param formando um meio circulo, e de frente para os tributos, o presidente decide dar suas boas vindas a Panem e a nossa pequena viagem acaba e eu ainda penso nela do quanto estava ainda maravilhada. | |
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